⠀⠀⠀Janeiro chegou e com ele aqueles dias de calor, férias, descanso e também muita diversão entre amigos, familiares e os animais! ⠀⠀⠀Isso porque, hoje em dia, muitas famílias optam por levá-los junto graças a vários estabelecimentos e prestadoras de serviços já terem se tornado pet friendly, ou seja, aceitam a presença de cães e gatos. ⠀⠀⠀No entanto, para que a viagem seja tranquila para todos os envolvidos, é importante, além de fazer um planejamento prévio, tomar alguns cuidados que podem fazer toda diferença. ⠀⠀⠀Acompanhe!
⠀1 – Planejamento ⠀⠀⠀Antes de qualquer coisa, até mesmo de comprar a passagem ou fechar o pacote de hospedagem, é importante que o tutor leve o seu pet para fazer um check-up para ver se a saúde, as vacinas e os vermífugos estão em dia. Só então, ele terá em mãos os documentos do seu amigão todos atualizados para viajar, mesmo que seja por perto ou por um curto período e de carro. Caso a viagem seja para o exterior, também serão necessários outros atestados sanitários. ⠀⠀⠀Se for ficar em hotel, pousada ou algum apartamento, confirme se o local é pet friendly, ou seja, se aceita cães e gatos como hóspedes. Se a viagem for de carro, é preciso seguir as leis de trânsito. Se for de ônibus ou de avião, certifique-se previamente sobre as normas de cada companhia. ⠀⠀⠀Mas, lembre que, além da documentação, eles podem enjoar, então, o primeiro passo é levá-lo ao médico veterinário da sua confiança para que todos viagem em segurança.
⠀2 – Acostumando o pet a usar a caixa de transporte ⠀⠀⠀Outro ponto fundamental é quanto ao uso da caixa de transporte, pois, seja de carro, ônibus ou avião, o pet deve viajar sempre dentro da caixinha de transporte. Mas, para alguns animais é difícil se acostumar a ficar tranquilo dentro da caixa. No entanto, algumas mudanças de hábitos no dia a dia podem ajudá-lo a se sentir mais confortável e seguro. ⠀⠀⠀É importante deixar a caixa em um espaço tranquilo e que faça parte do dia a dia do pet. Se possível, vale deixar a caixa em um local acessível por alguns dias para que ela faça parte do cotidiano do cachorro e se torne familiar para ele. ⠀⠀⠀No entanto, jamais, em tempo algum, o force a entrar. Isso pode fazer com que ele associe essa pressão a algo negativo, o que pode comprometer o treinamento. É preciso deixar que ele se acostume naturalmente e passe a entrar na caixinha no seu tempo, por livre e espontânea vontade. ⠀⠀⠀Para tanto, coloque objetos como almofadas e mantinhas para deixar o ambiente confortável ou um brinquedo que ele goste. Isso pode ajudar a atraí-lo para a caixa de transporte. ⠀⠀⠀Sempre que o cãozinho se aproximar da caixa ele deve ser encorajado e premiado, então, não economize nas doses de carinho, elogios e petiscos – estes com moderação! Tudo isso o ajudará a associar a entrada na caixa de transporte a coisas boas e que ele goste. ⠀⠀⠀Espalhar petiscos ou até mesmo grãos de reação ao redor e dentro da caixa, também pode ajudar a despertar o interesse do animal. Quando ele começar a entrar dentro da caixa, o tutor pode tentar fechar a porta devagar, sempre aos poucos, para ver qual será a reação do cão. Caso ele reaja bem, pode-se ir aumentando o tempo, de 5, 10, 15 minutos por vez – mas nunca faça isso já na primeira vez que o pet entrar na caixa. Enquanto o cão estiver lá dentro, o tutor pode jogar um pouco mais de ração ou petiscos para agradar o pet. Assim ele saberá que estar ali dentro não significa algo ruim para ele. ⠀⠀⠀Com o tempo ele se acostumará com o uso da caixa, mas, é importante lembrar que, como em todo treinamento, o importante é ter paciência com ele e usar sempre o reforço positivo. ⠀⠀⠀Por fim, fique atento ao tamanho da caixa de transporte, pois não deve ser pequena nem grande. O ideal é levar o pet junto quando for comprá-la para medir o tamanho da caixa. ⠀⠀⠀O espaço ideal não deve ser menor nem maior, mas o suficiente para o conforto, permitindo que o animal possa deitar e se levantar. Vale ressaltar, ainda, que, se a caixa for muito grande, ela perde a sua função, que é a de segurança, uma vez que o espaço inutilizado permite que, em situação de acidente, o pet bata nas laterais, podendo se ferir.
⠀3 – Pegando estrada ⠀⠀⠀A gente sabe que passear de carro é pura diversão para os pets. No entanto, alguns animais não se sentem bem e enjoam dentro do carro. ⠀Por isso, é preciso ter alguns cuidados
A comida e água devem ser suspensos com pelo menos uma hora antes da viagem;
Durante todo o trajeto, o carro precisa estar bem ventilado e com volume da música baixo. Se puder colocar músicas para relaxar e fazer paradas no meio do caminho ajuda a reduzir os enjoos;
Não deixe seu amigão exposto ao sol e deixe o banco traseiro coberto com tapete higiênico descartável, pois, caso ele vomite, fica mais fácil trocar imediatamente, pois manter o mau cheiro estimula o mal-estar.
⠀⠀⠀Esses cuidados, junto a um remédio para enjoo podem ajudar. Mas, antes de qualquer coisa, procure o médico veterinário, pois somente ele saberá indicar tanto a dosagem quanto qual o melhor medicamento para que seu amigão tenha uma viagem tranquila.
