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Como a convivência com os animais pode trazer benefícios no tratamento e para o dia a dia de quem tem autismo

Como a convivência com os animais pode trazer benefícios no tratamento e para o dia a dia de quem tem autismo

Por Pauline Machado

Lidar com algumas doenças ou transtornos como o Autismo, por exemplo, nem sempre é fácil, mas, a boa notícia é que já existem algumas terapias que ajudam  amenizar as dores físicas, mentais e emocionais, não apenas dos pacientes, mas, também dos seus familiares e, até mesmo dos profissionais de saúde.
Entre elas, estão a Terapia Assistida por Animais (TAA) e a Atividade Assistida por Animais (AAA), considerada uma atividade recreativa com resultados terapêuticos, sem gerar uma análise, histórico ou perfil dos pacientes.
Para entendermos como a convivência com os animais pode trazer benefícios no tratamento e para o dia a dia de quem tem autismo, conversamos com a Psicóloga clínica e de Reabilitação Neurológica, Vivian Rodrigues Silva, portadora do CRP 08/29628, e, na sequência, com o Rafael Fernando Wisneski, adestrador especialista em Manejo Comportamental de Cães e Gatos; Mestrando em Ciência Animal; especializado em cães de ajuda social e animais para Intervenções Assistidas (IAAs).
Acompanhe!

Vivian Rodrigues Silva – Psicóloga clínica e de Reabilitação Neurológica.

Pet Med – O que podemos entender por Autismo?
Vivian Silva – O autismo é um transtorno em espectro que afeta o desenvolvimento típico esperado para pessoas de ambos os sexos, mas que afeta principalmente meninos/homens, nas áreas de interação social, comunicação e interesses restritos e estereotipados.

Pet Med – Quais são as principais características do autismo?
Vivian Silva – As pessoas dentro do espectro têm atraso principalmente na área da linguagem/comunicação e interação com o meio, seja com pessoas, objetos ou ambiente. No dia a dia os autistas precisam de mais suporte para realizar atividades cotidianas, se comparado aos pares de idade em desenvolvimento típico.

Pet Med – Quais são as melhores formas de tratar o autismo?
Vivian Silva –  Intervenção com larga carga horária dentro da Análise do Comportamento Aplicada.

Pet Med –  Existe alguma forma de prevenção? Se sim, quais? Se não, por quê?
Vivian Silva – Não. Primeiramente porque ainda não se sabe sobre a principal causa do autismo, mas sabe-se que existe maior probabilidade de um pai ou mãe autistas terem uma criança autista, devido à carga genética. Sendo uma criança autista ou não, o ideal é sempre estimular e fornecer um ambiente rico para melhor desenvolvimento das habilidades esperadas para idade e quanto antes forem estimuladas, melhor será o prognóstico.

Sendo uma criança autista ou não, o ideal é sempre estimular e fornecer um ambiente rico para melhor desenvolvimento das habilidades esperadas para idade e quanto antes forem estimuladas, melhor será o prognóstico.

Vivian Silva



Pet Med – De que forma as famílias podem proporcionar melhor qualidade de vida para os familiares autistas?
Vivian Silva – Participando ativamente da intervenção profissional e seguindo orientações fornecidas pelos profissionais.

Pet Med – E quanto ao convívio com os animais? É possível que a convivência com os animais possa trazer benefícios no tratamento e para o dia a dia de quem tem autismo?
Vivian Silva – Pessoalmente, acredito que possa colaborar por ser mais uma estratégia para regular as condições emocionais do paciente e familiares, uma vez que a pessoa com TEA pode colaborar com o cuidado da rotina do animal, mas principalmente pela troca afetiva.

.Rafael Fernando Wisneski – especializado em cães de ajuda social e animais para Intervenções Assistidas (IAAs).


Pet Med – Neste cenário, como os animais podem auxiliar no tratamento das pessoas autistas?
Rafael Wisneski – Animais podem ajudar pessoas do espectro autista de várias formas. O contato com animais motiva interações sociais e melhoram a condição emocional e cognitiva de qualquer pessoa. Eles também ajudam a diminuir os níveis de cortisol no organismo (estresse) e o contato físico com os animais também diminui a frequência cardíaca, e tudo isso colabora com a saúde física, mental e emocional dos autistas.

O contato com animais motiva interações sociais e melhoram a condição emocional e cognitiva de qualquer pessoa.

Rafael Wisneski

Pet Med – Como a convivência com os animais pode trazer benefícios e maior qualidade de vida para o dia a dia de quem tem autismo?
Rafael Wisneski – O espectro do autismo é amplo, e envolve uma série de questões neurológicas, sociais e emocionais. De forma geral, os animais eliciam emoções positivas, que ajudam no equilíbrio e a sensação de bem estar ao nosso organismo. Em alguns casos, o autista pode ter problemas para dormir e precisa de um “tato profundo” – dormir encostado em alguém, e os animais – em geral cães – cumprem bem esse papel. Os animais também são considerados catalisadores sociais, ou seja, ajudam em contextos fora de casa e nas relações sociais.

