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Quando devo levar meu pet ao veterinário?

Quando devo levar meu pet ao veterinário?

Consulta Veterinária: Quando levar meu pet?

Por Pauline Machado

Quando um animal passa a fazer parte da nossa família, ele se torna um integrante da casa e que, assim como os outros moradores, precisa ser tratado com respeito, amor e muita responsabilidade, o que inclui a consciência de que levá-lo ao veterinário deverá fazer parte da rotina da família, não apenas nos eventuais momentos de urgência ou emergência, mas, sobretudo, como medida de prevenção.

De acordo com o Médico Veterinário Roberto Luiz Lange, portador do CRMV 2806-PR, diretor da Associação Brasileira dos Hospitais Veterinários (ABHV), conselheiro do CRMV-PR e diretor do Hospital Veterinário Santa Mônica, em Curitiba, levar os pets ao veterinário é importante tanto para garantir a saúde do animal quanto de toda a família. “Além de garantir que o pet fique livre de doenças que possam contaminar os membros da família, a visita ao veterinário vai promover as medidas de medicina preventiva, aumentando assim, a longevidade do animal, com qualidade de vida e diretamente proporcionando bem-estar e satisfação para os humanos envolvidos”, esclarece.

Periodicidade

Dr. Roberto Lange orienta ainda que a idade ideal para frequentar o veterinário, caso não haja nenhuma alteração na saúde do animal, é aos 45 dias de vida para iniciar o protocolo de vacinação, até se completar o quadro de vacinação e desverminação proposto pelo Médico Veterinário. “Logo após o término do esquema vacinal deve-se agendar visita a fim de programar a castração tanto para fêmeas, quanto para os machos. Para cães na fase adulta – com um a seis anos de idade, deve ser feito pelo menos uma visita anual para check-up e revacinação. Cães acima de seis anos são recomendadas duas visitas anuais para monitorar a fase senil”, aconselha.

Check-up

O diretor da ABHV explica que, de modo geral, a realização de um check-up no pet irá incluir avaliação de doenças da boca, tais como tártaro ou presença de dentes de leite, avaliação do escore corporal, exames de sangue e de imagem como ecocardiograma e ultrassonografia. “No entanto, para cada situação o Médico Veterinário fará suas escolhas, levando em conta a idade do paciente, raça, porte e a presença de doenças nas suas várias fases da vida”, ressalta.

Escolhendo o Médico Veterinário

Para aqueles que estão, pela primeira vez, tendo a presença de um pet na família, ou mesmo quem já convive com eles em casa, mas, não sabe o que levar em consideração na hora de escolher o médico veterinário do seu pet, o Conselheiro do CRMV do Paraná enfatiza que todo Médico Veterinário atuante na clínica, consultório ou Hospital de animais de companhia está preparado para promover a saúde dos animais, e que, convém ao tutor, estabelecer uma relação de confiança com o veterinário e obter informações sobre os horários de funcionamento do estabelecimento. “Dê a preferência por locais onde o atendimento seja vinte e quatro horas, e o mais próximo da sua residência, para casos de emergência. Estruturas de clínicas e hospitais normalmente dispõem de todos os exames necessários em um só lugar, além do contar com equipes de especialistas nas diversas áreas”, evidencia.

Ele considera, ainda, que, para o tutor é sempre bom ter uma relação de confiança com o estabelecimento escolhido. Em sua opinião, manter a fidelidade é imperativo para a melhor condução da saúde do pet durante a vida dele. “O estreitamento das relações interpessoais com a equipe de um determinado estabelecimento fará com que o prontuário do paciente fique restrito a um só lugar fazendo com que a tomada de decisões seja mais assertiva. Uma boa oportunidade para se fazer a escolha definitiva é nos momentos iniciais da vida do pet e o tutor poderá avaliar a qualidade do atendimento tanto mais o veterinário tratar de medicina veterinária preventiva”, reforça.

Levando o pet ao Veterinário

Após escolher o profissional que irá cuidar da saúde do seu pet, é hora de saber como levar o seu cão ou gato até ele. De acordo com o Dr. Roberto Lange, os cães devem ser levados ao veterinário em caixas de transporte afixadas no carro por cinto de segurança. “Evite levar o seu pet diretamente no colo, pois alguns animais podem se sentir inseguros e ficar fora de controle devido ao estresse. Isso vale também para os gatos”, garante.

