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Novembro Azul: como podemos prevenir o câncer de próstata em cães e gatos?

Novembro Azul: como podemos prevenir o câncer de próstata em cães e gatos?

⠀⠀⠀Por Pauline Machado

⠀Assim como na medicina humana, a Campanha Novembro Azul que vem para chamar atenção para os cuidados com a saúde dos homens, a medicina veterinária também prevê cuidados com a saúde dos machos. Por isso, hoje, vamos saber como podemos prevenir o câncer de próstata em cães e gatos.
⠀Quem conversou conosco sobre o tema foi a Médica Veterinária Patrícia de Pinho e Souza Souza, portadora do CRMVRJ 9937, Mestre e Doutora em Comportamento Animal pela Universidade Federal Rural do Rio De Janeiro.
⠀⠀⠀Acompanhe!

Pet Med – O que podemos entender por câncer de próstata?
⠀⠀⠀Patrícia Souza – O câncer de próstata é o resultado de uma multiplicação desordenada das células da próstata.

Pet Med – De que forma o câncer de próstata pode acometer os pets?
⠀⠀⠀Patrícia Souza – O câncer causa um aumento considerável da próstata. O que pode dificultar ou até obstruir a saída de fezes, e, por muitas vezes, o tutor só nota que o animal está com algum problema na próstata quando o animal apresenta dificuldades para defecar e também dificuldade em urinar ou até mesmo quando aparece sangue na urina.

Pet Med – Qual é a incidência de câncer de próstata em cães e gatos, dentre os vários tipos de tumores?
⠀⠀⠀Patrícia Souza – Pode acometer 4% dos cães e se não forem castrados o número sobe muito para 80%.

Pet Med – Neste cenário, qual é a importância da Campanha Novembro Azul  também para os pets?
⠀⠀⠀Patrícia Souza – A importância principal é que o câncer de próstata é uma doença que demora , no geral, a apresentar alguma manifestação visível ao tutor. Sem exames de rotinas e check-ups anuais , dificilmente um tutor perceberá o tumor, assim sendo, quando levam ao consultório o estágio já está mais avançado. Por esse motivo, lembrar ao tutor que ele precisa fazer exames de rotina, ajuda a iniciar o tratamento em um melhor momento, o que pode causar um menor sofrimento ao paciente.

Pet Med – O câncer é mais comum em cães e gatos não castrados?
⠀⠀⠀Patrícia Souza – Sim, o número é muito maior em animais não castrados. Esse motivo se deve por causas hormonais e um desequilíbrio na produção de testosterona do animal macho.

Pet Med – No dia a dia quais são os sinais clínicos que os familiares devem ficar atentos  que possam indicar câncer de próstata?
⠀⠀⠀Patrícia Souza – Dificuldade em defecar, fezes no formato de fita ou não conseguir defecar, ou seja, bloqueio total da saída das fezes.
⠀⠀⠀Também vemos dificuldade ou demora em urinar e sangue na urina. Episódios de cistites também são outros sinais clínicos do câncer de próstata.

Pet Med – Quais são as causas mais comuns do câncer de próstata em cães e gatos?
⠀⠀⠀Patrícia Souza – A causa é não castração . A causa é o desequilíbrio hormonal em machos.

Pet Med – Como identificar o diagnóstico do câncer de próstata nesses animais?
⠀⠀⠀Patrícia Souza – Exames de ultrassom e toque retal.

Pet Med – E quanto aos tratamentos, quais são os mais eficazes?
⠀⠀⠀Patrícia Souza – O tratamento mais comum e conhecido é a castração, porém existem quimioterápicos que podem ser usados.

Pet Med – Por fim, como, de modo geral, podemos prevenir o câncer de próstata em cães e gatos?
⠀⠀⠀Patrícia Souza – A castração é uma prevenção e a mais usada por assim dizer. A realização de exames de rotina, ultrassonografia, exames de urina, fezes e a realização do toque retal durante atendimento médico veterinário. Vale ressaltar que a castração não é só boa para prevenir o câncer de próstata como também reduz agressividade, marcação territorial e a cruza indesejada.

