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Janeiro Branco: como cuidar da saúde emocional

Janeiro Branco: como cuidar da saúde emocional

Por Pauline Machado

O novo ano começa trazendo um monte de oportunidades para reescrevermos nossas histórias, e começa também trazendo a Campanha Janeiro Branco, que marca, no Brasil, uma série de ações voltadas às questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas.
Neste aspecto devemos alertar para os números voltados aos Médicos Veterinários, uma vez que dados do Sistema Único de Saúde – SUS, apontam os profissionais desta área como os de maior risco de suicídio no Brasil, devido à Síndrome de Burnout e a fadiga por compaixão.


De acordo com registros do Datasus – portal de dados do SUS, entre os anos de 1980 e 2007, frente à população geral, a taxa de suicídio de médicos-veterinários é de 10,6 para um. Para evitar que esse comportamento avance e comprometa a vida dos colegas de profissão e suas famílias, conversamos com exclusividade com a psicóloga Camilla Christiane Eckert, especialista em Terapia Coginitivo-Comportamental em Saúde, portadora do registro profissional CRP PR: 08/28392 e membro da EKOAVET – Associação Brasileira em prol da Saúde Mental na Medicina Veterinária.
Acompanhe!

Camilla Christiane Eckert, especialista em Terapia Coginitivo-Comportamental em Saúde

PET MED – O que é o Movimento Janeiro Branco?
Camila Eckert – Janeiro Branco é um movimento social desenvolvido com o objetivo de chamar atenção da sociedade para as pautas que envolvem a saúde mental. Com campanhas, ações e projetos o tema vem sendo cada vez mais debatido e a população cada vez mais vem sendo conscientizada sobre o assunto.


PET MED – Por qual motivo janeiro foi escolhido para tratar o tema?
Camila Eckert – Por ser um mês cercado de muita reflexão. Normalmente é no mês de janeiro que as pessoas fazem reflexões a respeito das suas vidas, seus projetos, sonhos, relacionamentos, do que já viveram nos anos anteriores, do que querem para o ano que está começando, metas e objetivos.


PET MED – Qual é a importância de cuidarmos da saúde mental?
Camila Eckert – É fundamental nós cuidarmos da saúde mental pois ela está diretamente relacionada com a qualidade de vida. Ela influencia a saúde física, a vida social e gera impacto na capacidade cognitiva dos indivíduos. Ou seja, ela engloba grandes áreas da nossa vida que auxilia a lidar com questões estressantes da melhor forma possível. Quando ela é afetada por alguma questão, alguns transtornos psicológicos podem ser desenvolvidos e, nesses casos, o acompanhamento com psicólogo e psiquiatra é indispensável, e esse cuidado a mais na saúde mental se faz necessário.


PET MED – O que podemos entender como Síndrome de Burnout?
Camila Eckert – A Síndrome de Burnout é uma síndrome psicológica, um estado de sofrimento psíquico que está associado ao estresse no ambiente de trabalho, podendo assim prejudicar o bem-estar profissional e pessoal do indivíduo. Exaustão emocional, baixa realização profissional e despersonalização são alguns dos fatores multidimensionais dessa síndrome, que podem envolver sintomas como: raiva, fadiga intensa, distúrbios do sono, depressão, sentimentos de fracasso e insuficiência, distanciamento emocional, frustração. E os profissionais que mais apresentam probabilidade de desenvolverem Burnout são aqueles que têm muito contato com clientes e que apresentam certa dificuldade em lidar com fatores de estresse no trabalho.


PET MED – Muitas pessoas dizem que a fadiga, que o cansaço mental é muito pior, que causa muito mais desconforto do que o cansaço ou a fadiga física. Podemos entender esse tipo de relato como um indício de Síndrome de Burnout?
Camila Eckert – O cansaço mental realmente é algo que esgota muito o indivíduo que está passando por momentos de estresse ou que está desenvolvendo a Síndrome de Burnout. Mas não podemos afirmar a partir somente deste relato que ele está desenvolvendo a síndrome. Temos que prestar atenção no que mais tem nesse relato, no que mais a pessoa está
sentindo, o que mais está passando pela cabeça dela. Isso porque a exaustão mental, a fadiga, também é sintoma de outros transtornos psicológicos, além também da frequência com que a pessoa se sente dessa forma. Então um
diagnóstico diferencial é necessário.


PET MED – De que forma o ambiente de trabalho pode contribuir positivamente ou negativamente para a saúde mental e,
consequentemente, para a produtividade dos profissionais?

