A qualidade de vida dos animais é uma preocupação crescente entre os familiares e profissionais da área da Medicina Veterinária, especialmente quando o animal enfrenta uma condição de saúde que o mantém acamado por longos períodos. Nesses casos, a imobilidade pode trazer uma série de complicações, sendo as escaras e feridas de pressão algumas das mais comuns e dolorosas.
Garantir o bem-estar desses animais exige cuidados específicos, que vão além do tratamento da doença de base e envolvem a prevenção ativa desses problemas secundários.
Felizmente, o avanço dos acessórios médicos voltados para o uso veterinário tem permitido que tutores e clínicas ofereçam suporte mais eficaz a cães e gatos em recuperação ou em cuidados paliativos.
Por isso, conversamos com a Médica Veterinária, Barbara Fonseca Tatsch, pós-graduanda em Clínica Geral de Pequenos Animais e Dermatologia Veterinária.
Nesta entrevista, ela nos ajuda a entender como esses acessórios podem ajudar a manter conforto e dignidade aos animais, seja no ambiente familiar ou hospitalar.
Acompanhe a entrevista e ao final da leitura, compartilhe com amigos e familiares!
Pet Med – Quais são as principais causas que levam cães e gatos a desenvolverem escaras ou feridas por pressão?
Barbara Fonseca Tatsc – Antes de listar as causas, é importante entender como essas lesões surgem: as úlceras de pressão, ou escaras de decúbito, resultam de compressão e/ou fricção mecânica prolongada sobre uma mesma região do corpo, principalmente em áreas de proeminência óssea (onde há pouca camada de tecido entre os ossos e a pele) como cotovelos, calcanhares, quadris e ossos sacrais. Essa pressão constante reduz a circulação sanguínea local, prejudicando a oxigenação e a nutrição do tecido.
Para facilitar o entendimento: Semelhante em nós, quando permanecemos por muito tempo apoiados sobre o cotovelo em uma superfície dura: inicialmente há desconforto, mas, se a pressão for mantida e rotineira, o tecido pode ser danificado, originando a ferida. O mesmo ocorre com pessoas hospitalizadas que permanecem sem troca de decúbito (troca de posição).
A presença frequente de dejetos do próprio animal (urina e fezes) em contato com a pele agrava o quadro, pois além de comprometer a integridade cutânea, provoca irritação e aumenta o risco de infecções.
Compreendido esse processo, seguem as principais causas: imobilidade prolongada, magreza excessiva (com menor proteção de tecido entre os ossos e a pele), ausência de mudança de posição, permanência sobre superfícies duras ou ásperas, higiene inadequada e exposição contínua à umidade por urina e fezes.
Trata-se de uma condição totalmente prevenível e, após esta leitura, você entenderá seu papel fundamental na prevenção dessas lesões.
Pet Med – Quais doenças ou condições predispõem esses quadros?
Barbara Fonseca Tatsc – Quaisquer doenças ou condições que promovam a redução da mobilidade ou consciência mental, por exemplo: artrites/artroses severas; displasias; câncer; incontinência urinária ou fecal; traumatismos; fraturas/luxações; obesidade; senilidade (idade avançada), e enfermidades sistêmicas debilitantes, em que o pet permaneça acamado ou em menor disposição e capacidade de trocar de posição.
Geralmente estas condições tornam o pet vulnerável ao surgimento das escaras pela necessidade de cuidados pelos tutores ou da equipe médica, quando internado, para troca de posição do animal, bem como a higiene e proteção mecânica (protetores absorventes, protetor para fralda, tatames e camas acolchoadas) deste.
Pet Med – Quais animais são mais vulneráveis ao surgimento dessas lesões?
Barbara Fonseca Tatsc – Os animais de maior vulnerabilidade a desenvolverem estas lesões, são em sua combinação ou ainda, isoladamente:
Obesos: o excesso de peso aumenta a pressão exercida sobre os pontos de contato sob superfícies de apoio.
Senis (Idosos) em idade avançada: geralmente pets idosos, têm redução de elasticidade da pele, menor espessura em gordura e músculo e aumento da fragilidade de vasos sanguíneos. Não somente, mas podem possuir comorbidades, que somadas à idade, corroboram para o surgimento destas lesões.
Desnutrição grave: similar ao que ocorre com a pele do paciente idoso, a indisposição e a magreza em excesso também são fatores importantes.
Pacientes no pós operatório ortopédico: tendo em vista a necessidade de imobilização prolongada.
Pets com doenças crônicas debilitantes: como doenças neurológicas, articulares, neoplasias, doentes renais ou hepáticas graves.
Cães das raças Doberman, Dogue Alemão, Mastiff e São Bernardo, dentre outros cães grandes e gigantes, devido ao peso corporal elevado, maior é a pressão exercida sobre uma superfície.
Pet Med – Como identificar os primeiros sinais de que uma escara está se formando?
Barbara Fonseca Tatsc – Excelente pergunta! Tutor, verifique algumas situações antes de qualquer coisa. Se pergunte, “tenho um pet que…”:
É acima do peso? É idoso? É um cão gigante? Apresenta alguma doença debilitante? Se movimenta normalmente ou depende de mim para posicioná-lo para dormir ou levantar? É um cão com tendência a displasias coxofemorais? (Como Pastor Alemão, Labrador…).
Se quaisquer das questões acima seja “Sim’, atente-se em especial para as áreas de apoio, como cotovelos, quadris, região sacral e calcanhar, sob os seguintes sinais:
Vermelhidão e região “quente”, geralmente mais enrijecida
Sensibilidade dolorosa
Queda de pelos
Coceira
E em estágios mais avançados, uma óbvia úlcera, tecido necrosado, visibilidade de estruturas como musculatura e ossos.
Pet Med – Qual é a diferença entre escaras, úlceras por pressão e feridas comuns? Todas exigem o mesmo tipo de atenção e tratamento?