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Diabetes: o que é, como prevenir e tratar a doença em cães e gatos

Diabetes: o que é, como prevenir e tratar a doença em cães e gatos

Por Pauline Machado

⠀⠀⠀Cães e gatos também podem sofrer com doenças que precisam de um acompanhamento veterinário mais regular, como a diabetes, por exemplo, cujo tratamento exige alterações na rotina alimentar e comportamental.
⠀⠀⠀Mas, o que é a Diabetes e como ela pode acometer cães e gatos?
Quem esclarece essas e outras dúvidas, é a Médica Veterinária Fernanda Bortolotto, portadora do CRMV/PR: 5054, mestre e ⠀⠀⠀doutora em Ciência Animal pela PUCPR e professora do Centro Universitário UniCuritiba.
⠀Acompanhe!

Pet Med – O que podemos entender por Diabetes?
⠀⠀⠀Fernanda Bortolotto – Diabetes é uma desordem endócrina, ou seja, de cunho hormonal, que confere ao paciente um quadro de elevação da glicemia.

Pet Med – De que forma a Diabetes pode acometer os pets?
⠀⠀⠀Fernanda Bortolotto – Existem alguns tipos de diabetes, mas em todas podemos destacar predisposição genética e fatores predisponentes, como obesidade.

Pet Med – Qual é a incidência de Diabetes em cães e gatos?
⠀⠀⠀Fernanda Bortolotto – A incidência de diabetes em animais de estimação pode variar de acordo com a região, raça, idade e outros fatores, mas podemos dizer que é a desordem endócrina que mais ocorre.

Pet Med – Neste cenário, qual é a importância da Campanha sobre controle e prevenção da Diabetes?
⠀⠀⠀Fernanda Bortolotto – Campanhas de alerta e prevenção são sempre importantes pois esta doença pode ser evitada em muitos casos, fazendo check-up periódicos e, inclusive, detectando-se precocemente, a fim de reduzir doenças concomitantes ou outras complicações.

Pet Med – Como o Diabetes se manifesta no organismo?
⠀⠀⠀Fernanda Bortolotto – A diabetes em cães e gatos se manifesta de maneira semelhante à forma como ocorre em humanos, resultando em níveis elevados de glicose no sangue devido à falta de insulina ou à incapacidade do corpo de utilizar a insulina de forma eficaz. Podemos destacar como sinais clínicos mais comuns em cães e gatos poliúria, que é o aumento na produção de urina, polidipsia, aumento do consumo de água, polifagia, aumento no consumo de alimentos e perda de peso.

Pet Med – Quais são as causas mais comuns da Diabetes em cães e gatos?
⠀⠀⠀Fernanda Bortolotto – Deficiência na produção de insulina ou incapacidade do organismo de utilizá-la adequadamente.

Pet Med – Como identificar o diagnóstico da Diabetes nesses animais?
⠀⠀Fernanda Bortolotto – Pelos sinais clínicos e mudanças comportamentais do animal.

⠀Pet Med – E quanto aos tratamentos, quais são os mais eficazes?
⠀⠀Fernanda Bortolotto – O tratamento vai depender da forma de diabetes que o animal possui. Se for por deficiência de produção de insulina, por exemplo, está deverá ser suplementada, resposta. O controle da dieta do animal também será fundamental.

⠀Pet Med – Por fim, como podemos prevenir a Diabetes em cães e gatos?
⠀⠀Fernanda Bortolotto – Fornecendo rações adequadas a cada fase de vida do animal, estimular a prática de atividades físicas, além de rotinas de consultas e check-ups periódicos.