Camila Eckert – O ambiente de trabalho pode influenciar bastante na saúde mental do trabalhador, e deixar o ambiente mais propício para que a pessoa consiga se sentir à vontade, confortável, ser criativa e exercer sua função com
tranquilidade. Mas também é um ambiente que pode ser fator de grande estresse para muitas pessoas. O ambiente de trabalho quando não valoriza o profissional, quando dentro desse espaço não há limites profissionais, quando há conflitos entre a equipe, entre os colaboradores, dificuldade de relacionamento com os clientes, situações de estresse vão se acumulando e vai se tornando cada vez mais difícil ser produtivo nesse local. Então, para que os profissionais consigam trabalhar de forma saudável é necessário que os limites sejam respeitados, que a equipe seja valorizada e que os profissionais consigam lidar com as situações conflitantes que irão continuar aparecendo eventualmente.

PET MED – O que as empresas, os líderes de equipes podem fazer ou propor, a fim de favorecer um ambiente de trabalho saudável para seus colaboradores?
Camila Eckert – É importante que as empresas ofereçam projetos de saúde mental para os colaboradores, como palestras, cursos e workshops para além de conscientizar e levar o debate para mais pessoas, mostrar a relevância de cuidar da saúde mental e divulgar formas de tratamento, divulgar a existência de terapias individuais e em grupo, a existência de CAPS e CAPS AD. Isso
indica que aquele local se importa de alguma forma com a saúde mental dos colaboradores. Outro ponto de extrema importância são os líderes participarem desses projetos, porque eles também fazem parte da equipe e também podem adoecer. E como exemplo de forma prática que os líderes das equipes podem fazer, estipular pequenas pausas durante o expediente, não permitir acúmulo de funções e ser flexível com os colaboradores quando possível.


PET MED – Especificamente no contexto dos Médicos Veterinários, o que esses profissionais podem fazer em sua rotina diária para preservar sua saúde mental saudável?
Camila Eckert – Tentar manter atividades de autocuidado. Às vezes, dependendo do local que trabalha, o dia pode ser mais corrido, mas é muito importante tentar se priorizar. Fazer o que é possível dentro da sua realidade, respeitando seus limites. Se alimentar bem, com refeições completas, fazer pausas, tentar dormir em alguns momentos nos plantões. E o mais importante, quando você estiver fora do trabalho, tentar não trabalhar mais. Isso ajuda muito a saúde mental.

PET MED – E, no ambiente familiar? Como pessoas, de modo geral, podem manter a saúde emocional em equilíbrio?
Camila Eckert – Cada sistema familiar funciona de uma forma. A pessoa vai observar e ver como funciona o sistema familiar dela e identificar se para ela o melhor é tentar se aproximar de algumas pessoas da família, se afastar de outras, ir atrás e construir sua própria família. Com algumas pessoas, a conversa é algo que ajuda a manter um equilíbrio familiar, ou seja, expor como você se sente e conseguir ouvir a outra pessoa é algo que pode ser positivo.
Mas cada um pode tentar identificar o que é melhor para si mesmo e respeitar as próprias escolhas e se acolher.


PET MED – Neste sentido, qual é a importância da presença dos animais no dia a dia das pessoas para uma saúde emocional saudável?
Camila Eckert – A relação entre as pessoas e o animal de companhia é bem forte e resulta em benefícios no bem-estar emocional, social, psicológico e físico dos sujeitos. Na parte psicológica tem uma diminuição das reações típicas do estresse, ajuda a aliviar a solidão pois é uma companhia, aumento da sociabilidade porque às vezes vai precisar levar para passear ou vai precisar levar ao veterinário, auxilia também na melhora das habilidades sociais e consequentemente na autoestima e autoconfiança.


PET MED – Por fim, por favor deixe algumas dicas para cuidarmos da nossa saúde emocional em meio à correria e aos desafios do dia a dia.

Camila Eckert – Realizar atividades de autocuidado simples, que são tão importantes quanto atividades mais complexas como viajar, mas que não conseguimos fazer sempre. Essas atividades mais simples conseguimos fazer na nossa rotina, como: fazer refeições completas, ter noites boas de sono, praticar atividade física que gosta, ler, assistir um episódio de uma série, jogar
um jogo quando tiver tempo, sair com os amigos, se reunir com a família, fazer pausas de cinco minutos no trabalho e respirar pela janela, tomar banho com um sabonete perfumado, ir tomar sorvete depois do expediente. Tudo isso são atividades de autocuidado que você pode ter com você mesmo. Umas mais elaboradas e outras super simples, só respirar na janela, já vai fazer bem no
seu dia. Vale ressaltar, ainda, que muito se fala sobre saúde mental nesses meses iniciais do ano, mas sempre devemos cuidar da gente e de quem está ao nosso lado. Por isso cuide de você e não hesite em pedir ajuda.

