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Por Pauline Machado

Cães e gatos vivem cada vez mais integrados ao estilo de vida humano, mas, essa convivência, por mais afetuosa que seja, também os expõe a um ritmo de vida que nem sempre se encaixa com seus limites emocionais e comportamentais. O estresse, muitas vezes silencioso, pode se instalar de forma progressiva e afetar profundamente a saúde dos animais, mesmo sem sinais clínicos imediatos. Entender como ele atua no organismo é essencial para prevenir doenças e promover bem-estar real aos nossos companheiros.

Nesta entrevista, a Médica Veterinária e nossa jornalista, Pauline Machado, aborda, de forma aprofundada, como o estresse impacta a saúde de cães e gatos, quais os sinais menos óbvios que merecem atenção, as doenças que podem se originar ou se agravar devido ao estresse, e, principalmente, como familiares e profissionais podem atuar de maneira preventiva, afetiva e integrativa. 

Do enriquecimento ambiental ao uso de terapias naturais, passando por ajustes na rotina do próprio tutor, cada ação consciente faz diferença na qualidade de vida dos animais com quem dividimos o lar.

Acompanhe as orientações e compartilhe com amigos e familiares.

Como o estresse afeta o organismo de cães e gatos, mesmo quando não é visível de imediato.

Pauline Machado – O estresse ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), liberando cortisol, adrenalina e outros hormônios que afetam múltiplos sistemas do organismo. Mesmo quando o animal parece estar visivelmente dentro da normalidade, internamente há aumento da frequência cardíaca, contração muscular constante, prejuízo na digestão e supressão imunológica. A longo prazo, esse estado de estresse favorece o surgimento de doenças crônicas, alterações comportamentais e até distúrbios metabólicos. O estresse silencioso é perigoso porque é cumulativo, ou seja, ele se instala aos poucos, sem sintomas evidentes, e quando aparece, já está em estágio avançado.

Sinais mais sutis (ou silenciosos) de que um pet está vivendo um quadro de estresse crônico.

Pauline Machado – Sinais discretos, como mudanças no apetite, sono irregular, lambedura excessiva, vocalizações fora do habitual, mudanças nos padrões de higiene, a exemplo dos gatos que param de se limpar,, fazer xixi fora do lugar ou se isolar em cantos escuros podem indicar estresse crônico. Muitos desses comportamentos são interpretados erroneamente como “manha” ou “teimosia”, mas na verdade são pedidos de socorro. É preciso ter atenção e compreender os sinais que eles nos dão.

Como a rotina acelerada dos familiares e o ambiente humano moderno está deixando os pets mais ansiosos.

Pauline Machado – Cães e gatos foram domesticados para viver próximos a humanos, mas não estavam preparados para o estilo de vida urbano atual que engloba morar em apartamentos pequenos, presença de barulho constante, ausência prolongada dos familiares em casa e excesso de estímulos tecnológicos são alguns exemplos. A falta de previsibilidade, a carência de interação significativa e o excesso de tempo ocioso aumentam o risco de estresse e ansiedade, especialmente quando não há estratégias de compensação emocional e ambiental. Entendemos que a rotina atual é corrida, mas, é preciso inserir tempo para interagir e estar presente com seus pets. É como aquele antigo ditado: “não basta ser pai, tem que participar”, e isso inclui estar presente, de corpo e alma.

Como os familiares podem ajustar a própria rotina e energia emocional para não transmitir ansiedade aos pets

Pauline Machado – Animais são extremamente sensíveis à linguagem não verbal dos seus familiares. O tom de voz, a respiração, os gestos e o ritmo da casa influenciam diretamente o humor dos cães e dos gatos, por isso, é importante que os tutores pratiquem autocuidado, desacelerem sempre que for possível e desenvolvam uma convivência mais atenta e afetiva com seus pets. Vale ressaltar que estamos falando de famílias multiespécies, logo,os familiares mais presentes e emocionalmente disponíveis são os melhores remédios para reduzir o estresse dos cães e dos gatos.

Doenças físicas que podem surgir ou se agravar por causa do estresse em cães e gatos.

Pauline Machado – O estresse é o maior inimigo dos animais. Cães e gatos que vivem sob situações de estresse podem desenvolver ou agravar doenças cardíacas, gastrointestinais como gastrites, colites e vômitos crônicos, assim como problemas dermatológicos como dermatite por lambedura e alopecia psicogênica, doenças urinárias como cistite idiopática felina e doenças autoimunes. Em casos mais graves, o sistema imune entra em colapso e o animal passa a desenvolver infecções recorrentes. É preciso destacar e frisar que a saúde emocional está diretamente ligada ao equilíbrio físico do organismo, logo, cuidar da saúde emocional dos cães e gatos é tão importante quanto cuidar da saúde física. Ambas são igualmente fundamentais para a qualidade de vida e longevidade dos pets.

Mudanças na rotina que afetam o equilíbrio emocional dos pets.

Pauline Machado – Mudanças de casa, ausência do tutor, chegada de outro animal, todas essas mudanças rompem com a previsibilidade que cães e gatos tanto valorizam, principalmente os gatos que não gostam de mudanças nas suas rotinas. A ausência prolongada do tutor, por exemplo, pode causar um estado de alerta constante nos cães, insônia, falta de apetite e até comportamentos regressivos, como destruição de objetos ou eliminação inadequada. Já a chegada de outro animal pode gerar competição por atenção e recursos, desencadeando ansiedade e insegurança. Por isso, seja qual for a adaptação que o seu pet esteja passando, precisa ser gradual e respeitosa, com acolhimento emocional e, principalmente paciência.

Enriquecimento ambiental como antídoto diário contra o estresse.