E por falar em gatos, estes também devem ser transportados em caixa de transporte apropriadas para o tamanho de cada animal. “Para os gatos, convém acostumar o animal em casa para entrar e sair da caixa. Isso pode ser conseguido deixando a caixa próxima ao lugar de dormir e alimentar de modo que o animal possa se sentir mais seguro quando for transportado. Sempre que o animal for transportado, preferencialmente deixe a caixa de transporte acima do chão, pois os felinos se sentem mais seguros dessa forma. É, também, altamente recomendado levar com o gato algum objeto que ele gosta de brincar ou coberta utilizada por ele”, detalha o diretor do Hospital Santa Mônica, em Curitiba.

Atenção no dia a dia

Em nossa rotina diária devemos nos manter sempre atentos aos possíveis sinais aparentes no comportamento do pet para identificar se está tudo bem ou se é hora de levá-lo ao veterinário e, em hipótese alguma, consultar o Google, as redes sociais ou ajuda de amigos. A orientação, segundo Lange, é procurar ajuda do Veterinário nas várias manifestações de desconforto como quando o animal estiver, por exemplo, mancando, com lambeduras excessivas, coceiras de modo geral, mau hálito, perda de peso, falha nos pelos, vômitos e/ou diarreias, perda do apetite, emagrecimento, sobre peso, excesso de ingestão de água, entre outros sinais. Enfim, todos os casos que fujam da normalidade devem ser investigados por um Médico Veterinário”, assegura o especialista.

Riscos ao não levar o pet ao Veterinário

Quando o tutor negligencia a ida do pet ao veterinário, ele pode estar colocando em risco, não somente a saúde do animal, mas, também, a de toda a família. “Animais possuem sua suscetibilidade a doenças próprias, porém, algumas dessas doenças podem ser transmitidas ao ser humano, as quais chamamos de zoonoses. Por exemplo a leptospirose, doença que pode contaminar o cão e por conseguinte os humanos. Em regiões endêmicas, a raiva é uma das doenças mais problemáticas e por isso, todos os cães devem ter essa vacina em dia. Algumas verminoses do cão podem, também, contaminar o humano, além do que, as infecções dentárias deles levam a possiblidade de contaminar as pessoas da casa por bactérias, daí a necessidade de se controlar o tártaro com limpezas periódicas”, afirma e finaliza o médico veterinário, Roberto Lange.

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Leucemia em gatos: como identificar e tratar a doença?

Leucemia em gatos: como identificar e tratar a doença?

Por Pauline Machado

Contraída por meio do contato com a saliva, urina ou com as fezes de felinos contaminados, a FeLV – Feline leukemia vírus, também conhecida popularmente como leucemia felina é uma doença que deixa os animais vulneráveis a doenças infecciosas, lesões na pele, desnutrição, lentidão na cicatrização de feridas e problemas reprodutivos.

O vírus da felv induz principalmente imunossupressão (queda de imunidade), anemia e tumores (principalmente linfoma e leucemia), de acordo com a cepa que o animal apresenta.

Além de ser exclusiva aos felinos, ou seja, não é transmitida para humanos nem para outros animais, como os cachorros, a FeLV é altamente contagiosa e afeta diretamente o sistema imunológico do pet, podendo, inclusive, diminuir sua expectativa de vida se não for diagnosticada previamente.

Para esclarecer essas e outras informações sobre a doença, formas de tratamento e de como proporcionar uma qualidade de vida melhor para os gatos testados positivo para FeLV, conversamos com a médica veterinária Fabiana B. S. Oliveira que nos tirou várias dúvidas.

Dra. Fabiana B. S. Oliveira – médica veterinária (arquivo pessoal)

Primeiramente ela nos explicou que, tecnicamente, podemos entender como leucemia, a proliferação de células neoplásicas na medula óssea e sangue periférico.

De acordo com a Médica Veterinária, a leucemia pode ser aguda ou crônica, e linfoides ou mieloides. No caso das agudas, se apresentam em dois tipos: leucemia mieloide aguda e leucemia linfoide aguda. “Na leucemia mieloide aguda observa-se a presença de mieloblastos e células imatura, enquanto na leucemia linfoide aguda observa-se a proliferação de células linfóides neoplásicas. Ambas no sangue periférico e medula óssea”, detalha.