Saiba o que é Dermatite canina e como prevenir a doença no calor

Saiba o que é Dermatite canina e como prevenir a doença no calor

Por Pauline Machado

O verão é uma das estações do ano mais esperadas por muitos, sobretudo para os animais, que podem brincar no quintal, tomar banho de mangueira, alguns até de piscina ou na praia.

No entanto, o verão também traz alguns malefícios para a saúde dos cães, e que, portanto, requer uma atenção especial da família para prevenir, identificar e não deixar o problema se alastrar.
Por isso, conversamos com o Médico Veterinário Bruno Freitas, portador do CRMV RJ nº8682. Bruno Freitas é Pós graduado em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais pela UFLA – Universidade Federal de Lavras e é CEO da
Veterinária Volta Redonda. Acompanhe!

Pet Med – O que podemos entender como Dermatite canina?
Bruno Freitas – A dermatite canina nada mais é do que uma inflamação na pele dos cães. Assim como acontece nos seres humanos, a pele também é o maior órgão dos cachorros e ajuda a manter o organismo protegido. Entretanto,
por vezes, a pele é acometida por questões variadas que podem causar a dermatite.

Pet Med - Como a doença pode se manifestar no animal?
Bruno Freitas - A dermatite canina é uma inflamação pruriginosa da pele, que pode se manifestar de diferentes maneiras: vesículas, erosões, úlceras, nódulos, queda de pêlo, e tem diferentes causas primárias, como por exemplo alérgica, bacteriana, fúngica ou por lambedura.

Pet Med – De que forma os cães podem desenvolver dermatite, sobretudo no verão, ou seja, quais são as causas da dermatite canina?
Bruno Freitas – Ótima pergunta, a dermatite canina pode ser causada por diversas situações diferentes. Temos a dermatite alérgica por picadas, dermatite atópica, dermatite por infecção bacteriana aguda, dermatite acral por lambedura.
Sobretudo no verão, o clima quente e úmido da estação favorece a proliferação de bactérias, fungos, ácaros, carrapatos e pulgas, aumentando bastante os casos de diversos tipos de dermatites nos cães.

A exposição dos cães à áreas abertas com muito sol e calor, passeios em praias e parques podem facilitar muito o desenvolvimento de dermatite canina, principalmente em algumas raças mais sensíveis como Golden Retriever, Shih Tzu, Pug, Bull Dog, West Highland White Terrier entre outras

Pet Med – E, os tutores, como podem observar se a doença está se manifestando no pet?
Bruno Freitas – Não é difícil para os tutores perceberem o desenvolvimento. Os principais sintomas de dermatite nos cães são coceira constante, vermelhidão na pele, queda de pelo, pele seca ou com descamação, feridas com ou sem pus. É possível, também, notar até a presença de febre em casos mais graves.


Pet Med – Havendo mais de um cão em casa, a dermatite pode ser transmitida para outros pets?
Bruno Freitas – Alguns tipos de dermatite podem sim ser contagiosas com possibilidade de transmissão para outros animais e até mesmo para seres humanos. Para evitar a transmissão, o tutor deve buscar atendimento Veterinário especializado para detectar qual o tipo de dermatite que o cão está e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. É preciso manter o animal acometido separado e tomar as medidas sanitárias necessárias para manipular esse Pet, como o uso de luvas descartáveis e cuidado com as roupas e objetos.


Pet Med – Uma vez constatada, quais são as possibilidades de tratamento?

Bruno Freitas – Uma vez constatada e diagnosticada a causa primária, o tratamento pode ser feito de várias formas, com uso de shampoos com antifúngicos e antibióticos, medicação oral por períodos longos, vitaminas para pelo e pele, uso de roupa protetora para reduzir proliferação de bactérias e evitar que o cão acesse as lesões.


