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Dia da Felicidade: por que o convívio com os animais traz felicidade para o dia a dia das pessoas?

Dia da Felicidade: por que o convívio com os animais traz felicidade para o dia a dia das pessoas?

⠀⠀⠀Por Pauline Machado

⠀⠀⠀Dia 20 de março, data que comemora-se internacionalmente o Dia da Felicidade, trouxemos aquela velha reflexão, mas de difícil ou fácil resposta: o que é a felicidade? O que nos faz felizes?
⠀⠀⠀Dentre as mais diversas respostas, eles sempre estão presentes: os animais e o convívio com eles. Para se ter uma ideia, um recente estudo realizado pela Associação Americana de Psiquiatria revelou que 86% dos tutores sentem que seus animais de estimação têm um impacto positivo em sua saúde mental e que cerca de 90% consideram o animal como um membro da família.
⠀⠀⠀Mas, por que será que o convívio com os animais traz felicidade para o dia a dia das pessoas?
⠀⠀⠀Para responder essa e outras questões sobre a relação da felicidade com o convívio com os animais, conversamos com exclusividade com a Mirian Nauck Dei Ricardi, Psicóloga com Formação em Terapia Sistêmica e Especialização em Gestão de Pessoas.
⠀⠀⠀Portadora do CRP 08/16853, Mirian é também palestrante, professora e facilitadora de treinamentos e desenvolve trabalhos voltados à Saúde Mental e Orientação Profissional desde 2014, em parceria com empresas, instituições de ensino e em seu consultório.
⠀⠀⠀Acompanhe!

Pet Med – O que podemos entender por felicidade?
⠀⠀⠀Mirian Nauck Dei Ricardi – Gosto de dizer que a Felicidade pode ser entendida como uma “trajetória”, na qual valorizamos nossas conquistas, o que temos e o que somos. Considero arriscado atribuir à Felicidade “um fim em si”, por exemplo: “serei feliz quando eu tiver adquirido determinado carro”. É fato que alguns benefícios poderão vir com este novo bem, mas não estaremos isentos de incômodos, como problemas mecânicos ou gastos com manutenção em geral.
⠀⠀⠀O dicionário nos diz que Felicidade, entre outros significados, quer dizer “Sensação real de satisfação plena; bem-estar; estado de contentamento, de satisfação; júbilo. Condição da pessoa feliz, satisfeita, alegre, contente; alegria.”
Fato é que o que nos torna felizes é diferente para cada um de nós. Se estivéssemos num grupo com cinco pessoas e lançássemos essa pergunta, cada um poderia responder diferentemente.
⠀⠀⠀As pessoas se sentem felizes quando fazem algo que apreciam, quando recebem e demonstram afeto, quando se reúnem com outras pessoas, quando dançam ao som de uma música que gostam, quando viajam e conhecem lugares, quando assistem a um filme que aborda conteúdos agradáveis para ela.
⠀⠀⠀Circunstâncias tristes todos teremos que enfrentar, o que é diferente de viver infeliz, daí a importância de olharmos com apreço ao nosso redor.

Pet Med – Qual é a relevância em termos um dia específico para mundialmente celebrarmos a felicidade, como o dia 20 de março?
⠀⠀⠀Mirian Nauck Dei Ricardi – Acredito que é importante, pois nos convida a lançar um olhar para pensarmos e refletirmos sobre isso: felicidade.
⠀⠀⠀Atualmente, vários meses do ano recebem “cores diferentes” sobre determinado tema, o que acaba por promover ações de conscientização e cuidado.
⠀⠀⠀Sabe-se que, por exemplo, que no “Outubro Rosa” observa-se um aumento na procura pelos exames de mama, o que pode diagnosticar um câncer precocemente e, consequentemente, aumentará as chances de cura.
⠀⠀⠀Olhar para a “Felicidade” não é diferente, tem igual importância: é um convite para pararmos e pensarmos sobre o que nos faz bem, o que nos faz felizes, como temos nos sentido e como podemos nos sentir melhores.

Pet Med – E a importância da felicidade no dia a dia das pessoas?
⠀⠀⠀Mirian Nauck Dei Ricardi – No dia a dia, a felicidade poderá tornar as pessoas mais acolhidas e compreensivas – consigo mesmas e com os demais ao seu redor – em relação às dificuldades que enfrentam. Um abraço, um sorriso, uma mensagem de apoio, podem tornar o dia de uma pessoa mais feliz e isso é possível de colocarmos em prática.
⠀⠀⠀Pessoas felizes tornam o ambiente mais leve e compreendem melhor as circunstâncias da vida, transmitindo isso a quem é do seu convívio.

Mirian Nauck Dei Ricardi, Psicóloga com Formação em Terapia Sistêmica e Especialização em Gestão de Pessoas.

⠀Pet Med – Embora seja muito abstrato pontuarmos o que faz as pessoas felizes, já é comprovado cientificamente que para grande parte das pessoas o convívio ou mesmo estar na presença dos animais, ainda que momentaneamente, deixa as pessoas mais felizes. Por quais motivos isso acontece?
⠀⠀⠀Mirian Nauck Dei Ricardi – Quando estamos em contato com pessoas que convivem com seus pets, eles são unânimes em dizer que seus animais de estimação lhe proporcionam companhia e, a partir daí, uma relação de afeto é construída. 
⠀⠀⠀Já dizia a um trecho da música de Roberto Carlos “Meu cachorro me sorriu latindo”; não importa o seu humor, eles virão ao seu encontro, vão querer brincar, dar e receber atenção.
⠀⠀⠀É uma troca genuína, uma relação sem julgamento, que faz com que os animais se tornem parte integrante da família. As pessoas se sentem únicas quando estão com eles e isso faz com que elas se sintam felizes.
⠀⠀⠀Nos últimos anos, várias práticas terapêuticas passaram a inserir animais no tratamento de pacientes, o que inclui, por exemplo, desde visitas hospitalares a sessões de Equoterapia, cuidados esses que trazem resultados positivos na vida dos pacientes.