Dia do Gato Preto: conheça alguns benefícios em manter os gatos sem acesso à rua

Dia do Gato Preto: conheça alguns benefícios em manter os gatos sem acesso à rua

Por Pauline Machado

⠀⠀⠀O dia 17 de novembro é conhecido como o Dia do Gato preto. Pelo fato de ainda termos preconceitos com gatos que tenham a pelagem preta,  também para prevenir riscos à saúde dos felinos, muitos profissionais da área de medicina veterinária recomendam que os gatos vivam em ambientes que não tenham acesso à rua.
⠀⠀⠀Mas, será que viver assim faz bem aos pequenos felinos?
⠀⠀⠀Para conhecermos os benefícios em manter os gatos sem acesso à rua, conversamos com exclusividade com a Médica Veterinária,  Renée Cristine Carvalho, portadora do CRMV/RJ: 13027.
⠀⠀⠀Acompanhe!

Pet Med – Para começarmos, primeiramente nos explique como é, de modo geral, o comportamento dos gatos?
⠀⠀⠀Renée Cristine – Os gatos são animais muito carinhosos, porém de uma forma diferente dos cães. Eles gostam de ter o espaço e o tempo deles respeitado, por isso que muitas vezes eles não gostam quando os pegamos no colo, mas adoram deitar no nosso colo, ou em cima do teclado do computador, do livro que estamos lendo. Quando eles deitam com a barriguinha para cima, é um dos maiores sinais de confiança que eles podem demonstrar, pois exibir sua região ventral é se mostrar vulnerável. Apesar da fama de independentes, nossos gatos são muito apegados e dependem muito de nós.

⠀Pet Med –  Por quais motivos os gatos são conhecidos como animais noturnos?
⠀⠀⠀Renée Cristine – Os gatos não são animais noturnos, são animais crepusculares, ou seja, eles têm sua maior atividade ao amanhecer e ao anoitecer. Essa característica é herdada dos seus ancestrais, pois são os melhores horários para caçar pequenos roedores. Por isso, nossos bichanos muitas vezes começam a correr e brincar pela casa por volta das três horas da manhã.

Pet Med – Também é comum ouvirmos que os gatos gostam de passear, namorar e alguns até passam dias fora e voltam como se nada tivesse acontecido. Por que os gatos agem assim, gostam de passar a noite fora com os amigos?
⠀⠀⠀Renée Cristine – Os gatos são animais sociais. E esse comportamento de sair para passar a noite fora varia muito com o estilo de vida que é oferecido a ele. Se é um animal que tem acesso a rua, ele vai preferir sair à noite, pois é quando há menos exposição, maior possibilidade de encontrar presas e, naturalmente, acasalar para perpetuação da espécie. Já os gatos que vivem confinados, provavelmente não vão desenvolver o interesse pela vida “boêmia” e vão se adaptar ao estilo de vida do seu tutor, dormindo nos mesmos horários que ele e ficando mais ativos quando ele está acordado.
⠀⠀⠀Atualmente, temos visto tutores de gatos acostumando seus animais a passear na coleira, como fazemos com os cães. Isso pode ser muito bom para os gatos, principalmente os que vivem em ambientes pequenos, porém não são todos os gatos que se adaptam e é importante respeitar os limites de cada um.

⠀Pet Med – Nessas noites em que passam fora, muitas vezes voltam machucados, mancando, sujos e magros. Esses episódios fazem parte da rotina do gato de vida livre. O que esse estilo de vida pode trazer de malefícios para a vida do gato?
⠀⠀Renée Cristine – Deixar o gato na rua sem supervisão é arriscado por inúmeros motivos. Primeiro, claro, as doenças às quais ficam expostos, como esporotricose, FIV, FeLV, entre tantas outras, adquirir parasitas, ingerir alimentos contaminados ou envenenados. Além disso, há o risco de acidentes, como atropelamento, ataque de cães e, claro, o risco de maus tratos, que, infelizmente, ainda é uma realidade.

Pet Med – E de benefícios, ainda levando em consideração a questão anterior?
⠀⠀⠀Renée Cristine – Pessoalmente, não vejo benefícios do gato passear sozinho. Porém, acompanhado do tutor, nos horários adequados, nos locais seguros, é muito bom para o animal se exercitar, além de estimular seus sentidos. Isso faz bem para a saúde física e mental do animal (e muitas vezes do tutor também).