⠀4 – Atenção com os cães na praia ⠀⠀⠀Quem gosta de curtir uma praia na companhia do seu doguinho precisa tomar alguns cuidados para que o passeio vire um pesadelo. ⠀⠀⠀A primeira coisa a fazer é se certificar se a praia de destino permite a presença de pets, a segunda é fazer um checkup no pet, como dito antes. Lembre que outro ponto muito importante a se pensar antes de ir para a praia é na prevenção do Verme do coração dos cães, é uma zoonose, ou seja, que pode ser transmitida para humanos e tem alto índice de mortalidade, causada por um verme (parasito/nematódeo) que se aloja no coração dos pets. ⠀⠀⠀Atente também para a possibilidade de intoxicações, uma vez que eles são curiosos e podem ingerir tudo o que tiver pelo caminho. ⠀⠀⠀Redobre a atenção, também com a ingestão de água do mar que pode causar vômitos ou até intoxicação por sal no animal. Ao entrar no mar, pode acontecer de entrar água nos ouvidos e nos olhos do seu pet. Deve-se ter o mesmo cuidado para proteger essa área como quando tomam banho, como já falamos aqui, além do risco de afogamento. ⠀⠀⠀Tenha cuidado com o sol para não causar queimaduras nas patas e na pele. ⠀⠀⠀Além disso, é extremamente importante que seu pet utilize uma coleira de identificação com o nome dele e telefone do tutor. Por último E, não menos importante, lembre-se de ter sempre em mãos saquinhos para catar as fezes de seu pet. Se ele urinar na areia, é importante recolher a areia molhada do local. ⠀⠀⠀Ao voltar para casa é importante dar um banho no pet para remover todo o sal e areia de seu corpo. Essa prática auxilia a prevenir problemas de pele como irritação, coceiras e alergias.
⠀5 – Horário para passear ⠀⠀⠀O melhor horário para passear com o cãozinho é sempre antes das 8h ou pelo menos até às 10h – sempre quando o sol estiver mais fraco. Na dúvida, verifique a temperatura do chão pisando, você mesmo descalço na rua ou na calçada. ⠀⠀⠀Se o chão estiver muito quente para você, também estará quente para o seu doguinho passear, então, o melhor é ficar em casa, pois, o calor pode queimar as patinhas dele.⠀ ⠀⠀⠀Independentemente do horário do passeio, leve sempre um potinho de água para hidratar o seu pet durante o passeio.
⠀6 – Alimentação ⠀⠀⠀Por fim, vale recomendações quanto à alimentação antes e durante a viagem. Não alimente o seu animal de estimação nas três horas que antecedem à saída para a viagem. Isso ajuda a evitar que ele fique enjoado, mesmo que ele esteja habituado a viagens e não costume ter náuseas nem vômito. ⠀⠀⠀Não oferecer ração úmida, seca ou qualquer outro tipo de alimentação também ajuda a reduzir e a evitar que o animal faça cocô durante a viagem. ⠀⠀⠀No entanto, assim que chegarem ao destino final, lembre-se de que seu amigão precisará ganhar mais ração para finalizar a refeição, assim como água fresca e um local para fazer xixi e cocô e depois, tirar aquela soneca para descansar de todo o possível estresse ocasionado durante o trajeto da viagem. ⠀⠀⠀Ah! E, não esqueça de separar uma bagagem com a quantidade necessária de ração, potes para água e comida, além de outros utensílios como toalhas, brinquedos, caminha e colchão. ⠀⠀⠀Bom passeio a todos!
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⠀Prevenir é sempre melhor do que remediar, não é mesmo? Quando falamos em saúde, mais ainda. Com os cães e gatos é da mesma forma. É preciso sempre manter um olhar preventivo quanto à saúde deles. ⠀Para explicar como funciona e sobre a importância da Medicina Veterinária Preventiva, conversamos com a Médica Veterinária Kátia Naomi Minaki, portadora do CRMV:10280 PR, com especialização no atendimento de felinos e pacientes geriatras. ⠀⠀⠀Acompanhe!
⠀Pet Med – O que podemos entender por Medicina Veterinária Preventiva? ⠀⠀⠀Katia Naomi Minaki – São medidas preventivas, como a vacina, vermífugos, visita regularmente ao médico veterinário, por exemplo, que evitam doenças nos animais e nos humanos também.
⠀Pet Med – Quais são as diferenças entre a medicina veterinária tradicional da medicina veterinária preventiva em cães e gatos? ⠀⠀⠀Katia Naomi Minaki – A medicina tradicional tem como base ações que tratam os fatos já ocorridos, enquanto a medicina preventiva é feita para as doenças não ocorrerem ou se ocorrerem, para diminuir os sinais clínicos.
⠀Pet Med – Qual é a importância da clínica médica preventiva no atendimento de cães e gatos? ⠀⠀⠀Katia Naomi Minaki – Em minha opinião, a medicina preventiva é a melhor forma de tratamento, pois evita que as principais doenças venham acometer os animais. Cada espécie, cor, pelo tem formas diferentes de prevenção de doenças de pele, ou alguns que têm predisposição a terem algumas doenças que são mais comuns em algumas raças e porte do animal.
⠀Pet Med – A partir de que idade é indicado iniciar o tratamento preventivo? Da fase adulta ou desde filhote? ⠀⠀⠀Katia Naomi Minaki – A medicina preventiva é indicada para iniciar desde filhote. Além das vacinas, que evitam doenças, nessa fase também podemos identificar alguns tipos de comportamentos que seriam benéficos para seu animal, como passear, escolher a melhor alimentação e cada um tem um jeito de fazer essas prevenções. Na idade adulta também existem várias medidas que podem ser tomadas para o animal envelhecer bem.
⠀Pet Med – De que forma o tratamento preventivo pode ajudar na longevidade da saúde física e emocional dos pets? ⠀⠀⠀Katia Naomi Minaki – Escolhendo a melhor alimentação. Isso previne problemas de pele, urinários e locomotores. Os passeios que evitam o estresse, brinquedos e formas de lazer dentro de casa também são muito bem-vindos para a parte comportamental deles.
⠀Pet Med – No dia a dia, como se dá a rotina da clínica preventiva no atendimento de cães? ⠀⠀⠀Katia Naomi Minaki – Em todos os nossos atendimentos, nós passamos tratamento para o que está acontecendo, vamos direto na causa para poder evitar que esse problema venha a se repetir futuramente.
⠀Pet Med – E no caso do atendimento preventivo de gatos? ⠀⠀⠀Katia Naomi Minaki – Em felinos, o que mais acontece são os problemas urinários e renais. Além do tratamento, também procuramos a causa e uma alternativa mais natural para evitar que esses problemas se repitam.
⠀Pet Med – No dia a dia, quais são os benefícios da medicina veterinária preventiva frente às ações curativas? ⠀⠀⠀Katia Naomi Minaki – A forma preventiva evita que os problemas retornem.
⠀Pet Med – O que na prática engloba o atendimento preventivo? ⠀⠀⠀Katia Naomi Minaki – Alimentação específica para idade e peso. Ela para mim é uma das mais importantes pois evita muitos problemas de saúde futuros. Quem come bem, tem imunidade boa, e isso evita muito doenças futuras. ⠀⠀⠀Exames anuais também detectam doenças antes de aparecerem sinais clínicos, podendo ser tratados antes de se tornarem um problema maior. ⠀⠀⠀Saúde oral também deve estar na lista de prioridades. O ideal é fazer a limpeza de dentes antes dos cálculos reabsorverem o dente, ela evita que eles percam os dentes.