Barbara Fonseca Tatsc – Vamos entender esta frase? : “Todas as escaras são feridas, mas nem todas as feridas são escaras.” Será que é isso mesmo?
Sim! A “escara” é um termo utilizado para se referir às úlceras de pressão, podendo assim dizer que são sinônimas. O que diferencia uma escara de uma ferida comum é principalmente a forma de desenvolvimento.
Enquanto as escaras surgem por pressão prolongada sobre uma região do corpo, comprometendo a circulação e oxigenação dos tecidos, as feridas podem surgir por mordidas, picadas de insetos, cortes, queimaduras, arranhões ou lacerações.
O tratamento de qualquer lesão é individual ao paciente. Entretanto, o uso de bandagens e protetores, somam para a cura do pet! Apesar de exigirem tipo de atenção e tratamento diferentes, têm-se em comum o manejo higiênico, proteção e o impedimento do desenvolvimento da ferida.
Pet Med – A falta de movimentação e a permanência em locais úmidos ou duros podem favorecer o surgimento dessas lesões. Como o ambiente pode ser um aliado ou vilão nesse processo?
Barbara Fonseca Tatsc – Um ambiente “vilão” neste processo, envolve principalmente superfícies de apoio duras, geladas, ásperas ou que propiciem a umidade. Já um ambiente “aliado”, incluem acessórios absorventes, protetores que absorvam umidade (pensando em contato da urina e/ou fezes com a pele do pet), camas macias e pisos com tatames, sendo essenciais para a prevenção e recuperação dos pets.
Pet Med – A rotina de higienização, troca de decúbito e pequenas movimentações diárias são suficientes para evitar escaras em casa? Que dicas práticas você daria aos familiares?
Barbara Fonseca Tatsc – Apesar de indispensáveis, como prevenção das escaras é recomendável o uso de acessórios somados aos demais cuidados, como: Protetores de fralda, almofadas de apoio e colchões especiais.
Algumas dicas práticas:
Realize a mudança de decúbito, ou melhor dizendo, mude a posição do seu pet pelo menos a cada 2 a 4 horas! Experimente envolver a família no manejo, tanto da higiene quanto da troca de posição.
Em casos de imobilidade ou mobilidade reduzida, busque produtos voltados ao cuidado do pet, como caminhas, produtos absorventes em que se evite a umidade, seja do ambiente ou da urina acumulada.
Acompanhe diariamente as regiões do corpo de seu pet que mais tem tendência à formação das úlceras de pressão, massageando-as com a finalidade também de estimular a circulação no local (evitando massagens em lesões abertas).
Evite que o animal lamba feridas (colar conforto, malhas protetoras ou bandagens adequadas).
Respeite o tempo do seu pet, se aproxime devagar, evite estímulos bruscos e garanta momentos de calma.
A higienização correta é indispensável para a prevenção das escaras. Pode ser realizada com shampoos hipoalergênicos e secagem eficaz de regiões sujas de urina, fezes e demais sujidades.
Consulte um(a) Médico(a) Veterinário(a) de sua confiança para reduzir a dor crônica e as manifestações clínicas (sintomas), para promoção de qualidade de vida, antes mesmo do surgimento das escaras. E caso o seu pet já tenha desenvolvido, há como frear o avanço das escaras com o tratamento adequado, desde que procure ajuda profissional.
Pet Med – Como os acessórios certos ajudam a manter conforto e dignidade aos animais, seja no ambiente familiar ou hospitalar?
Barbara Fonseca Tatsc – Os acessórios certos e os demais cuidados básicos, não somente reduzem os riscos das escaras e suas complicações, mas também o risco de assaduras, promove bem-estar emocional, conforto e dignidade ao pet, além de versatilidade no manejo rotineiro do tutor ou em ambiente hospitalar. Em especial os acessórios laváveis que não perdem a qualidade após sucessivas lavagens, como os da Pet Med.
Pet Med – Como os Protetores Absorventes Pet Med ajudam a manter o pet seco e confortável, prevenindo assaduras e feridas em regiões sensíveis como quadris, cotovelos e flancos?
Barbara Fonseca Tatsc – Os protetores absorventes, como o próprio nome indica, absorvem a urina e a umidade, mantendo a pele seca e minimizando a chance de vazamento pela fralda, evitando o contato da urina com as regiões sensíveis. São indicados para pets com incontinência urinária ou para aqueles que urinam em si mesmos por não conseguirem se movimentar adequadamente.
Pet Med – Em pets com incontinência urinária, como o Protetor para Fralda Pet Med pode atuar na prevenção de irritações e infecções causadas pelo contato contínuo com urina e fezes?
Barbara Fonseca Tatsc – O contato prolongado da urina e fezes podem facilmente causar coceira, irritação, vermelhidão, maceramento da pele e aumentar o risco de infecções secundárias e dermatite de contato por irritação química, devido à composição presente em ambos. Com o uso do protetor para fralda, disponível para machos e fêmeas, há maior reforço da barreira contra umidade e redução da chance de escape da urina e fezes.
Pet Med – Em que casos o uso do Colar Conforto Pet Med ou do Colete Calm Pet também podem auxiliar, especialmente na redução de lambedura excessiva, coceiras ou estresse do animal imobilizado?
Barbara Fonseca Tatsc – O Colar Conforto, diferente do colar elizabetano tradicional, é confeccionado com material mais maleável e revestido por tecido, tornando-se mais tolerável para o animal, especialmente quando o uso é indicado por longos períodos. Sua função principal é impedir a mordedura ou lambedura de pontos cirúrgicos e feridas em tratamento, sem causar tanto incômodo.
Já o Colete Calm utiliza o princípio da compressão terapêutica (deep pressure therapy), que exerce uma pressão suave e constante sobre o tronco, simulando um “abraço”. Esse conceito, estudado tanto em animais quanto em humanos, foi amplamente descrito por Temple Grandin, pessoa com autismo e Ph.D. em Zootecnia, ao observar redução de ansiedade tanto em si quanto em bovinos submetidos a essa técnica.