Nos casos crônicos a doença se apresenta como leucemia mieloide crônica e leucemia linfoide crônica. “A leucemia mieloide crônica acomete principalmente os animais idosos. É observado o aumento gradual do número de células diferenciadas no sangue. Na leucemia linfoide crônica ocorre o aumento de linfócitos maduros circulantes de forma lenta. Normalmente esses gatos são assintomáticos com diagnóstico realizado através de hemograma de rotina. Em alguns casos se observa o emagrecimento e apatia”, explica.

Em ambos os casos o diagnóstico é feito através da realização do hemograma e da análise da medula óssea do animal, e, embora os sinais clínicos sejam inespecíficos e de forma aguda, a doença, em sua grande maioria, acomete gatos jovens, que quando infectados apresentam sintomas como febre, perda de apetite, emagrecimento, fraqueza, aumento de linfonodos, fígado e baço, ilustra.

Para evitar que o gato tenha leucemia, ele deve ser vacinado para FeLV e receber todos os cuidados para manutenção da sua saúde, como boa alimentação, bem estar e cuidados gerais, esclarece a médica veterinária Fabiana Oliveira.

Opções de tratamento

De acordo com ela, além da vacina para FeLV, que é um retrovírus associado a maioria dos casos de leucemia aguda, dependendo do tipo de leucemia que o gato apresenta, existem tratamentos que podem manter a doença sob controle e colocar o paciente em remissão. “Na maioria das vezes essa remissão é temporária, sendo necessário acompanhamento por toda a vida. Nas leucemias agudas, o prognóstico é muito pior e apresenta pouca resposta a quimioterapia”, acresenta.

A duração do tratamento varia de acordo com o protocolo, podendo se dar por diversas semanas, ou  até manutenção de medicamentos por toda a vida. Por isso, para promover uma qualidade de vida melhor aos gatos com leucemia, é necessário o tratamento suporte para que o paciente se sinta bem e continue se alimentando, orienta Fabiana. “Fluidoterapia, analgésicos, medicamentos para náuseas e estimulantes de apetite são frequentemente usados. Como anemia é comumente encontrada em pacientes com leucemia, as transfusões de sangue são indicadas em muitos casos. Muitas vezes a colocação de sonda esofágica para alimentação desses pacientes é indispensável”, exemplifica.

A atenção do tutor

Qualquer mudança no comportamento, peso e apetite observada no dia a dia pelos tutores deve ser levada em consideração e investigada. Além disso, todos os gatos devem ser testados para FIV e FeLV.

No caso dos FeLV positivos, consultas e exames de rotina devem ser feitos frequentemente para acompanhamento, devido ao alto risco de desenvolverem leucemias e linfomas, acrescenta e enfatiza a médica veterinária. “Em todos os casos em que o paciente adoece e necessita de cuidados especiais, a paciência, colaboração e dedicação dos seus tutores são essenciais para se iniciar e manter o tratamento. Apesar de ser um momento muito difícil para o gato e sua família, uma boa orientação com o apoio do veterinário de confiança pode ajudar a se adaptar a nova situação, retirando todas as dúvidas e decidindo em conjunto qual a melhor abordagem para cada paciente”, finaliza.

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Como ser voluntária nos Projetos de responsabilidade animal mudou minha vida

Como ser voluntária nos Projetos de responsabilidade animal mudou minha vida

Voluntariado em Projetos de Causa Animal

Por Pauline Machado

Para iniciarmos este ano de 2021 tão cheio de esperança por dias melhores, mais tranquilos e saudáveis, traremos durante o mês de janeiro conteúdos que contemplarão o tema bem-estar e corpo.
Como forma de ressaltar a importância dos animais neste contexto, conversamos com  uma pessoa muito especial –  Glícia Ribeiro de Oliveira, fonoaudióloga, mestre e doutora em Fonoaudiologia, e voluntária integrante da equipe do Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos.

Com exclusividade, Glícia nos contou um pouco sobre o que mudou na sua vida a partir do trabalho no Rancho e sobre as reflexões que o convívio com os animais traz a todos nós, seres humanos.

Acompanhe!

PetMed – O que significa para você doar seu tempo como voluntária do Rancho dos Gnomos, em prol da saúde, do amor e do amparo aos animais?