Pet Med – Quais são os diferenciais dos cães neste sentido? De que modo eles conseguem  dar este apoio emocional?
Rafael Wisneski – Cães são os animais que melhor se adaptaram à convivência com os seres humanos e já são considerados bons companheiros. Historicamente cães sempre prestaram algum tipo de serviço aos seres humanos, então pra eles é um “trabalho moderno” servir de apoio emocional. O apoio emocional dado pelos cães vem justamente do vínculo de confiança criado entre humano e cão, onde é constituída uma relação de parceria e benefícios mútuos. E acredito que a prestatividade destes animais somado a capacidade de interpretação da comunicação humana, fazem destes animais bons prestadores deste serviço.

O apoio emocional dado pelos cães vem justamente do vínculo de confiança criado entre humano e cão, onde é constituída uma relação de parceria e benefícios mútuos.

Rafael Wisneski

Pet Med – Neste sentido existem raças mais indicadas para ajudar neste tipo de tratamento?
Rafael Wisneski – Em geral as raças mais utilizadas para os trabalhos com autistas são Golden Retriever e Labradores, mas, isso não significa que outras raças não sejam boas para este trabalho, inclusive também é possível utilizar SRDs – cães sem raça definida.
Algumas raças, que são consideradas “potencialmente perigosas”, não são indicadas para esse trabalho. Isso não é porque todos os cães destas raças não sejam capazes de realizar o trabalho com as pessoas autistas, mas sim porque é mais um estigma a ser quebrado socialmente – isso traz mais questões e mais debates sobre o tema.
Já os vira-latas podem sim ser adequados para esse trabalho. No caso dos SRDs é sempre indicado aplicar testes de avaliação comportamental, principalmente naqueles que passaram por maus tratos.

Pet Med – Quais são os tipos de atividades feitas durante o tratamento com cães para as pessoas autistas?
Rafael Wisneski – Isso depende dos objetivos. Dentro da odontopediatria, em uma necessidade de execução de uma profilaxia, o cão pode ser utilizado como um modelo ou simplesmente acompanha o procedimento. Já em sets terapêuticos, o cão pode pegar e trazer objetos, ser um agente de motivação ou até mesmo funcionar como recompensa. Aqui o que vale é a criatividade de quem atua utilizando os cães neste trabalho.

Pet Med – Por fim, se achar necessário, use o espaço abaixo para complementar a sua participação acrescentando outras informações que entenda como importantes e não tenham sido abordadas durante a entrevista.
Rafael Wisneski – Hoje é observado um número crescente de pessoas autistas, seja pela melhoria diagnóstica seja em razão dos diagnósticos tardios. Fato é que os animais podem sim colaborar dentro dessa condição de saúde mental, ajudando desde o conforto emocional até no amparo técnico. Na outra ponta se tem um resgate da função dos animais na sociedade moderna, onde os cães remontam às suas raízes de trabalho e parceria com o ser humano, e os outros animais ganham um destaque social.

Fato é que os animais podem sim colaborar dentro dessa condição de saúde mental, ajudando desde o conforto emocional até no amparo técnico.

Rafael Wisneski
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Dia Mundial da Saúde e Dia da Terra: como o conceito de Saúde Única é importante para o bem-estar das pessoas, dos animais e do meio em que vivemos?

Dia Mundial da Saúde e Dia da Terra: como o conceito de Saúde Única é importante para o bem-estar das pessoas, dos animais e do meio em que vivemos?

Por Pauline Machado

O mês de abril traz duas comemorações importantes: uma pelo Dia Mundial da Saúde e do Dia da Terra, dois fatores fundamentais para a nossa qualidade de vida, assim como para os animais.
Para falar sobre a importância do conceito de Saúde Única, que trata  não apenas do indivíduo, mas, também dos animais e do meio em sua volta, conversamos com o Médico Veterinário Kamilo Rivera, gerente geral Ellatin e diretor de operações da LAVC – Latin American Veterinary Conference, Congresso Latino Americano de Veterinária.
Acompanhe!

Pet Med – O que podemos entender por Saúde Única?
Kamilo Rivera – Esta es una nueva mirada a la relación entre la salud humana, la salud animal y el estado del medio ambiente.
Este é um novo olhar sobre a relação entre a saúde humana, a saúde animal e o estado do meio ambiente.


Pet Med – Quais são os três pilares da Saúde Única?
Kamilo Rivera – Ambiente sano, animales sanos, gente sana.

Ambiente saudável, animais saudáveis, pessoas saudáveis.


Pet Med – Qual é a importância de falarmos sobre este conceito nos tempos atuais?
Kamilo Rivera – ​​El ecosistema está en un estado de desequilibrio, constantemente ocurren desastres naturales, de los cuales sufren tanto las personas como los animales, en el ajetreo de la vida moderna. Las personas se olvidan de cuidar su salud y, además, no tienen tiempo para pensar en el medio ambiente. Estas preguntas fueron, son y serán relevantes.

O ecossistema está em desequilíbrio, ocorrem constantemente desastres naturais, dos quais sofrem pessoas e animais. Na agitação da vida moderna, as pessoas se esquecem de cuidar da saúde e, além disso, não têm tempo para pensar no ambiente. Essas perguntas foram, são e serão relevantes.


Pet Med – De que modo na prática as empresas, escolas e profissionais da área de saúde podem aplicar na prática, o conceito de saúde única?
Kamilo Rivera – ​​En primer lugar, es la educación de adultos y niños. Una buena educación y conciencia en el campo de la ecología y la salud es la clave para el desarrollo de una vida sana y la moda para la pureza de la naturaleza y la salud de los animales y el medio ambiente.