O principal para o tratamento é o diagnóstico correto, pois se for alérgico por picada de ectoparasitas, deve utilizar medicação que elimine esses ectoparasitas e manter o cão protegido para evitar novas picadas e o retorno da dermatite. Se for dermatite atópica o cão deverá sempre ser cuidado para evitar as crises alérgicas e não terá cura total. Já se a dermatite for fúngica, além de ser transmissível, exige um tratamento mais longo e alterações no ambiente onde o pet vive, entre outros tipos.


Pet Med – Por fim, quais são as recomendações para prevenir problemas de dermatite em cães durante as altas temperaturas?
Bruno Freitas – A grande maioria das dermatites pode ser prevenida com banhos regulares, shampoos específicos para pets, higiene e uma atenção especial para a secagem do pêlo e da pele, para evitar umidade que favorece o desenvolvimento de fungos. No verão também é importante a proteção contra os raios UV, que podem causar problemas sérios aos Pets além da dermatite, o câncer de pele, por isso recomendo sempre para os tutores a utilização de protetor solar próprio para cães e o uso de roupas protetoras que possuam proteção UV e tecnologia antimicrobial.
Também é importante controlar ectoparasitas periodicamente, com o uso de medicamentos na forma de comprimidos ou de pipetas, indicados pelo Médico Veterinário que acompanha o pet.
Visitando um Médico Veterinário regularmente e seguindo as recomendações os tutores terão seus cães saudáveis e felizes por muito mais tempo.

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Novembro Azul: como podemos prevenir o câncer de próstata em cães e gatos?

Novembro Azul: como podemos prevenir o câncer de próstata em cães e gatos?

Por Pauline Machado

Novembro está acabando, mas ainda há tempo para lembrar que neste mês as atenções estão voltadas para a prevenção do câncer de próstata, e, assim como os homens, tutores de cães e gatos também devem manter a atenção na saúde dos seus pets.

Para nos explicar como é possível identificar em casa, no dia a dia com o pet se ele pode estar desenvolvendo um câncer de próstata e explicar várias outras questões importantes sobre o tema, a Pet Med conversou com exclusividade com o Médico Veterinário, Rafael Cuconati, profissional com mais de 10 anos de experiência em oncologia e portador do CRMV21.211SP.

Acompanhe!

Pet Med – O que é câncer de próstata em cães e gatos?

Rafael Cuconati – Quando a gente fala em câncer de próstata ele é originário do próprio tecido glandular da próstata. Em sua grande maioria, é do tecido epitelial (estrutural), gerando os carcinomas prostáticos.

O Câncer se desenvolve quando aquela célula da glândula sofre uma mutação.

 Ela se torna o que chamamos de célula mutada, ou seja, ela deixa de ser uma célula normal para ser uma célula alterada, uma célula cancerígena. Posteriormente essa célula se clona, induzindo uma proliferação e aparecendo o volume do tumor aos nossos olhos.

Pet Med –  Qual é a incidência de câncer de próstata em cães e gatos, dentre os vários tumores que podem acometê-los?

Rafael Cuconati – A incidência de cães e gatos comparado  a outros tumores é de menos de 1%. Então, de todos os tipos de neoplasias que cães e gatos podem ter, o câncer de próstata é menos de 1%.

A estatística de literatura (Oncologia em cães e gatos – 2016 – De Nardi e Daleck) dos cães castrados são de 42%. E entre os achos inteiros é 55,8%. Em gatos não temos estatísticas.

Pet Med – Como o câncer de próstata se manifesta no organismo?

Rafael Cuconati – Inicialmente ele se manifesta na glândula, então, pode ter um começo de um lado da glândula ou dos dois lados, o que a gente chama de unilateral ou bilateral. Ele pode infiltrar a uretra prostática, ou seja, o tubinho da uretra que passa no meio da próstata, ele pode infiltrar até mesmo causando obstrução. Esse aumento de volume da próstata, às  vezes pode aumentar de tamanho e começar a crescer no sentido intrapélvico, ou seja, sentido à pelve e, até mesmo, comprimir o reto que é onde tem a passagem das fezes. Ele é um câncer com alto poder de metástase, ou seja com alto poder de se espalhar tanto pela via linfática, onde carreia a linfa, a célula de defesa, quanto pela via hematógena, ou seja, pelos vasos sanguíneos, e ele pode se manifestar em outros órgãos e também nos ossos, e, até mesmo nos ossos regionais, como por exemplo na pelve ou no femur.

Pet Med – É mito ou verdade que o câncer de próstata é mais comum em cães e gatos não castrados?