Glícia de Oliveira – Doar meu tempo para ser voluntária do Rancho significa força e coragem para o meu dia a dia, principalmente pela história de servidão aos animais dos fundadores do Rancho – Marcos e Silvia, quanto hoje poder estar tão próxima desses animais que são acolhidos e que encontram uma nova chance de viverem como eles deveriam viver junto aos humanos, com amor, dedicação e respeito acima de tudo e dessa harmonia.

Então, hoje para mim, força e coragem são as duas palavras que resumem o vínculo que você pode ter com um animal em que você troca o olhar e, embora ele já tenha sofrido tanto, principalmente nas mãos do homem, ainda assim, ele te olha com muita compaixão. Lá no Rancho a gente encontra, principalmente, este sentimento, o de gratidão. Quando eles sentem que você está fazendo algo por eles, você percebe nitidamente o olhar deles de agradecimento, ao que brota genuinamente no meu coração cada dia mas também por estar vivendo isso junto deles.

PetMed – Há quantos anos você é voluntaria no Rancho dos Gnomos?

Glícia de Oliveira – Eu acompanho o trabalho, a história da Silvia e do Marcos pelas redes sociais há muitos anos, mas a primeira vez que eu os encontrei pessoalmente, e que, desde o primeiro momento já surgiu uma conexão tamanha com os dois e com a história deles, ainda mais de perto ali junto com os animais, fará dois anos agora em novembro, que eu tenho a honra mesmo de estar como voluntária do Rancho.

PetMed – O que lhe fez ser voluntária do Rancho e o que mudou na sua vida desde então?

Glícia de Oliveira – Eu fui passar um fim de semana pelo programa Eco Voluntário do Rancho, e lá eu pude presenciar algo que eu nunca tinha visto na minha vida. Que eu acompanhava a história do Rancho pelo Instagram, sabia do quanto a Silvia e o Marcos serviam aos animais, mas, quando eu cheguei lá era muito melhor do que eu tinha visto virtualmente.

Eu sentia verdade pelos vídeos e tudo, mas, quando você chega no Rancho, você sente uma energia de tanta verdade, de tanta transparência, que eu fiquei encantada. É surreal!

Então, o que me fez ser voluntária do Rancho, é que eu tento levar a minha vida sempre com muita verdade. Essa verdade eu pude encontrar no caminhar da Silvia e do Marcos e nesse amor em cada olhar dos animais, em que você vê o espelho de toda a história, então, isso me fez ser voluntária. A cada dia que passa eu quero mais estar junto, ajudar, apoiar e compartilhar dessa minha história com eles.

Um pouco antes de ser voluntária, eu tive alguns problemas pessoais em que eu estava um pouco desanimada, triste e hoje eu me sinto muito mais feliz, muito mais útil e muito mais forte com esse amor, com essa harmonia com os animais, com essa servidão.

Eu acho que eu passei a servir mais, não só com os animais, eu me sinto muito mais gentil, mais generosa e mais cuidadosa com todos os seres vivos. Tanto com os animais, como com uma formiguinha que eu já cuidava e tentava não pisar, mas, hoje eu quero ver onde ela mora, o que ela está comendo, sabe? Essas coisas mínimas, mas eu passei a valorizar cada detalhe, porque toda vida importa. Acho que isso mudou muito a minha vida.

PetMed – Por que a vida relacionada com os animais é melhor?

Glícia de Oliveira – Eu acho que a conexão principalmente. Esse vínculo com os animais nos faz melhor, sim. A vida é muito melhor com eles, principalmente porque a gente precisa ser como eles, sobretudo com relação ao amor incondicional, à fidelidade, ao olhar genuíno. Eu estou aqui respondendo e estou com uma das minhas quatro cachorras me lambeando. Eles estão o tempo todo se doando, se dando, se entregando, e eu acho que isso nos faz melhor a partir do momento em que a gente também se entende nesse vínculo.

Eu fiz meu mestrado e meu doutorado com intervenção assistida por animais. E, até no doutorado, trabalhei um pouco mais a parte quantitativa para mostrar que você fica melhor ao se relacionar com o cão. Você fala melhor, você se comunica melhor porque eu, como fonoaudióloga, uso o cão como um dispositivo terapêutico para motivação de linguagem, e, sem dúvida nenhuma , todos os pacientes em que eu estava com o cão a relação e o vínculo foram imediatos, como consequência natural, os benefícios são disparadamente melhores – não queixando da tradicional, do vínculo do terapeuta em si, mas, ajuda muito nessa conexão. Então, sem dúvida nenhuma é muito melhor estar com eles!