Pet Med – No comparativo, quais são os diferenciais na vida de quem vive mais feliz das pessoas que não sentem felicidade dentro de si?
⠀⠀⠀Mirian Nauck Dei Ricardi – Os motivos podem ser os mais diversos, desde perdas importantes, seja de um ente querido, perdas financeiras ou de um cargo que ocupava, até a conflitos familiares, profissionais ou conjugais, entre outros.
⠀⠀⠀As pessoas que não se sentem felizes, normalmente, demonstram pessimismo diante da vida, podem apresentar desde reclamações ou desavenças constantes a uma apatia diante das situações que a vida nos traz.

⠀Pet Med – Por fim, como psicóloga, há de se ter o hábito de observar, então, neste sentido, o que a gente consegue observar, ver de diferente, tanto na fala, no olhar, na expressão facial, no jeito de viver das pessoas que convivem com os animais e são felizes por isso?
⠀⠀⠀Mirian Nauck Dei Ricardi – Podemos observar que as pessoas que estão em convívio com animais tendem a mudar o tom de voz, seja para aproximá-los ou repreendê-los; tendem a mudar a expressão facial para interagir com eles e sorriem quando brincam ou passeiam com seus animais. Também, em casos de perda, por morte ou furtos, por exemplo, a expressão será de dor, angústia, choro e tristeza.

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Comportamento: você sabe identificar se o seu pet é ou está estressado?

Comportamento: você sabe identificar se o seu pet é ou está estressado?

⠀⠀⠀Por Pauline Machado

⠀⠀⠀O estresse cada dia mais vem fazendo parte do nosso dia a dia, seja nas pequenas coisas ou nas mais preocupantes.
Mas, será que o estresse é realmente nocivo à nossa saúde? E para a saúde dos cães e dos gatos? Eles também ficam estressados? Se ficam, como os familiares podem identificar se seus animais de estimação estão ou são estressados?
⠀⠀⠀Para esclarecer todas essas dúvidas conversamos, com exclusividade, com a Msc Professora Simone Moreira Bergamini, Médica Veterinária Comportamentalista diplomada pelo Colégio Latino Americano de Bem-Estar e Comportamento, no México, e portadora do CRMV/RJ:4.589.
⠀⠀⠀Acompanhe!

Pet Med – Primeiramente, o que podemos entender por comportamento animal?
⠀⠀⠀Simone Bergamini – Quando a  gente fala sobre o estudo do comportamento animal, temos que avaliar vários fatores. E esses fatores têm evoluído muito nos últimos anos devido às pesquisas e ao maior interesse que os pesquisadores estão tendo nessa área.
⠀⠀⠀Antigamente se dizia que o comportamento animal era inato, ou seja, que o animal age por instinto. Era como se ele já nascesse com um projeto daquilo que ele vai ser durante toda a vida dele. Hoje, devido aos estudos em relação à capacidade cognitiva e emocional do animal, em relação aos períodos de desenvolvimento comportamental dele, já se sabe que existem alguns comportamentos que são inatos, ou seja, que vão fazer o animal ter tendência a ter determinados comportamentos, como por exemplo um filhotinho que nasce e já vai procurar a mama da mamãe para se alimentar. No entanto, existem muitos outros fatores que vão interferir no comportamento do animal, como os genéticos, que podem influenciar, inclusive já com pesquisas feitas em ratos, que alterações que ocorrem com a mãe, como as de estresse que a mãe pode passar durante a gestação, podem já alterar o comportamento do filhote que ainda é um feto dentro da barriga da mãe. Então, a gente tem que considerar a relação com o ambiente que é muito importante, devido à influência nesse comportamento.
⠀⠀⠀Então, quando a gente pergunta o que é o comportamento animal, podemos dizer que é o conjunto de vários fatores: fatores genéticos, relacionados à espécies, fatores ambientais, fatores de desenvolvimento desse animal, das experiências de vida que esse animal teve, porque tudo isso contribui. Logo, a gente não consegue dizer que comportamento de uma pessoa, de um animal, é simplesmente causado por isso ou por aquilo.

Pet Med – E sobre o estresse?
⠀⠀⠀Simone Bergamini – Já o conceito de estresse, ele está relacionado às alterações que ocorrem em nosso organismo referente à alguma situação que tira esse organismo do equilíbrio. No entanto, é importante ressaltar que o conceito de estresse é muito usado como se fosse somente uma coisa patológica, como se fosse um estresse negativo. Mas, quando a gente fala em estresse, realmente, ele tem um conceito muito mais amplo do que isso, porque ninguém fica ou vive sem estresse o tempo todo.
⠀⠀⠀O nosso organismo, durante o dia, sofre variações para cima e para baixo, positivas e negativas, e ele vai tentando encontrar o equilíbrio, então, quando falamos sobre o conceito geral de estresse, nós temos estressores, agentes que causam estresse externos e internos, como a fome, por exemplo. Diante de um estado de fome, o organismo vai sinalizar, vai tentar criar mecanismos para equilibrar aquela situação, para a fome passar e ele poder voltar ao equilíbrio. Então, quando eu falo que nós temos flutuações de estresse diário, é o estresse que a gente pode considerar estresse normal.
⠀⠀⠀Agora, existe o que as pessoas utilizam com a terminologia de estresse negativo, é o que a gente chama de distresse, que com o tempo, vai levar o organismo à sofrer alterações. O estresse crônico causa problemas de saúde, mentais, estado de ansiedade, transtornos psiquiátricos, enfim, todos os problemas relacionados ao cortisol elevado que observamos nos pacientes com estresse crônico. Tudo isso a gente vai observar nesse distresse.
⠀⠀⠀E, quando a gente fala sobre estresse, esse estresse pode ser positivo, também. Por exemplo: se você recebe uma mensagem que você acabou de ganhar 200 milhões na loteria, você vai ter taquicardia e o seu organismo vai responder a uma situação de estresse momentânea. Você vai começar a suar, a gritar de alegria, então é uma situação de estresse também, mas só que positivo.
⠀⠀⠀Por isso, a gente tem que tomar muito cuidado, pois, apesar do termo estresse estar muito generalizado, é preciso entender  que tipo de estresse estamos nos referindo.

