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Janeiro Branco: como manter a saúde mental e emocional dos Médicos Veterinários e dos pets

Janeiro Branco: como manter a saúde mental e emocional dos Médicos Veterinários e dos pets

Por Pauline Machado 

O mês de janeiro é marcado pela chegada de um ano novo, período em que as pessoas renovam seus objetivos. Mas, janeiro é também um mês importante por tazer à tona a reflexão e os cuidados para a saúde emocional das pessoas, por meio da Campanha Janeiro Branco.

Os cuidados e as medidas preventivas se expandem para os profissionais da Medicina Veterinária e, também, para os seus pacientes, como os cães e gatos.

Para compreender o que leva os profissionais dessa área a possíveis malefícios emocionais e como essa má qualidade de vida pode interferir na saúde emocional dos cães e gatos, conversamos com a Psicóloga e Professora Bianca Stevanin Gresele, que além de ser especialista em Psicologia Analítica, é ⁠Mestre e Doutora em Psicologia Clínica, pós graduanda em prevenção e pósvenção do suicídio. Bianca é, ainda, psicóloga no Complexo Público Veterinário de Belo Horizonte e do GRABH – Grupo de resgate animal de Belo Horizonte, e também da Aleyda – Associação Latinoamericana de Medicina Veterinária de Desastres. É coordenadora de projetos de Saúde Mental na Medicina Veterinária para CRMV’S e associações e presidente da Ekôa Vet – Associação em prol da saúde mental na Medicina Veterinária.

Para falar sobre a saúde emocional dos cães e gatos, conversamos com exclusividade com a Médica Veterinária, Libia Cristina Franco, formada em Psiquiatria Veterinária e pós – graduada em Comportamento Animal com ênfase em cães e gatos.

As informações e orientações de ambas as profissionais estão imperdíveis! Acompanhe a entrevista!

Pet Med – De modo geral, o que podemos entender por Saúde Mental?

Bianca Gresele – Futuramente nós não vamos mais falar saúde mental e saúde física, iremos falar somente saúde, porque corpo e mente, eles são um só, eles não são separados e um afeta o outro, eles estão interligados. Mas, de qualquer forma, a gente pode definir saúde mental como um estado de bem-estar no qual o indivíduo tem a capacidade, ele vai desenvolvendo a capacidade de lidar com os fatores estressores da vida, do dia a dia, da rotina. Nós temos desafios, nós temos imprevistos, ou seja, são esses fatores estressores que vão acontecendo e a gente saber lidar com esses momentos de estresse, lidar com as emoções como a tristeza e a raiva sem que isso traga prejuízos para a nossa saúde mental. Assim como saúde mental, ela não é apenas a ausência de transtornos mentais, mas, envolve aspectos emocionais, psicológicos, sociais, que afetam, que impactam na forma como a pessoa pensa, como ela se sente e como ela se comporta, ou seja, quem impacta a vida deste indivíduo.

Pet Med – É possível mensurar a incidência de problemas na saúde mental na área de medicina Veterinária, a ponto de termos a Campanha Janeiro Branco que trata da prevenção sobre este tema? 

Bianca Gresele – Sim, nós já conseguimos mesurar algumas coisas. Não são necessariamente taxas, mas dados de pesquisas nas quais eu já desenvolvi no Brasil, são pesquisas nacionais e algumas outras pesquisas que eu orientei e estão em desenvolvimento. Nós já conseguimos mensurar pelo menos, de que o médico veterinário  lida, sim com desafios, envolvendo demandas emocionais sem contar as questões da classe de desvalorização profissional, que envolve também conflitos éticos e questões com a vida financeira,  e todos esses fatores eles podem contribuir para o adoecimento desses profissionais. No entanto, esses são fatores que contribuem e a gente não pode falar que a medicina veterinária, a profissão, é a única responsável por isso, pois, envolve aspectos da vida profissional com a vida pessoal, mas, sim, nós poderíamos, e acho, inclusive, uma boa ideia, fazer uma Campanha de Janeiro Branco, voltada para reflexões e prevenção em torno do tema de saúde mental dos médicos veterinários.

Pet Med – Esses casos vêm aumentando na Medicina Veterinária?

Bianca Gresele – Nós não sabemos se esses casos vem aumentando na Medicina Veterinária. Para a gente saber algo assim, nós teríamos que ter dados. Teríamos que ter taxas, nós teríamos que ter pesquisas antigas, as quais tivessem comprovado que as taxas, por exemplo, de Bournout, de depressão, de suicídio nos médicos veterinários, elas eram X  e de que hoje as taxas são Y. Nós não temos pesquisas neste sentido, porque é muito difícil mensurar. Então, até um exemplo, o dado que corre por aí, a informação de que o médico veterinário tem a maior taxa de suicídio no Brasil, isso é mentira.  Eu sempre falo que nós não temos essa informação, porque falta um banco de dados no Brasil para a gente poder falar sobre essa taxa dos mais diversos profissionais. O mesmo vale para o Médico Veterinário. Então, de uma forma cientifica nós não podemos afirmar isso, o que a gente pode afirmar, que a gente tem visto, é que o número de médicos veterinários esta aumentando cada vez mais. Então, é possível que os problemas também estejam aumentando, inclusive o adoecimento desses profissionais, assim como também pelo impacto do novo papel dos animais de estimação. Então, essas transformações, essas mudanças que vem acontecendo nos últimos anos com relação ao papel do animal de estimação, de ser considerado filho, e, consequentemente dessa forma os médicos veterinários estão recebendo tutores diferentes, que são mais exigentes, que projetam suas demandas emocionais maiores neles, isso sim, a gente pode inferir que pode estar prejudicando ou contribuindo para o agravamento da saúde mental dos profissionais.