PetMed – O que mais você gostaria de acrescentar sobre as maravilhas de conviver – e servir aos animais?

Glícia de Oliveira – Primeiramente eu gostaria muito de agradecer o trabalho do Marcos e da Silvia, junto aos animais, e de acrescentar que eu estou muito grata com tudo o que eu tenho vivido junto ao Rancho dos Gnomos, participando dos resgates e das transferências dos animais. Me sentir, hoje, parte da família Rancho, é uma benção. Eu me sinto muito além da missão que eu achava que eu tinha. É muito significativo para mim, poder expandir o que eu vivo, o conhecimento do que eu vivo e do que eu desejo hoje para a humanidade, que é buscar cada vez mais harmonia entre todos do planeta, da galáxia, do universo e, além disso, buscar ser mais, cada vez mais ser mais forte, mais corajosa e viver mais em união pelos animais!

Sobre o Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos

O casal Silvia e Marcos Pompeu, idealizadores e fundadores do Rancho dos Gnomos há quase 30 anos se dedicam no acolhimento de animais silvestres, exóticos e domésticos oriundos de apreensões ou resgates em situação de risco ou crime ambiental.

No trabalho de recuperação dos animais resgatados, inclui a possibilidade de reintrodução à natureza. Caso a necessidade em abrigá-los, recebem cuidados e tratamentos para além dos tradicionais, também os integrativos com o intuito máximo de reparar o que lhes foi “corrompido”.

São acolhidos 150 animais no total da sede de Cotia e de Joanópolis (SP), entre cães, porcos, gato do mato, cabras, macacos, gatos, bois, veadinhos, aves, onças pardas e pintada, leões e ursos.

  • Para conhecer mais o trabalho do Rancho dos Gnomos acesse:

www.ranchodosgnomos.org.br/
Instagram: @ranchodosgnomos

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Novembro Azul: como prevenir, diagnosticar e tratar o câncer de próstata nos pets

Novembro Azul: como prevenir, diagnosticar e tratar o câncer de próstata nos pets

“O diagnóstico precoce é a melhor forma de se combater o câncer de próstata.” Dr. Alex Lafarti de Sena, médico veterinário oncologista do Hospital Vet Petcare.

Por Pauline Machado

O mês de novembro é dedicado à campanha NOVEMBRO AZUL, que, mundialmente desenvolve ações de conscientização para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata, e, também nos pets. Para falar sobre este importante assunto e esclarecer as dúvidas mais comuns sobre o tema, convidamos o Dr. Alex Lafarti de Sena, médico veterinário oncologista do Hospital Vet Petcare.

Dr. Alex Lafarti de Sena, médico veterinário oncologista do Hospital Vet Petcare

PetmedÉ possível estimar o percentual de pets acometidos pelo câncer de próstata nos últimos anos?

 Dr. Alex – A prevalência do câncer prostático em cães é menor que 1 % ,é um tumor pouco frequente nos cães e raríssimo em gatos

PetmedDe modo geral a doença afeta cães e gatos de quais idades?

Dr. Alex – No geral afeta cães mais velhos de 8 a 10 anos

Petmed Que motivos podem levar o animal a ter câncer de próstata?

Dr. Alex – Não existe uma razão especifica para o desenvolvimento de um ou outro tipo de tumor, é um conjunto de mutações que vão ocorrendo nas células normais e uma falha no nosso sistema imune que deveria eliminar essas células mutadas.

Petmed A castração pode ser uma medida preventiva? Seja sim ou não, por favor, explique a sua resposta neoplasias prostáticas

Dr. Alex – Tanto cães castrados quanto intactos podem desenvolver neoplasias prostáticas, sendo que alguns estudos mostram uma maior frequência com taxas de 2:4 de ocorrência nos cães castrados, talvez relacionado com efeito protetor dos hormônios androgênicos. Portanto a castração não é a forma de prevenir câncer de próstata, pode ajudar em outros processos como hiperplasias, abscessos e cistos prostáticos.

PetmedQue medidas temos hoje, para prevenir o câncer de próstata nos pets?

Dr. Alex – O diagnóstico precoce é a melhor forma de se combater o câncer de próstata, isso pode ser feito com o exame físico do paciente, o toque retal, exames de imagem como o US de abdome periódicos, após os 8 anos 2 vezes por ano esses exames devem ser realizados. 