Pet Med –  Neste caso, de que modo o estresse afeta a qualidade de vida e a saúde dos pets? Quais são os malefícios do estresse para o dia a dia dos cães e para os gatos?
⠀⠀⠀Simone Bergamini – Como eu disse, quando a gente fala sobre estresse  negativo, temos que avaliar vários fatores. Primeiro, para avaliar o comportamento do animal precisamos considerar o estilo de vida dele até agora. O que esse animal vivenciou? Que experiências esse animal teve até aquele determinado momento? Pois, quando a gente fala de estresse, essa percepção de estresse negativo vai variar muito de animal para animal e de acordo com a bagagem de experiência de vida que esse animal tem. ⠀⠀⠀Então, se é um animal que desde filhote sai para passear na rua, ele vê bicicleta, ele está acostumado com barulho, ele tem uma experiência de vida ampla e rica, e, portanto, terá muito mais capacidade para se adaptar ao estresse porque algumas situações podem não causar estresse para ele. Um cão que está acostumado a viajar, a ir para praia, a passar por um carro, por uma motocicleta, quando sair na rua, não terá estresse. Diferente dos cães que ficam em casa, que nunca saem e nunca tiveram essa experiência de vida. Quando eles tiverem contato com esses barulhos, para eles, aquilo será um fator estressante.
⠀⠀⠀Além disso, vai variar muito como cada indivíduo lida com o estresse, como essas situações que vão alterar o seu equilíbrio. Um animal que tem uma bagagem maior, a gente diz que ele vai ter mais estratégias de coping, que é uma capacidade para encontrar soluções para um problema. Então, um animal que tem uma experiência muito ampla, ele pode se afastar do problema e tudo bem. Ele sabe lidar com uma situação estressante mais facilmente. Um outro animal que tem pouca experiência na vida, ele vai ter poucas estratégias de coping, então, esse mesmo estresse pode ser muito maior, muito mais difícil de lidar, e esse animal possivelmente vai desenvolver problemas relacionados ao estresse crônico. Ele vai viver situações que se repetem, pois, ele não consegue resolver o problema, porque ele não tem uma plasticidade grande cerebral, mental, e, portanto, continuará preso no problema, no estresse a longo prazo e que pode levar a doenças. Se for, gato, por exemplo, poderá ter doenças urinárias, doenças autoimunes, então, tem uma série de doenças que podem vir do estresse.
⠀⠀⠀Além das doenças clínicas e orgânicas, nós temos, ainda, alterações mentais devido ao estresse. Logo, o animal pode ter problemas compulsivos, estereotipias, viver numa crise de ansiedade, e, aí, desencadeia uma série de alterações psíquicas e também orgânicas.

Simone Moreira Bergamini
Médica Veterinária Comportamentalista

Pet Med – Pensando nas Cinco Liberdades dos animais:
●     1- Livre de fome e sede.
●     2- Livre de desconforto.
●     3- Livre de dor, ferimentos e doenças.
●     4- Liberdade para expressar comportamento normal.
●     5- Livre de medo e angústia.

Pet Med –  Que tipo de situações podem configurar maléficas por provocar estresse aos cães e aos gatos? Por quais motivos?
⠀⠀⠀Simone Bergamini – Quando a gente fala sobre as Cinco Liberdades, estamos falando no mínimo que devemos oferecer para a gente garantir o bem-estar dos animais. Em relação a elas, todos os fatores: dor, capacidade de promover o comportamento normal, nutrição adequada, como eu falei anteriormente, se a família não oferecer pode ser causa de estresse. Se o animal não tem uma alimentação adequada, sente dor, é limitado e não pode exibir o comportamento natural dele, então, isso tudo pode fazer, a longo prazo, com que ele tenha aquelas alterações explicadas anteriormente.

Pet Med –  Neste aspecto, de que forma os familiares em casa podem, no dia a dia, identificar se os pets estão estressados ou não?
⠀⠀⠀Simone Bergamini – Não é fácil perceber o estresse do animal, até porque normalmente os tutores não têm muita ideia sobre o comportamento normal do animal, o que seria o ideal esperado para aquela espécie. Há pessoas, inclusive, que vão achar que o comportamento normal é se comportar como ela mesma se comporta, então é difícil as pessoas terem a capacidade para identificar.
⠀⠀⠀Quando as pessoas conseguem identificar, normalmente, são porque os comportamentos já estão em estágios bem avançados ou quando esses comportamentos estão trazendo problemas para as pessoas. Por exemplo: quando o animal late muito, não come muito ou come muito, quando um animal é muito medroso, quando não quer sair de casa, um animal que seja muito grudado no tutor, quando o gato faz xixi fora da caixa higiênica, quando o animal está ou é agressivo, que está mordendo as pessoas ou outros animais, são vários sinais. Realmente é difícil, principalmente quando a gente fala de estresse crônico. Podemos ter ainda, até feridas que não cicatrizam como deveriam, gatos com cistites recorrentes, ou seja, várias doenças clínicas podem estar relacionadas ao estresse negativo.

Pet Med –  De modo geral, quais são os tipos de tratamento de cães e gatos que sofrem com o estresse em sua rotina diária?
⠀⠀⠀Simone Bergamini – O tratamento do estresse depende da causa, então, primeiramente a gente tem que identificar essa causa. Para tanto, esse animal deve ser atendido por um Médico Veterinário Comportamentalista, para que possa ser avaliado o estilo de vida desse animal, assim como para identificar os fatores estressantes, melhorar a qualidade de vida dele e trabalhar no enriquecimento ambiental, se for o caso. Dependendo do nível de problema que esse animal tiver, a gente tem que trabalhar com uma terapia comportamental e às vezes, com uma terapia que inclua fármacos, com remédios específicos para animais ansiosos, por exemplo, que já apresentem algum tipo de estereotipia ou um comportamento compulsivo devido ao estresse.

Pet Med –  Por fim, quais são as formas de prevenção do estresse para cães e gatos?
⠀⠀⠀Simone Bergamini – O mais importante é não deixar a situação chegar nesse ponto, é trabalhar na prevenção, e para trabalhar na prevenção, a pessoa responsável pelo animal deve buscar sempre informações prévias sobre o que aquele animal necessita, ou seja, quais são as necessidades básicas para aquela espécie, tanto para o cão, quanto para o gato e começar a trabalhar isso da melhor forma possível para não deixar chegar ao ponto em que a qualidade de vida não seja mais ideal para aquele animal e ele começar a apresentar uma série de sinais de estresse negativo.