Pet Med – E, pensando na rotina diária dos Médicos Veterinários, o que de modo geral, mais interfere na saúde mental desses profissionais?

Bianca Gresele – Segundo essas pesquisas, conforme eu disse que já foram realizadas,  o que mais aparece são a dificuldade em equilibrar a vida pessoal e a vida profissional, ou seja, geralmente são profissionais que trabalham muito e que possuem uma dificuldade em equilibrar esses dois mundos. É claro que tem a desvalorização da profissão como consequência, pois, é uma profissão que é desvalorizada no Brasil, na nossa cultura, em que os profissionais ganham mal, então, têm esses aspectos financeiros também. Os médicos veterinários lidam, ainda, com dilemas éticos e morais em torno dos atendimentos desses animais e também lidam com a experiência de morte desses pacientes. São profissionais que passam pela experiência de perder pacientes, ao mesmo tempo de ter que acolher esses tutores em torno dessas demandas emocionais, em torno do luto desses tutores, assim como também realizam a comunicação chamada difícil, que não é apenas a comunicação de óbito, mas, assim como qualquer comunicação que possa ser classificada como difícil para aquele tutor ouvir. Ou seja, a gente junta aspectos para resumir e facilitar: desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional; a desvalorização do profissional, principalmente envolvendo aspectos financeiros, do não ganhar bem; a questão de trabalhar com questões emocionais que envolve morte, realização de eutanásia e comunicações difíceis. 

Pet Med – Neste aspecto, de que forma é possível manter a saúde mental em dia, estando inserido no contexto da Medicina Veterinária?

Bianca Gresele – Essa questão envolve dois contextos que eu sempre chamo de responsabilidade individual e responsabilidade coletiva. A responsabilidade individual é aquilo que cada profissional e cada indivíduo pode fazer por si, diante do seu contexto e diante das suas possibilidades, ou seja: se cuidar, o profissional, o indivíduo pensar: de que forma eu posso me cuidar? Diante é claro, da realidade que ele tem. Então, eu posso praticar atividade física? Quantas vezes na semana eu posso praticar? Eu posso melhorar a qualidade do meu sono, ter uma alimentação um pouco melhor? Eu posso impor limites, não ficar olhando o WhatsApp o tempo inteiro? Eu posso equilibrar melhor a minha vida pessoal e profissional? Fazer isso só depende de mim? Então, isso é responsabilidade pessoal, que cada indivíduo tem que assumir essa própria responsabilidade. Além disso, é claro, quando possível, realizar psicoterapia, assim como ter momentos de lazer e momentos de hobby também.

Já a responsabilidade coletiva a gente chama de aspectos que envolvem aquilo que não depende do indivíduo, então, melhorias nas condições da profissão, a profissão em si ser mais valorizadas, os profissionais poderem ganhar mais, terem, por exemplo, psicólogos nos hospitais, nas clínicas, em todas as organizações para poder dar esse apoio a esses profissionais e também a esses tutores. Ai já corresponde à responsabilidade que vai mais para os conselhos, para as associações, para as grandes empresas e até mesmo de políticas públicas, como sociedade, inclusive, para as pessoas terem uma conscientização maior sobre o trabalho do Médico Veterinário e valorizar e respeitar mais esse profissional, por exemplo.

Pet Med – De que forma é possível identificar se o Médico Veterinário está precisando de ajuda quanto a sua saúde mental?

Bianca Gresele – Isso pode ser, também, muito subjetivo, então, a gente tem que tomar muito cuidado, pois, nem sempre as pessoas manifestam e demostram que estão precisando de ajuda. Mas, na grande maioria das vezes, para aqueles que convivem com os seus colegas, ainda mais que a maior parte do tempo a gente passa no trabalho, então, tem mais chances de um colega de trabalho ver, de observar que o outro não esta bem, então, até mais do que em casa. Então, observe mudanças de humor, de comportamento, de repente o profissional pode começar a se isolar, a ficar mais irritado, mais ríspido, a evitar contato com outras pessoas, podem aparecer, por vezes, crises de choro, o conteúdo das palavras, da fala, pode demonstrar que a pessoa esta desanimada, desmotivada e sem esperança. Os hábitos também falam muito sobre a nossa saúde: se está sem dormir, dormindo demais, se está, às vezes descontando na alimentação, os vícios também aparecem fortemente, seja vícios em bebidas alcoólicas, em cigarros, uso dos mais variados tipos e assim por diante. Assim como também tem aqueles profissionais que pedem ajuda. As pessoas que falam que não estão bem, que estão justamente precisando de acolhimento, de uma escuta, e a partir disso, o ideal é que esse profissional ou este indivíduo seja acolhido e se necessário, direcionado para um profissional psicólogo ou psiquiatra.

Pet Med – O que fazer para ajudar, tratar e recuperar a saúde mental, no caso dos Médicos Veterinários?