Em primeiro lugar, é a educação de adultos e crianças. Uma boa educação e conscientização no campo da ecologia e saúde é a chave para o desenvolvimento de uma vida saudável, assim como para a pureza da natureza e a saúde dos animais e do meio ambiente.


Pet Med – E quanto aos Médicos Veterinários? De que forma podem aplicar na prática no seu dia a dia?
Kamilo Rivera – Las clínicas veterinarias son visitadas diariamente por personas con sus mascotas. El veterinario es responsable tanto de la correcta prescripción del tratamiento a su paciente, como de informar plenamente a su propietario sobre las medidas preventivas de la convivencia con una mascota (vacunas, desparasitaciones, alimentación adecuada, etc.). Además, se pueden colocar pancartas en la clínica veterinaria en la sala de espera, que hablarán sobre la actitud correcta hacia los animales y el medio ambiente. También es importante que las clínicas veterinarias eliminen adecuadamente los desechos.

As clínicas veterinárias são visitadas diariamente por pessoas com seus animais de estimação. O veterinário é responsável tanto pela correta prescrição do tratamento para o seu paciente, como por informar cabalmente o seu dono sobre as medidas preventivas da convivência com um animal de estimação (vacinação, desparasitação, nutrição adequada, etc.). Além disso, na clínica veterinária, na sala de espera, podem ser colocados banners que informam sobre a atitude correta em relação aos animais e ao meio ambiente. Também é importante que as clínicas veterinárias descartem adequadamente os resíduos.


Pet Med – Neste sentido, como o conceito de Saúde Única impacta a vida dos animais e suas famílias?
Kamilo Rivera – Influye directamente. Una persona, que adquiere un perro y se da cuenta de este concepto, camina más con él, controla su salud física y emocional, trata de clasificar la basura y lleva un estilo de vida más saludable. De hecho, cuanto más feliz, saludable y positivo sea el dueño de la mascota, mejor estará su mascota. Debo decir que lo mismo funciona en sentido contrario: cuanto más sana y feliz es la mascota, más feliz es su persona.

Influencia diretamente. Uma pessoa, tendo adquirido um cachorro e percebendo esse conceito, caminha mais com ele, monitora sua saúde física e emocional, procura separar o lixo e leva um estilo de vida mais saudável. Na verdade, quanto mais feliz, saudável e positivo for o dono do animal, melhor será para ele. Devo dizer que a mesma coisa funciona na direção oposta: quanto mais saudável e feliz o animal de estimação, mais feliz é sua pessoa.


Pet Med – E para aqueles animais que não têm família, como podem ser beneficiados com as ações de Saúde Única?
Kamilo Rivera – Las asociaciones pueden trabajar en la gestión para ayudar a los refugios de animales. Las fotos de alta calidad con descripciones de animales ahora funcionan muy bien cuando se publican en las redes sociales. Es importante que el refugio tenga un acuerdo oficial sobre el mantenimiento responsable del animal y el seguimiento discreto de su destino por parte del refugio. Si se trata de animales de la calle sin hogar, entonces se necesitan programas de esterilización, astillado y vacunación de animales de la calle.

También es importante controlar el estado de salud de los animales salvajes, controlar su población y aclarar las circunstancias de la muerte.

As associações podem trabalhar na gestão para ajudar os abrigos de animais. Fotos de alta qualidade com descrições de animais agora funcionam muito bem quando postadas nas mídias sociais. É importante que o abrigo tenha um acordo oficial sobre a guarda responsável do animal e o monitoramento discreto de seu destino pelo abrigo. Se você está lidando com vadios sem-teto, então, são necessários programas de castração, chipagem e vacinação.

Também é importante monitorar o estado de saúde dos animais silvestres, controlar sua população e esclarecer as circunstâncias da morte.


Pet Med – Como o conceito de Saúde Única influencia a vida das pessoas?
Kamilo Rivera – Directamente. Al mejorar el medio ambiente, el estado de la agricultura y los animales domésticos, mejoramos la vida de la humanidad.

Diretamente. Ao melhorar o meio ambiente, o estado da agricultura e dos animais domésticos, melhoramos a vida da humanidade


Pet Med –  E os impactos para o meio ambiente?
.Kamilo Rivera – La estructura del entorno es muy delgada y depende en gran medida de cualquier cambio mínimo. Incluyendo cambios para mejor.
A estrutura do ambiente é muito fina e altamente dependente de qualquer alteração mínima. Incluindo mudanças para melhor.


Pet Med – De que modo o conceito de Saúde Única pode agir como preventivo para a sociedade, os animais e o meio em que vivemos?
Kamilo Rivera – One Health expresa un enfoque holístico de la salud humana, animal y del ecosistema. En la práctica, esto implica el intercambio de conocimientos y la interacción entre la medicina y la medicina veterinaria, la biología y las ciencias ambientales (y disciplinas afines). Las emergencias sanitarias internacionales recientes, como la pandemia de COVID-19, la mpox (viruela del mono), los brotes de ébola y las amenazas constantes de otras enfermedades zoonóticas, las preocupaciones sobre la inocuidad de los alimentos, la resistencia a los antimicrobianos y la degradación de los ecosistemas y el cambio climático demuestran claramente la necesidad de una cooperación internacional e intersectorial. la cooperación y la creación de sistemas de salud sostenibles.