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Fevereiro Roxo: saiba como prevenir doenças crônicas e degenerativas em animais idosos

Fevereiro Roxo: saiba como prevenir doenças crônicas e degenerativas em animais idosos

Por Pauline Machado

⠀⠀⠀Para fechar o mês de fevereiro com chave de ouro, ou melhor, com chave roxa, convidamos o Dr.Mário Henrique Corrêa, Médico Veterinário portador do CRMV/PR: 8.818, com especialização em Neurologia Veterinária pela Anclivepa – SP, para um bate-papo sobre a Campanha Fevereiro Roxo, cujo objetivo é trazer informação para  conscientizar os tutores referente aos cuidados de saúde dos cães e gatos idosos, além de reforçar a importância da prevenção de doenças neurodegenerativas.
⠀⠀⠀Acompanhe!

Pet Med – Qual é o significado e a importância da Campanha Fevereiro Roxo?
⠀⠀⠀Mário Henrique Corrêa – A Campanha  Fevereiro Roxo vem nos lembrar da importância do cuidado e da promoção da saúde com a prevenção e tratamento de doenças degenerativas que atualmente não têm cura, que evoluem com o passar do tempo e retiram a qualidade de vida dos pacientes e tutores. Na medicina humana a campanha leva em conta doenças como Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus, extrapolando para a medicina podemos usar o mês como campanha para conscientização para a identificação, tratamento e acompanhamento da Síndrome de Disfunção Cognitiva, que é semelhante ao Alzheimer, e até outras condições degenerativas.

Pet Med – Neste cenário, os animais também são passíveis de terem doenças crônicas e neurodegenerativas?
⠀⠀⠀Mário Henrique Corrêa – Sim, de modo geral doenças crônicas se referem a um comportamento de uma patologia que tem uma evolução num período de tempo, que geralmente pode ser controlada ou ter seu curso de desenvolvimento controlado. Como mencionei anteriormente, a Síndrome de Disfunção Cognitiva (SDC), é  observada em cães idosos, pelo acúmulo progressivo de uma substância neurotóxica, chamada beta – amilóide, que  forma placas neuríticas diminuindo a interação dos neurônios. Como  nossos pacientes têm experimentado maior longevidade, estão mais sujeitos aos processos naturais  de envelhecimento celular e perda funcional. Também existem outras condições neurológicas degenerativas que podem estar relacionadas com a idade, a raça (hereditárias), porte do paciente, comorbidades, ambiente em que o paciente vive e biotipo.

Pet Med – Qual é a idade média em que os cães e gatos podem ser acometidos por doenças crônicas e/ou neurodegenerativas?
⠀⠀⠀Mário Henrique Corrêa – A idade pode variar de acordo com a doença neurodegenerativa que acomete o paciente. Não se pode pensar em doença degenerativa como doença de um paciente de meia idade ou idoso. Doença de Acúmulo Lisossomal acomete pacientes nas primeiras semanas de vida, a SDC pode acometer cães com mais de 9 anos e gatos com mais de 12 anos, e outras doenças que acometem o paciente jovem.

Pet Med – Quais são as doenças neurodegenerativas mais comuns em cães e gatos?
⠀⠀⠀Mário Henrique Corrêa – As mais frequentes são a Síndrome de Disfunção Cognitiva, Doença Degenerativa do Disco Intervertebral, Espondilomielopatia Cervical, Mielopatia Degenerativa, Paralisia laríngea entre outras.

Pet Med – Por favor, detalhe como os animais podem ser acometidos por cada uma das doenças citadas acima e quais são as respectivas formas de tratamentos mais indicadas para cada uma delas.
⠀⠀⠀Mário Henrique Corrêa – Na Síndrome de Disfunção Cognitiva, geralmente associada ao cão e gato idoso, acontecem alterações comportamentais, queda de aprendizado, mudanças de hábito como, sono, higiene, quando passam a errar o local de fezes e urina, alterações nos hábitos alimentares, andar compulsivo, desorientação e vocalização. A terapia geralmente envolve medicamentos que melhoram as alterações comportamentais do paciente, mas o manejo e enriquecimento ambiental são importantes  para manter a atividade física e mental.
⠀⠀⠀Na Doença Degenerativa do Disco Intervertebral e Espondilomielopatia Cervical, o paciente pode apresentar dor em coluna com dificuldade em andar, chegando a parar de andar completamente por desenvolver quadro de fraqueza nos membros. Geralmente o tratamento dessas condições envolve cirurgia, assim como ocorre na Mielopatia Degenerativa. No entanto, na Mielopatia não há presença de dor e não há tratamento clínico ou cirúrgico. Nesses casos há recomendação de reabilitação fisioterápica.
⠀⠀⠀Já a Paralisia de Laringe ocorre por duas formas, tanto hereditária em cães jovens e adquirida em animais mais velhos. Geralmente o tratamento é cirúrgico e consiste no reposicionamento da cartilagem aritenóide. Não há tratamento clínico para a condição.

Pet Med – Quais são os sinais clínicos de um cão ou um gato com doença crônica e/ou neurodegenerativa?
⠀⠀⠀Mário Henrique Corrêa – Os sinais clínicos dependem da condição em questão. Dor, mudanças de comportamento, dificuldade em andar, apatia, desorientação, diminuição de aprendizado, compulsão, são os mais comuns.

Pet Med – Pensando na prevenção, quais são suas recomendações para que cães e gatos entrem na terceira idade com saúde e tenham maior longevidade com qualidade de vida?
⠀⠀⠀Mário Henrique Corrêa – Para um envelhecimento saudável devemos manter nossos amigos ativos, dar atividades em que se exija um raciocínio para execução de tarefas e recebimento de recompensas. Devemos ter cuidado com a dieta, manter o enriquecimento ambiental e atividade física como passeios dentro dos limites de cada um.