 É mito que o câncer de próstata tem maior incidência em animais castrados, isso é mito. A maior incidência desse tipo de câncer é em pacientes inteiros (não castrados). Em média 55 a 56%.

Nos gatos não temos esses dados. Agora, o motivo disso pode ser de caráter genético e existem tumores que não são hormônio-dependentes. Tem tumores que através da genética não são hormônio-dependentes, eles nasceriam na próstata de qualquer forma. O que dá para gente afirmar é a questão genética mesmo.

Pet Med –  No dia a dia, como os tutores podem identificar a possibilidade do seu cão ou gato estar com tumor, com câncer de próstata?

Rafael Cuconati – No dia a dia, a forma dos tutores observarem é se o animal apresenta dificuldade para urinar, o que a gente chama de disúria, ou se urina mais vezes, se tiver sangue na urina. Quanto às fezes, se tiverem com formato alterado,  se começar a diminuir o volume do cocô, se ficar um cocô em um formato mais de cobrinha, um cocô amassado, se apresentar um desconforto para andar, inapetente para comer, também pode ser uma forma do tutor começar a identificar.

Pet Med – Quais são as causas mais comuns do câncer de próstata em cães e gatos?

Rafael Cuconati – As causas mais comuns são a genética e a questão da produção de hormônio. Então, se temos um paciente que produz um excesso de hormônio no testículo, por exemplo, isso pode interferir no aumento da chance de câncer prostático. Genético e hormonal são as causas mais comuns.

Pet Med – Qual é o diagnóstico do câncer de próstata nesses animais?

Rafael Cuconati – A gente começa uma triagem com exame físico, palpação do reto e da região abdominal, além de fazer a anamnese completa de ter o histórico desse paciente. Depois a gente investiga com exame de imagem  com ultrassom, depois evoluímos para o exame de tomografia e o exame real que define o diagnóstico que é a biópsia. A imagem, lógico, ela vai dar uma sugestão, mas, quem define e “bate o martelo” é o histopatológico, que é a biópsia.

Pet Med – Dentre os exames, quais são os mais recomendados para diagnosticar a doença?

Rafael Cuconati – Como disse, os exames mais recomendados no intuito de check up, que vai nos dar uma ideia que o paciente tem câncer de próstata é o ultrassom abdominal. Então, pacientes acima de 5 a 7 anos  de idade nós indicamos o ultrassom semestralmente.

Pet Med – E quanto aos tratamentos? Quais são os mais eficazes?

Rafael Cuconati – Depende muito da fase do diagnóstico, mas, o tratamento que a gente chama de eleição é o de cirurgia, quando a  gente consegue tirar o tumor da próstata, ou até mesmo a próstata em si com o tumor. Depois existe radioterapia, quimioterapia e hoje, existe, ainda, a biologia molecular, a parte de mapeamento genético do tumor que a gente consegue findar a personalização de medicamentos para usar, o que não deixa de ser quimioterapia, mas, é mais direcionada através de um exame genético.

Pet Med – De que forma é possível prevenir o câncer de próstata em cães e gatos?

Rafael Cuconati – A forma de prevenção é a castração. Pela porcentagem estatística  de uma menor porcentagem de um paciente desenvolver por serem castrados, então, a única prevenção realmente é a castração. Porém, existem os fatores de risco, que a gente fala: obesidade, alimentação, exposição à alteração do meio ambiente em si, uso de hormônio indevido como suplemento, essas coisas.

Pet Med – Para finalizar o que mais o senhor considera importante acrescentar?

Rafael Cuconati – De um modo geral, o objetivo é uma conscientização tanto do cliente final, como dos Médicos Veterinários. A ideia é a gente fazer uma medicina de diagnóstico precoce que a castração previne mesmo, e a importância da gente ter um tema, por exemplo, Novembro Azul, para se atentar na prevenção  de tumores. Primeiro porque, uma vez que nasce um tumor,  a gente trata a consequência e a ideia é a gente prevenir que ele venha. A genética não conseguimos mexer, mas, se o animal tiver um estilo de vida adequado, a  gente consegue prevenir.

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Outubro Rosa: o que é câncer de mama e como podemos prevenir que cadelas e gatas tenham a doença

Outubro Rosa: o que é câncer de mama e como podemos prevenir que cadelas e gatas tenham a doença

Por Pauline Machado

Outubro não é somente o mês das crianças e dos animais é, também, o mês em que reforçamos a importância da prevenção ao Câncer de Mama por meio da Campanha Outubro Rosa, que se estende também aos cuidados com cadelas e gatas.