One Health expressa uma abordagem holística para a saúde humana, animal e do ecossistema. Na prática, isso envolve compartilhamento de conhecimento e interação entre medicina e medicina veterinária, biologia e ciências ambientais, assim como disciplinas afins.
Emergências internacionais de saúde recentes, como a pandemia de COVID-19, mpox (varíola dos macacos), surtos de Ebola e ameaças contínuas de outras doenças zoonóticas, preocupações com segurança alimentar, resistência antimicrobiana e degradação do ecossistema e mudança climática demonstram claramente a necessidade de e cooperação intersetorial, cooperação e a criação de sistemas de saúde sustentáveis.


Pet Med – E quanto ao futuro: podemos entender o conceito de Saúde Única como uma tendência ou já veio para ficar?
Kamilo Rivera – El enfoque One Health ayudará a prevenir las amenazas para la salud al eliminar su fuente, incluso al abordar el riesgo de transmisión de zoonosis de animal a humano. La iniciativa One Health también implica el intercambio de conocimiento científico, resultados de investigación, desarrollos y transferencia de tecnología.

A abordagem One Health ajudará a prevenir ameaças à saúde, eliminando sua fonte, inclusive abordando o risco de transmissão de zoonoses de animais para humanos. A iniciativa One Health também envolve a troca de conhecimento científico, resultados de pesquisas, desenvolvimentos e transferência de tecnologia.


Pet Med – Qual é a importância da Saúde  Única para a Medicina Veterinária?
Kamilo Rivera – Este es un gran trabajo en beneficio de preservar una humanidad sana. Reducción del estrés en animales de granja, reducción del uso de antibióticos, agrotóxicos, vigilancia de la salud de las mascotas.

Este é um grande trabalho em benefício da preservação de uma humanidade saudável. Redução do estresse em animais de fazenda, redução do uso de antibióticos, pesticidas, monitoramento da saúde dos animais de estimação.


Pet Med –  Por fim, se achar necessário, use o espaço abaixo para complementar a sua participação acrescentando outras informações que entenda como importantes e não tenham sido abordadas durante a entrevista.
Kamilo Rivera – Creo que este es un trabajo común complejo de toda la humanidad, y mientras más personas aprendan sobre este concepto, mayores serán las posibilidades de que nuestros hijos vivan en un mundo más saludable.

Acredito que este seja um complexo trabalho comum de toda a humanidade, e quanto mais as pessoas aprenderem sobre este conceito, maiores serão as chances de nossas crianças viverem em um mundo mais saudável.

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Março vermelho: cuidados com a saúde renal nos pets

Março vermelho: cuidados com a saúde renal nos pets

Por Pauline Machado

A campanha Março Vermelho tem por objetivo conscientizar a população sobre a importância dos cuidados e do diagnóstico precoce de doenças renais, tendo como foco principal o câncer renal.

Nos animais a incidência de insuficiência renal é bastante importante na casuística clínica veterinária, embora a de câncer nesta região seja pequena.

Para nos esclarecer essas e outras questões, conversamos com exclusividade com a Médica Veterinária Josieny Portugal Roble Gonçalves, formada pela Universidade Federal do Paraná.

Portadora do CRMV-PR 4929, Josieny tem, também, especializações nas áreas de Clínica Médica de Pequenos Animais, Odontologia e Dermatologia. Acompanhe os esclarecimentos!


Pet Med – O que podemos entender por problemas renais em cães e gatos?
Josieny Gonçalves  – Os animais pets, neste caso cães e gatos, também podem apresentar doenças renais, como insuficiências renais agudas ou crônicas, nefrites, nefroses, neoplasias e parasitoses.
Os problemas renais mais comuns nos pets são as insuficiências renais, as parasitoses e as neoplasias, sendo mais comum as insuficiências agudas, aquelas que permite reversão do quadro após tratamento, e a crônica onde o tratamento visa basicamente o retardo da progressão da doença e a melhora da qualidade de vida do paciente.
Nos casos de neoplasias ou parasitoses o tratamento é cirúrgico removendo o órgão, quando possível.

Pet Med – O que leva os animais a desenvolverem doenças renais?
Josieny Gonçalves  – Atualmente os casos de insuficiência renal crônica em animais idosos têm aumentado substancialmente, sobretudo os animais de pequeno porte, que são considerados idosos a partir de sete anos em média. Logo, a prevenção de doenças e/ou evitar sua progressão acelerada são fundamentais hoje em dia.
Os cuidados básicos como consultas periódicas ao médico veterinário e exames de rotina, boa alimentação, além de enriquecimento ambiental,  vacinação anual e controle de ecto e endo parasitoses também permitem uma melhor qualidade de vida aos nossos pets.
As doenças renais quando diagnosticadas precocemente permitem ao clínico possibilidades de tratamentos  melhores e manutenção da qualidade de vida por mais tempo.
Vale ressaltar que as doenças nos pets só apresentam sinais clínicos quando já há comprometimento de mais de 75% dos nefrons e, infelizmente, não existe atualmente cura clínica para as insuficiências renais.

Pet Med – Quais são os sintomas de um animal com problemas renais?
Josieny Gonçalves  – Os animais acometidos por doenças renais apresentam como sinais clínicos mais comuns perda de peso, principalmente massa magra, ingerem grande quantidade de água e urinam bastante, pois ocorre descontrole hídrico renal, e mesmo assim ficam desidratados, com a pelagem arrepiada e opaca. Podem apresentar redução ou falta total de apetite, vômitos e diarreias. Também pode ocorrer aumento da pressão arterial sistêmica.

