Novembro está acabando, mas ainda há tempo para lembrar que neste mês as atenções estão voltadas para a prevenção do câncer de próstata, e, assim como os homens, tutores de cães e gatos também devem manter a atenção na saúde dos seus pets.
Para nos explicar como é possível identificar em casa, no dia a dia com o pet se ele pode estar desenvolvendo um câncer de próstata e explicar várias outras questões importantes sobre o tema, a Pet Med conversou com exclusividade com o Médico Veterinário, Rafael Cuconati, profissional com mais de 10 anos de experiência em oncologia e portador do CRMV21.211SP.
Acompanhe!
Pet Med – O que é câncer de próstata em cães e gatos?
Rafael Cuconati – Quando a gente fala em câncer de próstata ele é originário do próprio tecido glandular da próstata. Em sua grande maioria, é do tecido epitelial (estrutural), gerando os carcinomas prostáticos.
O Câncer se desenvolve quando aquela célula da glândula sofre uma mutação.
Ela se torna o que chamamos de célula mutada, ou seja, ela deixa de ser uma célula normal para ser uma célula alterada, uma célula cancerígena. Posteriormente essa célula se clona, induzindo uma proliferação e aparecendo o volume do tumor aos nossos olhos.
Pet Med – Qual é a incidência de câncer de próstata em cães e gatos, dentre os vários tumores que podem acometê-los?
Rafael Cuconati – A incidência de cães e gatos comparado a outros tumores é de menos de 1%. Então, de todos os tipos de neoplasias que cães e gatos podem ter, o câncer de próstata é menos de 1%.
A estatística de literatura (Oncologia em cães e gatos – 2016 – De Nardi e Daleck) dos cães castrados são de 42%. E entre os achos inteiros é 55,8%. Em gatos não temos estatísticas.
Pet Med – Como o câncer de próstata se manifesta no organismo?
Rafael Cuconati – Inicialmente ele se manifesta na glândula, então, pode ter um começo de um lado da glândula ou dos dois lados, o que a gente chama de unilateral ou bilateral. Ele pode infiltrar a uretra prostática, ou seja, o tubinho da uretra que passa no meio da próstata, ele pode infiltrar até mesmo causando obstrução. Esse aumento de volume da próstata, às vezes pode aumentar de tamanho e começar a crescer no sentido intrapélvico, ou seja, sentido à pelve e, até mesmo, comprimir o reto que é onde tem a passagem das fezes. Ele é um câncer com alto poder de metástase, ou seja com alto poder de se espalhar tanto pela via linfática, onde carreia a linfa, a célula de defesa, quanto pela via hematógena, ou seja, pelos vasos sanguíneos, e ele pode se manifestar em outros órgãos e também nos ossos, e, até mesmo nos ossos regionais, como por exemplo na pelve ou no femur.
Pet Med – É mito ou verdade que o câncer de próstata é mais comum em cães e gatos não castrados?
É mito que o câncer de próstata tem maior incidência em animais castrados, isso é mito. A maior incidência desse tipo de câncer é em pacientes inteiros (não castrados). Em média 55 a 56%.
Nos gatos não temos esses dados. Agora, o motivo disso pode ser de caráter genético e existem tumores que não são hormônio-dependentes. Tem tumores que através da genética não são hormônio-dependentes, eles nasceriam na próstata de qualquer forma. O que dá para gente afirmar é a questão genética mesmo.
Pet Med – No dia a dia, como os tutores podem identificar a possibilidade do seu cão ou gato estar com tumor, com câncer de próstata?
Rafael Cuconati – No dia a dia, a forma dos tutores observarem é se o animal apresenta dificuldade para urinar, o que a gente chama de disúria, ou se urina mais vezes, se tiver sangue na urina. Quanto às fezes, se tiverem com formato alterado, se começar a diminuir o volume do cocô, se ficar um cocô em um formato mais de cobrinha, um cocô amassado, se apresentar um desconforto para andar, inapetente para comer, também pode ser uma forma do tutor começar a identificar.
Pet Med – Quais são as causas mais comuns do câncer de próstata em cães e gatos?
Rafael Cuconati – As causas mais comuns são a genética e a questão da produção de hormônio. Então, se temos um paciente que produz um excesso de hormônio no testículo, por exemplo, isso pode interferir no aumento da chance de câncer prostático. Genético e hormonal são as causas mais comuns.
Pet Med – Qual é o diagnóstico do câncer de próstata nesses animais?
Rafael Cuconati – A gente começa uma triagem com exame físico, palpação do reto e da região abdominal, além de fazer a anamnese completa de ter o histórico desse paciente. Depois a gente investiga com exame de imagem com ultrassom, depois evoluímos para o exame de tomografia e o exame real que define o diagnóstico que é a biópsia. A imagem, lógico, ela vai dar uma sugestão, mas, quem define e “bate o martelo” é o histopatológico, que é a biópsia.