Pet Med – Hoje em dia muito se fala sobre ser melhor para os gatos viverem em locais telhados, sem acesso à rua. Por quais motivos isso está virando um hábito adotado por grande parte dos gateiros?
⠀⠀⠀Renée Cristine – Justamente para evitar os riscos à vida e à saúde do animal. Quando ele tem acesso à rua sem supervisão do responsável, está exposto a uma série de riscos, como doenças, parasitas, acidentes, etc. O ambiente doméstico, quando devidamente enriquecido, pode ser bastante positivo para o animal exibir seus comportamentos naturais, manter bons níveis de atividade física e não se sentir entediado, tudo isso em segurança.

Pet Med – Quais são os benefícios e malefícios para a qualidade de vida do gato que mora em ambiente fechado sem acesso à rua?
⠀⠀⠀Renée Cristine – Sem acesso à rua, o gato não corre risco de contrair doenças como a esporotricose, por exemplo, tem menos chances de adquirir parasitas, como pulgas (que podem, inclusive, transmitir verminoses), não brigam com gatos errantes e acabam por desenvolver um vínculo maior com seu tutor, que tem mais chance de identificar problemas de saúde precocemente, uma vez que está sempre em contato com o gato.

Pet Med – De que modo as famílias podem reduzir o estresse do gato que vive em ambiente restrito dentro do apartamento ou casa sem acesso à vida livre?
⠀⠀⠀Renée Cristine – Através de enriquecimento ambiental, as famosas “gatificações” dos ambientes. Colocar prateleiras, nichos, brinquedos, recursos variados (recursos são os potes de comida, de água, caixas de areia, locais de descanso e itens de interação) e sempre tirar um tempo para brincar com o gato, pois essa interação é estimulante e mantém mais próximo o vínculo entre o tutor e o gato.

Pet Med – A quais riscos e doenças os gatos de vida livre ficam suscetíveis?
⠀⠀⠀Renée Cristine – As principais doenças que o animal pode contrair na rua são esporotricose, FIV (imunodeficiência felina), FeLV (leucemia felina), complexo respiratório. Podem também contrair pulgas e carrapatos, além de sarna. Podem ser atacados por cães, ingerir alimentos contaminados que tenham sido descartados, ingerir alimentos envenenados. Podem também sofrer maus tratos, como chutes, pauladas, banho de água ou óleo quente, tiro de arma de chumbinho, entre tantos outros, e sofrer acidentes, como quedas e atropelamento.

Pet Med – Para finalizar. Colocando na balança e pensando na saúde física e emocional do gato, o que é melhor para ele, viver em ambiente restrito ou com livre acesso à rua?
⠀⠀⠀Renée Cristine – O melhor é que ele viva em ambiente restrito, porém enriquecido. O acesso à rua é estimulado sob determinadas condições, como o animal ser vacinado, vermifugado, receber preventivo contra ectoparasitas, ser adaptado ao uso da guia, andar em locais com pouca movimentação, distante de animais errantes, em horários mais frescos.

Pet Med – acrescentando outras informações que entenda como importantes e não tenham sido abordadas durante a entrevista.
⠀⠀⠀Renée Cristine – A fase de socialização ideal para o gato ocorre entre a 8ª e a 12ª semana de vida. É quando ele está mais apto a receber e se adaptar a situações variadas. É quando devemos, com cuidado e gradativamente, adaptá-lo a estímulos externos, passeios supervisionados, interação com pessoas e animais (devidamente vacinados e saudáveis). Após esse período também é possível fazer essa adaptação, porém vai se tornando mais difícil com o passar do tempo.
⠀⠀⠀Tudo com o gato precisa acontecer de forma lenta, gradativa, com muita paciência e cuidado, respeitando os limites de cada indivíduo.