PetmedDe que forma os tutores podem, no dia a dia com o pet, identificar ou suspeitar o aparecimento de um tumor cancerígeno?

Dr. Alex – A próstata é uma glândula do sistema reprodutivo localizada intrapélvica , abaixo do reto ( assoalho ) e envolve parte da uretra (uretra prostática). Os sintomas de uma próstata com tumor geralmente estão relacionados a inflamação e aumento desse órgão. O paciente sente desconforto a dificuldade para urinar , dor para defecar, fezes em fita em casos mais adiantados, andar com dificuldade (pelo processo inflamatório na região inguinal) , quando já presença de metástases em pulmão pode apresentar tosse e dificuldade respiratória (em estados mais avançados)

PetmedUma vez constatada a doença, quais são as formas de tratamento para que o animal tenha uma melhor qualidade de vida?

Dr. Alex – A Radioterapia e a Prostatectomia são as opções de tratamento e mesmo assim o prognóstico ainda é desfavorável, a ocorrência de metástases no momento do diagnóstico é muito frequente. O uso de anti-inflamatórios pode ajudar a melhora da qualidade de vida e também diminuir o crescimento tumoral (é sabido que tumores prostáticos costumam expressar COX-2, proteína pró inflamatória).

PetmedE, em termos de tendências e tecnologia, o que já temos e o que teremos na Medicina Veterinária voltada para a prevenção, o diagnóstico e para o tratamento do câncer de próstata?

Dr. Alex – A imunoterapia associada à biologia molecular já é bastante utilizada em humanos e possível de ser realizada na veterinária, hoje já conseguimos realizar o mapeamento genético de um tumor prostático (ONCOMAPA) de um cão e verificarmos a melhor opção terapêutica com uma melhor eficácia e o mínimo de efeitos colaterais, o custo e o tempo para realizar esses exames e a utilização de alguns medicamentos, ainda é um fator limitante, mas estamos caminhando para uma terapêutica de ponta.
Para o diagnostico de neoplasias prostáticas a pesquisa de mutação do gene BRAF que pode ser identificado em um exame de urina simples, pode facilitar a identificação de tumores prostáticos e em bexiga /uretra .  Esse gene é um dos responsáveis pelo crescimento e multiplicação celular e quando mutado essa multiplicação pode ficar sem controle e originar neoplasias.

Benefícios do relacionamento das crianças com os animais

Benefícios do relacionamento das crianças com os animais

Por Pauline Machado

O mês de outubro é dedicado, entre outros, às comemorações do Dia das Crianças e, também, ao Dia Mundial dos Animais.

Para entender os benefícios da relação entre as crianças e os animais, nós conversamos, com exclusividade, com a Psicóloga Comportamental e Treinadora de cães, Joyce Hashimoto.

Acompanhe!

PetMed – Para as crianças, quais são os benefícios e os aprendizados adquiridos com o convívio com os animais?

Joyce Hashimoto – É comprovado cientificamente que crianças que convivem com cães desde o primeiro ano de vida, têm seu sistema imunológico fortalecido, o que ajuda a combater doenças como dermatite, alergia, ou infecção respiratória. Além de reduzir o estresse e ansiedade, pois, ao acariciar o cachorrinho, também foi comprovado queda dos níveis de cortisol, principal hormônio ligado ao estresse.

Um cãozinho será sempre uma companhia e manterá a criança ativa, em constante atividade física. Eles irão brincar e se exercitar bastante. O que tornará essa criança, ativa, de forma a ajudar no desenvolvimento respiratório, muscular e equilíbrio, pois tende a seguir o cão enquanto ele anda pela casa.

As crianças que convivem com animais, também aprendem desde cedo o afeto, respeito, responsabilidade e cuidado com o outro.

“É comprovado cientificamente que crianças que convivem com cães desde o primeiro ano de vida, têm seu sistema imunológico fortalecido.” Joyce Hashimoto


PetMed – E para os animais? Quais são os privilégios do convívio com as crianças?

Joyce Hashimoto – Os cães são seres sociáveis, assim como nós humanos, e adoram conviver em companhia.
Quando se tem uma criança na família, o cãozinho cresce com um grande companheiro para brincadeiras e diversão, que é tudo o que o cãozinho mais gosta de fazer. Isso irá manter seu cachorrinho entretido e ativo, longe do tédio, que pode levá-lo a outros problemas de comportamento como por exemplo a depressão e obesidade por sedentarismo.