Pet Med – Quais cuidados os tutores devem ter em casa, no dia a dia, para manter a qualidade de vida de um cão ou gato com doença neurodegenerativa?
⠀⠀⠀Mário Henrique Corrêa – Colocar tapetes antiderrapantes, elevar potes de água e comida à altura do peito, evitar mudanças dos itens utilizados pelos pacientes na casa, manter a rotina, cuidar com quedas de cama e sofá e bloquear acesso a escadas.

Pet Med – Por fim, e quanto às perspectivas? O que podemos – tutores e Médicos Veterinários, esperar da ciência e tecnologia para a área da medicina veterinária preventiva sobretudo quando falamos sobre doenças crônicas e neurodegenerativas?
⠀⠀⠀Mário Henrique Corrêa – Acredito que as perspectivas são as melhores sobretudo para doenças que podem ser tratadas como modelo experimentais de doenças de humanos, sendo beneficiados tanto humanos como os pets.

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Fevereiro Laranja: conheça os cuidados que as famílias devem ter no dia a dia com o gatinho com FeLV em casa

Fevereiro Laranja: conheça os cuidados que as famílias devem ter no dia a dia com o gatinho com FeLV em casa

Por Pauline Machado

Fevereiro não é apenas o mês do carnaval. O segundo mês do ano traz com ele várias ações visando a conscientização da prevenção contra a Leucemia nos humanos e nos animais, neste caso, com ênfase nos gatos.
Para conversar sobre o tema e nos esclarecer detalhes de como esta doença pode acometer os felinos, conversamos com exclusividade com a Médica Veterinária, Mayara Tammi Bansho, portadora do CRMV:9205/PR e especializada em Medicina Felina.


Acompanhe!

Pet Med – Qual é o significado e a importância da Campanha Fevereiro Laranja?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – A Campanha Fevereiro Laranja visa a conscientização sobre a leucemia, um tipo de câncer que acomete a medula óssea levando a proliferação de células anormais de maneira desordenada. O principal objetivo é instruir a população a reconhecer os sintomas, pois o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. Além disso, a campanha também tem um importante papel ao incentivar as pessoas a se tornarem doadoras de medula óssea, pois o transplante de medula pode fazer parte do tratamento em humanos. Na medicina veterinária, a leucemia é comumente associada aos gatos portadores da FeLV, mas apesar de cães não serem acometidos pela FeLV, eles também podem desenvolver leucemia, embora seja rara.

Pet Med – Neste cenário, de que forma os animais também são passíveis de terem leucemia?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – Como dito anteriormente, a maioria dos casos de leucemia em gatos está associada às infecções por FeLV. Cães não são acometidos pela FeLV, mas também podem desenvolver leucemia, no entanto, sua etiologia ainda permanece incerta. A leucemia pode ser classificada em mielóide ou linfóide, aguda ou crônica.

Pet Med – No caso dos gatos, a leucemia seria a FeLV? Por quê?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – A FeLV certamente é a maior causadora de leucemia em gatos. No entanto, nem todo gato que desenvolve leucemia tem FeLV, assim como nem todo gato portador do vírus da FeLV desenvolverá leucemia, embora seja a manifestação que dá nome a esta doença viral.

Pet Med – O que é a FeLV? A doença tem cura?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – A FeLV ,também conhecida como leucemia viral felina, é uma enfermidade causada por um retrovírus, capaz de se replicar em tecidos como a medula óssea, tecido linfóide, o epitélio respiratório e as glândulas salivares, que causa sinais clínicos como imunossupressão, anemia e neoplasias, principalmente linfomas e leucemia, muitas vezes levando o gato a óbito.
⠀Os tipos de infecção incluem:
⠀⠀⠀-Abortiva: o gato tem contato com cargas virais baixas e não desenvolve viremia, desenvolvendo uma boa resposta imune contra o agente. Neste caso todos os testes serão negativos.
⠀⠀⠀-Regressiva: os anticorpos controlam a viremia após algumas semanas e o vírus passa a não ser detectado no sangue periférico, embora o DNA proviral esteja presente nas células.
⠀⠀⠀-Progressiva: há uma falha na resposta imune inicial. O vírus se replica nos tecidos linfóides e após a viremia, multiplica-se na medula óssea e tecidos glandulares, sendo eliminados em grande quantidade na saliva. Gatos com a infecção progressiva geralmente adoecem entre 1 a 3 anos após a exposição.
⠀⠀⠀-Focal ou Atípica: o vírus se replica apenas em algum tecido ou órgão. Gatos com infecção focal terão resultados negativos nos vários tipos de teste, mas com presença de DNA proviral em alguns órgãos como olhos, glândula mamária e baço.
 ⠀⠀⠀Infelizmente ainda não existe cura para a FeLV.

Pet Med – De que modo é FeLV é transmitida?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – A transmissão ocorre entre gatos através do contato com secreções (saliva, urina fezes, leite materno, sangue) de um animal FeLV positivo. A forma mais comum é quando um gato lambe o outro. Também pode ocorrer durante a gestação por via transplacentária e durante a amamentação pelo leite materno.  O compartilhamento de potes de água, comida e caixa de areia também pode servir como fonte de contaminação.  A FeLV é mais frequente em gatos que têm acesso à rua e vivem em ambientes superpopulosos e os gatos jovens são mais suscetíveis.

Pet Med – Quais são os sintomas de um gato com FeLV?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – O gato FeLV positivo pode apresentar diversos sinais clínicos isolados ou associados como apatia, perda de peso, redução do apetite, febre recorrente, uveíte, anemia, imunossupressão, dermatopatias, infecções respiratórias de difícil resolução e/ou recorrentes, infecções urinárias, alterações neurológicas e neoplasias. A manifestação clínica varia em cada paciente e pode mudar de acordo com o subtipo viral atuante.

Pet Med –  Para um gato já contaminado, quais são os possíveis tratamentos?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – Infelizmente, ainda não existe um tratamento específico e efetivo. O tratamento é sintomático e de suporte, de acordo com cada caso. Pode ser necessário uso de antibióticos, antiparasitários, antifúngicos, imunomoduladores e antirretrovirais.  Em casos de anemia grave recomenda-se a transfusão de sangue.