Saiba qual é a importância dos cuidados com a saúde bucal de cães e gatos

Saiba qual é a importância dos cuidados com a saúde bucal de cães e gatos

Por Pauline Machado

⠀⠀⠀Assim como em nós, humanos, os cuidados com a saúde bucal nos pets também são muito importantes. No entanto, ao contrário das pessoas, os pets dependem dos seus familiares para manterem a higiene oral em dia. Mas, como fazer isso corretamente?
⠀⠀⠀Para nos explicar tudo tim tim por tim tim, conversamos com exclusividade com a Médica Veterinária Isabella Cito, residente do Colégio Europeu de Odontologia Veterinária e especializada em Odontologia e cirurgia BucoFacial Veterinária pela Universidad Complutense de Madrid, portadora do CRMV/RJ 10296.
⠀⠀⠀A entrevista está imperdível, acompanhe!

Pet Med – O que podemos entender por saúde bucal?
⠀⠀⠀Isabella Cito – Saúde bucal nos animais pode ser entendida como a capacidade de ingerir alimentos, vocalizar, se expressar, morder e lamber sem sinais clínicos e físicos de dor, incômodo ou odor.

Pet Med – Neste sentido, quais são as doenças mais comuns nos cães e nos gatos?
⠀⠀⠀Isabella Cito – As doenças mais comuns nos cães são o cálculo dentário, fraturas dentárias, gengivite e periodontite. Já nos gatos temos observado com maior frequência além da gengivite e periodontite, doenças tais como a Lesão de Reabsorção Odontoclástica, Complexo Estomatite.

Pet Med – O que leva os cães a terem problemas bucais?
⠀⠀⠀Isabella Cito – Os problemas variam conforme as doenças. Por exemplo, o acúmulo de cálculo dentário se dá pela falta de higiene, hábitos alimentares, Ph da saliva e fatores genéticos. Já as fraturas dentárias são causadas por traumas como quedas, brigas e brinquedos.

Pet Med – E os gatos?
⠀⠀⠀Isabella Cito – Em gatos, ambas as doenças de Lesão de Reabsorção e Complexo Estomatite ainda possuem causas desconhecidas, porém, são tratadas como doenças autoimunes.

Pet Med – No dia a dia quais são os sinais clínicos que os familiares devem ficar atentos  que possam indicar problemas bucais nos cães e nos gatos?
⠀⠀⠀Isabella Cito – É essa uma pergunta muito importante, pois proprietários de pets julgam que se o animal está com algum problema orodentário ele irá para de comer, e esse é o maior erro que acaba levando a negligência da doença e tratamento, muitas das vezes sendo tarde demais como nos casos de tumores orais.
⠀⠀⠀Comer para os animais é instinto de sobrevivência, raramente eles irão parar de comer por alguma questão oral. Se o pet para de comer ou evitar a comida, é mais provável de ser um problema interno como rim, fígado ou pâncreas.
⠀⠀⠀Quando há um problema orodentário, o pet fica mais seletivo para comer, opta por alimentos mais macios e demora mais para comer, porém quase nunca para totalmente de comer.
⠀⠀⠀Outros sinais clínicos que podemos observar é um odor fétido, aumento da salivação, dor ao manipular a boca, sangramento gengival, e gatos param de se lamber.

Pet Med – Quais são as complicações na saúde de cães e gatos, oriundas de problemas bucais?
⠀⠀⠀Isabella Cito – Uma vez que as bactérias do cálculo dentário entram na corrente sanguínea eles podem chegar a todos os órgãos.
⠀⠀⠀Um dos principais é o coração, mais especificamente as válvulas cardíacas causando o encurtamento delas, conhecido como “sopro”. O animal com periodontite tem seis vezes mais chances de desenvolver problemas cardíacos do que um cão saudável.
⠀⠀⠀No fígado as bactérias podem causar micro abscessos levando a inflamação e fibrose na veia porta hepática.
⠀⠀⠀No rim, por ser um órgão filtrador, as bactérias se alojam no endotélio podendo levar à glomerulonefrite.
⠀⠀⠀No pâncreas, a bacteremia eleva a resistência da insulina, piorando o controle glicêmico.