A Escolha do Pet

PetMed – Quais são os cuidados que os pais devem ter para que o convívio dos pets com as crianças seja benéfico para toda a família, incluindo o pet?

Joyce Hashimoto – É importante que a família faça a escolha certa da raça do cão. Uma família que tem uma rotina agitada, que goste de atividades físicas mais intensas, o ideal é que tenham um cão com energia alta, como o Labrador.
Uma família mais tranquila, o ideal é que se tenha um cãozinho com menos energia, que não tenha uma demanda alta de exercícios físicos, como o Shih Tzu ou lhasa Apso, por exemplo.

Em seguida, é necessário que o cãozinho seja educado para que entenda que precisa seguir algumas regras dentro de casa, como não pular ou brincar de morder a criança, pois esses comportamentos apesar de serem uma forma de brincadeira, podem acabar arranhando e machucando sem querer, a criança. Para isso, consulte sempre um adestrador, ou comportamentalista canino.

“Os cães são seres sociáveis, assim como nós humanos, e adoram conviver em companhia.” Joyce Hashimoto

Vale ressaltar que os cães sem raça definida (SRD), conhecidos como Vira-Latas, também podem ter personalidades e ritmos diferentes. Pode ser que seja mais difícil identificar a personalidade e o ritmo de um SRD filhote, mas os adultos geralmente já têm essa questão bem definida.

Da mesma forma, os pais devem ensinar as crianças a respeitar os cães, pois algumas atitudes podem machucar o bichinho. O ideal é que os pais supervisionem a brincadeira entre eles e se certifiquem que tudo está bem. 

Adaptação Crianças e Animais

PetMed – Como deve ser feita a adaptação no caso dos lares em que o pet já faz parte da família e a criança chega depois?

Joyce Hashimoto – A chegada de um novo membro na família pode causar ansiedade ao cãozinho. Portanto, antecipe-se e assim que o neném nascer, pegue uma roupinha usada por ele e leve para casa, deixe na caminha do pet, ou próximo ao potinho de comida dele, assim ele irá sentir o cheirinho do bebê e ir se acostumando.

É muito comum que, com a chegada do bebê, a família passe a dar menos atenção ao cachorrinho, sendo assim, quando criança chegar, faça com que o cão tenha bastante associações positivas, como por exemplo oferecer-lhe petiscos e carinho na presença da criança, para que ele entenda que não precisa ter ciúme e disputar atenção de seus tutores com o bebê.

PetMed – E, ao contrário, no caso em que a família já está constituída e o pet chega depois? Quais devem ser os cuidados para que essa integração seja benéfica para todos os envolvidos?

Joyce Hashimoto – Novamente é importante ressaltar que a família deve pesquisar bem sobre a escolha da raça do cãozinho, ou do comportamento do seu vira-lata de estimação, quando for adotá-lo, para saber se o perfil se adequa as necessidades e rotina deles.

O ideal é que o cãozinho seja adestrado para que aprenda as regras básicas para o bom convívio com a família. Um cão que entende as regras e sabe se comportar, seja ele de raça ou SRD, é mais bem-vindo e acaba interagindo muito mais com as pessoas.

Prepare a criança para receber o cãozinho e ensine-a que precisa ter cuidados com o novo membro da família. 

Cuidados com Pet

PetMed – Quantos os cuidados com a saúde – tanto do pet quanto das crianças, quais são os protocolos a serem seguidos pelos tutores a fim de proporcionar uma boa qualidade de vida para as crianças e seus pets?

Joyce Hashimoto – Leve o cãozinho ou o gatinho de estimação regularmente ao veterinário e certifique-se que está saudável.

Também é necessário manter as vacinas e vermifugação em dia. A higiene bucal é importante para que não haja tártaro e proliferação de bactérias pelo organismo do animal. Então, escove frequentemente os dentes do cãozinho ou do gatinho, com escova e pasta próprias para pet, sempre sob orientação do Médico Veterinário.

Manter o ambiente, comedouros e bebedouros sempre limpos, para evitar bactérias e parasitas, também é fundamental. 