Em alguns cães, esse efeito pode gerar sensação de segurança e diminuição da ansiedade, tornando o uso do colete indicado em situações potencialmente estressantes, como períodos de imobilização, viagens longas de carro ou durante a ocorrência de fogos de artifício.
Pet Med – Por fim, para os familiares que cuidam de pets acamados ou com mobilidade comprometida, com escaras ou feridas, qual é a mensagem principal sobre cuidado humanizado e qualidade de vida?
Barbara Fonseca Tatsc – O cuidado humanizado vai muito além do tratamento da ferida: é um conjunto de atitudes diárias que priorizam conforto, prevenção, controle da dor e dignidade. Mesmo quando o prognóstico é delicado, o objetivo é reduzir sofrimento, preservar função e garantir qualidade de vida. Para isso, as ações precisam ser simples, constantes e bem registradas e a família é peça-chave nesse processo.
recado pessoal: para o animal, não é fácil lidar com as limitações e a dor. Por isso, cada gesto de cuidado é uma forma de tornar esse momento mais leve e de fazer por ele o que, se pudesse, ele certamente faria por nós: amar, proteger e estar presente. Pode ser árduo e trabalhoso, então comemorem e valorizem as pequenas vitórias como uma ferida que está reduzindo de tamanho, uma diminuição da dor ou o retorno do apetite.
Seu pet acamado merece todo o conforto, dignidade e prevenção contra escaras e feridas. Cuidar de um animal com mobilidade reduzida exige dedicação, mas com os acessórios e as informações certas, você pode fazer uma enorme diferença na qualidade de vida dele. A Pet Medtem produtos desenvolvidos para garantir que cada momento seja mais confortável e seguro, tanto para o pet quanto para quem cuida.
As cardiopatias silenciosas em cães e gatos são mais comuns do que muitos familiares imaginam e, na maioria das vezes, evoluem sem apresentar sinais evidentes até que o quadro esteja em estágio avançado.
Essas alterações no coração podem permanecer “escondidas” por meses ou anos, sendo descobertas apenas em exames de rotina ou diante de sinais clínicos inespecíficos, como cansaço fácil, tosse ocasional ou dificuldade para acompanhar atividades habituais. Por isso, assim como na nossa vida, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para garantir mais qualidade de vida e longevidade aos pets.
Nesta entrevista, a Médica Veterinária, Cláudia Patrícia Annuseck, especializada desde 2012 em Cardiologia Veterinária pela Anclivepa São Paulo, fala sobre como identificar os sinais discretos que podem indicar uma cardiopatia silenciosa em cães e gatos, quais exames auxiliam no diagnóstico precoce e quais são as principais abordagens terapêuticas disponíveis.
Durante o nosso bate-papo, a Médica Veterinária também falou sobre a importância do acompanhamento periódico e da realização de medidas preventivas, mostrando como a intervenção antecipada pode mudar completamente o prognóstico desses pacientes.
Acompanhe a entrevista e compartilhe com seus amigos e familiares!
Pet Med – O que são cardiopatias silenciosas em cães e gatos?
Cláudia Patrícia Annuseck – Qualquer cardiopatia que possa afetar cães e gatos pode apresentar-se de forma silenciosa nas fases iniciais, só manifestando sinais clínicos após evolução considerável da doença.
Entretanto, observamos que cães acometidos por cardiomiopatia arritmogênica de ventrículo direito, como o Boxer e mestiço Boxer, por exemplo, podem ter como único sinal a morte súbita.
Por que elas costumam passar despercebidas até estágios mais avançados?
Cláudia Patrícia Annuseck – De modo geral, inicialmente os sinais clínicos podem ser sutis e considerados como parte normal do envelhecimento dos pets. Muitos familiares acham que a diminuição do nível de atividade do seu animal pode ser comum pela idade, não considerando que isso possa ser um sinal de cardiopatia.
Pet Med – Quais são os sinais clínicos mais sutis que podem indicar problemas cardíacos, mesmo em animais aparentemente saudáveis?
Cláudia Patrícia Annuseck – Sinais clínicos mais sutis podem incluir redução de atividade com menor disposição para caminhadas, maior tempo em repouso, tosse e cansaço mais fácil.
Pet Med – Quais raças ou faixas etárias têm maior predisposição a desenvolver doenças cardíacas sem sintomas evidentes?
Cláudia Patrícia Annuseck – Algumas raças como Cavalier King Charles têm predisposição genética à doença valvar de mitral e, neste caso, muitos já nascem com alterações valvares.
Raças de pequeno porte como Poodle, Chihuahua, Pinscher, Spitz, Lhasa e Shih Tzu também são mais predispostas à doença degenerativa valvar, e notamos que muitos desses cães já começam a apresentar alterações em exames a partir dos seis anos de idade, sem, no entanto, demonstrar sinais clínicos.
Devemos, entretanto, lembrar que não somente pacientes com raça definida, tanto cães quanto gatos, são acometidos por doenças cardíacas. Nossos queridos SRD – sem raça definida, também podem apresentar as mesmas alterações.
Por outro lado, cães de grande porte a gigantes como Dogue Alemão e Dobermann têm maior predisposição às alterações no músculo cardíaco, a chamada cardiomiopatia dilatada, que também costuma ser mais notada a partir dos seis anos de idade, porém, pode passar pela fase oculta antes disso.
Não podemos nos esquecer também das cardiopatias arritmogênicas (como a do Boxer) e de outras que podem acometer cães e até mesmo gatos.
Os gatos, entretanto, podem sofrer mutações gênicas ao longo da vida e desenvolver cardiomiopatia hipertrófica, que é muito estudada em Maine Coons, mas não restrita somente a esta raça.
Vale lembrar ainda das cardiopatias congênitas, quando os pets já nascem com anomalia cardíaca.
Pet Med – Existem sinais comportamentais que os tutores podem observar no dia a dia e que podem estar ligados a alterações cardíacas?