Pet Med – Dentre os exames, quais são os mais recomendados para diagnosticar a doença?
Rafael Cuconati – Como disse, os exames mais recomendados no intuito de check up, que vai nos dar uma ideia que o paciente tem câncer de próstata é o ultrassom abdominal. Então, pacientes acima de 5 a 7 anos de idade nós indicamos o ultrassom semestralmente.
Pet Med – E quanto aos tratamentos? Quais são os mais eficazes?
Rafael Cuconati – Depende muito da fase do diagnóstico, mas, o tratamento que a gente chama de eleição é o de cirurgia, quando a gente consegue tirar o tumor da próstata, ou até mesmo a próstata em si com o tumor. Depois existe radioterapia, quimioterapia e hoje, existe, ainda, a biologia molecular, a parte de mapeamento genético do tumor que a gente consegue findar a personalização de medicamentos para usar, o que não deixa de ser quimioterapia, mas, é mais direcionada através de um exame genético.
Pet Med – De que forma é possível prevenir o câncer de próstata em cães e gatos?
Rafael Cuconati – A forma de prevenção é a castração. Pela porcentagem estatística de uma menor porcentagem de um paciente desenvolver por serem castrados, então, a única prevenção realmente é a castração. Porém, existem os fatores de risco, que a gente fala: obesidade, alimentação, exposição à alteração do meio ambiente em si, uso de hormônio indevido como suplemento, essas coisas.
Pet Med – Para finalizar o que mais o senhor considera importante acrescentar?
Rafael Cuconati – De um modo geral, o objetivo é uma conscientização tanto do cliente final, como dos Médicos Veterinários. A ideia é a gente fazer uma medicina de diagnóstico precoce que a castração previne mesmo, e a importância da gente ter um tema, por exemplo, Novembro Azul, para se atentar na prevenção de tumores. Primeiro porque, uma vez que nasce um tumor, a gente trata a consequência e a ideia é a gente prevenir que ele venha. A genética não conseguimos mexer, mas, se o animal tiver um estilo de vida adequado, a gente consegue prevenir.
Outubro não é somente o mês das crianças e dos animais é, também, o mês em que reforçamos a importância da prevenção ao Câncer de Mama por meio da Campanha Outubro Rosa, que se estende também aos cuidados com cadelas e gatas.
Assim como para as mulheres, sabemos que, tanto o diagnóstico quanto o tratamento precoce aumentam significativamente as chances de cura do câncer nos pets.
Neste sentido conversamos com a Médica Veterinária, Andréa Regina Cavazotto Guilherme, clínica geral e especialista em Dermatologia, que nos orientou sobre alguns fatores importantes pensando nas medidas de prevenção da neoplasia em cadelas e gatas.
#OutubroRosa – Entendendo o câncer de mama
De acordo com a Médica Veterinária, o câncer de mama (neoplasia) acontece quando há o crescimento desordenado de células que causam proliferação tecidual na região mamária das fêmeas, com a formação de lesões, nódulos, úlceras e alterações da pele. Pode ocorrer também em machos, porém é bem raro.
“O câncer de mama se manifesta no organismo de forma benigna ou maligna, causando metástases, ou seja, envolvendo outros órgãos, dependendo do tipo de neoplasia e do estágio de avanço da doença”, explica.
Ela destaca ainda, que, de acordo com o professor Andrigo Barboza de Nardi responsável pela oncologia veterinária da UNESP Jaboticabal, “os tumores de mama em cadelas representam entre 35 a 40% de todas as afecções neoplásicas que podem ocorrer na espécie canina. Em gatas a prevalência é um pouco menor e representam entre 20 a 25% das afecções neoplásicas observadas na espécie”.
Mito ou verdade
A incidência maior de câncer de mama em cadelas ou gatas não castradas é uma verdade, assegura a Médica Veterinária Andréa Regina. “É verdade, pois, com base em comprovação em estudos científicos, incidência hormonal é um dos fatores que predispõem o desenvolvimento de tumores de glândula mamária”, afirma.
Além da atividade hormonal, o uso de contraceptivos e dietas ricas em gordura estão entre as causas mais citadas. “No entanto, muitos novos estudos são bem vindos para elucidar melhor as causas”, considera a especialista.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico do câncer de mama inicia-se pelo exame físico, seguido de exames laboratoriais como raio-x, ultrassom, exames de sangue e, principalmente, citologia da lesão e histopatologia – biópsia.