⠀Pet Med – Por fim, se achar necessário, use o espaço abaixo para complementar a sua participação acrescentando outras informações que entenda como importantes e não tenham sido abordadas durante a entrevista. ⠀⠀⠀Katia Naomi Minaki – Todos os atendimentos deveriam vir com a parte preventiva junto, não adianta tratar se isso for retornar.
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⠀⠀⠀O período de festas de final de ano é altamente desafiador para os animais, estejam eles em abrigos, em situação de vulnerabilidade sem família nas ruas ou em suas casas. ⠀⠀⠀Isso porque a maioria deles fica extremamente assustado com o barulho dos fogos de artifício devido à alta sensibilidade a barulhos. ⠀⠀⠀Então, para ajudar a manter o bem-estar dos cães e gatos, especialmente nesta época do ano, conversamos com a Médica Veterinária Ana Paula Murakami Teixeira, portadora do CRMV:19.068-PR, que atua nas áreas de Clínica Médica e Medicina Veterinária Integrativa.
⠀Pet Med – O que podemos entender por Medicina Veterinária Integrativa? ⠀⠀⠀Ana Paula Murakami – A Medicina Veterinária Integrativa surgiu em decorrência da necessidade de se tratar o paciente como um todo e não somente os sinais clínicos decorrentes da sua doença. ⠀⠀⠀Trata-se de uma abordagem que une os conhecimentos da medicina veterinária convencional com a medicina complementar como é o caso da Acupuntura Veterinária, Florais, Reiki, Fitoterapia Chinesa, Dietoterapia Chinesa dentre outras práticas que visam identificar justamente o que está levando o paciente a adoecer. ⠀⠀⠀É muito comum a frase dos profissionais de medicina integrativa: “Tratamos o paciente e não a doença”, ou seja, é muito além do aspecto do campo físico da doença já estabelecida, e sim identificar e tratar também os aspectos espirituais e emocionais não somente do animal em questão, mas também da família envolvida.
⠀Pet Med – Quais são as diferenças entre os tratamentos tradicionais dos tratamentos integrativos em cães e gatos? ⠀⠀⠀Ana Paula Murakami – Os tratamentos convencionais costumam seguir um protocolo com algumas abordagens já pré-estabelecidas, como o uso de certos medicamentos, cirurgias e etc, geralmente baseado em artigos científicos, guidelines e consensos. A medicina convencional trata os sinais clínicos apresentados no momento da consulta, sendo extremamente relevante para tirar o paciente de uma crise e após, com calma identificar a causa do que está levando aquele paciente a adoecer. ⠀⠀⠀A medicina veterinária integrativa dependendo da área de atuação também está embasada cientificamente, como é o caso da Acupuntura Veterinária onde há inúmeros trabalhos científicos comprovando a eficácia do tratamento. ⠀⠀⠀Vale ressaltar que a medicina veterinária integrativa não vem para competir com a medicina convencional e sim complementar. Uma não substitui a outra.
⠀Pet Med – De que forma tais modalidades podem ajudar na saúde física e emocional dos pets? ⠀⠀⠀Ana Paula Murakami – Em ambos os casos manter uma vida emocional equilibrada irá refletir na prevenção de muitas doenças dos pets. ⠀⠀⠀Hoje já se sabe que a nossa energia interfere no ambiente como um todo e os nossos pets muitas vezes acabam sendo afetados pelo alto nível de ansiedade ao qual carregamos. ⠀⠀⠀É preciso também conhecer as individualidades de cada espécie e também de cada indivíduo dentro da sua própria espécie. É preciso saber e conhecer quais são os “gatilhos” que levam determinado paciente a adoecer. Em gatos por exemplo é comum a chamada Síndrome de Pandora, uma desordem no trato inferior de felinos que dentre diversos fatores como falta de ingestão hídrica, obesidade, além do componente emocional devido a um estresse ambiental que é uma das causas mais comuns desta síndrome.
⠀Pet Med – Já é possível mensurar a incidência de adeptos às terapêuticas integrativas dentro da classe médica veterinária? ⠀⠀⠀Ana Paula Murakami – Como a prática da medicina veterinária integrativa é bem diversificada e ampla ainda não é possível mensurar quantos médicos veterinários já aderiram a tal prática, mas o que se sabe é que o interesse por esta área tem crescido muito nos últimos anos. Como exemplo basta observarmos a quantidade de cursos de especialização e pós graduação na área de medicina veterinária integrativa que vem surgindo anos após ano.
⠀Pet Med – Como os tratamentos naturais se manifestam no organismo dos cães e dos gatos? ⠀⠀⠀Ana Paula Murakami – Primeiramente é feito uma anamnese bem detalhada do paciente para identificar os padrões individuais apresentados daquela doença, pois, na medicina integrativa entendemos que uma mesma doença deve ser tratada de forma individualizada, pois os aspectos emocionais, mentais interferem nas manifestações clínicas e na resposta ao tratamento. Sendo assim cada tratamento é único e a ação irá depender da técnica escolhida, se, por exemplo, será feito uso de florais, dietoterapia, reiki, acupuntura e etc…
⠀Pet Med – No dia a dia, quais patologias respondem melhor ao tratamento integrativo? ⠀⠀⠀Ana Paula Murakami – Praticamente todas as doenças podem ser tratadas por meio do tratamento integrativo, seja como técnica complementar ou em alguns casos como única forma de tratamento. ⠀⠀⠀Dentre elas na Acupuntura Veterinária mesmo doenças ligadas a falta de mobilidade como as famosas hérnias de discos apresentam uma resposta efetiva e muitas vezes rápida quando comparado somente ao tratamento convencional. ⠀⠀⠀As doenças de pele, de origem alimentar, de origem emocional, baixa imunidade dentre tantas outras todas podem ser tratadas também com terapia integrativa.
