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Por Pauline Machado

O glaucoma é uma das doenças oculares mais silenciosas e perigosas que acometem, também, a visão dos cães e gatos, podendo levá-los à cegueira irreversível se não forem identificados e tratados a tempo. 

Embora seja mais comum em algumas raças e idades, o glaucoma pode surgir de forma súbita ou secundária a outras condições, como uveítes ou luxação de cristalino. Por isso, na entrevista de hoje, vamos entender como os familiares podem, no dia a dia, reconhecer os sinais clínicos precoces. A Médica Veterinária, Natércia Ribeiro Silva, especializada em Oftalmologia e fundadora da Majstra Formulações Veterinárias, nos explica, também quais exames são essenciais para o diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis — desde colírios até intervenções cirúrgicas, sempre com foco na preservação da visão e da qualidade de vida dos animais.

Acompanhe a entrevista e compartilhe com seus amigos e familiares!

Boa leitura.

Pet Med – O que exatamente é o glaucoma e por que ele representa um risco tão grande à visão dos cães e gatos?

Natércia Ribeiro Silva – O glaucoma é aumento da pressão intraocular devido a não drenagem do humor aquoso – líquido que preenche a parte anterior do olho. Esse aumento vai levando a perda da visão gradativa irreversivelmente, pois ocorre perda das células da retina e degeneração do nervo óptico devido a pressão sobre esses tecidos. É uma das principais causas de cegueira em cães.

Pet Med – Quais são os principais tipos de glaucoma que acometem cães e gatos, e como eles se desenvolvem?

Natércia Ribeiro Silva – Classificamos o glaucoma em três formas: .

1 – O glaucoma pode ser primário ou secundário, de acordo com a sua causa;

2 – Agudo ou crônico com base na sua evolução;

3 – Com ângulo aberto ou fechado de acordo com a aparência do ângulo de drenagem.

Então, podemos ter:

Glaucoma  primário com aumento da PIO não associado a outras doenças. Tem caráter hereditário, geralmente bilateral.

Glaucoma primário de ângulo aberto, devido às alterações metabólicas das células trabeculares.

Glaucoma primário de ângulo fechado, com alterações mecânicas no ângulo de drenagem.

Glaucoma secundário, associado a uma doença ocular prévia que obstrui o cais de drenagem do humor aquoso, geralmente unilateral, podendo ser bilateral.

Pet Med – Quais sinais clínicos devem acender o alerta de que um animal pode estar desenvolvendo glaucoma?

Natércia Ribeiro Silva – Quando a parte branca do olho fica vermelha, o piscar intenso, olho com aspecto azulado, pupila dilatada, perda da visão, e, em casos crônicos, aumento do globo ocular.

Pet Med – Os sintomas do glaucoma são sempre visíveis ou pode haver evolução silenciosa da doença?

Natércia Ribeiro Silva – É uma doença silenciosa, mas conforme vai agravando os sinais vão se manifestando.

Pet Med – Existe alguma predisposição racial ou genética conhecida em cães e gatos? 

Natércia Ribeiro Silva – Sim, as raças caninas predispostas ao glaucoma primário são:

Akita, Basset Hound, Beagle, Border Collie, Chihuahua, Cocker, Dachshund, Maltês, Pinscher, Poodle, Shih Tzu e Schnauzer.

As fêmeas têm maiores chances de desenvolver devido apresentarem o ângulo iridocorneano menor.

Pet Med – Como é feito o diagnóstico do glaucoma na prática veterinária e quais exames são indispensáveis?

Natércia Ribeiro Silva – O diagnóstico é feito com equipamento específico que mede a pressão intraocular do olho. Esse equipamento se chama Tonômetro, podendo ser de aplanação ou de rebote.

Pet Med – Qual é o papel da tonometria e com que frequência ela deve ser realizada em animais de risco?