Bianca Gresele – Para tratamento de saúde mental, quando envolve um diagnóstico, ou seja, precisa de um tratamento, é recomendado, é essencial que se faça psicoterapia com psicólogo e ai, avaliando a necessidade, esse indivíduo ele também vai ter um acompanhamento de um psiquiatra e irá tomar medicação, caso seja necessário. Então, é imprescindível, quando necessário, acompanhamento com psicólogo e psiquiatra porque a medicação trata os sintomas e a terapia trata a causa, mas, para além disso, uma rede de apoio é sempre necessária. A gente não pode abrir mão  de rede de apoio. Rede de apoio é considerada um fator de proteção e prevenção com relação à saúde mental, então, que esse indivíduo possa ter essa rede de apoio na vida profissional e na vida pessoal, assim como a própria conscientização desses assuntos, nos meios que os médicos veterinários atuam. A gente precisa de empresas, de líderes, de gestores  que sejam mais conscientes quanto a isso, e que, inclusive, se possível, tenham psicólogos atuando nesses locais como já existem em hospitais no Brasil.

Pet Med – Quais são os impactos para os atendimentos veterinários e para suas vidas pessoais, quando os profissionais da área não buscam tratamento para a sua saúde mental e emocional?

Bianca Gresele – A falta de cuidado com a saúde mental pode reduzir a qualidade do atendimento veterinário, principalmente devido a erros, e contribuir para dificuldades de comunicação. Além disso, pode impactar também na convivência com os outros colegas e no clima organizacional. Na vida pessoal, geralmente causa isolamento social, mudanças de comportamento e impacta também na convivência com os amigos e familiares.

Pet Med – Pensando neste cenário como um todo, de que modo é possível prevenir problemas de saúde mental na Medicina Veterinária?

Bianca Gresele – A prevenção inclui uma rotina de autocuidado, capacitação emocional para os profissionais, e acesso a suporte psicológico. Instituições devem oferecer ambientes saudáveis, equilibrar cargas de trabalho e criar programas de saúde mental. Assim como, a valorização da profissão. Líderes têm papel crucial no reconhecimento e suporte às demandas emocionais da equipe. Redes de apoio e políticas públicas complementam a abordagem, promovendo conscientização e melhores condições de trabalho. A integração de ações individuais e coletivas é essencial para fortalecer o bem-estar dos profissionais, assim como priorizar a saúde mental dos médicos veterinários, com ênfase em pesquisas, projetos e ações responsáveis. Atualmente, contamos com a Ekôa Vet, a primeira associação brasileira dedicada à saúde mental na medicina veterinária, da qual tenho a honra de ser presidente. Em breve, também será lançado o primeiro livro sobre o tema na área. Para transformar esse cenário, é fundamental unir esforços de responsabilidade individual e coletiva.

Pet Med – E no caso dos cães e dos gatos, o que podemos entender por Saúde Mental de ambas as espécies?

Líbia Franco – Saúde mental dos cães e gatos é o estado de bem estar físico e mental em que esse animal está bem para expressar suas necessidades naturais da espécie e terem uma qualidade boa de vida. 

Pet Med – É possível mensurar a incidência de problemas na saúde mental nos cães e gatos, a ponto de termos a Campanha Janeiro Branco que trata da prevenção sobre este tema, também com os pets? 

Líbia Franco – Com certeza. Diversas pesquisas desenvolvidas com animais estudam a quantidade de animais que tem transtorno mental ou que apresentam problemas comportamentais no nosso País. Após a pandemia, por exemplo, o número de animais que apresentem ansiedade aumentou em até 80%

Pet Med – Por que esses casos vêm aumentando no dia a dia dos pets?

Líbia Franco – Acredito que o que aumentou foi a possibilidade de diagnóstico. Antes, poucas doenças eram reconhecidas como base comportamental. A partir do momento que olhamos para o animal como um todo, entendemos que uma mente doente pode levar a diversas alterações fisiológicas que levam a tantas idas ao veterinário. Além disso, há um maior reconhecimento do animal como membro da família, gerando um apego emocional de ambas as partes. Dependendo do que for depositado emocionalmente a esse animal, transtornos como a ansiedade por separação, o qual o animal entra em pânico por estar longe do tutor, podem aumentar a incidência.

Pet Med – E, pensando na rotina diária dos cães e gatos, o que de modo geral, mais interfere na saúde mental deles? 

Líbia Franco – A rotina, o ambiente em que ele vive e as atividades realizadas ao longo do dia.

Pet Med – Neste aspecto, de que forma é possível manter a saúde mental dos cães e gatos em dia?

Líbia Franco – Oferecer um ambiente bom, em que ele possa expressar seu comportamento natural, tenha uma rotina que estimule a saúde física e mental e foque em atividades durante o dia para trabalhar a mente.

Um dos mais erros, que trazem tanta frustração aos animais, é não poder expressar seu comportamento natural. Gatos precisam arranhar e se você não arrumar um arranhador bom, eles vão direcionar para o seu sofá, para a sua cama. Cães têm a necessidade de roer objetos e se você não oferecer um objeto propício, poderá ser no pé de mesas e cadeiras. 

Entender qual é o comportamento natural da espécie que você tem em casa, ajuda a entender quais atividades e brincadeiras precisam ser adicionadas na rotina.

Pet Med – De que forma é possível identificar que o pet está precisando de ajuda quanto a sua saúde mental?

Líbia Franco – O tutor é o maior aliado do médico veterinário comportamentalista. Mudanças de comportamento, agressividade, ansiedade alta constantemente, nível alto de estresse, mudança drástica de rotina ou até mesmo a perda de ente querido, podem levar o tutor a perceber mudanças no comportamento do animal. Outra atenção que devemos dar é para os animais que lambem em excesso, fazem xixi e cocô em locais errados, entram em pânico em momentos que precisam ficar sozinhos em casa, mudanças no apetite, desinteresse por brincadeiras, troca da noite pelo dia. Todas essas alterações podem ser um sinal que a saúde mental do seu animal não está bem. 