⠀Pet Med – Muito se fala sobre os resultados efetivos da medicina integrativa no tratamento comportamental de cães e gatos. Como tais técnicas de tratamento ajudam ou podem ajudar a reduzir questões ligadas ao medo, estresse e ao comportamento dos cães e gatos? ⠀⠀⠀Ana Paula Murakami – Isto ocorre porque é preciso entender onde o ambiente onde o paciente está inserido, sua história de vida, quais os “gatilhos mentais” que geram determinado comportamento seja de medo, estresse ou agressividade. Ao entender todo este contexto é possível trabalhar a prevenção para evitar os tais “gatilhos”. ⠀⠀⠀Os animais são extremamente inteligentes e costumam dar sinais o tempo todo, é preciso no entanto, estar atento a estes sinais, compreendê-los para que desta forma possamos corrigir ou atuar de forma preventiva. ⠀Pet Med – Em que caso não é recomendado o uso de terapias integrativas? ⠀⠀⠀Ana Paula Murakami – Em alguns casos emergenciais, por exemplo animal que foi atropelado, envenenado é preciso de imediato procurar um hospital veterinário que tenha profissionais habilitados a realizar tais manobras de emergência. No caso de paciente envenenado ou intoxicado dependendo do tempo da ingestão do veneno ou alimento pode ser necessário induzir ao vômito ou em alguns casos realizar lavagem gástrica. O tempo neste caso é primordial e cada segundo importa.
⠀Pet Med – E quanto aos tratamentos, quais são os mais eficazes no dia a dia da clínica médica? ⠀⠀⠀Ana Paula Murakami – O tratamento indicado irá depender da patologia apresentada. Animais que apresentam algum tipo de atopia, por exemplo, pode estar relacionado com a alimentação e neste caso a dietoterapia chinesa seria indicada assim como a Acupuntura.
⠀Pet Med – Por fim, como a Medicina Veterinária Integrativa pode ajudar a reduzir o estresse de cães e gatos no período de festas de final de ano? ⠀⠀⠀Ana Paula Murakami – Hoje sabemos que a musicoterapia, a aromaterapia e os florais são importantes aliados e que ajudam a reduzir o estresse principalmente em decorrência do medo devido aos fogos de artifício. ⠀⠀⠀É importante que o paciente que apresenta este tipo de fobia se sinta protegido, esteja bem acolhido dentro de casa e próximo da pessoa ao qual ele é mais ligado. ⠀⠀⠀Coloque uma música calma no ambiente. No Youtube tem uma série de playlist´s de músicas para acalmar cães e gatos. Os animais são sensíveis às músicas e realmente ajuda bastante a reduzir o estresse. ⠀⠀⠀Outra dica seria o uso de florais ou óleos essenciais. Hoje é possível encontrar pronto nas farmácias de manipulação específico para cães e gatos – e é importante usa somente os que são próprios para animais, pois o de humanos costumam ter álcool na formulação para melhor conservação. Para ter um melhor resultado, comece a utilizar alguns dias antes.
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⠀⠀⠀Por Pauline Machado ⠀O Verão chegou e com ele aqueles dias com temperaturas altas, períodos de férias, descanso e viagens, mas, conjuntamente, é preciso de manter a atenção aos cuidados com os pets, pois eles também sofrem com o calor excessivo, e, portanto, os cuidados com eles devem ser ainda maiores. ⠀Pensando nisso, convidamos a Médica Veterinária Andrea de Lima Betti, portadora do CRMV:4778-PR, especializada em Clínica Médica de cães e gatos, com atuação em Medicina Veterinária Preventiva, para nos esclarecer as dúvidas sobre quais devem ser esses cuidados especiais com os pets durante o verão. ⠀⠀⠀Acompanhe!
⠀Pet Med – O verão chegou e a pergunta é: altas temperaturas fazem bem aos cães e gatos? ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – As altas temperaturas podem ser muito prejudiciais à saúde dos animais pois, o aumento da temperatura corporal, pode superaquecer rapidamente causando vários danos aos órgãos internos. Os pets, não transpiram como nós humanos, e para a regulação, eles elevam a frequência respiratória. ⠀⠀⠀Em dias mais quentes, isso pode não ser suficiente, levando o animal a hipertermia, que é a elevação da temperatura corporal, o qual é considerado um quadro de emergência. Para evitarmos tais complicações, é necessário estarmos atentos.
⠀Pet Med – É mito ou verdade que os animais mais peludos sentem mais calor do que os de pelo curto? ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – É verdade, mas existem muitas controvérsias sobre o assunto, principalmente relacionadas à tosa. Ao nosso ver, a pelagem mais longa aumenta a temperatura mas, os pelos, na verdade, ajudam a regular a temperatura do animal. ⠀⠀⠀O tamanho da pelagem influencia na sensação térmica, sendo assim, podemos influenciar nessa regulação quando tosamos um pet, mas isso não quer dizer que não devemos fazê-lo e sim, observar a necessidade e a altura correta. ⠀⠀⠀Se tosarmos muito, há a irradiação solar diretamente na pele podendo ocasionar queimaduras e até mesmo problemas de pele mais graves. ⠀⠀⠀Algumas raças apresentam uma camada de pelo mais densa e espessa e podem ser retiradas com uma boa escovação com equipamentos e escovas próprias. ⠀⠀⠀A tosa higiênica e na região do abdômen podendo ir mais em direção ao peito podem auxiliar quando os pets procurarem um local mais fresco para deitar, como pisos. ⠀⠀⠀Em felinos também há indicação de escovação e em alguns casos, uma tosa não muito baixa, pode ser favorável, se isso não for uma situação de estresse para o mesmo.
⠀Pet Med – Qual é a recomendação de horários e duração de passeios para levar o cão para caminhar durante o verão? ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – A recomendação são os horários mais frescos como início da manhã e final da tarde, evitando assim, o período entre 10h e 17h. Procure também, locais com árvores e grama, pois o asfalto e as calçadas podem aquecer mais rapidamente ocasionando lesões nas patinhas. ⠀⠀⠀Quanto à duração, cães mais ativos, podem demonstrar menor tolerância em dias mais quentes. Respeite. Já os pets com pouca atividade no dia-a-dia, esses devem ter maior atenção. Entre 20 a 30 minutos de atividades e sempre reavaliando a condição física, promovendo pausas maiores entre elas.
⠀Pet Med – Como reconhecer que o cão está estafado, com muita sede ou com muito calor? ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – Como mencionado, os cães tendem a aumentar a frequência respiratória com o intuito de promover troca de calor, assim, devemos ficar atentos a sinais de desconforto como, ofegar de maneira excessiva, ficar de boca aberta, apresentar fraqueza e letargia, babar e até mesmo a falta de apetite.