Assim como para as mulheres, sabemos que, tanto o diagnóstico quanto o tratamento precoce aumentam significativamente as chances de cura do câncer nos pets.

Neste sentido conversamos com a Médica Veterinária, Andréa  Regina  Cavazotto  Guilherme, clínica geral e  especialista  em Dermatologia, que nos orientou sobre alguns fatores importantes pensando nas medidas de prevenção da neoplasia em cadelas e gatas.

#OutubroRosa – Entendendo o câncer de mama

De acordo com a Médica Veterinária, o câncer de mama (neoplasia) acontece quando há o  crescimento desordenado de células que causam proliferação tecidual na região mamária das fêmeas, com a formação de lesões, nódulos, úlceras e alterações da pele. Pode ocorrer também em machos, porém é bem raro.

“O câncer de mama se manifesta no organismo de forma benigna ou maligna, causando metástases, ou seja, envolvendo outros órgãos, dependendo do tipo de neoplasia e do estágio de avanço da doença”, explica.

Ela destaca ainda, que, de acordo com o professor Andrigo Barboza de Nardi responsável pela oncologia veterinária da UNESP Jaboticabal, “os tumores de mama em cadelas representam entre 35 a 40% de todas as afecções  neoplásicas que podem ocorrer na espécie canina. Em gatas a prevalência é um pouco menor e representam entre 20 a 25% das afecções neoplásicas observadas na espécie”.

Mito ou verdade

A incidência maior de câncer de mama em cadelas ou gatas não castradas é uma verdade, assegura a Médica Veterinária Andréa  Regina. “É verdade, pois, com base em comprovação em estudos científicos, incidência hormonal é um dos fatores que predispõem o desenvolvimento de tumores de glândula mamária”, afirma.

Além da atividade hormonal, o uso de contraceptivos e dietas ricas em gordura estão entre as causas mais citadas. “No entanto, muitos novos estudos são bem vindos para elucidar melhor as causas”, considera a especialista.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico do câncer de mama inicia-se pelo exame físico, seguido de exames laboratoriais como raio-x, ultrassom, exames de sangue e, principalmente, citologia da lesão e histopatologia – biópsia.

Uma vez comprovada a neoplasia mamária se realiza a remoção cirúrgica e quimioterapia posterior. E, em alguns casos, também se faz quimioterapia antes da cirurgia, visando a redução do tamanho do tumor, acrescenta.

Prevenção ainda é o melhor remédio

Como medida preventiva, a realização de exame periódicos das mamas, ainda é o melhor a fazer. Se houver qualquer alteração como secreção, aumento de tamanho, lesões ou inflamação local, o recomendado é que leve o animal ao veterinário o mais rapidamente possível à consulta veterinária.

Outra forma de prevenir o câncer de mama em cadelas e gatas é, segundo a especialista, oferecer uma dieta de qualidade balanceada. “Prevenção da obesidade e principalmente realizar castração nas fêmeas na idade próxima a um ano de vida, além de levar o pet periodicamente ao clínico geral ou dermatologista veterinário para exame das mamas, são fundamentais”, reforça e finaliza a Médica Veterinária.

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Avanço da Ortopedia na Medicina Veterinária ajuda na prevenção e no tratamento decães e gatos

Avanço da Ortopedia na Medicina Veterinária ajuda na prevenção e no tratamento de
cães e gatos

Entrevista com Médico Veterinário Rodrigo Luís Morais da Silva

Por Pauline Machado

Muitas das doenças comuns a nós, seres humanos, também afetam a saúde, a mobilidade e o bem-estar de cães e gatos, como os problemas ortopédicos, por exemplo.
Mas, o que a família, no dia a dia com os pets pode fazer para prevenir que eles venham a desenvolver algum tipo dificuldade ortopédica?
E, os avanços da Medicina Veterinária, como ajudam na prevenção e no tratamento dessas doenças?
Para esclarecer essas questões, conversamos com exclusividade com o Médico Veterinário
Rodrigo Luís Morais da Silva
, portador do CRMV/RJ 7219.


Acompanhe!

Médico Veterinário
Rodrigo Luís Morais da Silva


O que podemos compreender como problemas ortopédicos em cães e gatos?


Os problemas ortopédicos em cães e gatos são bem comuns e semelhantes aos dos seres humanos, como problemas articulares, fraturas, problemas de más formações, de ruptura de ligamentos, lesões traumáticas, entre outros.