Pet Med – O que ser feito para ajudar, tratar e recuperar a saúde mental, no caso dos cães e gatos?

Líbia Franco – O ponto principal é procurar o auxílio de um médico veterinário Comportamentalista. Durante a consulta será investigado a saúde física e mental desse animal. Um transtorno mental pode levar a alterações no organismo como um todo do animal e vice versa. Um animal que sente dor que pode ter alterações de comportamento. Através de uma investigação completa será definido a terapia comportamental que será realizada com animal, sendo necessário ou não, o uso de medicamentos.

Pet Med – Quais são os impactos para a saúde e qualidade de vida dos cães e gatos e seus familiares, quando não há busca por tratamento para a sua saúde mental e emocional?

Líbia Franco – As doenças mentais estão diretamente ligadas a todo organismo animal. Um animal que não recebe o tratamento adequado pode ter a piora do caso, perder o apetite, não sentir mais interesse por atividades e pode até mesmo, ir a óbito, pois perderá o interesse por atividades letais como comer, brincar, ingerir água, interagir. 

Pet Med – Para finaliza, pensando neste cenário como um todo, de que modo é possível prevenir problemas de saúde mental para os cães e gatos que convivem conosco?

Líbia Franco – O ponto principal é antes de adotar/comprar um animal, estudar sobre a raça e espécie que está adquirindo. Isso é essencial para você atender o que aquela raça necessita, quais são as atividades necessárias para serem feitas diariamente para que o animal se sinta bem estando em um ambiente fechado, como a casa ou apartamento. 

Oferecer passeios diários, brincadeiras com enriquecimento ambiental, comandos que vão estimular a mente, além de ter momentos de qualidade com seu animal vão proporcionar um bem estar físico e mental.

Lembre-se sempre: a parte favorita do dia do seu animal é quando você está por perto. Eles dependem de nós e por isso é nosso dever prover uma qualidade de vida para os nossos companheiros.

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Saúde: saiba como fazer um planejamento para amenizar o estresse de cães e gatos devido ao barulho dos fogos de artifícios e festas de final de ano.

Saúde: saiba como fazer um planejamento para amenizar o estresse de cães e gatos devido ao barulho dos fogos de artifícios e festas de final de ano.

Por Pauline Machado

Dezembro está quase acabando e arrisco a dizer que essa é a pior época do ano para os animais, seja pelo aumento do número de abandono, seja pelo alto nível de estresse causado a eles pelo barulho de fogos de artifícios.

Para amenizar esse estresse é importante começar desde já a pensar no que pode ser feito para reduzir os efeitos nocivos deste estresse nos cães e nos gatos. Por isso, conversamos com a Médica Veterinária, Jaque Padovan, especializada em Clínica Médica e Comportamento Animal pela Faculdade Qualittas.

As orientações são muito importantes. Boa leitura!

Pet Med – Para iniciar, por favor, nos explique porque os cães e gatos sofrem tanto com o barulho dos fogos de artifícios?

Jaque Padovan – O ouvido dos animais domésticos tem uma capacidade de perceber uma frequência maior de sons. Por esse motivo o barulho da queima de fogos pode ser um momento de desespero para os Pets.

Pet Med – Neste aspecto, quais são os riscos para a saúde dos cães e gatos diante desse estresse devido ao barulho dos fogos de artifícios?

Jaque Padovan – Risco de problemas físicos e emocionais. Problemas emocionais como medo ou fobia, deixando o estado emocional do animal abalado. Já nos casos físicos podemos citar a fuga do animal e consequentemente, acidentes, como um atropelamento. Ambos são problemas graves que precisam ser pensados pelos tutores dos animais.

Pet Med – O que pode ser feito pelos familiares para reduzir o estresse dos cães e gatos nos dias de maior intensidade dos fogos, como no Natal e no Ano Novo?

Jaque Padovan – Antecipação é a palavra chave. Comece a expor o animal de forma lenta e gradual a barulhos de fogos, assim ele vai acostumando com o barulho. E também, é importante preparar um ambiente acolhedor que o animal se sinta confortável e seguro.

Pet Med – A partir de quando os familiares devem iniciar o planejamento para a redução do estresse durante o final do ano?

Jaque Padovan – Quanto antes melhor. Quanto mais cedo você começar a exposição a barulhos e deixar um ambiente seguro para ele, mais confortável e seguro ele vai ficar nesse momento.

Pet Med – Em que casos deve-se fazer uso de medicamentos para amenizar o estresse por medo de fogos de artifícios?

Jaque Padovan – Medicações controladas devem ser passadas por um Médico Veterinário Comportamentalista após uma avaliação. Porém, pode ser ultilizado feromônios sintéticos, como Adapti para cães e Feliway Optmum ou Classic para gatos, no ambiente.

Pet Med – E em que casos os cães e gatos não devem fazer uso de medicamentos para evitar o estresse?

Jaque Padovan – Os feromônios sintéticos podem ser utilizados sempre. No entanto, a escolha de alguma medicação por uso contínuo ou pontual vai depender da avaliação do Médico Veterinário Comportamentalista. Ele vai poder decidir a melhor escolha para seu Pet.