⠀Pet Med – E quanto a levar os cães para a praia? Quais são os riscos e os cuidados com a saúde dos pets, assim como para as pessoas que estão ao entorno na praia? ⠀⠀⠀Primeiramente, é importante saber se a praia de destino possui alguma restrição sobre a permanência deles, sendo liberada, é só aproveitar! ⠀⠀⠀Levar em consideração se o pet está apto para nadar, pois, algumas raças como pugs e buldogues possuem maior dificuldade, assim como, os de pernas curtas. Os acima do peso também merecem atenção. ⠀⠀⠀Evitar os períodos mais quentes e ter muito cuidado com as patinhas evitando queimaduras. Coleira com identificação e contato é um item obrigatório, assim como o uso de protetor solar, principalmente região orelhas, focinho e abdômen. Existem várias opções no mercado veterinário, mas, ainda assim, tenha sempre a opção de sombra para se refrescar. ⠀⠀⠀Sempre é válido levar uma bolsinha com os itens dos pets como água, potinhos, petiscos, sacos para coleta de lixo e fezes e uma toalha própria. ⠀⠀⠀Certifique-se que as vacinas do seu pet estejam atualizadas (V8 ou V10 e antirrábica e outras, se necessário). Medicações para controle de parasitas como pulgas e carrapatos e também contra vermes intestinais são importantes. ⠀⠀⠀E muita atenção a uma verminose muito perigosa que é a Dirofilariose, mais conhecida como “verme do coração” que é uma doença causada por um verme que se aloja nas artérias pulmonares e no coração. Esta doença é transmitida por um mosquito específico e que é encontrado no litoral. Uma visita prévia ao Médico Veterinário de confiança é a melhor opção, pois ele poderá fazer um check up e orientar sobre possíveis enfermidades e a proteção ideal relacionada ao local de destino. ⠀⠀⠀Tenha bom senso! Procure não deixá-los totalmente soltos, evitando assim, fugas inesperadas ou até mesmo que outros frequentadores se sintam incomodados. Lembre-se que outras pessoas estão lá para aproveitar e umas podem ter medo ou mesmo não gostar de animais. Evite entrar na água em locais que tenham mais banhistas e procure locais mais afastados e calmos. ⠀⠀⠀Junte os dejetos que por ventura seu pet fizer na areia. ⠀⠀⠀Supervisão sempre, pois os animais são curiosos e podem ingerir areia, lixo, restos de animais mortos podendo ocasionar algum tipo de intoxicação. ⠀⠀⠀Ao final do passeio na praia, é preciso dar um banho completo em seu animal para retirar toda a água e areia que ficaram espalhados na pele e pelos e, assim, evitar que cause alergias ou irritações. Use produtos próprios para pets e se for possível, seque-o com temperatura fria.
⠀Pet Med – Nessa época do ano, geralmente, os banhos são dados em intervalos mais curtos de tempo. Mas isso é o correto? Qual deve ser a frequência dos banhos nos pets durante o verão? ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – Em períodos de temperaturas mais amenas, é comum aumentarmos o intervalo entre os banhos, já no calor, os banhos se tornam mais frequentes, primeiro pensando em diminuir a sensação de calor dos pets e segundo, devido a maior exposição em parques, rios e até mesmo praia levando a necessidade de um banho logo após. ⠀⠀⠀Em geral, banhos semanais se tornam suficientes mas, o importante sempre, é avaliar a real necessidade do animal, considerar a raça e seu tipo de pelagem, o produto utilizado, limitações físicas e fisiológicas de cada indivíduo, se o banho será em local especializado ou se será em casa, e neste caso, avaliar se a secagem será eficiente, evitando assim, problemas de pele. ⠀⠀⠀Se o seu pet tem pelagem curta, não tem muita atividade externa, esse intervalo pode ser maior podendo levar de 30 dias ou mais para banhos. ⠀⠀⠀No caso de gatos, em geral, não têm indicação de banhos, devido ao estresse e ao fato de eles serem mais eficientes em sua higiene. O indicado poderia ser uma boa escovação diária, mas, existem alguns indivíduos que se comportam muito bem e até gostam de tomar banho, mas nos intervalos devem ser maiores, acima de 2 meses.
⠀Pet Med – E os gatos? De forma geral, como os felinos lidam com o verão? ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – Os gatos também sentem muito calor e em algumas regiões, as temperaturas mais elevadas podem levar a mal-estar, alterações no comportamento, estresse e podendo até ocasionar doenças devido a baixa da imunidade.
⠀⠀⠀Pet Med – Quanto a rotina no dia a dia:
⠀De quanto em quanto tempo deve-se trocar a água dos cães e dos gatos? ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – Importante trocar a água dos potinhos várias vezes ao dia e usar água de qualidade, assim como aumentar o número de vasilhas pela casa. ⠀⠀⠀As fontes, no caso dos gatos, são uma ótima opção. Eles também precisam ser estimulados para o consumo, então, essas fontes, vasilhas de vidro ou alumínio devem estar em várias partes da casa, pois eles devem “ tropeçar” nos potes e assim, ingerirem a água. ⠀⠀⠀Colocar pedrinhas de gelo, pode ajudar a manter a água sempre fresca.
⠀Lençóis, caminhas e demais acessórios devem ser lavados com que tipo de produto de limpeza e com que frequência? ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – A frequência pode variar de acordo com a rotina do pet, se ele tem mais acesso a áreas externas ou não, e assim, se sujarem mais ou menos, mas a cada duas semanas seria um tempo recomendável e assim, os brinquedos e cobertores poderiam ser lavados mais seguidamente. ⠀⠀⠀O ideal seria usarmos produtos próprios para animais de estimação, compostos por ingredientes mais naturais, a fim de não agredir a pele. O uso de água quente também é indicado. ⠀⠀⠀Outra alternativa, seria encaminhar a uma lavanderia pet o que já é uma realidade em várias cidades. Assim, eles saberiam exatamente como proceder na lavagem e esterilização das camas e acessórios em geral.
⠀O que os familiares podem fazer para amenizar a sensação de calor dos pets? ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – Todos na casa podem colaborar com a manutenção do bem-estar dos pets, então, fiquem atentos se tem água nos potinhos e troquem sempre que necessário, e também se estão protegidos do sol, Não deixe o alimento exposto por muito tempo; ofereça sorvetes de frutas ou caldo de sachê; climatize o ambiente com ventiladores ou ar condicionado. ⠀⠀⠀Se janelas for a opção, atente pela segurança com telas de proteção evitando acidentes principalmente para os gatinhos. ⠀⠀⠀Disponha de toalha úmida para que possam se deitar, observe sintomas de superaquecimento como aumentos excessivo da frequência respiratória, salivação e letargia. Promova os banhos para refrescar ou brincadeiras na água, no caso dos cães. Essas são algumas das possibilidades.