Pauline Machado – O enriquecimento ambiental oferece desafios, estímulos positivos e oportunidade de expressão comportamental natural. Isso reduz a frustração, aumenta a autoestima e dá ao cão e ao gato, a chance de ser quem ele é. Para gatos, isso inclui prateleiras, arranhadores, esconderijos, brinquedos interativos. Para cães, passeios variados, brinquedos recheáveis, socialização positiva. Um ambiente rico em estímulos controlados é um verdadeiro calmante natural para eles e para toda a família.

Raças ou perfis de animais mais sensíveis ao estresse.

Pauline Machado – Raças como Border Collie, Poodle, Spitz Alemão, gatos  Siamês e Bengal são mais sensíveis a mudanças e aos estímulos intensos. Animais resgatados, que sofreram maus-tratos, filhotes desmamados precocemente ou idosos também têm maior vulnerabilidade. A prevenção envolve paciência, empatia, amor em conjunto com rotinas estáveis, previsibilidade, enriquecimento ambiental, e, muitas vezes, suporte com terapias naturais desde cedo.

Abordagens naturais que podem ser usadas com segurança para aliviar o estresse.

Pauline Machado – Fitoterápicos como Passiflora, Melissa e Bacopa Monnieri têm ação calmante eficaz e segura para cães e gatos, quando manipulados corretamente. A L-teanina, o triptofano e o magnésio também são excelentes nutracêuticos para o equilíbrio emocional. Florais de Bach são úteis em mudanças, traumas, medo e insegurança. A homeopatia, quando bem prescrita, também ajuda a tratar a raiz emocional do estresse de forma profunda e duradoura, sem efeitos colaterais.

Como transformar a casa em um espaço mais emocionalmente saudável para seu cão ou gato.

Pauline Machado – A primeira coisa a fazer é estabelecer uma rotina previsível, com momentos de atenção exclusiva para o pet. Investir em enriquecimento ambiental compatível com a espécie e o temperamento do animal. Criar um espaço seguro e silencioso onde ele possa descansar sem ser perturbado e reduzir possibilidades de ruídos. É fundamental evitar dar broncas quando eles tiverem algum comportamento resultante do estresse, como latidos excessivos, xixiou cocô fora do local, roer móveis ou objetos. Ao invés, converse com tom de voz brando e promova interações positivas com ele. De novo: um lar emocionalmente saudável é construído com respeito, escuta e conexão diária – para todas as espécies.

Acessórios que ajudam a reduzir casos de estresse em cães e gatos.

Pauline Machado – Acessórios como o Colete Calm Pet da Pet Med, promove contenção suave e estímulo tátil semelhante ao toque materno, o que ajuda a  reduzir ansiedade e medo. 

O Oto Calm Protector também é um importante aliado, pois, protege os ouvidos de estímulos sonoros intensos, como fogos ou trovões, aliviando fobias auditivas. 

O Colar Conforto evita o estresse muitas vezes causado pelo colar elizabetano tradicional, oferecendo proteção com mais conforto pelo seu design anatômico. 

Já o Protetor para Fralda e o Fit para Raças ajudam a manter a higiene com bem-estar, especialmente em animais com necessidades especiais oriundas de estresse, como os casos de incontinência urinária psicogênica, ou seja, cães e gatos que urinam involuntariamente em momentos de medo, submissão, ansiedade ou excitação extrema. 

Casos de marcação territorial compulsiva, muito comum em cães e gatos inseguros, especialmente em ambientes com múltiplos pets ou após mudanças na rotina.

Há, ainda, os casos de eliminação inadequada associada à ansiedade de separação, em que o pet faz xixi ou cocô em locais incomuns, como camas ou sofás, quando ficam sozinhos ou após a ausência dos familiares.

O uso do Protetor para Fralda e o Fit para Raças também é indicado para os cães e gatos que apresentam comportamento compulsivo ligado ao estresse, aquele que gera lesões ou inflamações, ou seja, casos de alopecia e lambedura  excessiva na região genital ou perineal e, também, para aqueles que apresentam comportamento regressivo em resgatados ou traumatizados, ou seja, cães e gatos que voltam a fazer necessidades dentro de casa ou em locais indesejados, mesmo após treinamentos anteriores.

Nesses casos, o uso de acessórios bem ajustados e anatômicos, como os da Pet Med, reduz frustrações associadas à perda de controle fisiológico, o que melhora a autoestima do animal, evita broncas injustas e previne infecções secundárias. Tudo isso contribui diretamente para o controle do estresse físico e emocional, oferecendo mais dignidade ao cuidado diário dos animais.

Por fim, é importante ressaltar que o estresse não é um problema apenas comportamental — ele é uma questão de saúde integral. Por isso, é fundamental que familiares e profissionais da medicina veterinária estejam atentos aos sinais silenciosos que eles nos dão, todos os dias, nos detalhes, e atuem com estratégias preventivas e, de preferência, naturais e integrativas para ajudar esses pacientes a .terem boa saúde física e emocional, em equilíbrio e harmonia com seus familiares. Isso proporciona maior longevidade para eles e para os seus humanos de estimação.

O estresse pode ser um inimigo silencioso para a saúde do seu pet, mas você tem o poder de transformá-lo! Priorize o bem-estar emocional do seu cão ou gato, observe os sinais e adote as estratégias preventivas e integrativas que discutimos.

Para dar um passo a mais no cuidado e conforto do seu companheiro, conheça a linha completa de produtos Pet Med! Nossos acessórios, como o Colete Calm Pet e o Oto Calm Protector, são desenvolvidos com tecnologia e carinho para oferecer alívio em momentos de ansiedade e estresse.

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