Uma vez comprovada a neoplasia mamária se realiza a remoção cirúrgica e quimioterapia posterior. E, em alguns casos, também se faz quimioterapia antes da cirurgia, visando a redução do tamanho do tumor, acrescenta.
Prevenção ainda é o melhor remédio
Como medida preventiva, a realização de exame periódicos das mamas, ainda é o melhor a fazer. Se houver qualquer alteração como secreção, aumento de tamanho, lesões ou inflamação local, o recomendado é que leve o animal ao veterinário o mais rapidamente possível à consulta veterinária.
Outra forma de prevenir o câncer de mama em cadelas e gatas é, segundo a especialista, oferecer uma dieta de qualidade balanceada. “Prevenção da obesidade e principalmente realizar castração nas fêmeas na idade próxima a um ano de vida, além de levar o pet periodicamente ao clínico geral ou dermatologista veterinário para exame das mamas, são fundamentais”, reforça e finaliza a Médica Veterinária.
A Roupa Protetora e Pós-Cirúrgicada Pet Med, além dos diferenciais anatômicos, conta com tecnologia avançada aplicada aos tecidos.
São 3 tipos de tecnologia:
Proteção UV
Dry
Antimicrobiana
A proteção UV contida no tecido preserva a pele do pet que estiver em exposição solar, ideal para os pequenos que não ficam longe do sol e estão em período de recuperação. A Roupa Protetora e Pós-Cirúrgica da Pet Med não tem limite de tempo de uso, por isso enquanto estiver servindo confortavelmente no pet, pode ser utilizada e a proteção é mantida.
O tecido também tem tecnologia Dry, a mesma utilizada em aplicações de roupas para atletas, que garante uma roupa extremamente leve, de rápida secagem e com conforto térmico. O tecido não amarrota e é flexível.
Tudo para não incomodar o pet e tornar o pós-operatório o mais fácil possível.
Indo além, a Pet Med também investiu na aplicação do agente antimicrobiano, com a fixação de um revestimento não migrante permanente sobre as fibras do tecido.
Com esse revestimento, micro-organismos como esporos de fungos, bactérias, leveduras e por consequência, os ácaros que se alimentam deles são atraídos para o revestimento, cuja função é perfurar a membrana de suas células.
Assim, o agente antimicrobiano do tecido impede o crescimento e proliferação dos micro-organismos, um processo muito importante durante a recuperação pós-cirúrgica do animal.
É importante destacar que não é um processo químico. É 100% físico, não induz mutagenia microbiana e é isento de metais pesados.
Evita odores desagradáveis e manchas.
É uma proteção inteligente, duradoura e hipoalergênica.
As fibras mantém as propriedades até o número de 100 lavagens.
Ilustração do processo do agente antimicrobiano na quebra da membrana da bactéria.
Pet Med esteve com seu parceiro Vetlima, na Europa, para lançar a Roupa Pós-Cirúrgica com Tecnologia Dry no Congresso Montenegro, Portugal. Também, lançará esta tecnologia em diversos eventos na Europa durante o ano, entre eles Espanha, França e Inglaterra.
Profissionais da Pet Med estiveram com o distribuidor que representa os produtos Pet Med em alguns países na Europa no início deste ano, para formações, treinamentos, visitas e pesquisa de campo para lançamento e desenvolvimento dos produtos da Pet Med na Europa.
Como a Pet Med planeja o lançamento de seus produtos com todos os parceiros e até fora do Brasil?
Quando a Pet Med lança um novo produto, é necessário que todos os Canais de Vendas estejam alinhados.
No Brasil, a Pet Med conta com a liderança das sócias Fernanda Bragion Loewenthal, Fabiana Bragion e da reconhecida profissional do mercado de varejo, Simoni Reina coordenando as ações de vendas nos distribuidores nacionais, megastores como Cobasi, Petz, 100% Pet, Pet Camp e mais de 3 mil clientes por todo o Brasil.
Já no mercado internacional, a Pet Med, a cada ano, aprende mais a respeito do perfil de cada país e planeja ampliar seu marketshare neste ano.
Como foi a participação da Pet Med no Congresso Montenegro?
Participamos do Congresso Montenegro, em Santa Maria da Feira, norte de Portugal e percebemos que o conceito de qualidade de vida na recuperação dos animais de companhia está cada vez mais presente no dia-à-dia dos portugueses.
Tivemos a informação de que 80% dos veterinários de Portugal já utilizam a Roupa Pós-Cirúrgica Pet Med.
Quais são os planos para 2017 e quais eventos a Pet Med deverá participar?