Cláudia Patrícia Annuseck – Sim, entre eles podemos observar diminuição no nível de atividade, tosse, mucosas arroxeadas, respiração acelerada, aumento de volume abdominal, desmaio, paralisia de membros posteriores, como gatos em quadro avançado de cardiomiopatia cursando com trombo.
No dia a dia observamos que devemos dar atenção à dieta destes pacientes, que muitas vezes apresentam diminuição de apetite – um aporte calórico ideal é importante. Cuidados como evitar estresse e controlar o nível de atividade também fazem parte da terapia.
Pet Med – Qual é a importância do diagnóstico precoce para que o tratamento seja eficaz e o pet tenha boa qualidade de vida?
Cláudia Patrícia Annuseck – Hoje sabe-se que pacientes cardiopatas assintomáticos que enquadrem-se em alguns critérios podem ser beneficiados por terapias antes mesmo de apresentarem sintomas de doença cardíaca como, por exemplo, cães com doença valvar degenerativa de mitral, os quais já devem ser tratados a partir do estágio que chamamos de “b2 avançado”, onde ainda não apresentam sinais clínicos com a possibilidade de retardar os mesmos por até 18 meses.
Pet Med – Por que é importante realizar exames cardíacos preventivos mesmo quando o pet não apresenta sintomas?
Cláudia Patrícia Annuseck – Os exames cardiológicos são essenciais para diagnosticar alterações precoces tanto na estrutura do coração como no ritmo cardíaco. Isso permitirá o acompanhamento e, muitas vezes, até o tratamento antes do pet manifestar sinais clínicos, contribuindo em muitos casos para evitar sinais graves da doença cardíaca por um determinado tempo.
O ecocardiograma, por exemplo, avalia a estrutura cardíaca — músculo e aparato valvar — permitindo verificar alterações estruturais de válvulas cardíacas, diâmetros cardíacos e força de contração do coração. Através dele, conseguimos avaliar o impacto dessas alterações sobre o tamanho e o trabalho cardíaco, a fim de decidir a melhor hora de iniciar o tratamento.
O eletrocardiograma, por sua vez, avalia o ritmo cardíaco e a condução elétrica através do músculo cardíaco, sendo essencial para o diagnóstico das arritmias, que muitas vezes podem ter desfecho fatal.
Esses dois exames se complementam e são cruciais para uma boa avaliação cardiológica, direcionando tanto o tratamento quanto o acompanhamento da cardiopatia.
Pet Med – Por fim, como o estresse pode agravar um quadro cardíaco em pets, especialmente durante exames ou internações?
Cláudia Patrícia Annuseck – O estresse estimula o que chamamos de sistema nervoso simpático, alterando a frequência cardíaca (taquicardia) e elevando a pressão arterial sistêmica, o que prejudica uma boa avaliação e muitas vezes compromete a qualidade técnica do exame, quando o paciente vocaliza ou fica taquipneico.
Já para realização do exame Holter, por exemplo, devemos proporcionar conforto para o paciente e segurança ao equipamento, além de diminuir ao máximo a possibilidade de intercorrências ao longo da gravação, e isto verificamos com uso de colete apropriado como o Cardio Pet da Pet Med – indicado para todos os casos em que se necessita realizar exame de Holter, proporcionando rotina normal ao pet e menor intercorrência durante a gravação do exame.
O coração do seu pet merece a mesma atenção que o seu. A prevenção é a chave para uma vida longa e saudável, especialmente quando lidamos com cardiopatias silenciosas.
Para auxiliar nesse cuidado preventivo e no conforto dos animais, a Pet Med desenvolve acessórios que fazem a diferença, como o Colete Cardio Pet, ideal para exames e monitoramento.
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Julho Verde é o mês dedicado à conscientização e prevenção do câncer de cabeça e pescoço, por meio da Campanha Julho Verde, reconhecida nacionalmente que alerta a população sobre os riscos, sinais precoces e importância do diagnóstico rápido dessas neoplasias.
A Campanha também se estende ao universo veterinário como um importante alerta sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço em cães e gatos.
Tumores nessa região, como os de cavidade oral, mandíbula, língua, glândulas salivares, laringe ou tireoide, não são incomuns em pets — especialmente em animais idosos — e costumam ser silenciosos nos estágios iniciais. Por isso, a atenção aos sinais discretos é fundamental para garantir uma resposta rápida e eficaz ao tratamento.
Para conversar conosco sobre este tema, convidamos a Médica Veterinária, Jéssica do Rocio Janiszewski, Mestre em Ciências Veterinárias pela Universade Federal do Paraná – UFPR.
Dra. Jéssica também tem Residência em Clínica Média e Cirúrgica de Grandes Animais e Residência em Oncologia Veterinária , ambas pela UFPR.
A entrevista esta imperdível. Ao final da leitura, compartilhe com amigos e familiares.
Pet Med – O que é a Campanha Julho Verde e por que é tão importante falarmos sobre o câncer de cabeça e pescoço?
Jéssica do Rocio Janiszewski – O Julho Verde é uma ação que procura conscientizar sobre detecção precoce e prevenção de neoplasias na região da cabeça e do pescoço. É importante falarmos sobre esta doença e sobre a detecção precoce para aumentar as chances de tratamento e cura enquanto o tumor não evoluir tanto a ponto de se tornar irressecável. Além disso, nesta região existem estruturas importantes, como vias aéreas, olhos, sistema nervoso central, que quando comprometidas pela doença ou sofrendo compressão por tumores trazem complicações graves para a vida do paciente.
Pet Med – Quais são os principais fatores de risco e sinais de alerta para o câncer nessa região?
Jéssica do Rocio Janiszewski – A meu ver, os principais fatores de risco a meu ver para os pets seriam a idade e a exposição crônica ao sol, que pode predispor ao câncer de pele. Dentre outros sinais de alerta em que devemos prestar atenção são diversos, ressalto o aumento de volume, dificuldade para se alimentar, mau odor na boca, manchinhas na pele,
especialmente nas orelhas, olhinhos com a aparência de estarem mais para fora das órbitas do que o normal, dificuldades respiratórias e dor.