⠀Pet Med – Neste cenário, qual é a importância das medidas de prevenção?
⠀⠀⠀Isabella Cito – Quando tratamos anualmente a saúde oral dos nossos animais, não só prevenimos doenças em órgãos vitais de se instalarem, mas também conseguimos manter outras doenças já pré-existentes compensadas tais como doenças endócrinas e autoimunes.
⠀⠀⠀Por exemplo, animais que serão submetidos a quimioterapia ou radioterapia têm a indicação de realizar o tratamento periodontal previamente ao início do tratamento oncológico para diminuir a carga bacteriana existente e prevenir futuras infecções já que o organismo do animal e seu sistema imunológico estarão debilitados devido ao tratamento oncológico.

⠀Pet Med – E no dia a dia, como os tutores podem prevenir problemas bucais em seus pets?
⠀⠀⠀Isabella Cito – A melhor prevenção é sempre a higiene dentária diária com a escovação. Brinquedos, ossos e petiscos específicos podem ser utilizados para auxiliar na higiene e manutenção dentária.

⠀Pet Med – Sobre escovação: a partir de que idade pode ser feita?
⠀⠀⠀Isabella Cito – A escovação pode e deve ser iniciada a partir dos quatro meses de idade para dar início a fase de adaptação do pet ao ato de escovar. Realizando a adaptação desde filhote, tornará o processo mais sutil e agradável ao pet.

Pet Med – De que forma deve ser feita a escovação nos dentes dos cães e dos gatos?
⠀⠀⠀Isabella Cito – Recomendamos a escovação e o processo de adaptação para ser feito em um período de quatro semanas. Sempre utilizando pasta veterinária e escova com cerdas macias, infantil e humana.
⠀⠀⠀Na primeira semana é a adaptação inicial à pasta dentária veterinária. Hoje no mercado já temos pastas dentárias com sabor, o que facilita o processo. O tutor deve oferecer um pouco da pasta para pet lamber, uma vez ao dia todos os dias, isso fará com que o pet associe a pasta com um petisco.
⠀⠀⠀Na segunda semana inicie com a pasta no seu dedo e faça o movimento de escovação para o pet compreender que não dói e nem incomoda.
⠀⠀⠀Na terceira semana enrole uma gaze no dedo, coloque a pasta, e continue o movimento de escovação circular.
⠀⠀⠀Na quarta semana introduza a escova dentária com a pasta, sem colocar força ou pressão.
⠀⠀⠀A escovação deve ter foco principalmente nos dentes de trás, onde o tártaro se inicia, e não há necessidade de enxágue.

Pet Med – Por fim, em resumo: qual é a importância dos cuidados com a saúde bucal de cães e gatos?
⠀⠀⠀Isabella Cito – A famosa frase “A saúde começa pela boca” se adapta muito bem aos animais também. Ter uma boca e dentes saudáveis proporciona ao pet qualidade de vida e saúde dos órgãos.
⠀⠀⠀Vale ressaltar que a consulta odontológica e tratamentos dentários devem sempre ser realizados por médicos veterinários especializados em odontologia veterinária.
⠀⠀⠀Apenas os veterinários especializados possuem o conhecimento completo para diagnóstico e tratamento das doenças buco faciais, já que infelizmente a odontologia ainda não é incluída como matéria curricular nas universidades, formando veterinários clínicos sem conhecimento na área para poderem tratar corretamente essa parte.

Outubro Rosa: como podemos prevenir o câncer de mama em gatas e cadelas?

Outubro Rosa: como podemos prevenir o câncer de mama em gatas e cadelas?

Por Pauline Machado

⠀Para fechar o mês de outubro, mês da Campanha Outubro Rosa, que incentiva os cuidados e a prevenção do câncer de mama nas mulheres, conversamos com a Dra. Carmen Helena de Carvalho Vasconcellos, Médica Veterinária, portadora do CRMV RJ 3460.
⠀Doutoura em cirurgia e especialista em Oncologia Veterinária, diplomada pela Associação Brasileira de Oncologia Veterinária –  ABROVET, Dra. Carmen nos explica como podemos prevenir o câncer de mama em gatas e cadelas.
⠀⠀⠀Acompanhe!