Neste aspecto, quais são as principais doenças ortopédicas que acometem os cães?


Falando de doenças ortopédicas, as mais comuns nos cães são as rupturas de ligamentos e as luxações. Claro, que, se a gente for pensar em doença como uma fratura, precisamos entender que uma fratura é um trauma, que a gente tem, muitas vezes por quedas, muitos atropelamentos, luxações decorrentes de atropelamentos, mas, doenças, em si, basicamente são as doenças de rupturas dos ligamentos, as doenças metabólicas, que geram, inclusive, tumores, neoplasias: essas são as mais comuns da rotina, assim como as luxações que ocorrem por conta de doenças específicas.


E no caso dos gatos?


Os gatos também são predispostos a terem problemas tradicionais como as luxações. Por serem muito astutos, pulam muito, brincam muito e acabam que, por ventura, tenham algum tipo de lesão traumática, portanto, luxações, rupturas, fraturas são bem comuns na rotina dos gatos, também.


Pensando no dia a dia dos tutores com seus animais de estimação, de que modo as famílias podem identificar se seus pets estão desenvolvendo ou já têm algum problema ortopédico?


O principal problema ortopédico que a gente vê seria a doença articular. É uma doença bem comum. Eu daria um foco grande para isso, porque é uma doença muito presente nos cães e nos gatos.

Ainda assim, existe uma máxima de que o animal está velho e deixa de fazer atividade porque está velho, mas, na verdade, ele deixa de fazer atividade porque tem dor articular.
Então, muitos dos nossos pacientes, cães e gatos, têm problemas articulares de doença, artrose, que é semelhante à artrose do ser humano, e a gente vê os proprietários fazendo essa analogia de que o animal está velho e que não quer mais fazer as coisas.


Não, pelo contrário! Na verdade, eles têm muita dor articular e precisam ser tratados. Quanto antes o animal for avaliado por um Médico Veterinário, melhor você consegue entender o caso.


Então, aqueles cães e gatos que deixaram de subir e descer escada, de subir no sofá, que estão escorregando muito, que têm dificuldade para levantar, eles estão mostrando para os tutores que têm dificuldades e que têm algum quadro de sintomatologia de dor.


Neste sentido, o mais importante a fazer é o tutor compreender o quanto o seu animal consegue fazer atividade. Por exemplo, é muito comum que os tutores de animais jovens queiram que eles façam muitos tipos de atividades enquanto eles ainda estão em
crescimento. No entanto, isso não é recomendado. O animal, até um ano, um ano e meio de idade não deve ter um exercício muito exagerado, porque pode causar problema de crescimento.


Por outro lado, os animais quando os animais conseguem chegar a uma meia idade para uma idade mais avançada, eles também vão diminuindo o nível de atividade e muitos tutores não conseguem entender isso, e continuam mantendo as atividades, enquanto elas devem ser controladas.


São coisas simples do dia a dia, mas, sempre respeitando o quanto esse animal consegue fazer atividade mantendo a qualidade de vida sem nenhum tipo de dor ou outras complicações.


De modo geral, em que casos é preciso intervenção cirúrgica e em quais a fisioterapia já pode resolver?


As cirurgias são comuns, sim, para determinados casos. Alguns pacientes precisam ter cirurgias para que seja feito o salvamento daquela articulação específica, falando de uma doença articular ou uma substituição dessa articulação por uma prótese, mas, essa não é a maior parte das ocorrências.
A maior parte dos casos são tratamentos conservadores em que a gente maneja a vida do animal, entra com produtos regeneradores articulares, faz fisioterapia, atividades moderadas, então, tudo isso melhora muito a qualidade de vida do animal.


Qual é a importância do uso dos protetores pós-cirúrgicos, como os desenvolvidos pela Pet Med, para a recuperação de cães e gatos, seja no pós-cirúrgico, no pós ou durante a fisioterapia ou no dia a dia dos animais?


Os protetores da Pet Med são importantes porque no pós-operatório, ou a gente usa roupa protetora ou os colares elizabetanos.

Mas, a realidade é que o uso dos colares ainda é muito negligenciado pelos tutores, por se tratar de uma estrutura não muito amigável ao pet, causando, por consequência, uma reação aos donos a não usar, e sendo os da Pet Med desenvolvidos com tecido, reduz esse incômodo aos pets.
Enquanto as roupas, quando são bem feitas, no formato bem feito, como as da Pet Med, elas dão uma segurança importante para os animais não terem acesso ao local da cirurgia, impedindo que eles coloquem a boca e tentem tirar os pontos, podendo infectar o local, e essa segurança é muito importante para a nossa rotina no dia a dia.