⠀Uso de caixa de transporte durante o verão, como amenizar o calor? ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – As caixas de transporte são essenciais para a segurança dos pets durante o deslocamento, visitas ao médico veterinário, banho e tosa e passeios em geral. ⠀⠀⠀No caso dos cães, temos a opção dos cintos de segurança acoplados no próprio banco do automóvel e nos pets menores, temos as cadeirinhas, também acondicionadas nos bancos, que dão maior liberdade para o animal e também temperatura mais agradável. ⠀⠀⠀Mas se a caixa de transporte for inevitável, devemos considerar o maior conforto para o animal e para isso, é necessário que o mesmo possa se levantar e girar em torno do seu eixo dentro dela, garantindo maior conforto. ⠀⠀⠀Podemos colocar uma toalha úmida dentro para o animal deitar; não deixe a caixa exposta em local quente ou com luz solar direta. ⠀⠀⠀No caso dos gatinhos, para os quais recomendamos cobrir a caixa evitando o contato com outros animais, em períodos mais quentes, deixe parcialmente coberto para não obstruir a troca de calor.
⠀Pet Med – Por fim, liste resumidamente os principais cuidados com cães e gatos durante o verão, separadamente. ⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – Os principais cuidados com os cães:
A manutenção da hidratação é primordial;
Evite passeios e exercícios em horários mais quentes – entre 10h e 17h;
Dê preferência por locais com sombra;
Proteja as patinhas evitando queimaduras;
Jamais deixe seus pets dentro do carro, nem por um minuto;
Aumente a frequência dos banhos de acordo com a necessidade.
⠀⠀⠀Andrea de Lima Betti – Principais cuidados com gatos:
A manutenção da hidratação dos gatos também é primordial;
Promova a ingestão de água buscando alternativas como fontes e aumento do número de potes no ambiente;
Cuide das janelas abertas mantendo-as protegidas com telas;
Escove a pelagem mais vezes retirando pelos mortos, o que facilita a troca de calor corpóreo;
Em geral, evite ou tenha mais cuidado ao deixá-los sozinhos em casa;
Utilize filtro solar, principalmente em animais de pelagem clara ou sem pelos como os gatos da raça Sphynx;
Mantenha os ambientes arejados, com ar condicionado ou até mesmo ventiladores, dando preferência aos de teto ou que fiquem longe do alcance dos animais;
Redobre a atenção aos pets idosos, obesos e com alguma enfermidade;
Utilize controle de ectoparasitas (pulgas, carrapatos, mosquitos).
⠀⠀⠀Por fim, vale ressaltar que o Verão é uma estação maravilhosa para prática de exercícios, passeios com nossos pets e até mesmo ir a praia e rios, mas, para que tudo isso seja uma experiência ótima para ambas as partes, é necessário estarmos atentos a saúde e principalmente a segurança de todos os envolvidos e mais: o respeito às limitações de cada espécie e raça do nossos pets. ⠀⠀⠀Procure sempre as orientações do Médico Veterinário de confiança e mantenha a saúde do seu animalzinho sob controle, as vacinas atualizadas e bom verão!
Pet Med atua no mercado nacional e internacional sempre trazendo inovação e tecnologia nos cuidados aos animais de estimação.
Qualidade, Conforto, Durabilidadee Usabilidade são marcas da Pet Med , que sempre leva em conta as funcionalidades de seus produtos para o bem estar animal.
A Pet Med é fabricante , tendo produtos comercializados em diversos e grandes estabelecimentos de petshop e por médicos veterinários.
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Nossas tecnologias Dry ( Secagem Rápida) Antimicrobiana e Proteção UV são patenteadas.
⠀O feriado de finados, datado em todo dia 2 de novembro, reúne muitas pessoas em cemitérios para homenagear os amigos e familiares falecidos. Mas, a perda de um animal de estimação também vem cada dia mais sendo considerada como importante e, por isso, deve ser compreendida, vivida e tratada. ⠀Neste processo, dois profissionais são fundamentais – o psicólogo e o médico veterinário, e foi assim que se deu a nossa conversa sobre como reduzir ou pelo menos lidar com o luto de um animal de estimação. ⠀Na Medicina Veterinária, apresentamos a Dra. Bruna Bianchini Real, portadora do CRMV-SP:37135, médica veterinária especializada em Cuidados Paliativos e sócia fundadora do Instituto Rumos e Instituto Kairós – Cuidados Paliativos em Medicina Veterinária. ⠀Enquanto na psicologia, tivemos o prazer em receber a Fabiana Marchioni Afonso Nascimento, psicóloga com formação em Traumas e Apego, que traz mais de 20 anos de atuação na área clínica e é especialista em luto pet. Foi ela, inclusive, que criou, no Brasil, o serviço de Plantão Psicológico para Luto por Pets. ⠀Juntas, ambas profissionais nos explicaram de forma simples, direta e cuidadosa como passar por essa fase difícil do relacionamento com os animais. ⠀⠀⠀Boa leitura a todos!
⠀Pet Med –De forma geral, o que podemos entender por luto? ⠀⠀⠀Luto é um processo natural de reação à uma perda ou à morte, de algo ou de alguém que seja muito importante e significativo para nós.
⠀Pet Med – Podemos – ou devemos, dizer que o luto por um animal é diferente do luto por um amigo ou familiar humano? ⠀⠀⠀Sim, todo luto é único e individual pois depende do vínculo e do que representa aquele ser para aquela pessoa, em sua biografia. ⠀⠀⠀O que diferencia o luto por pets de outros lutos por perdas humanas é o fato dele não ser reconhecido socialmente. Porém toda perda é única também, ainda que dentro das relações humanas e familiares. ⠀⠀⠀Uma vivência de luto minha com um avô que é distante fisicamente e emocionalmente não será igual nem terá a mesma representação de uma perda de um avô que eu vejo todos os dias, com quem convivo todo almoço de domingo, que me conta histórias. Já com os pets o que costuma acontecer de diferente é que temos uma relação de proximidade física, de contato e de interação ainda maior que qualquer outra relação humana, já que eles dependem de nós e de nossos cuidados. E essa interação física, de proximidade, de toque, de estar junto, é única e específica dessa relação com eles. ⠀⠀⠀Também é essa especificidade que faz com que os animais de estimação e sua relação de proximidade sejam tão importantes nos cuidados que utilizam as Intervenções Assistidas por Animais: esse vínculo de apego, de cuidado e de confiança de fato cura a alma da gente.