Prepare a criança para receber o cãozinho e ensine-a que precisa ter cuidados com o novo membro da família. “Joyce Hashimoto, Psicóloga Comportamental e Treinadora de cães.

PetMed – Para terminar, a pergunta que todos nos fazem: faz mal dormir com os pets, beijar os pets? Por quais motivos?

Joyce Hashimoto – Se seu cão ou gato está com a saúde em dia, dormir com ele é uma prática super saudável.

No entanto, vale ressaltar que, para que seja legal, tutor e pets precisam estar confortáveis e devem conseguir dormir tranquilamente, sem que o cão ou o gato acordem seu tutor durante a noite, ou que ambos fiquem encolhidos e não consigam descansar adequadamente.

Quanto a beijar os pets, tanto os animais, quanto o humano, podem passar alguma bactéria um para o outro e causar algum problema de saúde, a exemplo se o indivíduo estiver com parasitas como a giárdia, que pode ser passado através da saliva. Caso a pessoa decida pela prática de beijar seu pet, mantenha em dia a higiene bucal de ambos, com visitas regulares ao dentista e veterinário

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Outubro Rosa: câncer de mama também atinge os pets

Outubro Rosa: câncer de mama também atinge os pets

Por Pauline Machado

O mês de outubro é dedicado à campanha Outubro Rosa, que, mundialmente desenvolve ações de conscientização para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama nas mulheres, e, também nos pets, visto que esse tipo de câncer é um dos mais comum em gatas e cadelas.

Dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária apontam que em torno de 45% das cadelas e 30% das gatas desenvolvem algum tumor, sendo que 85% dos casos apresentam caráter maligno.

Para diminuir a incidência da doença, a cirurgia de castração é reconhecida como um dos melhores procedimentos para prevenir o câncer de mama entre as fêmeas pets. Isso porque, de acordo com a médica veterinária Karen Assunção, mestre em cirurgia pela USP e responsável pelo serviço de oncologia clínico-cirúrgica do Hospital Veterinário Santa Inês há 16 anos, o câncer de mama em pets tem sua principal  etiologia na dependência hormonal ovariana. “Sendo assim, a recomendação da castração é muito bem vista como forma preventiva. Porém, a indicação se faz ou antes do primeiro cio, ou mais recentemente, ou entre o primeiro e o segundo cio”, aconselha.

Outros meios de prevenção

Não apenas para os casos de câncer de mama, mas para todos os tipos de câncer, a ida periódica do pet ao médico veterinário se faz muito importante para a detecção precoce do câncer, enfatiza a especialista.

Além disso, o trato diário do tutor com seu animal de estimação também é muito importante para identificar ou suspeitar o aparecimento de um tumor. “O tutor pode perceber algumas coisas diferentes, como um aumento de volume anormal em determinadas regiões do corpo ou cabeça do animal, algum tipo de secreção nas mamas, dor local, e até mesmo, por uma possível apatia do animal”, detalha.

Formas de tratamento

Uma vez constatada a doença, é preciso estabelecer quais serão as formas de tratamento adequadas ao quadro de cada animal, sempre com o objetivo de proporcionar uma melhor qualidade de vida para o pet. “O tratamento consiste em ser multimodal, onde se pode incluir tratamento cirúrgico, quimioterápico, e de suporte, dependendo do tipo de neoplasia envolvida”, explica a médica veterinária Karen Assunção.

Ela acrescenta, atualmente, a medicina veterinária já conta com inovações em termos de tendências e tecnologia voltadas para a prevenção, o diagnóstico e para o tratamento do câncer de mama em pets. “A evolução tecnológica mundial, também fez com que meios e métodos diagnósticos evoluíssem.  Tanto nos exames e detecção precoce quanto nos exames de seguimento, como os exames de imagem e marcadores moleculares”, ilustra.

Cuidados com o pós-operatório

Pensando no bem-estar e comodidade dos pets neste período delicado, como é o pós-operatório, a PetMed desenvolveu a Roupa Protetora para Cães Ultra Light Color, que permite aos cães livre movimentação com proteção e conforto durante não somente o período pós-cirúrgico, mas, também em outros tratamentos, sempre conforme indicação veterinária. “Assim como em qualquer intervenção cirúrgica, o período pós operatório deve ser monitorado pela equipe médica envolvida, seja no controle da dor ou de sangramento, a fim de garantir uma recuperação mais rápida e saudável para o animal”, finaliza.

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