Natércia Ribeiro Silva – A tonometria faz parte da rotina da avaliação oftálmica. Em animais predispostos ou em tratamento controlado, o ideal é ser avaliado a cada seis meses.

Pet Med – Uma vez diagnosticado, o glaucoma tem cura ou o objetivo do tratamento é apenas controle?

Natércia Ribeiro Silva – O glaucoma é uma doença crônica, que não tem cura. O objetivo é tentar retardar  a progressão para a perda da visão e aliviar a dor e desconforto do aumento da pressão e possíveis complicações devido aumento do globo ocular como ceratites e úlceras de córnea.

Pet Med – Quais são as opções de tratamento clínico disponíveis atualmente e como elas atuam?

Natércia Ribeiro Silva – O tratamento do glaucoma vai variar de acordo com o estágio da doença, etiologia e presença ou ausência da visão. Começamos com tratamento clínico com colírios antiglaucomatoso para controlar a pressão intraocular,  associado a medicação injetável em casos de glaucoma agudo. Podendo associar medicamentos orais neuroprotetores, os nutracêuticos. 

O objetivo seria diminuir a produção do humor aquoso e aumentar a drenagem do mesmo para resultar na diminuição da pressão intraocular. Os principais ativos utilizados são: Dorzolamida, timolol, latanoprosta, manitol, bimatoprosta e brinzolamida.

Pet Med – Em que situações o tratamento cirúrgico é indicado e quais são as técnicas mais utilizadas?

Natércia Ribeiro Silva – Olhos não responsivos ao tratamento clínico podemos direcionar para o tratamento com implantes de drenagem, criocirurgia, cito fotocoagulação, gonioimplates, iridencleise, trabeculectomia, ablação química intravítrea ou enucleação.

Pet Med – Quais são os maiores desafios no manejo do glaucoma em gatos, considerando seu comportamento mais reservado?

Natércia Ribeiro Silva – A aplicação dos colírios e a quantidade de vezes necessárias ao longo do dia podem ser fatores de estresse para os felinos. Assim como utilizar colar protetor em alguns casos. Felinos com hábitos de vida fora da sua casa podem ter mais chances de machucar olhos buftálmicos, ou seja, que tenham olhos com tamanho maiores.

Pet Med – Qual é a importância do acompanhamento contínuo e os riscos da perda de visão em cães e gatos com glaucoma?

Natércia Ribeiro Silva – Animais com glaucoma precisam ter acompanhamento frequente até o controle da pressão, depois acompanhamento pelo menos a cada dois a três meses até a PIO manter estável. Após esse período o ideal é acompanhar a cada seis meses. Não conseguimos prever o tempo para a perda de visão, apenas ir acompanhado a evolução com os exames clínicos. Sabemos que haverá essa perda, mas não conseguimos precisar o período, vai depender de cada organismo e sua reação ao tratamento, mas, animais sem tratamento evoluem muito rápido para perda da visão.

Pet Med – Qual é a importância de suportes, como por exemplo o Calm Pet, da Pet Med, para proporcionar uma melhor qualidade de vida emocional aos pacientes que estão perdendo a visão, dando-lhes mais segurança e conforto? 

Natércia Ribeiro Silva – Se o pet for muito agitado e que impeça a aplicação dos colírios, o que implique em aumentar a pressão do olho por ficar pulando muito por exemplo, pode ser válido. Segurança e conforto serão mais em relação ao manejo, como exemplo não mudar móveis de lugar, isolar áreas de risco como escadas e piscina, andar com a coleira mais curta junto ao corpo, ver um pet para ser o cão guia desse animal que futuramente perderá a visão. Para perdas agudas da visão, o Calm Pet pode ajudar também, assim como a dedicação do tutor, que é outro fator muito importante para o sucesso do tratamento. Não é um tratamento fácil, nem barato, então, é importante o tutor conversar com o seu veterinário sobre a melhor estratégia de tratamento que vá garantir o melhor para o pet e seus familiares.

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