Pet Med – E como medidas de prevenção, quais devem ser adotadas?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – A melhor forma de prevenir é separar os gatos positivos de negativos, vacinar com a vacina quíntupla os negativos, castrar e evitar que seu gato tenha acesso à rua/quintal, onde possa ter contato com outros gatos. Além disso, recomenda-se sempre oferecer alimentação de boa qualidade, água fervida ou filtrada e boas condições de higiene.

Pet Med – Em que consiste o teste para FeLV e quais as diferenças entre o teste rápido e o PCR?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – O teste rápido (ELISA ou imunocromatografia) é realizado através da detecção da proteína viral p27. É um exame realizado com algumas gotas de sangue e seu resultado sai em 10 minutos. O PCR é uma técnica molecular mais específica e sensível, podendo detectar RNA ou DNA próviral, mas que leva alguns dias para sair o resultado. Apesar disso, o PCR pode detectar uma infecção viral de maneira mais precoce, já que ele pode positivar em torno de 15 dias após a infecção. Já o teste rápido precisa de pelo menos um intervalo de 60 dias da possível infecção ou contato com um gato positivo para detectar a proteína viral.

Pet Med – Em que casos cada tipo de teste deve ser adotado pelo tutor?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – O teste rápido é o exame de triagem de todos os gatos no momento em que são adquiridos pela primeira vez, antes da vacinação inicial contra FeLV, após exposição potencial a gatos infectados, ou se o gato apresentar sinais clínicos de doença.
⠀⠀⠀Quando um gato tem um teste rápido positivo, recomenda-se realizar o PCR para confirmar. Também é indicado realizar o PCR em caso de gatos com resultado negativo no teste rápido mas que ainda há suspeita que possa ser um positivo regressor. Outra indicação do uso do PCR é para monitorar a doença, avaliando a carga viral, com PCR quantitativo, que quantifica o número de cópias virais presentes.

Pet Med – E, quanto ao protocolo vacinal, existe para prevenção da FeLV?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – Existe sim. Recomenda-se testar os gatos para FeLV e os gatos negativos  devem receber a vacina quíntupla (V5). Na primovacinação será necessário pelo menos uma dose de reforço em 21 a 28 dias para garantir a imunização. O protocolo vacinal deve ser individualizado, de acordo com a faixa etária e condição de cada paciente.

Pet Med – Quais cuidados os tutores devem ter em casa para manter a qualidade de vida de um animal gatinho com FeLV?
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – Os principais cuidados são: manter uma boa alimentação, oferecer apenas água fervida ou filtrada, não permitir que seu gato tenha acesso à rua, pois, além de ficar exposto a outras infecções, o gato positivo também pode transmitir a doença para outros gatos que tenha contato. É importante manter as vacinas em dia, desde que o paciente esteja assintomático e apto a ser vacinado, assim como o vermífugo e antipulgas.  Indica-se realizar acompanhamento veterinário periódico, realizar exames de exames de sangue, ultrassonografia abdominal e radiografia de tórax e sempre que seu gato apresentar qualquer alteração, levá-lo o quanto antes para consulta.

Pet Med – Por fim, se achar necessário, use o espaço abaixo para complementar a sua participação acrescentando outras informações que entenda como importantes e não tenham sido abordadas durante a entrevista.
⠀⠀⠀Mayara Tammi Bansho – É importante ressaltar o papel do médico veterinário na conscientização da necessidade de testar todos os gatos para FeLV,  vacinar os gatos negativos e separar dos gatos positivos. Somente assim iremos reduzir a incidência desta doença na população felina.
⠀⠀⠀Embora o diagnóstico da FeLV seja muito triste para o seu tutor, com os devidos cuidados, muitos gatos podem ter uma vida normal por muitos anos. Por isso, um teste positivo não deve ser uma sentença.


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Qual é a importância dos Médicos Veterinários Patologistas para a saúde dos pets?

Qual é a importância dos Médicos Veterinários Patologistas para a saúde dos pets?

⠀⠀⠀Por Pauline Machado

⠀⠀⠀Quando pensamos na área de Medicina Veterinária, na maioria das vezes o que vem à mente são Médicos de cães e gatos. No entanto, há áreas da Medicina Veterinária que o profissional não lida diretamente com os animais.
⠀⠀⠀É o caso do Médico Veterinário Patologista. Para conhecermos um pouco sobre essa área tão importante para o dia a dia na clínica médica, conversamos com exclusividade com a Médica Veterinária Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade, portadora do CRMV:4928-PR. Gisele é formada pela Universidade Federal do Paraná, Mestre em Patologia Veterinária, também pela UFPR.
⠀⠀⠀Dentre sua trajetória profissional, foi docente da Disciplina de Patologia Clínica Veterinária e atualmente faz parte da equipe técnica e de vendas da VP Laboratório.
⠀⠀⠀Acompanhe!

Qual é a importância dos Médicos Veterinários Patologistas para a saúde dos pets?

Pet Med – O que podemos entender por patologia veterinária?
⠀⠀⠀Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade – É uma área da Medicina Veterinária voltada ao diagnóstico de doenças dos animais domésticos, silvestres e de produção. Possui duas áreas principais: 1. Patologia Anatômica ou Anatomia Patológica, que estuda as lesões macroscópicas, microscópicas (células e tecidos) e moleculares para identificar doenças; e 2. Patologia Clínica: realização de exames laboratoriais para prevenção, diagnóstico e prognóstico de doenças.

Pet Med – Quais são as doenças estudadas pelos médicos veterinários patologistas?
⠀⠀⠀Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade – O Médico Veterinário Patologista vai auxiliar o clínico no diagnóstico de patologias que causam alterações em células /tecidos, sangue ou outros fluídos corporais como líquor, urina, líquido sinovial, por exemplo. Essas alterações poderão ser analisadas por meio de microscopia e/ou equipamentos laboratoriais.