Pet Med – Outro ponto importante durante as festas de final de ano é quanto às festas em casas das famílias multiespécies. Neste cenário, quais devem ser os cuidados da família para que a música alta, a aglomeração de pessoas, junto com a queima de fogos não estresse os animais da casa?

Jaque Padovan – O importante é entender o limite dos nossos animais. Alguns animais são mais sociáveis que permitem uma interação maior, como um contato físico maior e uma movimentação de pessoas e barulhos na casa. Por outro lado, temos os animais que não gostam dessa interação e não tem problema. O importante é respeitar esse limite e não forçar nenhuma interação indesejada. Se o seu animal quer ficar em um ambiente específico sem participar daquele momento de festa, apenas deixe-o. Promova naquele ambiente em que ele se sinta seguro, algo que ele goste, como coberta, sache, brinquedos, para ele ficar o mais confortável possível.

Pet Med – Na sua opinião, onde os pets devem ficar para não serem estressados durante as festas em sua casa?

Jaque Padovan – Promova um espaço seguro de acordo com a preferência do pet. Pode ser e seu pet. Pode ser um cômodo, um quarto, por exemplo, um objeto como uma cama. O importante é mantê-lo em contato com coisas que ele goste nesse local de escolha dele, para deixar o ambiente bem agradável, como a caminha dele, sachê, água, ração seca, um brinquedo ou até a presença do tutor. Tudo que for deixar ele confortável e seguro.

Pet Med – Para os cães que ficam no quintal e têm medo de fogos, esses também podem e devem ficar em um cômodo em que se sinta mais seguro? 

Jaque Padovan – Sim, pode ser um cômodo fora da casa, como a lavanderia e nesse lugar ofertar tudo aquilo que ele gosta e está acostumado. É muito importante oferecer um lugar seguro para que o estrese desse animal seja o menor possível, para lhe dar qualidade física e emocional.

Pet Med – Pensando em todos esses aspectos, a Pet Med desenvolveu o Colete Calm Pet, que através de seu design com duas faixas que quando unidas na lateral fazem uma compressão suave, trazendo uma sensação de abraço e conforto. É indicado para acalmar os cães em momentos de ansiedade e estresse, como em situações de visitas ao veterinário, dias de chuvas com trovões, festividades com fogos de artifícios, viagens, ou em qualquer situação que ele se sinta ansioso. Qual é a importância e quais são os benefícios desses acessórios, como o Colete Calm Pet, para a saúde e o bem-estar nos animais, inclusive nesse período de alto estresse para cães e gatos?

Jaque Padovan – O Colete Calm Pet tem uma importância relevante, pois é uma forma de deixar o animal mais acolhido promovendo tranquilidade para ele. E é isso que nós queremos proporcionar aos nossos pets, que eles fiquem os mais relaxados possíveis!

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Nossos agradecimentos ao ano 2024

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Estamos entrando no processo de final de mais um ano, e nesta época é comum fazermos aquela reflexão sobre tudo o que vivemos ao longo dos 12 meses já passados.
Fazendo essa nossa retrospectiva, nos deparamos com tantos conhecimentos enriquecedores que compartilhamos aqui em nosso Portal através das entrevistas com renomados Médicos Veterinários de várias partes do País.


Falamos sobre como viajar com os pets de forma tranquila, ou como deixá-los sozinhos em casa de forma segura, sobre adoção consciente, sobre mix feeding, como prevenir a Dirofilariose, sobre como manter a segurança no trabalho, sobre cuidados e prevenção com a saúde ocular e de verminoses de cães e gatos.
Trouxemos também conhecimentos sobre Medicina Veterinária Integrativa, sobre como transportar os pets em segurança no carro e dentro do que estabelece a legislação do trânsito, sobre o papel dos cães e gatos no meio ambiente, sobre a importância da realização do check-up geral e cardiológico, de ter conhecimentos básicos de primeiros socorros, sobre como o clima pode afetar a saúde dermatológica dos pets, sobre como prevenir e tratar casos de obstrução em gatos, sobre Diabetes, sobre o uso de prebióticos e probióticos na saúde gastrointestinal e sobre como lidar em casos de calamidade, como o das enchentes do Rio Grande do Sul.
Trouxemos conhecimentos sobre imunidade, osteoartrite felina, sobre prevenção e tratamento do câncer de mama e de próstata e a importância de manter o protocolo vacinal dos cães e gatos em dia.

Petmed saúde e bem estar animal


O comportamento também foi destaque ao longo do ano. Falamos sobre como lidar com os gatinhos no caso de mudanças de residência, como preparar o pet para a chegada do bebê, como diagnosticar e tratar cães que sofrem com ansiedade de separação, sobre como o comportamento do animal pode interferir positivamente ou negativamente nos processos de adoção, sobre os benefícios do convívio com crianças para os animais, sobre como ajudar o pet a superar a perda de um companheiro e como ajuda-los a se manterem calmos no período de festas e queima de fogos.


Além dos assuntos técnicos da medicina veterinária, falamos também sobre como o convívio com os animais nos faz mais feliz e como pode ajudar nos transtornos de saúde humana, como no caso da terapêutica do Transtorno do Espectro Autista.
Trouxemos temas que nos levam a refletir sobre adoção consciente, sobre os animais não serem presentes, sobre não abandono e como não poderia deixar, em setembro dedicamos nossa homenagem aos Médicos Veterinários pelo mês dos profissionais desta área.