⠀Pet Med – Pensando nos tutores e familiares do animal, de que modo podem começar a compreender e a lidar melhor com a certeza de que um dia todos, inclusive os pets, vão morrer, ou seja, como eles podem compreender quando é chegado o momento do início do processo de fim de vida? ⠀⠀⠀Cuidar da vida não impede a morte. Talvez esse seja um grande aprendizado para todos nós de que essa vida é finita e por melhor que a gente cuide e ame, um dia a despedida vai acontecer e não temos controle de como será esse momento. Mas podemos talvez, uma gota por dia, entrar em contato e pensar sobre o que é importante quando esse momento chegar em termos de cuidados: quando meu pet adoecer e se for dessa forma a sua partida e sua morte, quais são os cuidados que eu quero e que eu não quero oferecer? ⠀⠀⠀Recursos como o Patas na Mesa, da Tanatovet, desenvolvido para ajudar tutores e Médicos Veterinários nos cuidados de fim de vida são de grande importância como forma de comunicação e prevenção de complicações no processo de morte, de morrer e do luto dos que ficam depois para lidar com essa perda.
⠀Pet Med – E quando nessa família que perdeu o animal de estimação, existe a presença de crianças? Como devem lidar com a situação, pensando em não causar traumas e outros pontos negativos advindos da perda? ⠀⠀⠀Com a criança é sempre importante respeitar os limites conforme sua idade e seus recursos, que sempre são únicos para cada um. Essa criança já viveu alguma experiência de perda anterior ou é sua primeira experiência? Ela quer falar sobre o que aconteceu? ⠀⠀⠀Uma forma de cuidar com o luto infantil é perceber quais informações que a criança suporta receber em cada momento a partir das necessidades dela e de sua capacidade de elaborar também. Oferecer informações em linguagem simples, concreta pode ajudar muito, dizendo palavras como “morte/morreu”, falando sobre o que acontece com nosso corpo, que não sentimos dor depois da morte e respeitando também as crenças de cada família sobre o que acontece depois da morte. ⠀⠀⠀Há recursos que ajudam muito as crianças, como o curta metragem “O dia que o passarinho não cantou”, que é uma forma de trazer a conversa de uma forma cuidadosa e acessível para a linguagem delas. Ter um adulto disponível para responder às perguntas das crianças, conforme elas vão trazendo suas necessidades de informações, ajuda imensamente neste processo.
⠀Pet Med –E no caso entre os pets. Quando um cão ou um gato perde um amigo/irmão também pet, eles sentem a falta do amigo como nós? Por favor, explique a sua resposta. ⠀⠀⠀Os animais também entram em luto assim como todos nós, dentro das reações esperadas de cada espécie e de cada vínculo entre eles. Alguns ficam mais silenciosos, outros assumem comportamentos do pet que morreu, por exemplo. A dinâmica da família se modifica e muitas vezes o comportamento deles também. E ao cuidar oferecendo previsibilidade com a rotina, todos vão se reorganizando e lidando melhor com esse processo.
⠀Pet Med – Se eles sentem falta do companheiro pet, como reduzir este vazio no dia a dia do pet que perdeu o amigo? ⠀⠀⠀A previsibilidade da rotina ajuda muito tanto os pets que ficaram como as crianças e a família. Cuidados especiais com alimentação, sono, tempo para se distrair da dor, ajuda muito também.
⠀Pet Med –E quando o pet perde o tutor? Como eles sentem e o que fazer nesses casos? ⠀⠀⠀Ter uma figura de apoio e de cuidados que possam ajustar a rotina conforme as necessidades que eles vão demonstrando pode ser um caminho de cuidar. Poder manter pertences acessíveis se possível e manter a presença também pode ajudar. ⠀⠀⠀O melhor cuidado possível diante de uma perda muito importante é ter alguém que caminhe junto neste processo, sustentando essa jornada. Sem regras prontas, mas com disponibilidade em oferecer o que for sendo demandado por quem está em luto, seja um humano ou animal.
⠀Pet Med –Em casos de luto, o melhor a fazer é adotar outro amiguinho para amenizar a dor, por exemplo? ⠀⠀⠀Em luto não há regras. Mas talvez um caminho seja poder cuidar dessa ferida, deixar ela cicatrizar. E nesse processo de cicatrização cada um avalia o que ajuda mais, sem pressa e sem regras. Para algumas pessoas, adotar outro pet pode parecer traição. Para outros pode criar rejeição e culpa, por sentir uma “invasão” de um espaço que é sagrado. Cuidar de um relacionamento que fica dentro de nós é importante antes de abrir a casa para uma nova relação, para um novo amor. E esse tempo e esse jeito é muito individual para cada um. Às vezes, por angústia nossa, a gente oferece uma “reposição”. Se cabe e quando, só quem vive essa dor pode dizer e perceber.
⠀Pet Med –Pensando em todas as situações acima, qual é a importância e o papel do Médico Veterinário para com este tutor, para com as famílias? ⠀⠀⠀É de extrema importância que as pessoas médicas veterinárias saibam conceitos básicos de comunicação em saúde, cuidados paliativos e luto para auxiliar essas famílias no processo de adoecimento e fim de vida dos animais. ⠀⠀⠀No nosso processo de formação aprendemos como manter a vida ou como findá-la artificialmente, por meio da eutanásia, o que gera uma lacuna importante no nosso processo de cuidado. ⠀⠀⠀As nossas ações durante o processo de adoecimento e fim de vida deixarão marcas no processo de luto. A história do cuidado marca a história do luto.
⠀Pet Med –Agora, pensando no Médico Veterinário: como esta classe médica lida com esse tema no dia a dia? ⠀⠀⠀Infelizmente, com o sofrimento silenciado. Somos treinados, desde muito cedo no nosso processo de formação, a silenciar as nossas dores e não olhar para o que sentimos. Sentir é visto como sinal de fraqueza. ⠀⠀⠀Hoje, com o avanço dos cuidados paliativos e do olhar ainda incipiente, porém presente para a saúde mental dentro da medicina veterinária, começamos a entender os nossos limites e que a conta não fecha se não estivermos dentro da tríade de cuidado: paciente – família – equipe.