Pet Med – E quanto ao diagnóstico, como é identificado?
Josieny Gonçalves  – O diagnóstico da doença é realizado associando a anamnese, que consiste no relato do responsável pelo pet sobre as alterações observadas e dos questionamentos do clínico, de um exame clínico criterioso  e também por meio dos exames complementares que nesse caso envolvem principalmente hemograma (em que observamos anemia não regenerativa),  bioquímica sérica avaliando os níveis de ureia, creatinina, cálcio, fósforo, urinálise completa (onde podemos observar a redução da densidade urinária, proteínas, leucócitos e hemácias), além de Ultrassonografia exploratória para avaliar possíveis alterações na ecogenicidade, tamanho e formato renal, além de também avaliar a pressão arterial sistêmica. Esses exames permitem o diagnóstico e o estadiamento da doença renal permitindo direcionamento quanto ao protocolo terapêutico mais adequado ao paciente.

Pet Med – Para cão ou gato diagnosticado com doença renal, quais são os possíveis tratamentos?
Josieny Gonçalves  – O tratamento dessas doenças tem por objetivo retardar a progressão da doença renal, redução dos sinais clínicos, melhora da qualidade de vida e também aumento do tempo de sobrevida do pet.
A definição do protocolo mais adequado varia de acordo com o estágio da doença que o paciente se encontra.
Os pacientes nos estágios I e II não apresentam alterações clínicas, apenas poliúria e polidpsia, e o tratamento visa retardar a progressão da doença.
 Já no estágio III ocorre também azotemia moderada, ou seja, os níveis de creatinina sérica estão entre  2,1 a 5 mg/dl para cães e de  2,9 a 5 mg/dl para gatos.
No estágio IV ocorrem piora de todos os sinais e o tratamento visa reduzir os sinais clínicos e melhorar a qualidade de vida. O tratamento inclui como medicações o uso de Ômega 3 (EPA e DHA ) que realizam proteção dos néfrons, antioxidantes para reduzir os níveis de radicais livres, os inibidores da ECA, enzima conversora de angiotensina, vitamina D, fluidoterapia e ajuste de ingestão de água. 3
Com relação à dieta para pacientes renais, as rações comercias têm alto teor calórico e proteínas em menor quantidade e de alta biodisponibilidade, baixos níveis e fósforo.

Pet Med – Como identificar o grau da lesão renal nos pets?
Josieny Gonçalves  – A avaliação do grau de lesão renal é feita avaliando os sinais clínicos e alterações nos exames laboratoriais: hemograma, bioquímica sérica e urinálise, e de Ultrassom abdominal onde avaliamos a diferenciação córtico medular, o tamanho e a ecogenicidade do órgão. Também avaliamos a pressão arterial sistêmica que pode estar aumentada. Dessa forma conseguimos definir o estadiamento da doença e determinar o tratamento mais adequado.

Pet Med – A partir de que grau a doença é diagnosticada como grave?
Josieny Gonçalves  – A classificação da gravidade da doença renal é feita em 4 estágios sendo que o I e II são mais leves e o III e o IV mais graves.
A definição do estágio basicamente é determinada pela creatinina sérica e o ideal é que a coleta de sangue seja realizada com o paciente estabilizado, hidratado e com o mínimo de sinais clínicos possíveis. Assim conseguimos mensurar a taxa de filtração glomerular.

Pet Med – E como medidas de prevenção, quais devem ser adotadas?
Josieny Gonçalves  – A melhor forma de prevenção de todas as doenças, nesse caso as doenças renais, são os cuidados para que o pet tenha qualidade de vida, uma alimentação saudável, água disponível à vontade, enriquecimento ambiental e tempo para se relacionar e interagir com seus responsáveis.
A recomendação de consultas veterinárias periódicas, até os sete anos no mínimo uma vez ao ano e após, duas vezes ao ano, bem como a realização de exames laboratoriais e de imagem nessa periodicidade, permitem diagnóstico precoce de várias enfermidades.
Escovação dental, vacinação anual e controle de ecto e endoparasitoses também permitem que o pet esteja saudável e maior sobrevida.

Pet Med – Por fim, as doenças renais podem levar os pets a desenvolverem câncer renal?
Josieny Gonçalves  – A inflamação de qualquer tecido do nosso corpo pode evoluir para algum tipo de câncer, porque o câncer nada mais é do que a multiplicação acelerada e errada de diversas células. Quando elas começam a se multiplicar em excesso, podem virar um tumor com perda da função. Então, a evolução da inflamação pode virar um tumor.
No entanto, essas doenças renais que falamos aqui não viram câncer. O câncer, a neoplasia, surge porque as células começam a se multiplicar em excesso, e, aí, surgem células defeituosas. São essas células defeituosas que são o câncer.
Nos pets a incidência de câncer renal é de 1% das neoplasias em cães e 1,5% das neoplasias em gatos.
Quando unilateral sem metástases o tratamento de escolha é remoção cirúrgica do rim afetado. Quando linfossarcoma a indicação terapêutica é quimioterapia.
Para finalizar, reforço que, como os sinais dessas doenças são muito inespecíficos a prevenção continua sendo sempre a melhor coisa a ser feita.