Pet Med – Como a prevenção pode ser feita no dia a dia, especialmente em relação à higiene bucal, alimentação e hábitos de vida?
Jéssica do Rocio Janiszewski – É importante prestar atenção em nossos pets, estar sempre atentos à simetria de face e olhos, realizar escovação frequente dos dentes com produtos veterinários de boa qualidade, além de ofertar um alimento de boa qualidade, sem adição ou com baixa de conservantes, proteger do sol, evitando passeios nas horas mais quentes do dia e usando sempre protetor solar nas áreas mais sensíveis.
Pet Med – Durante o tratamento oncológico, como garantir uma rotina de cuidados mais humana e menos dolorosa para o paciente?
Jéssica do Rocio Janiszewski – Durante o tratamento oncológico, como veterinária, procuro sempre proporcionar um ambiente mais tranquilo e aconchegante para meus pacientes, tanto nas consultas de acompanhamento como nas sessões de quimioterapias e internamentos. É reconfortante ver que os meus pacientes gostam de mim e se sentem bem ao me verem. Procuro recompensar todas as vezes em que realizo coleta de sangue ou aplicação de medicações. Instruo os familiares sobre os principais
riscos do tratamento, efeitos esperados e como devem proceder, além de manter um ambiente confortável cercado de amor e carinho.
Pet Med – Sabemos que a alimentação pode ser um desafio nesse tipo de câncer. Quais cuidados devem ser tomados para garantir uma boa nutrição sem agravar o desconforto local?
Jéssica do Rocio Janiszewski – Em casos de neoplasias orais ou em regiões que dificultem a mastigação, como a articulação temporomandibular, sugere-se o uso de alimento mais amolecido ou líquido, havendo também a possibilidade do uso de sondas esofágicas para auxiliar no fornecimento de alimento.
Pet Med – A região da cabeça e pescoço é delicada, com cicatrizes, tubos, curativos e pontos sensíveis. Como o manejo pode ser mais higiênico e protegido nesses casos, tanto em domicílio quanto em clínicas ou hospitais?
Jéssica do Rocio Janiszewski – Para o manejo de curativos de feridas e de sondas procura-se sempre utilizar material novo, até mesmo estéril se for possível, com o uso de antissépticos para a limpeza, e, em casos de neoplasias orais, antissépticos orais.
Para as sondas esofágicas existem colares próprios que permitem melhor fixação de curativos e da sonda, como o Colar Protetor para Sonda Gato, desenvolvido pela Pet Med.
Pet Med – O tratamento costuma ser prolongado e desgastante. De que forma o uso de acessórios e um ambiente acolhedor ajudam na adesão e no bem-estar
emocional?
Jéssica do Rocio Janiszewski – O uso de alguns acessórios permite que se mantenha a qualidade de vida e a manutenção dela. O uso de uma sonda esofágica , por exemplo, permite manter o paciente nutrido, aumentando a expectativa de vida. Além disso, alguns manejos necessários faz com que o tutor e o paciente tornem-se mais próximos, o carinho e a atenção são fundamentais no tratamento.
Pet Med – Em pacientes que apresentam dor, limitação de movimentos ou hipersensibilidade na região cervical, como acessórios como o colar cervical, o colete Calm Pet ou a focinheira auxiliam no manejo seguro, sem comprometer a dignidade e o conforto do animal?
Jéssica do Rocio Janiszewski – Em casos de dor ou limitação de movimentos, o colar e o colete podem auxiliar no conforto do paciente. Já a focinheira pode ser usada em situações mais pontuais, em que existe risco para quem está manuseando o paciente, que devido á dor pode morder, mas é mais desconfotrtável.
Pet Med – Durante o tratamento de neoplasias na cabeça e pescoço, quais cuidados devem ser tomados com a fixação da sonda esofágica, e como o colar adequado pode facilitar a higiene local e o manejo diário pelo tutor?
Jéssica do Rocio Janiszewski – A sonda esofágica precisa estar bem fixada, pois caso ocorra alguma mudança de posição deste aparato, pode ocorrer a broncoaspiração de conteúdo alimentar.
Quanto ao curativo, é importante que seja trocado diariamente, com limpeza cuidadosa da inserção da sonda, pois é uma ferida e está em uma região predisposta a infecção, pois tem contato direto com o trato digestório. O uso de
colares especiais para a sonda facilita a manutenção do curativo, mantendo-o no local, mantem a sonda fixada e deixa um aspecto mais bonito e confortável.
Pet Med – Como familiares e cuidadores podem ser orientados para participar ativamente desses cuidados sem causar dor ou incômodo ao paciente?
Jéssica do Rocio Janiszewski – Pessoas mais próximas do paciente, que vão estar presentes para cuidar devem ser orientados pelo médico veterinário, podendo até mesmo haver grupos em aplicativos de comunicação para o compartilhamento de notícias. Além disso, podem-se montar tabelas para o controle de medicações e alimentação quando há mais de uma pessoa em casa que estará cuidando do animal.
Pet Med – Por fim, para quem está enfrentando esse diagnóstico, quais são as principais orientações e acolhimento nesse Julho Verde?
Jéssica do Rocio Janiszewski – Minha orientação a quem está passando por uma situação destas com seu animalzinho de estimação é sempre procurar um especialista para o tratamento e orientação, fazer tudo que estiver ao seu alcance, dar muito amor e carinho.
Outro ponto muito importante é pensar no sofrimento, há situações em que o câncer é muito agressivo e o tratamento não é eficaz. Nestes casos é necessário conversar com o tutor sobre prognóstico e qualidade de vida, embora essa seja a conversa que nunca gostamos de ter…
O diagnóstico de câncer pode ser desafiador, mas com a prevenção e o apoio certos, é possível proporcionar ao seu pet uma vida com mais qualidade e conforto. A Pet Med se dedica a criar soluções que fazem a diferença na recuperação e no bem-estar diário dos animais.