E, agora, ao final de mais uma jornada juntos, viemos aqui, para mais uma vez agradecer a todos vocês por nos concederem tempo e dedicação para contribuir com nosso trabalho, nos informando e compartilhando informações importantes para que as famílias multiespécies vivam cada vez mais em harmonia, com saúde e qualidade de vida.


Nossos sinceros agradecimentos aos Médicos Veterinários e todos os profissionais que estiveram por aqui, por toda a parceria ao longo de 2024.
Um abraço e até 2025.


Equipe Pet Med.

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Odontologia: quais são os riscos da doença periodontal para a saúde de cães e gatos?

Odontologia: quais são os riscos da doença periodontal para a saúde de cães e gatos?

Odontologia Veterinária : Mau hálito e gengiva inflamada? Saiba como a doença periodontal afeta a saúde do seu cão ou gato e previna problemas com a ajuda da veterinária Mara Rubia Mayorka.

Por Pauline Machado

Sabemos o quanto é importante realizar o check-up anual dos cães e dos gatos como medida de prevenção e assim garantir a qualidade de vida deles. No entanto, um aspecto nem sempre está incluído neste check-up: a avaliação odontológica.

O que nem todos sabem é que problemas odontológicos podem causar sérios problemas à saúde dos cães e gatos.

Para nos orientar quanto aos riscos de não tratar a doença periodontal, conversamos exclusivamente com a Médica Veterinária, Mara Rubia Mayorka, especialista em Odontologia Veterinária pela Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais – ANCLIVEPA –SP.

A entrevista, além de excelente, traz informações muito importantes. Acompanhe!

Pet Med – Para começar, por favor, nos explique o que podemos entender por doença  periodontal?

Mara Rubia Mayorka – São doenças que afetam os tecidos que sustentam os dentes, o que inclui as gengivas, os ligamentos periodontais, o osso alveolar e o cemento dental, que recobre a raiz dos dentes. 

As doenças periodontais geralmente se apresentam em dois estágios:

No estágio 1, por exemplo, afetam somente a gengiva provocando inflamação, vermelhidão, inchaço e sangramento. Quando a gengivite não é tratada, ela avança para o estágio 2, tornando-se uma periodontite, por avançar para os tecidos periodontais que sustentam os dentes, o que torna-se mais preocupante, pois, nesses casos podemos ter perda óssea, recessão gengival e mobilidade dentária. 

Pet Med – O que causa a doença periodontal em cães e gatos?

Mara Rubia Mayorka – Basicamente, são causadas pela falta de higiene bucal, mas, também podem ter outros agentes causadores, como a predisposição racial, sobretudo dos cães de porte pequeno, que apresentam menor estrutura anatômica e, consequentemente, maior proximidade dos dentes.

A idade e a alimentação de alimentos que aderem aos dentes também contribuem para a formação de placa bacteriana que levam à presença de cálculos dentários.

Pet Med – Toda doença periodontal  coloca em risco a vida dos cães e gatos? 

Mara Rubia Mayorka – Não, nem todas colocam a vida dos animais em risco. No entanto, quando não são tratadas podem, sim, comprometer a saúde geral dos cães e gatos, pois, tornam-se portas de entrada para bactérias que podem se espalhar para outras partes do corpo via corrente sanguínea, podendo levar os animais a infecções sistêmicas.

Pet Med – De que modo os familiares podem suspeitar ou identificar sinais de que o cão ou gato pode estar com alguma doença periodontal?

Mara Rubia Mayorka – É muito importante que os familiares tenham ou criem o hábito de levantar o lábio do seu cãozinho ou do gatinho para verem como estão os aspectos da gengiva e dos dentes deles. 

Eles devem observar se o cão ou o gato tem aquele bafinho, se há placa amarela nos dentes, se tem vermelhidão ou sangramento na gengiva, se ele apresenta sinais de irritabilidade, dor, agressividade, mobilidade dentária, se está com dificuldade para mastigar ou mudança na forma de morder, se está evitando brinquedos que antes mordia, se fica esfregando a pata no focinho ou esfregando o focinho no chão com frequência e se há excesso de salivação.

Na presença de qualquer um desses sinais é importante buscar ajuda do dentista veterinário o mais rapidamente possível.

Pet Med – Neste aspecto, qual é a importância de levar os cães e gatos ao dentista veterinário? 

Mara Rubia Mayorka – A avaliação odontológica deve estar incluída no check-up geral anual dos cães e dos gatos, pois como vimos, problemas odontológicos podem causar muitos problemas clínicos e nem sempre são identificados como oriundos de problemas periodontais, enquanto a doença periodontal pode causar sérios riscos à saúde dos cães e gatos. 

Pet Med – No dia a dia, de que modo é possível prevenir a doença periodontal nos cães e nos gatos?

Mara Rubia Mayorka – como medida de prevenção, o mais recomendado é fazer a escovação dos dentes regularmente. Mas, sabemos que nem sempre os familiares conseguem seja por falta de tempo, seja por não saberem fazer ou pelos pets não deixarem fazer a escovação.

Para esses casos e, paralelamente à escovação, os familiares podem oferecer os petiscos próprios para ajudar na limpeza dos dentes, assim como cenoura, maçã, fazer uso de enxaguantes bucais próprios para pets, que são diluídos na água, que também ajudam a reduzir a formação de placa bacteriana, assim como realizar avaliação odontológica regularmente, pois, ao identificar os primeiros sinais de placa bacteriana é possível fazer limpeza, como prevenção da doença periodontal que precisa de procedimentos mais invasivos para tratamento.