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Março Azul Marinho: cuidados com a saúde intestinal dos pets

Março Azul Marinho: cuidados com a saúde intestinal dos pets

Por Pauline Machado

A Campanha Março Azul Marinho traz à população informações importantes para a conscientização sobre os cuidados e prevenções do câncer colorretal, que nasce no intestino grosso e no reto, região final do trato digestivo e anterior ao ânus.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer – INCA, o câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum nos brasileiros, tendo em torno de 41 mil novos casos no País a cada ano.

Nas pessoas, o câncer colorretal origina-se no intestino grosso, também chamado de cólon, e no reto, região final do trato digestivo e anterior ao ânus.

Nos pets não temos essa estatística, mas, sabemos que é comum aos animais também.

Para saber como a doença acomete cães e gatos, conversamos com o Médico Veterinário André Ricther Ribeiro, gastrocirurgião e pesquisador da Universidade Federal do Paraná e professor do Centro Universitário UniCuritiba, portador do CRMV-PR: 11018.

Ele explica que alguns cuidados básicos são importantes para a prevenção da doença.

Acompanhe!

Pet Med – Neste cenário, quais são os problemas intestinais mais comuns em cães e gatos?
André Richter – Geralmente, quase 80% são gastroenterites de causas diversas, desde falta de desvermifugação, até problemas com alimentos não indicados e corpos estranhos de várias ordens que são ingeridos pelos animais.

Pet Med – E, o que podemos entender por câncer colorretal?
André Richter – É uma alteração celular no interior do aparelho digestório, na maioria das vezes, e que não é visível nem palpável e pode ter curso demorado para se pronunciar

Pet Med – De que forma este tipo de câncer pode surgir e quais são suas implicações para a saúde dos pets?
André Richter – Fatores genéticos, mecânicos, alimentares e medicamentosos.

Pet Med – Quais são os sintomas de um animal com problemas intestinais?
André Richter – Geralmente diarréia crônica, melena, ou seja, quando as fezes estão pretas, quando se trata da parte baixa do trato digestório.

Pet Med – E quanto ao diagnóstico, como é identificado?
André Richter – Por exames laboratoriais, ultrassonografia, colonoscopia.

Pet Med – Para cão ou gato diagnosticado com câncer colorretal, quais são os possíveis tratamentos?
André Richter – O mais correto é a retirada da porção afetada de forma cirúrgica, e tratamento com quimioterápicos após a identificação de origem do tumor.

Pet Med – Qual é a importância da vermifugação dos cães e gatos pensando na prevenção de problemas gastrointestinais e na saúde dos cães e gatos?
André Richter – É de primeira importância, visto que quando surgem suspeitas de doença colorretal, trabalhamos com exclusão hipóteses de diagnóstico.

Pet Med – E como medidas de prevenção, quais devem ser adotadas pelos tutores?
André Richter – Realização de exames laboratoriais e de imagem e consultas periódicas.

Pet Med – Por fim, de que forma a má alimentação pode resultar em doenças do trato intestinal nos cães e nos gatos?
André Richter – Alimentação para os pets é o maior cuidado para a saúde do animal. Hoje, no mercado já existem varias marcas de rações de excelente qualidade, polivitamínicos de muito boa procedência e fabricação. O segundo maior cuidado está interligado à alimentação, que é a higiene bucal dos animais

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Diretor da ABHV fala sobre a importância do VMX para o mercado da Medicina Veterinária

Diretor da ABHV fala sobre a importância do VMX para o mercado da Medicina Veterinária

Por Pauline Machado

Sabemos que nem só de conhecimentos técnicos vivem os Médicos Veterinários. Ter acesso a novas experiências, novos saberes, novas culturas e formas de atuar é fundamental para formar os diferenciais competitivos que fazem os Médicos Veterinários se destacarem no mercado.

Neste cenário, a participação em feiras e congressos são extremamente importantes e quem já tem esse hábito na sua programação anual, sem dúvidas amplia seus horizontes.

Pensando nisso, a Associação Brasileira dos Hospitais Veterinários (ABHV) sai na frente e procura trazer aos seus associados aqui no Brasil tais diferenciais que adquire em sua passagem por congressos no Brasil e no mundo, como agora, em que o seu diretor fundador, o Médico Veterinário Roberto Luiz Lange, portador do CRMV-PR nº: 2806, esteve visitando o VMX – Veterinary Meeting & Expo, nos Estados Unidos.

Lange também é Diretor fundador fundador da ANMV – Associação Nacional dos Médicos Veterinários; Conselheiro do CRMV-PR e Diretor do Hospital Veterinário Santa Mônica Ltda em Curitiba, no Paraná.

Acompanhe a entrevista!

Pet Med – O que é o VMX – Veterinary Meeting & Expo?

Roberto Luiz Lange – O VMX, anteriormente denominado NAVC é a maior Convenção de Médicos Veterinários do mundo, associada a uma exposição de produtos e serviços ligados à área veterinária. Em 2023, quando completou 40 anos de Congresso, reuniu 27 mil profissionais incluindo assistentes veterinários, lá denominados de Technicians.

Pet Med – De modo geral, qual é a importância deste evento para a Medicina Veterinária?

Roberto Luiz Lange – Por se tratar do maior evento global do mundo em assuntos da área veterinária, há elevada troca de informações, palestras com avanços conseguidos na profissão, área de expositores de equipamentos e suprimentos médicos de altíssima tecnologia. 