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Cães e gatos vivem cada vez mais integrados ao estilo de vida humano, mas, essa convivência, por mais afetuosa que seja, também os expõe a um ritmo de vida que nem sempre se encaixa com seus limites emocionais e comportamentais. O estresse, muitas vezes silencioso, pode se instalar de forma progressiva e afetar profundamente a saúde dos animais, mesmo sem sinais clínicos imediatos. Entender como ele atua no organismo é essencial para prevenir doenças e promover bem-estar real aos nossos companheiros.
Nesta entrevista, a Médica Veterinária e nossa jornalista, Pauline Machado, aborda, de forma aprofundada, como o estresse impacta a saúde de cães e gatos, quais os sinais menos óbvios que merecem atenção, as doenças que podem se originar ou se agravar devido ao estresse, e, principalmente, como familiares e profissionais podem atuar de maneira preventiva, afetiva e integrativa.
Do enriquecimento ambiental ao uso de terapias naturais, passando por ajustes na rotina do próprio tutor, cada ação consciente faz diferença na qualidade de vida dos animais com quem dividimos o lar.
Acompanhe as orientações e compartilhe com amigos e familiares.
Como o estresse afeta o organismo de cães e gatos, mesmo quando não é visível de imediato.
Pauline Machado – O estresse ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), liberando cortisol, adrenalina e outros hormônios que afetam múltiplos sistemas do organismo. Mesmo quando o animal parece estar visivelmente dentro da normalidade, internamente há aumento da frequência cardíaca, contração muscular constante, prejuízo na digestão e supressão imunológica. A longo prazo, esse estado de estresse favorece o surgimento de doenças crônicas, alterações comportamentais e até distúrbios metabólicos. O estresse silencioso é perigoso porque é cumulativo, ou seja, ele se instala aos poucos, sem sintomas evidentes, e quando aparece, já está em estágio avançado.
Sinais mais sutis (ou silenciosos) de que um pet está vivendo um quadro de estresse crônico.
Pauline Machado – Sinais discretos, como mudanças no apetite, sono irregular, lambedura excessiva, vocalizações fora do habitual, mudanças nos padrões de higiene, a exemplo dos gatos que param de se limpar,, fazer xixi fora do lugar ou se isolar em cantos escuros podem indicar estresse crônico. Muitos desses comportamentos são interpretados erroneamente como “manha” ou “teimosia”, mas na verdade são pedidos de socorro. É preciso ter atenção e compreender os sinais que eles nos dão.
Como a rotina acelerada dos familiares e o ambiente humano moderno está deixando os pets mais ansiosos.
Pauline Machado – Cães e gatos foram domesticados para viver próximos a humanos, mas não estavam preparados para o estilo de vida urbano atual que engloba morar em apartamentos pequenos, presença de barulho constante, ausência prolongada dos familiares em casa e excesso de estímulos tecnológicos são alguns exemplos. A falta de previsibilidade, a carência de interação significativa e o excesso de tempo ocioso aumentam o risco de estresse e ansiedade, especialmente quando não há estratégias de compensação emocional e ambiental. Entendemos que a rotina atual é corrida, mas, é preciso inserir tempo para interagir e estar presente com seus pets. É como aquele antigo ditado: “não basta ser pai, tem que participar”, e isso inclui estar presente, de corpo e alma.
Como os familiares podem ajustar a própria rotina e energia emocional para não transmitir ansiedade aos pets
Pauline Machado – Animais são extremamente sensíveis à linguagem não verbal dos seus familiares. O tom de voz, a respiração, os gestos e o ritmo da casa influenciam diretamente o humor dos cães e dos gatos, por isso, é importante que os tutores pratiquem autocuidado, desacelerem sempre que for possível e desenvolvam uma convivência mais atenta e afetiva com seus pets. Vale ressaltar que estamos falando de famílias multiespécies, logo,os familiares mais presentes e emocionalmente disponíveis são os melhores remédios para reduzir o estresse dos cães e dos gatos.
Doenças físicas que podem surgir ou se agravar por causa do estresse em cães e gatos.
Pauline Machado – O estresse é o maior inimigo dos animais. Cães e gatos que vivem sob situações de estresse podem desenvolver ou agravar doenças cardíacas, gastrointestinais como gastrites, colites e vômitos crônicos, assim como problemas dermatológicos como dermatite por lambedura e alopecia psicogênica, doenças urinárias como cistite idiopática felina e doenças autoimunes. Em casos mais graves, o sistema imune entra em colapso e o animal passa a desenvolver infecções recorrentes. É preciso destacar e frisar que a saúde emocional está diretamente ligada ao equilíbrio físico do organismo, logo, cuidar da saúde emocional dos cães e gatos é tão importante quanto cuidar da saúde física. Ambas são igualmente fundamentais para a qualidade de vida e longevidade dos pets.
Mudanças na rotina que afetam o equilíbrio emocional dos pets.
Pauline Machado – Mudanças de casa, ausência do tutor, chegada de outro animal, todas essas mudanças rompem com a previsibilidade que cães e gatos tanto valorizam, principalmente os gatos que não gostam de mudanças nas suas rotinas. A ausência prolongada do tutor, por exemplo, pode causar um estado de alerta constante nos cães, insônia, falta de apetite e até comportamentos regressivos, como destruição de objetos ou eliminação inadequada. Já a chegada de outro animal pode gerar competição por atenção e recursos, desencadeando ansiedade e insegurança. Por isso, seja qual for a adaptação que o seu pet esteja passando, precisa ser gradual e respeitosa, com acolhimento emocional e, principalmente paciência.
Enriquecimento ambiental como antídoto diário contra o estresse.