E, quais são as possíveis consequências para o pet que apresenta problema ortopédico, mas, que não é tratado? Que tipo de sequelas podem se tornar definitivas para ele?


Quando não se é tratado, o que, consequentemente gera, é uma incapacidade motora de se levantar, correr, pular, fazer exercício, então, isso é muito importante, que seja diagnosticado e tratado pelo Médico Veterinário o quanto antes, para que os pacientes
tenham qualidade de vida. Isso é o mais importante!


Como deve ser o dia a dia do pet e sua família para que ambos tenham uma qualidade de vida saudável para lidar com essa situação?


A consciência dos proprietários é o ponto fundamental de qualquer tipo de tratamento. É o que eu mais enfatizo durante as minhas consultas: orientar os proprietários sobre a importância de ter consciência.


Eu mostro bem isso para eles, porque os animais são adquiridos ou adotados por um bem da família, passam a ser filhos, passam a ser um ente querido, mas a gente tem que ter a consciência do que o pet pode fazer e do que ele não pode fazer. E, até onde a gente, tutor, estava exagerando em algumas situações.


Logo, os animais que têm problemas ortopédicos precisam ser acompanhados e ser educados no sentido de que nem tudo eles poderão fazer.


Aquele animal que pode ir na praia, correr e brincar, nadar muito, na verdade, ele deve continuar fazendo, mas, às vezes, ele tem um problema articular que não gera tanta qualidade de atividade que vai ter um pós ato pior, então, você deve controlar esse animal.
Ele pode ir à praia? Pode, mas, ele não precisa ficar jogando um coco na água 20 vezes, ele pode ir uma ou duas vezes na água.


Ele pode correr na areia? Pode. Ele pode dar uma corridinha e voltar, mas, ele não pode ficar brincando o tempo todo, porque, consequentemente, o dia desse animal não vai ser bom e os próximos dias serão bastante doloridos para ele, então, tem que existir uma consciência do tutor com relação a isso.


Nestes casos, qual é o papel do Médico Veterinário na orientação aos tutores, tanto quanto sobre as possíveis consequências no dia a dia do animal, quanto na inclusão e adaptação do pet em sua nova realidade?

O papel do Médico Veterinário é fundamental nessa e em outras orientações, como nas consultas pediátricas, sobre o cumprimento das vacinas, sobre essas orientações de que animal tem uma predisposição a ter um problema articular que tenha um controle por meio da realização de radiografias, avaliações, uso de produtos, manejo do ambiente desde o início, tudo isso é muito importante para gerar qualidade de vida ao pet.
É fundamental que o Médico Veterinário, desde o início da vida do animal, das consultas pediátricas, já oriente os tutores com relação a isso
.


Para finalizar, por favor, comente como está, atualmente, o cenário da Ortopedia na Medicina Veterinária no Brasil. Quais são os avanços já conquistados, o que os Médicos Veterinários terão acesso durante a Ortovet Expert 2022 e como isso se reverte para a prevenção e para o tratamento dos cães e gatos?


É fundamental destacar o papel do Médico Veterinário no atual cenário, pois, hoje, nós tratamos de filhos, realmente, a gente não trata mais de cães e gatos.


Atrelado a isso, temos a Medicina Veterinária que avançou muito. Todas as clínicas, em todos os cantos do Brasil, têm muitas especialidades, exames muito avançados como tomografia, ressonância magnética, tudo isso passou a ser uma rotina dentro da nossa conduta veterinária.


E é isso que a gente faz nos eventos. Trazemos as novidades do mundo para, no nosso caso, o meio da ortopedia, para que cada vez mais os veterinários estejam especializados, estejam com a medicina de ponta realmente acessível para que haja maior qualidade de serviço e no tratamento dos nossos pacientes.


Essa é a ideia da Ortovet Expert 2022: trazer o que tem de melhor no mundo para o Brasil
mostrando e capacitando ainda mais os Médicos Veterinários que, por algum motivo, não
conseguem sair do Brasil para ampliar a sua qualificação, então, com o evento, estamos
trazendo para o nosso País.

Ortovet Expert 2022
Dias:11, 12 e 13 de julho
Local: Rio de Janeiro
Informações: www.ortovetexpert.com.br

Ortovet Expert 2022