Pet Med – Há quantos anos a ABHV participa deste evento?

Roberto Luiz Lange –  A Associação Brasileira dos Hospitais Veterinários, participa do evento desde nossa fundação em 2017.

Pet Med – De que forma a ABHV participa do VMX, como público, como parceria ou como patrocinador? 

Roberto Luiz Lange – Participamos como profissionais inscritos no evento técnico e por sermos parceiros da Nuremberg Messe do Brasil, a organizadora do congresso Pet South América, aqui no País, também participamos como co-parceria entre o VMX e a Pet South.

Pet Med – Qual é o objetivo da ABHV ao estar presente no VMX?

Roberto Luiz Lange – Estarmos em sintonia com o que acontece fora do Brasil, observando as inovações tanto na área Médica Veterinária em si, como de novas tecnologias que possam a ser utilizadas para os padrões do Brasil, além dos processos de gestão. Também reiteramos acordos de cooperação firmados com a associação de hospitais americano – AAHA – American Animal Hospital Association.

Pet Med – E a importância em estar neste evento, para as iniciativas da ABHV aqui no Brasil?

Roberto Luiz Lange – É de suma importância conhecer novos meios e mecanismos de aperfeiçoamento para nossos estabelecimentos e até da carreira profissional. Precisamos estar antenados para o futuro e promover essas mudanças, tanto estruturais, como de comportamento para podermos influenciar a melhora contínua da prestação de nossos serviços.

Pet Med – De que forma os aprendizados e conhecimentos adquiridos no evento chegam aos associados da ABHV a fim de contribuir para o aprimoramento deles em seus empreendimentos?

Roberto Luiz Lange – Uma das grandes missões que temos como entidade associativa é promover o benchmarking, aliás foi o motivo que deu origem à ABHV, pois a troca de informações entres os associados, faz com que o todo melhore, e exatamente o benchmarking com nossas visitas ao VMX é que levamos a todos os afiliados.

Pet Med – Quais são os maiores ganhos para os Médicos Veterinários que investem em participar do VMX?

Roberto Luiz Lange – Há inúmeras oportunidades de se obter melhorias frequentando um congresso desse porte. Como exemplos, podemos citar as possibilidades de negócios internacionais entre veterinários e a indústria Americana e mundial, além de conhecimentos técnicos científicos na diferentes áreas de conhecimento que sejam integradas à Medicina Veterinária, às tendências mercadológicas, modelos de contratação e de valorização profissional, melhoria direta na prestação de serviços, e, sobretudo, é muito importante, a percepção dos novos modelos de interação com clientes, utilizando-se de tecnologia da informação.

Pet Med – O que esperar da Edição 2024 do VMX?

Roberto Luiz Lange – Espera-se um aumento ainda maior do número de participantes, haja vista a qualidade do evento que vem se superando ano a ano. No ano de 2023 nós da ABHV, em reuniões com o AAHA, tivemos conversas preliminares para se estabelecer no Brasil, padrões de atendimento, muito fortalecidos por lá, os denominados guidelines para diversas condutas médicas.

Pet Med – Para finalizar, o senhor entende como importante reforçar sobre o tema para os nossos leitores?

Roberto Luiz Lange – Que é sempre uma surpresa participar do VMX. No mundo atual,  em que as mudanças são extremamente rápidas, buscar novos horizontes se faz necessário, pois entendemos que ainda temos um caminho muito longo para avançar em relação aos países mais desenvolvidos.

Diretor da ABHV fala sobre a importância do VMX para o mercado da Medicina Veterinária

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Leucemia Felina: Sinais, Prevenção e Cuidados Essenciais para Gatos

Leucemia Felina: Sinais, Prevenção e Cuidados Essenciais para Gatos

Por Pauline Machado

Com o objetivo de conscientizar a população sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea, o Instituto Nacional do Câncer – INCA lançou a campanha Fevereiro Laranja.
Assim como na saúde das pessoas, o câncer também pode ser bem perigoso para a saúde dos pets, sobretudo para os gatos, que podem ser contaminados pelo vírus da FeLV, também conhecida como leucemia felina – que não tem cura.

Para nos dar mais informações sobre essa doença, conversamos com exclusividade com o Médico Veterinário, Luís Felipe Kühl, portador do CRMV-SC nº: 11.234, médico veterinário da Clínica Veterinária Escola do Centro Universitário UniCuritiba, com aprimoramento em clínica médica de pequenos animais e mestrando em Ciência Animal pela Universidade Federal do Paraná.
Boa leitura!


PET MED – Qual é o significado e a importância da Campanha Fevereiro Laranja?
Luís Felipe Kühl – O Fevereiro Laranja representa a conscientização da população frente à prevenção, diagnóstico e tratamento da Leucemia, uma doença maligna que desencadeia um mau funcionamento da medula óssea e repercute em alterações celulares em todo organismo. Isto evidencia a importância do entendimento de que, se diagnosticada precocemente, existem terapias que podem auxiliar na luta contra a enfermidade e fornecer mais conforto para os pacientes.


PET MED – Neste cenário, os animais também são passíveis de terem leucemia?
Luís Felipe Kühl – Sim, os animais também podem sofrer com a Leucemia. Porém, existem diferentes tipos da doença, em especial nos animais, em que algumas apresentações possuem causas pré-estabelecidas desencadeadas por agentes infecciosos.