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Animais Não São Presentes: Um Apelo à Adoção Consciente

Animais Não São Presentes: Um Apelo à Adoção Consciente

Por Pauline Machado

Presentes materiais são passageiros, o amor por um animal é para sempre. Pense antes de presentear!

Dezembro é um dos meses do ano em que temos o costume de presentear amigos e familiares.
No entanto, é importante ressaltar que nem tudo que é bonito, fofo, encantador deve ser visto como um presente. Um exemplo disso são os animais.
Recentemente o Código Civil brasileiro foi alterado para incluir o conceito de que os animais não são mais considerados “bens móveis”, mas sim seres sencientes, ou seja, eles também têm a capacidade de sentir.
Essas mudanças refletem o entendimento atual de que os animais têm direitos e, além de precisarem e terem proteção legal específica, não são mais vistos como até então, de que seriam meros objetos de propriedade, mas sim, que são integrantes, parte das famílias multiespécies. Desta forma, não devem servir como objeto para presentearmos uma pessoa querida.

A intenção pode ser boa, pois, sabemos o quanto maravilhoso é compartilhar nosso dia a dia com os animais. No entanto, nem todas as pessoas estão preparadas para esse momento. Muitas vezes pode não dispor de tempo, de condições financeiras, de espaço, de afeição e até mesmo de condições emocionais para se responsabilizar por cuidar de um animal de estimação. Nestes casos, ao invés de fazer bem a eles, os deixará em condições vulneráveis.


Devemos sempre lembrar que os animais, assim como nós humanos, precisam de companhia, de interação, de brincadeiras e passeios, de cuidados médicos, de comida, de carinho e atenção, de aconchego, de mimo, de banho, de comida, de respeito e de amor, então, na dúvida, seja em qualquer época do ano, o melhor presente é não presentear alguém querido com um animal.


Bom final de ano a todos!

Presentes passam, o compromisso com um animal não. Adote com responsabilidade, não presenteie com vidas!

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Comportamento: como ajudar o pet a lidar com o dia a dia após a perda de um companheiro?

Comportamento: como ajudar o pet a lidar com o dia a dia após a perda de um companheiro?

Por Pauline Machado

Hoje em dia é muito comum vermos grupos para as pessoas falarem e trabalharem a convivência com o luto seja de uma pessoa querida, um amigo, um familiar e, também de um pet.

No entanto, nos perguntamos se os cães e gatos também vivenciam o luto após perderem a convivência com outro animal de companhia ou com um ente da família.

Para nos explicar essas e outras questões relacionadas a como os animais lidam com a perda, conversamos com exclusividade com a Médica Veterinária Rita Ericson, formada em 1994 pela Universidade Federal Fluminense, pós graduada em Etologia Clínica pelo Instituto Qualittas, no Rio de Janeiro e Mestre em Comportamento animal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Além de autora do site www.bichosaudavel.com e dos livros Latidos de Sabedoria e Miados de Sabedoria, Rita apresenta boletins diários sobre saúde e comportamento de cães e gatos na Rádio JB FM, no Rio de Janeiro, foi consultora de veterinária do Programa Encontro com Fátima Bernardes, de 2014 até 2021, e do podcast Bichos na Escuta do G1/Fantástico e desenvolveu uma websérie para o GShow, com 19 episódios sobre cães e gatos. 

É também, membro e fundadora do TanatoVet – um grupo de veterinárias e psicólogas, que estuda a finitude, a comunicação de más notícias e o luto na Medicina Veterinária, e certificada no Programa Fear Free, criado por especialistas em comportamento e medicina veterinária, focado em minimizar o medo, a ansiedade e o estresse dos animais durante visitas ao pet shop e procedimentos veterinários.

 Na área acadêmica, Rita é professora de comportamento animal no curso de pós-graduação da Universidade Tuiuti do Paraná e professora de pós-graduação PainCare da Escola Brasileira de Medicina Veterinária – Ebramev.

As considerações da especialista são muito importantes, acompanhe!

Pet Med – Muito falamos sobre a dor que as pessoas sentem quando perdem seus animais de estimação. No entanto, gostaríamos de saber como os próprios animais sentem a perda de um familiar mais próximo ou de um outro pet que tenha sido seu companheiro dentro da família. Cães e gatos sentem a dor do luto? 

Rita Ericson – Os dois trabalhos mais importantes que a gente tem publicados sobre isso – estamos falando sobre ciência, e não sobre o que a gente percebe no dia a dia – sendo um focado em cães e outro é focado em gatos, mostram que os humanos que responderam aos questionários sobre a mudança de comportamento dos seus animais após a perda de outro animal – porque os dois estudos foram feitos com a perda de um animal da mesma espécie que ele – mostram que eles sentem, que eles percebem alterações comportamentais, especialmente relacionadas a brincar menos, comer menos, redução de atividade, aumento da busca por atenção dos humanos e aumento da sonolência. Isso é o mais perceptível. No entanto, a gente precisa destacar questões que os dois trabalhos levantam, que é, se isso tudo não é muito interpretado pelos humanos que também estão enlutados. E, aí o que os trabalhos mostram também é que se esses animais tinham uma relação afiliativa, ou seja, se eram amigos, ou eram da mesma família, se eles tinham uma relação próxima, esses comportamentos alterados são mais facilmente percebidos do que quando os animais não têm uma relação afiliativa entre eles. E, também, sobre o tempo de convivência, eles perceberam que quando os animais tinham mais tempo de convivência as mudanças de comportamento ficam mais evidentes.