Vejam a agenda de eventos Internacionais da Pet Med para 2017, onde lançaremos a nova tecnologia Dry nas Roupas Pós-Cirúrgicas:
4 a 8 de Fevereiro NAVC Estados Unidos
17 e 18 de Fevereiro – Congresso Veterinário Montenegro (Santa Maria da Feira – Portugal) – Parceiro Vetlima
16,17 e 18 de Março – Iberzoo+Propet – AMVAC/Vetmadrid (Madrid – Espanha) – Parceiro Vetlima
4 a 7 de abril – LAVC (Lima – Peru)
4 a 6 de maio – Expo Mascotas (Santiago – Chile)
9 e 10 de Junho – France Vet (Paris – França)
9 a 11 de Novembro – AVEPA (Barcelona – Espanha)
16 e 17 de Novembro – London Vet (Londres – Inglaterra)
Quais os diferenciais dessa tecnologia e qual a mensagem que a Pet Med
deixa para os veterinários e donos de animais?
A Tecnologia Dry, a mesma utilizada em materiais esportivos de alta performance, traz os seguintes diferenciais:
– Conforto Térmico e rápida secagem através de um material anatômico, flexível e muito resistente, que otimiza e proporciona mais conforto durante a recuperação.
Pensamos sempre no bem estar dos animais. Então, a mensagem que podemos deixar é que os animais merecem os nossos melhores gestos. Eles não podem falar, mas podem sentir quando damos a eles o nosso melhor. Por isso, a Pet Med segue o conceito de levar a melhor experiência para os animais no momento em que eles mais precisam.
De 1 a 8 de fevereiro de 2017, a Pet Med visitou o maior congresso do mundo dedicado aos veterinários e conversou com médicos veterinários que têm suas carreiras consolidadas nos EUA.Com mais de 17 mil participantes, entre médicos veterinários, empresários e profissionais da área veterinária, a NAVC Conference, contou com mais de 4800 estandes de novidades e inovações no setor que cresce a cada ano. Antes deste evento, a Pet Med fez reuniões com o Dr. Carlos Souza, no Small Animal Hospital da Universidade da Flórida e o Dr. José Barbosa, do Hallandale Hospital, próximo a Miami, para saber mais sobre os produtos Pet Med nos EUA, ou seja, um novo conceito em recuperação focado em qualidade de vida.
O que é a NAVC e qual seu propósito?
Pet Med: A NAVC WWW.navc.com é uma organização sem fins lucrativos que oferece serviços de desenvolvimento profissional e seu propósito é a formação especializada, atualização e a conexão global entre os profissionais veterinários ano após ano.
Registrants in NAVC 2017
Qual o objetivo da Pet Med em visitar este evento?
Pet Med: Todos os anos a Pet Med, através de seus profissionais e sócios, participa de diversos eventos no Brasil e mundo para pesquisar novas tecnologias, demandas e conversar com os veterinários de diferentes partes do mundo para entender como cada comunidade avança na questão de recuperação dos Pets com qualidade de vida.
Os Estados Unidos possui a melhor tecnologia na recuperação com qualidade de vida?
Pet Med: “Acreditamos que sim em muitas especialidades de proteção, mas temos uma lacuna a ser preenchida com as Roupas Pós-Cirúrgicas com Tecnologia Dry, uma nova tecnologia de conforto térmico, a mesma encontrada em artigos esportivos de alta performance”, e foram desenvolvidas especialmente para o mercado Europeu e Norte Americano, responde Leandro Toledo, responsável pela exportação da empresa Pet Med.
“Quando a Pet Med inicia uma parceria em um novo país, o principal trabalho a ser desenvolvido é o entendimento do novo conceito em recuperação. Por exemplo, nos Estados Unidos, o colar elizabetano ainda é utilizado na maioria dos casos de recuperação pós-cirúrgica e problemas dermatológicos.” explica Fabiana Bragion, sócia e responsável pelo Comercial da empresa.
Entretanto, nós consideramos ser os produtos Pet Med, uma experiência mais confortável na recuperação dos Pets. Então, introduzimos aos veterinários o novo conceito, mostrando os benefícios de cada produto Pet Med”, completa Claudia Barbagli, gerente de Marketing da empresa.
Como foi a aceitação dos produtos nos EUA e quais os próximos passos?
Fizemos reuniões com renomados e experientes cirurgiões do Small Animal Hospital da Universidade da Flórida e no Hospital de Hallandale em Miami e tivemos um ótimo feedback sobre os produtos Pet Med. Eles acreditam que os produtos possuem qualidade Premium e precisam estar acessíveis a todos os veterinários e pets do mundo.
“Acreditamos que com a aceitação que já existe no Brasil, Europa, América Latina e Estados Unidos, devemos estar em todos os grandes eventos veterinários do mundo para que conheçam nossa tecnologia”, conclui Leandro Toledo.