PET MED – No caso dos gatos, a leucemia seria a FeLV? Por quê?
Luís Felipe Kühl – Pode ser. Haja vista que as Leucemias diagnosticadas em felinos comumente estão relacionadas com a infecção pelo Vírus da Leucemia Viral Felina, popularmente conhecido como FeLV. Ele, após adentrar no organismo e atingir a fase progressiva, apresenta persistência virêmica e, consequentemente, desencadeia distúrbios na medula óssea que podem originar os quadros de Leucemia.


PET MED – Mas, o que é a FeLV?

Luís Felipe Kühl – A doença ocasionada pelo Vírus da Leucemia Viral Felina é específica dos gatos e pode apresentar alto percentual de letalidade nos animais acometidos. Além disso, quando nas fases mais críticas da infecção, se torna persistente no organismo do paciente e não apresenta possibilidade de cura.

PET MED – De que modo a FeLV é transmitida?
Luís Felipe Kühl – A transmissão do vírus pode ocorrer principalmente de forma horizontal e vertical, em que, na primeira, o contato próximo entre animais sadios e animais contaminados pode predispor o contágio por meio de secreções presentes
em vasilhas de água, de alimentos, nas lambeduras e nas brigas. Enquanto que, a transmissão vertical está associada aos casos nos quais o vírus pode ser transmitido pela mãe durante o período de gestação. Também é importante ressaltar que existe a possibilidade de ocorrer transmissão iatrogênica, ou seja, causada por nós mesmos, por meio de materiais contaminados e transfusões sanguíneas.


PET MED – Quais são os sinais clínicos de um gato com FeLV?
Luís Felipe Kühl – Os sinais clínicos evidenciados em pacientes positivos para FeLV são inúmeros e variáveis, podendo encontrar animais com apatia, diminuição do apetite com consequente perda de peso, dispneia e letargia. Enquanto que em exame físico e laboratorial podemos identificar mucosas pálidas, aumento de linfonodos e presença de anemia, respectivamente.


PET MED – Para um gato já contaminado, quais são os possíveis tratamentos?
Luís Felipe Kühl – Após a contaminação persistente do vírus o indicado é sempre manter o animal com o sistema imunológico fortalecido e livre de qualquer situação de estresse. E, caso apresente algum sinal clínico associado ou secundário à doença, deve ser instituída terapia de suporte para fornecer forças ao organismo. Também é muito importante destacar a realização de exames periódicos com acompanhamento veterinário e a implementação de uma alimentação de qualidade, para trazer benefícios e fortalecimento à saúde e bem-estar dos pacientes.


PET MED – E como medidas de prevenção, quais devem ser adotadas?
Luís Felipe Kühl – Embora não exista nenhum método 100% eficaz, a vacinação é uma das formas de prevenção mais utilizadas no dia a dia, proporcionando imunidade aos animais por meio da estimulação do sistema imunológico. Também é indicado identificar os portadores do vírus para controle e não permitir o acesso dos animais à rua ou o contato com outros felinos que não se conheça o histórico, pois, em alguns casos, estes animais podem ser positivos para FeLV e a transmissão pode acontecer.


PET MED – Em que consiste o Teste para FeLV e quais são as diferenças entre o teste rápido e o PCR?

Luís Felipe Kühl – Os testes para detecção da FeLV consistem em tecnologias capazes de identificar a presença da infecção viral no organismo, sendo os mais utilizados o Teste Rápido (TR) e a Cadeia de Polimerase (PCR), em que o TR é um exame sorológico que frequentemente é direcionado para a triagem dos pacientes, haja vista que é um teste prático e confiável para detectar a viremia, ou seja, a presença de proteínas virais na circulação sanguínea. Enquanto que o PCR possui a capacidade de detectar o próprio material genético do vírus e é o exame indicado para confirmação da infecção, fato o qual se justifica devido o TR não ser capaz de
detectar todas as fases virais e poder apresentar resultados falsos-negativos.


PET MED – Em que casos cada tipo de teste deve ser adotado pelo tutor?
Luís Felipe Kühl – A decisão pela utilização dos testes é escolhida pelo médico veterinário de acordo com a necessidade e histórico do animal. Podendo ser escolhido o Teste Rápido para dar início ao acompanhamento do paciente e, se preciso for, a indicação da Cadeia de Polimerase (PCR) para confirmação de infecção. Porém, em alguns casos, como em felinos doadores de sangue, a utilização do PCR é exclusiva, haja vista a capacidade comprobatória desta tecnologia na detecção viral.

PET MED – E, quanto ao protocolo vacinal, existe para a prevenção da FeLV?
Luís Felipe Kühl – Sim. Atualmente contamos com vacinas que fornecem uma boa proteção contra o vírus e que devem ser realizadas em pacientes saudáveis, que já foram testados negativos para a doença. É importante salientar que nenhuma
vacina é capaz de proteger 100% o animal, por isso, além da imunização, é importante manter todos os cuidados de manejo e evitar o contato com outros felinos não vacinados.


PET MED – Para finalizar, quais cuidados os tutores devem ter em casa para manter a qualidade de vida de um gatinho com FeLV?
Luís Felipe Kühl – É de suma importância sempre manter um bom estado nutricional para fortalecimento do organismo, um ambiente enriquecido para diminuir os níveis de estresse e o acompanhamento periódico com o (a) médico (a) veterinário (a).

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