Pet Med – Como os familiares podem identificar se o(s) pet(s) da família pode(m) estar sofrendo com a perda de um familiar ou de um companheiro pet?

Rita Ericson – Observando de perto o seu comportamento. Conhecendo bem o seu animal, qual é o padrão dele de brincadeira, de alimentação, de atividade, de sono, a gente percebe quando isso está alterado. Os animais se beneficiam muito de rotina, então, quando existe uma rotina e essa rotina é saudável e se repete, a gente percebe quando ela sai do padrão. 

Pet Med – Diante dessa constatação, quais devem ser os cuidados com esse pet para que ele não viva triste ou desenvolva quadro de depressão ou outro tipo de problema de saúde?

Rita Ericson – Essa é uma questão importante, porque muitas vezes pode-se fazer uma confusão entre comportamentos parecidos com o do luto e o da depressão, e na verdade o animal está doente, então a gente tem que tomar muito cuidado para não considerar que é luto sem fazer um check-up de saúde. E aí, o que a gente pode fazer, considerando que o animal está saudável, que ele está triste, sentindo a falta do outro, é tentar melhorar a qualidade de vida dele o máximo que a gente puder, oferecendo sensações prazerosas, emoções positivas, sempre respeitando o espaço dele.

Pet Med – Muitas famílias tentam resolver essa ausência com a adoção de um novo cão ou gato para fazer companhia ao pet que ficou. Essa solução é uma boa opção? 

Rita Ericson – Essa questão é complexa, inclusive por conta do luto da família. Se a família está enlutada, muitas vezes a decisão de adotar um outro animal, naquele momento pode não ser muito boa e a mesma coisa vale para o pet. Às vezes é um pet idoso, e ele pode até estar sentindo a falta do outro que faleceu, mas pensar em conviver com um filhote cheio de energia e animado, por exemplo, pode ser muito pior do que ele se adaptar à nova realidade de não ter outro pet para conviver com ele.

Pet Med – E quando a falta é de um ente da família, o que pode ser feito para diminuir ou ajudar o animal a lidar com essa perda?

Rita Ericson – Como a gente não tem nenhuma pesquisa falando sobre o luto dos animais com relação à perda dos humanos, mas, a gente tem depoimentos e percepções de pessoas que convivem com os pets dizendo que o animal fica diferente, é mais ou menos a mesma estratégia da perda de um pet. É tentar fazer a vida de esse animal ficar boa, ser boa ou ser melhor do que era. Eu, pessoalmente, sem ter embasamento científico, porque eu nunca fiz uma pesquisa sobre isso, costumo recomendar que se evite ficar repetindo muito o nome da pessoa ou o nome do pet que não está mais presente, porque o que a gente sabe sobre a capacidade cognitiva dos animais, nos mostra que eles não têm o conceito da morte como um acontecimento. Eles não sabem que aquele animal ou aquela pessoa sumiu porque morreu, e sim, porque ele não está mais ali. O conceito da morte para os humanos, ele é muito profundo, porque a gente sabe que é definitivo. A gente tem esse conceito de que a morte é uma interrupção de um vínculo real, presencial e que a partir do momento em que o indivíduo morre você não terá mais essa possibilidade de convivência. Esse conceito de morte, os animais não têm, então, quando ele sente falta, ele está sentindo falta da companhia daquele animal ou daquela pessoa ali do lado dele.

Pet Med – Quais são as consequências para os animais quando sofrem esse tipo de perda, se essa dor não for levada em consideração e com atenção pelos familiares?

Rita Ericson – Eu acho que o maior risco é do animal estar doente e a pessoa considerar que ele está enlutado, porque se o animal realmente está enlutado, e a qualidade de vida dele estiver boa, ele provavelmente vai ficar normal, voltar para o comportamento dele normal dentro de algum tempo. O que a gente chama de luto complicado nos seres humanos, a gente não tem registro nos animais, nem existe registro de comportamentos semelhantes ao luto em cães selvagens, por exemplo. Em outras espécies a gente vê, nos elefantes, nos primatas, por exemplo, a gente vê, inclusive, alguns estudos e comportamentos diferentes depois que o animal morre, mas, nos cães selvagens não há esse tipo de comprovação.

Pet Med – Para finalizar, que outras informações você entende como importantes e que não tenham sido abordadas durante a entrevista?

Rita Ericson – É muito importante ressaltar que os dois estudos recentes, esse sobre os gatos, de 2024 – Is companion animal loss cat-astrophic? Responses of domestic cats to the loss of another companion animal, e sobre cães, de 2022, Domestic dogs (Canis familiaris) grieve over the loss of a conspecifc, mostram que é muito difícil separar o que essa família está interpretando no comportamento desse animal através do seu luto, porque essa família também está enlutada, e o que esse pet pode estar percebendo de diferente neste ambiente familiar em que ele vive por causa do luto dos humanos e não por causa do luto dele. Por exemplo: um animal que se aproxima do ser humano quando ele está inseguro. Nesse momento, esse ser humano é a segurança dele, ele se aproxima de você para te pedir ajuda, se você ser humano, está inseguro, não está bem, está  com raiva, triste ou vivendo uma emoção negativa, esse pet pode não se sentir seguro em pedir ajuda para uma pessoa que está assim, então, tem todas essas percepções que podem ser interpretadas pelos humanos que estão enlutados, e que transformam essa nossa percepção para com os animais. Isso tudo é importante considerar.


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