Pauline Machado – O enriquecimento ambiental oferece desafios, estímulos positivos e oportunidade de expressão comportamental natural. Isso reduz a frustração, aumenta a autoestima e dá ao cão e ao gato, a chance de ser quem ele é. Para gatos, isso inclui prateleiras, arranhadores, esconderijos, brinquedos interativos. Para cães, passeios variados, brinquedos recheáveis, socialização positiva. Um ambiente rico em estímulos controlados é um verdadeiro calmante natural para eles e para toda a família.
Raças ou perfis de animais mais sensíveis ao estresse.
Pauline Machado – Raças como Border Collie, Poodle, Spitz Alemão, gatos Siamês e Bengal são mais sensíveis a mudanças e aos estímulos intensos. Animais resgatados, que sofreram maus-tratos, filhotes desmamados precocemente ou idosos também têm maior vulnerabilidade. A prevenção envolve paciência, empatia, amor em conjunto com rotinas estáveis, previsibilidade, enriquecimento ambiental, e, muitas vezes, suporte com terapias naturais desde cedo.
Abordagens naturais que podem ser usadas com segurança para aliviar o estresse.
Pauline Machado – Fitoterápicos como Passiflora, Melissa e Bacopa Monnieri têm ação calmante eficaz e segura para cães e gatos, quando manipulados corretamente. A L-teanina, o triptofano e o magnésio também são excelentes nutracêuticos para o equilíbrio emocional. Florais de Bach são úteis em mudanças, traumas, medo e insegurança. A homeopatia, quando bem prescrita, também ajuda a tratar a raiz emocional do estresse de forma profunda e duradoura, sem efeitos colaterais.
Como transformar a casa em um espaço mais emocionalmente saudável para seu cão ou gato.
Pauline Machado – A primeira coisa a fazer é estabeleceruma rotina previsível, com momentos de atenção exclusiva para o pet. Investir em enriquecimento ambiental compatível com a espécie e o temperamento do animal. Criar um espaço seguro e silencioso onde ele possa descansar sem ser perturbado e reduzir possibilidades de ruídos. É fundamental evitar dar broncas quando eles tiverem algum comportamento resultante do estresse, como latidos excessivos, xixiou cocô fora do local, roer móveis ou objetos. Ao invés, converse com tom de voz brando e promova interações positivas com ele. De novo: um lar emocionalmente saudável é construído com respeito, escuta e conexão diária – para todas as espécies.
Acessórios que ajudam a reduzir casos de estresse em cães e gatos.
Pauline Machado – Acessórios como o Colete Calm Pet da Pet Med, promove contenção suave e estímulo tátil semelhante ao toque materno, o que ajuda a reduzir ansiedade e medo.
O Oto Calm Protector também é um importante aliado, pois, protege os ouvidos de estímulos sonoros intensos, como fogos ou trovões, aliviando fobias auditivas.
O Colar Conforto evita o estresse muitas vezes causado pelo colar elizabetano tradicional, oferecendo proteção com mais conforto pelo seu design anatômico.
Já o Protetor para Fralda e o Fit para Raças ajudam a manter a higiene com bem-estar, especialmente em animais com necessidades especiais oriundas de estresse, como os casos de incontinência urinária psicogênica, ou seja, cães e gatos que urinam involuntariamente em momentos de medo, submissão, ansiedade ou excitação extrema.
Casos de marcação territorial compulsiva, muito comum em cães e gatos inseguros, especialmente em ambientes com múltiplos pets ou após mudanças na rotina.
Há, ainda, os casos de eliminação inadequada associada à ansiedade de separação, em que o pet faz xixi ou cocô em locais incomuns, como camas ou sofás, quando ficam sozinhos ou após a ausência dos familiares.
O uso do Protetor para Fralda e o Fit para Raças também é indicado para os cães e gatos que apresentam comportamento compulsivo ligado ao estresse, aquele que gera lesões ou inflamações, ou seja, casos de alopecia e lambedura excessiva na região genital ou perineal e, também, para aqueles que apresentam comportamento regressivo em resgatados ou traumatizados, ou seja, cães e gatos que voltam a fazer necessidades dentro de casa ou em locais indesejados, mesmo após treinamentos anteriores.
Nesses casos, o uso de acessórios bem ajustados e anatômicos, como os da Pet Med, reduz frustrações associadas à perda de controle fisiológico, o que melhora a autoestima do animal, evita broncas injustas e previne infecções secundárias. Tudo isso contribui diretamente para o controle do estresse físico e emocional, oferecendo mais dignidade ao cuidado diário dos animais.
Por fim, é importante ressaltar que oestresse não é um problema apenas comportamental — ele é uma questão de saúde integral. Por isso, é fundamental que familiares e profissionais da medicina veterinária estejam atentos aos sinais silenciosos que eles nos dão, todos os dias, nos detalhes, e atuem com estratégias preventivas e, de preferência, naturais e integrativas para ajudar esses pacientes a .terem boa saúde física e emocional, em equilíbrio e harmonia com seus familiares. Isso proporciona maior longevidade para eles e para os seus humanos de estimação.
O estresse pode ser um inimigo silencioso para a saúde do seu pet, mas você tem o poder de transformá-lo! Priorize o bem-estar emocional do seu cão ou gato, observe os sinais e adote as estratégias preventivas e integrativas que discutimos.
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O diagnóstico de Diabetes Mellitus em cães e gatos ainda assusta muitos tutores, mas a boa notícia é que, com o acompanhamento adequado, é possível garantir uma vida longa, estável e feliz aos pets.
Essa condição, semelhante ao Diabetes humano, exige mudanças na rotina e uma atenção especial à alimentação, monitoramento da glicemia e aplicação de insulina — tudo isso feito com carinho, paciência e orientação profissional.
Para entender melhor como essa doença se manifesta e como lidar com ela no dia a dia, conversamos com a Médica Veterinária, Lucianne Brusco Moreira, clínica geral com especialização em Medicina Preventiva.