⠀Pet Med –Pensando na qualidade da saúde emocional dos Médicos Veterinários, a quem devem recorrer nos momentos difíceis pelo acúmulo de casos em que não é possível evitar a morte de um paciente? ⠀⠀⠀A grande maioria dos nossos pacientes passarão por processos de fim de vida junto a nós. Não é pouco frequente que acompanhemos o envelhecimento e fim de vida deles, pelo tempo de vida menor que o nosso. ⠀⠀⠀Um passo importante é conhecer sobre cuidados paliativos, entender sobre a fase de doença, saber pedir ajuda para profissionais especializados neste tema para que a sensação de impotência não tome conta e paralise este profissional. Além disso, ter uma rede de apoio compreensiva é bastante importante.
⠀Pet Med –Para finalizar, como familiares, pets e médicos veterinários podem lidar melhor com o luto pela perda de um animal de estimação? ⠀⠀⠀A gente vem falando muito sobre luto, desde a pandemia. E esse é um grande avanço social e cultural. Porém seguimos com a mesma dificuldade para falar sobre a morte e o morrer. Luto parece cada vez mais algo externo a nós, de tanto falarmos sobre ele conjugando na terceira pessoa. As pessoas estão cada vez mais querendo se preparar para o luto, com medo do luto. No entanto, luto é um processo interno depois da morte ou durante uma jornada de perdas pelo caminho. ⠀⠀⠀Para lidarmos melhor com o luto é preciso reaprendermos a falar sobre a morte, de tudo o que vem antes da perda. Precisamos falar sobre a morte enquanto um processo de vida, apesar de haver mortes terríveis e violentas, inclusive com os pets. ⠀⠀⠀Quando a morte voltar a fazer parte da vida, encontraremos mais caminhos para cuidar dessa vida deles e da nossa. Saberemos tomar melhores decisões com mais autonomia sobre cuidados de fim de vida, e quem sabe isso nos permita um pouco mais de sustentação no nosso luto depois.
Pet Med atua no mercado nacional e internacional sempre trazendo inovação e tecnologia nos cuidados aos animais de estimação.
Para amantes de gatos , a Pet Med é fabricante de roupas protetoras e pós cirúrgicas para que no momento em que seu gato mais precisar de cuidado tenha conforto e qualidade de vida.
Nossas roupas protetoras são aprovados por médicos veterinários, cães, gatos e seus donos que usam e recomendam.
Temos coleção exclusiva com cores e design desenvolvido para melhor adaptação da anatomia de gatos, além de termos uma gama variada de tamanhos para diversos portes de gatos.
⠀Assim como na medicina humana, a Campanha Novembro Azul que vem para chamar atenção para os cuidados com a saúde dos homens, a medicina veterinária também prevê cuidados com a saúde dos machos. Por isso, hoje, vamos saber como podemos prevenir o câncer de próstata em cães e gatos. ⠀Quem conversou conosco sobre o tema foi a Médica Veterinária Patrícia de Pinho e Souza Souza, portadora do CRMVRJ 9937, Mestre e Doutora em Comportamento Animal pela Universidade Federal Rural do Rio De Janeiro. ⠀⠀⠀Acompanhe!
⠀Pet Med – O que podemos entender por câncer de próstata? ⠀⠀⠀Patrícia Souza – O câncer de próstata é o resultado de uma multiplicação desordenada das células da próstata.
⠀Pet Med – De que forma o câncer de próstata pode acometer os pets? ⠀⠀⠀Patrícia Souza – O câncer causa um aumento considerável da próstata. O que pode dificultar ou até obstruir a saída de fezes, e, por muitas vezes, o tutor só nota que o animal está com algum problema na próstata quando o animal apresenta dificuldades para defecar e também dificuldade em urinar ou até mesmo quando aparece sangue na urina.
⠀Pet Med – Qual é a incidência de câncer de próstata em cães e gatos, dentre os vários tipos de tumores? ⠀⠀⠀Patrícia Souza – Pode acometer 4% dos cães e se não forem castrados o número sobe muito para 80%.
⠀Pet Med – Neste cenário, qual é a importância da Campanha Novembro Azul também para os pets? ⠀⠀⠀Patrícia Souza – A importância principal é que o câncer de próstata é uma doença que demora , no geral, a apresentar alguma manifestação visível ao tutor. Sem exames de rotinas e check-ups anuais , dificilmente um tutor perceberá o tumor, assim sendo, quando levam ao consultório o estágio já está mais avançado. Por esse motivo, lembrar ao tutor que ele precisa fazer exames de rotina, ajuda a iniciar o tratamento em um melhor momento, o que pode causar um menor sofrimento ao paciente.
⠀Pet Med – O câncer é mais comum em cães e gatos não castrados? ⠀⠀⠀Patrícia Souza – Sim, o número é muito maior em animais não castrados. Esse motivo se deve por causas hormonais e um desequilíbrio na produção de testosterona do animal macho.
⠀Pet Med – No dia a dia quais são os sinais clínicos que os familiares devem ficar atentos que possam indicar câncer de próstata? ⠀⠀⠀Patrícia Souza – Dificuldade em defecar, fezes no formato de fita ou não conseguir defecar, ou seja, bloqueio total da saída das fezes. ⠀⠀⠀Também vemos dificuldade ou demora em urinar e sangue na urina. Episódios de cistites também são outros sinais clínicos do câncer de próstata.
⠀Pet Med – Quais são as causas mais comuns do câncer de próstata em cães e gatos? ⠀⠀⠀Patrícia Souza – A causa é não castração . A causa é o desequilíbrio hormonal em machos.
⠀Pet Med – Como identificar o diagnóstico do câncer de próstata nesses animais? ⠀⠀⠀Patrícia Souza – Exames de ultrassom e toque retal.
⠀Pet Med – E quanto aos tratamentos, quais são os mais eficazes? ⠀⠀⠀Patrícia Souza – O tratamento mais comum e conhecido é a castração, porém existem quimioterápicos que podem ser usados.
⠀Pet Med – Por fim, como, de modo geral, podemos prevenir o câncer de próstata em cães e gatos? ⠀⠀⠀Patrícia Souza – A castração é uma prevenção e a mais usada por assim dizer. A realização de exames de rotina, ultrassonografia, exames de urina, fezes e a realização do toque retal durante atendimento médico veterinário. Vale ressaltar que a castração não é só boa para prevenir o câncer de próstata como também reduz agressividade, marcação territorial e a cruza indesejada.
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