Pet Med – O que podemos entender por câncer de mama?
⠀⠀⠀Carmen Vasconcellos – A denominação “câncer de mama” designa um conjunto de doenças que envolvem a transformação neoplásica de células do tecido mamário. São neoplasias extremamente frequentes entre os cães, sendo a segunda neoplasia mais frequente na espécie canina e a primeira mais frequente nas fêmeas. Nas gatas a frequência é um pouco menor, sendo o terceiro tipo mais frequente.

Pet Med – Neste cenário, qual é a importância da Campanha Outubro Rosa também para os pets?
⠀⠀⠀Carmen Vasconcellos – O Outubro Rosa é um movimento popular criado nos Estados Unidos em 1990 que visa fomentar ações de conscientização e prevenção do câncer de mama. O nome remete ao laço rosa, símbolo mundial da luta contra a doença. Durante o mês de outubro, ações como caminhadas, corridas e iluminação cor de rosa de prédios e monumentos chamam a atenção para os exames de diagnóstico e meios de tratamento do câncer de mama. Nesse contexto, diversas universidades e entidades privadas, bem como a ABROVET, realizam o Outubro Rosa Pet para enfatizar a importância do diagnóstico precoce para o sucesso no tratamento do câncer de mama em cadelas e gatas.

Pet Med – Como o câncer de mama se manifesta no organismo?
⠀⠀⠀Carmen Vasconcellos – Na maioria das vezes o câncer de mama se manifesta na forma de nódulos, que podem ser macios ou firmes, de tamanhos diversos, aderidos ou não, ulcerados ou não. Eventualmente, o câncer de mama pode produzir metástases linfáticas ou em órgãos como pulmões, fígado, ossos e outros

Pet Med – O câncer é mais comum em cadelas e gatas não castradas?
⠀⠀⠀Carmen Vasconcellos – O tecido mamário sofre uma grande influência dos hormônios sexuais – estrogênio e progesterona. Desta forma, a maioria dos tumores mamários também sofre essa influência. Os hormônios podem produzir tumores ou fazer com que eles aumentem de tamanho. Por isso, as cadelas e gatas castradas apresentam um risco menor de desenvolverem tumores de mama.

Pet Med – No dia a dia quais são os sinais clínicos que os familiares devem ficar atentos  que possam indicar câncer de mama?
⠀⠀⠀Carmen Vasconcellos – Os sinais clínicos mais comuns são a presença de nódulos e caroços nas mamas. Também podem ser observadas feridas ou secreção láctea. Animais com metástase podem apresentar sinais sistêmicos como tosse e perda de peso.

Pet Med – Como identificar o diagnóstico do câncer de mama nesses animais?
⠀⠀⠀Carmen Vasconcellos – O diagnóstico inicial é feito de forma clínica, pela presença de nódulos ou tumorações. Fazemos, então, uma punção e citologia dos nódulos. Em seguida, devem ser realizados exames de imagem como radiografia de tórax e ultrassonografia para procura de metástase.

Pet Med – E quanto aos tratamentos, quais são os mais eficazes?
⠀⠀⠀Carmen Vasconcellos – A principal forma de tratamento é a cirurgia de mastectomia. A extensão da cirurgia depende do tamanho e da quantidade de nódulos. A quimioterapia é indicada como complementação do tratamento cirúrgico em alguns casos de tumores mais agressivos.

Pet Med – Como podemos prevenir o câncer de mama em gatas e cadelas?
⠀⠀⠀Carmen Vasconcellos – A melhor forma de prevenção é a castração precoce de cadelas e gatas. Também é importante evitar o uso de injeções de hormônios para evitar o cio.

Pet Med – Por fim, o que mais é importante ressaltar sobre a prevenção do câncer de mama nos pets?
⠀⠀⠀Carmen Vasconcellos – O diagnóstico precoce é a chave do sucesso do tratamento, daí a importância dos exames de rotina. O Outubro Rosa serve para lembrar os tutores da importância da palpação das mamas e da castração precoce e também para procurar um veterinário regularmente.

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