Nesta entrevista, ela explica as causas mais comuns do Diabetes em cães e gatos, os sinais de alerta que os tutores devem observar, e traz, ainda, dicas práticas para tornar o tratamento mais leve e eficaz, tanto para os pets quanto para suas famílias.
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Pet Med – O que é o diabetes mellitus em cães e gatos? Ele é igual ao diabetes dos humanos? Lucianne Brusco Moreira – Diabetes mellitus é uma doença em que o pâncreas do animal não consegue metabolizar o açúcar (glicose) do sangue, por falta ou falha da insulina — um hormônio que ajuda a glicose a entrar nas células para virar energia. É bem parecido com o diabetes em humanos, e por isso os tratamentos também são parecidos, como o uso de insulina e cuidados com a alimentação.
Pet Med – Quais são as principais causas do diabetes em pets? Ele pode ser evitado? Lucianne Brusco Moreira – As causas mais comuns são: obesidade, idade avançada, predisposição genética (raça), problemas hormonais ou uso de medicamentos como corticoides. Em alguns casos, não dá para evitar, mas manter o pet com peso saudável, alimentação equilibrada e visitas regulares ao veterinário pode ajudar bastante na prevenção.
Pet Med – Como o tutor pode perceber que algo está errado? Quais os sinais clínicos mais comuns?
Lucianne Brusco Moreira – Os principais sinais são o pet começar a beber muita água, urinar mais que o normal, comer muito e, mesmo assim, perder peso e em alguns casos a perda da visão. Se o tutor perceber esses sinais, é importante procurar o veterinário o quanto antes. Costumo dizer que é a doença dos 4 P: Perda de peso, Poliúria, que é o excesso de água, Polidipsia, excesso de urina e Polifagia, excesso de alimentação.
Pet Med – A partir de que idade ou condição um cão ou gato se torna mais propenso ao diabetes?
Lucianne Brusco Moreira – Geralmente o diabetes aparece em pets de meia-idade a idosos, ou seja, a partir dos 6 ou 7 anos. Animais acima do peso, fêmeas não castradas e algumas raças específicas também têm mais risco.
Pet Med – Como é feito o diagnóstico? Exige exames específicos ou monitoramento prolongado?
Lucianne Brusco Moreira – O diagnóstico é feito com exames de sangue e urina e após o diagnóstico da doença é preciso realizar uma curva glicêmica para ajustar a dose das medicações e acompanhamentos regulares.
Pet Med – Uma vez diagnosticado, o diabetes tem cura ou é uma condição crônica para o resto da vida?
Lucianne Brusco Moreira – O diabetes em pets é uma condição crônica, ou seja, dura a vida toda. Mas, com o tratamento certo conseguimos após um tempo reduzir a dose das medicações e o pet pode viver bem e com qualidade por muitos anos.
Pet Med – A rotina do pet muda muito? O que o tutor precisa adaptar no dia a dia após o diagnóstico?
Lucianne Brusco Moreira – Sim, principalmente no início é um pouco mais difícil devido às várias mensurações de glicose durante o dia que iremos precisar para a curva glicêmica, a rotina muda um pouco. O tutor vai precisar aplicar insulina, normalmente duas vezes por dia, manter horários fixos para alimentação e normalmente realizar no máximo de 2 a 3 refeições diárias e monitorar o pet com mais atenção. Mas com o tempo, tudo se encaixa e vira parte do dia a dia.
Pet Med – Como planejar uma dieta segura para cães e gatos diabéticos?
Lucianne Brusco Moreira – A alimentação é essencial no controle do diabetes. O ideal é uma dieta com baixo teor de carboidratos. Hoje em dia já existem alimentações específicas para pets diabéticos. O veterinário ou nutricionista podem montar um plano alimentar específico para cada animal.
Pet Med – A insulina é sempre necessária? Como fazer a aplicação com segurança e sem sofrimento para o animal? Lucianne Brusco Moreira – Na maioria dos casos, sim, a insulina é necessária. A aplicação é feita com uma agulha bem fina ou caneta aplicadora, geralmente é realizada subcutânea na pele do dorso, e muitos pets nem sentem. Com paciência e prática, o tutor aprende e o pet se acostuma.
Pet Med – É possível monitorar a glicemia em casa? Como e com que frequência isso deve ser feito? Lucianne Brusco Moreira – Sim, é possível sim. Hoje em dia existem aparelhinhos chamados Glicosímetros que ajudam a aferir a glicemia em casa, com uma pequena gotinha de sangue ou o monitor contínuo de glicose/sensor de glicose que fica aderido à pele fazendo várias medições durante o dia por até 14 dias. A frequência depende de cada caso, mas normalmente o veterinário indica medir antes das aplicações de insulina e em horários específicos ao longo do dia. O ideal é seguir sempre a orientação do profissional que cuida do seu pet.
Pet Med – Quais complicações são mais comuns em pets diabéticos, como catarata ou cetoacidose, e como evitá-las?
Lucianne Brusco Moreira – As complicações mais comuns são a catarata, que pode afetar a visão, a hipoglicemia por aplicações erradas e a cetoacidose, que são emergências e precisam de atendimento rápido. Para evitar isso, é super importante manter a glicemia bem controlada, dar a insulina certinha, cuidar da alimentação e fazer check-ups regulares com o veterinário. Com cuidados diários, dá para manter seu pet saudável e feliz!
Pet Med – Para finalizar, como acolher e acalmar um tutor que acabou de receber o diagnóstico de Diabetes em seu pet e está assustado com o que vem pela frente? Lucianne Brusco Moreira – Primeiro de tudo: respira fundo, vai dar certo! Nos iremos triar esse caminho juntos. Receber o diagnóstico assusta mesmo, mas com carinho, atenção e acompanhamento veterinário, é totalmente possível dar uma ótima qualidade de vida ao seu pet. Você não está sozinho — conte com a ajuda dos profissionais e não tenha medo de perguntar sempre que precisar. Com o tempo, tudo vira rotina e o amor faz tudo valer a pena!
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