Pet Med – E, na prática, em que áreas o Médico Veterinário Patologista atua?
⠀⠀⠀Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade – O Médico Veterinário que atua como Patologista Anatômico vai realizar exames citológicos e histopatológicos, que são as biópsias; estabelecimento do prognóstico e auxiliar na definição terapêutica para o tratamento de neoplasias e processos inflamatórios.
⠀⠀⠀Já o Médico Veterinário que atua na Patologia Clínica vai executar exames laboratoriais de rotina como hemograma, bioquímica sanguínea e dosagem hormonal, análise de líquidos cavitários e urina, auxiliando o clínico no diagnóstico, acompanhamento e direcionamento de diversas doenças.
⠀⠀⠀A presença de qualquer achado laboratorial, agrega informação para o clínico em uma nova hipótese diagnóstica, além de estabelecer o estágio da doença, indicar prognóstico e monitorar tratamento.

Pet Med – Por favor, cite detalhadamente os exames mais comuns na rotina do médico veterinário patologista analisa.
⠀⠀⠀Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade – O Patologista Anatômico vai realizar exames citológicos, que classificam as lesões com base em alterações citológicas, histopatológicos, um exame macroscópico e microscópico de tecidos e órgãos para o diagnóstico de doenças, e imuno-histoquímicos, que detecta marcadores de células neoplásicas, identifica tecidos ou resposta a tratamentos.
⠀⠀⠀O Patologista clínico vai determinar a contagem total e diferencial de células sanguíneas, dosar componentes bioquímicos (indicadores de função renal, hepática, pancreática, cardíaca, por exemplo) e hormônios, análise de fluidos corporais (normais ou patológicos) e urina, e realizar testes sorológicos para identificação de antígenos ou anticorpos.

Pet Med – Por favor, nos explique quais são as diferenças nos resultados dos exames emitidos e liberados de forma automatizada através de equipamentos, sem qualquer conferência, dos laudos emitidos por um médico veterinário patologista.
⠀⠀⠀Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade – A automatização dos exames laboratoriais é uma grande aliada do Patologista Clínico Veterinário, pois traz rapidez e confiabilidade no resultado de exames hematológicos e bioquímicos.
⠀⠀⠀Os contadores automáticos de células sanguíneas são capazes de realizar análises do sangue de diferentes espécies animais e fornecem, em segundos, a contagem total de eritrócitos, leucócitos e plaquetas além de outros dados importantes como: hematócrito, índices hematimétricos e contagem diferencial de leucócitos.
⠀⠀⠀Já existem analisadores hematológicos que diferenciam a hemoglobina dos eritrócitos jovens e maduros e também são capazes de dosar ferro intracelular, no entanto a observação microscópica detalhada do esfregaço sanguíneo corado em lâmina deve ser feita em todos os casos.
⠀⠀⠀Os equipamentos não são capazes de diferenciar precursores de eritrócitos nucleados de leucócitos, por exemplo, e isso pode induzir o clínico a um erro de diagnóstico/prognóstico.
⠀⠀⠀A observação microscópica do esfregaço sanguíneo também permite a visualização de corpúsculos de inclusão, alterações tóxicas e hemoparasitas, por isso a importância de um Patologista para validar os resultados fornecidos pelos analisadores automáticos de células.

Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade
Médica Veterinária

Pet Med – Podemos, então, entender que a área de patologia é uma importante aliada à clínica médica?
⠀⠀⠀Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade – Sim. Grande parte das doenças produzem alterações celulares, bioquímicas e / ou hormonais, inclusive muitas serão confirmadas somente por exames laboratoriais.
⠀⠀⠀A Patologia é o ponto de partida para a tomada de decisões pelo clínico, na determinação do tratamento e do prognóstico e também tem papel importante na prevenção de doenças.

Pet Med – Como médica veterinária patologista, quais são os encantos que lhe fizeram escolher essa área de atuação dentro da Medicina Veterinária?
⠀⠀⠀Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade – São muitos! Mas, posso dizer que minha identificação com a Patologia Clínica Veterinária já iniciou no período de graduação, durante as aulas de Laboratório Clínico, com a observação de esfregaços sanguíneos. É maravilhoso ver as particularidades celulares das diferentes espécies animais e a beleza delas! Quem já viu um eosinófilo de cavalo ou um heterófilo de aves vai saber do que estou falando!

Pet Med – Mas, por outro lado, quais são os desafios de atuar na área?
⠀⠀⠀Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade – Existem muitos laboratórios veterinários, o que já traz um desafio para quem deseja iniciar nessa área.
⠀⠀⠀O Médico Veterinário que se identifica com a Patologia e deseja ter seu próprio espaço voltado ao diagnóstico laboratorial também precisa saber que há necessidade de adquirir equipamentos que são de médio a alto custo, que necessitam de manutenção e calibrações frequentes.
⠀⠀⠀Também precisa se especializar na área por meio de pós-graduação, residência e até mesmo mestrado e doutorado para aprofundar os conhecimentos adquiridos na graduação e, obviamente, estar sempre atualizado pois as técnicas de diagnóstico também se aperfeiçoam constantemente. 

Pet Med – Quais são os avanços tanto na ciência quanto na tecnologia, para a área de Patologia Veterinária?
⠀⠀⠀Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade – A Patologia Veterinária avançou muito. Há um tempo a oferta de exames laboratoriais para animais era restrita e se resumia em hemograma e bioquímicos sanguíneos básicos. Hoje temos a automatização e também uma maior oferta de testes endócrinos, bioquímicos e sorológicos que antes eram feitos somente em humanos ou em laboratórios veterinários no exterior.
⠀⠀⠀Também temos diagnóstico laboratorial com valores mais acessíveis, pois já existem muitas indústrias nacionais que produzem kits diagnósticos específicos para animais, permitindo que o Médico Veterinário possa ampliar a quantidade de testes realizados sem incrementar muito no custo final para o tutor.

Pet Med – Por fim, quais são as perspectivas? O que podemos – tutores e Médicos Veterinários, esperar da área de laboratórios veterinários nos próximos anos?
⠀⠀⠀Gisele Ludwig Tesserolli de Andrade – O surgimento de mais testes veterinários que não têm necessidade de equipamentos de alto custo para sua execução é promissor, com resultados mais rápidos e confiáveis, por exemplo.
Também teremos mais Médicos Veterinários atuando nessa área já que existem muitos cursos de pós-graduação que oferecem imersão teórico-prática em Patologia Veterinária. Com isso o diagnóstico veterinário laboratorial de qualidade estará disponível em clínicas e hospitais, facilitando o trabalho do clínico e garantindo satisfação dos tutores com um diagnóstico mais rápido e acurado.

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Saúde: como prevenir que cães e gatos venham a ter Dirofilariose, o verme do coração, muito comum no Verão

Saúde: como prevenir que cães e gatos venham a ter Dirofilariose, o verme do coração, muito comum no Verão

⠀⠀⠀Por Pauline Machado

⠀⠀⠀O período de férias de verão é sempre rodeado de descanso e passeios, incluindo, muitas vezes, temporadas em casas de praia, animais de estimação e, praticamente o tempo todo: o calor.
⠀⠀⠀No entanto, o que era para ser um momento de alegria e aventuras, pode se tornar um problema, caso o seu amigão não esteja protegido dos mosquitos que adoram as altas temperaturas para transmitir doenças como a Dirofilariose, também conhecida como Verme do Coração, que, além de pode levar cães e gatos à morte é uma grave zoonose, ou seja, pode ser transmitida para os seres humanos.
⠀⠀⠀Para entendermos mais sobre a doença e, sobretudo, como prevenir e tratá-la, conversamos com exclusividade com a Médica Veterinária, Ana Castro, portadora do CRMV/PR: 9139, especializada em cirurgia geral e CEO da rede de Hospitais Animal Clinic, em Curitiba no Paraná.
⠀⠀⠀Acompanhe!

Pet Med – O que podemos entender por Dirofilariose, também conhecido como o verme do coração?
⠀⠀⠀Ana Castro – Dirofilariose, ou verme do coração, é uma doença parasitária causada pelo parasita Dirofilaria immitis, transmitido principalmente por mosquitos. Afeta cães, gatos e outros mamíferos, alojando-se nos vasos sanguíneos e no coração.

⠀Pet Med – De que forma o cão e o gato podem pegar Dirofilariose?
⠀⠀⠀Ana Castro – Cães e gatos podem contrair Dirofilariose pela picada de mosquitos infectados. Os mosquitos transmitem as larvas do parasita durante a alimentação, e essas larvas se desenvolvem até atingir a fase adulta nos vasos sanguíneos do animal.

⠀Pet Med – Por que o Verão é a época mais propícia para a proliferação dessa doença?
⠀⠀⠀Ana Castro – No verão, a temperatura mais elevada favorece a reprodução dos mosquitos, aumentando a probabilidade de transmissão da doença. O clima quente e úmido proporciona condições ideais para o desenvolvimento das larvas nos mosquitos.

⠀Pet Med – Quais são os sinais clínicos que os tutores podem perceber como indícios de que o seu animal pode ter sido infectado com o verme do coração?
⠀⠀⠀Ana Castro – Os sinais clínicos incluem tosse persistente, dificuldade respiratória, fadiga, perda de peso, letargia e, em estágios avançados, insuficiência cardíaca.

Pet Med – Qual é a forma de diagnóstico da Dirofilariose?
⠀⠀⠀Ana Castro – O diagnóstico envolve exames sanguíneos que detectam a presença de larvas ou anticorpos contra o parasita. Testes de imagem, como radiografias e ultrassonografias, também podem ser usados para avaliar o estado cardíaco.

⠀Pet Med – Uma vez comprovada, quais são os possíveis tratamentos para a Dirofilariose?
⠀⠀⠀Ana Castro – Tratamentos podem incluir medicamentos para eliminar os vermes, como antiparasitários. Em casos avançados, pode ser necessário cirurgia para remover os vermes adultos e tratar complicações cardíacas.
⠀⠀⠀O tratamento da Dirofilariose em cães geralmente envolve o uso de medicamentos específicos para eliminar os vermes adultos e/ou larvas microfilárias. A escolha do tratamento pode depender do estágio da infecção e da gravidade dos sintomas apresentados pelo animal.
⠀⠀⠀Alguns medicamentos comumente utilizados incluem:
⠀⠀⠀Melarsomina: Este é um medicamento adulticida, ou seja, mata os vermes adultos. É administrado por injeção profunda nos músculos para evitar reações adversas.
⠀⠀⠀Ivermectina: Utilizado para tratar a forma microfilaricida, eliminando as larvas circulantes no sangue. No entanto, seu uso deve ser cuidadoso, pois pode causar reações graves em cães já infectados.
⠀⠀⠀Doxiciclina: Antibiótico frequentemente prescrito para combater as bactérias Wolbachia, que vivem simbioticamente com os vermes do coração. A eliminação dessas bactérias pode tornar o tratamento mais eficaz.
⠀⠀⠀Além disso, em casos mais graves, pode ser necessário um tratamento de suporte para controlar os sintomas associados à infecção, como insuficiência cardíaca.
⠀⠀⠀É importante notar que o tratamento da Dirofilariose deve ser supervisionado por um Médico Veterinário, pois a administração inadequada de medicamentos pode levar a reações adversas sérias, assim como o repouso e a restrição de atividades físicas durante o tratamento são frequentemente recomendados.

Ana Castro
Médica Veterinária

Pet Med – Quais são os riscos para a saúde de um animal infectado com o Verme do coração?
⠀⠀⠀Ana Castro – Riscos para a saúde incluem danos cardíacos, insuficiência cardíaca, problemas respiratórios e, em casos graves, a morte do animal.

⠀Pet Med – E, quanto ao prognóstico?
⠀⠀⠀Ana Castro – O prognóstico varia de acordo com o estágio da infecção. Quanto mais cedo for detectada, melhores são as chances de recuperação, mas casos avançados podem ter prognóstico reservado.

Pet Med – Por fim, quais cuidados os familiares devem ter diante da confirmação do diagnóstico de Dirofilariose?
⠀⠀⠀Ana Castro – Após o diagnóstico, os familiares devem seguir as orientações do Médico Veterinário quanto ao tratamento. É essencial manter o animal em repouso e evitar esforços físicos durante o tratamento.

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