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Vai viajar e não sabe o que fazer com seu pet? Descubra dicas essenciais para garantir o bem-estar do seu cão ou gato durante as férias, com conselhos do veterinário Bruno Alvarenga.

Por Pauline Machado

Julho é o mês das férias e férias, muitas vezes é sinônimo de viagens. Mas, e nas famílias que têm um cão ou um gato em casa e não pode levá-los? Quais são os cuidados que deve-se ter ao deixar os pets sozinhos em casa?

O Médico Veterinário e professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília, Bruno Alvarenga dos Santos, nos deu excelentes orientações.

Acompanhe!

Pet Med – Primeiramente, nos explique, por favor, se os cães e os gatos gostam de ficar sozinhos em casa.

Bruno Alvarenga dos Santos – É importante compreender que o gostar e o aceitar são coisas diferentes. Naturalmente, um animal que cria vínculo afetivo com seus familiares prefere estar próximo do que longe de seu responsável. Quando observamos os gatos, vemos que estes são mais independentes que os cães e geralmente lidam muito bem ao passarem os dias sozinhos. Porém, tendem a sentir muito mais mudanças em sua rotina que os cães. Ou seja, se forem mudar de ambiente, deixar de conviver com uma pessoa ou passarem a ficar sozinhos por longos períodos, podem se “desestabilizar” e acabarem adoecendo, cabendo sempre que possível um período de adaptação à nova realidade.

Já os cães, em geral, são menos suscetíveis a mudanças ambientais; todavia, a forma como lidam com a ausência de seus responsáveis varia conforme sua linhagem. Caso sejam de raças de guarda, estas normalmente ficam bem sozinhas, enquanto os cães de companhia sentem mais o distanciamento de seus responsáveis, sendo frequente observarmos indivíduos que deixam de comer, tomar água, que imunossuprimem e apresentam transtornos comportamentais pela separação.

Pet Med – Em que casos podemos deixar os animais em casa sozinhos?

Bruno Alvarenga dos Santos – Se tratando de animais saudáveis e acostumados a passarem o dia sozinhos, não há problema. Naturalmente, suas necessidades no período em que estiverem desacompanhados devem ser atendidas e o ambiente deve ser seguro.

Pet Med – Por quanto tempo máximo podemos deixar os cães sozinhos em casa ou sob a supervisão esporádica de um vizinho ou familiar?

Bruno Alvarenga dos Santos – Sendo animais acostumados, não há um período máximo. Porém, o ambiente deve permitir que o animal realize alguma atividade, propicie segurança e conforto, além de haver diariamente a limpeza do ambiente e a oferta de água e comida. Lembrando que deixar um cão acorrentado, sem água e comida ou em um ambiente sujo pode ser avaliado como uma situação de maus-tratos animais, e seu responsável poderá responder por este crime.

Pet Med – E os gatos, por quanto tempo podem ficar sozinhos ou sob a supervisão esporádica de alguém?

Bruno Alvarenga dos Santos – O manejo de gatos saudáveis e acostumados a ficarem sozinhos é semelhante ao dos cães. Não havendo um período máximo em que podem ficar sozinhos. Entretanto, diariamente é necessário a oferta de água, comida, limpeza de suas caixas sanitárias e verificação se está tudo bem com eles.

Pet Med – Pensando nos cães, como definir se a melhor opção deve ser levá-los, deixá-los em casa ou em algum hotel ou creche para cães? Bruno Alvarenga dos Santos – Os cães, em geral, são mais ligados a seus tutores do que a sua casa. Logo, se possível, é melhor viajarem com seus familiares. Caso não seja possível, o ideal seria deixá-los em hotéis, onde terão pessoas interagindo com eles e, muitas vezes, poderão interagir positivamente com outros cães. O mais relevante é ponderar qual ambiente propiciará mais bem-estar ao animal.

Pet Med – E, no caso dos gatos? Quando deixá-los em casa sob os cuidados de uma pet sitter e quando levá-los para um hotel de gatos?

Bruno Alvarenga dos Santos – Em geral, o melhor é sempre deixá-los em casa. Os gatos são indivíduos de hábitos e geralmente não gostam de sair de casa, de outros cheiros e de serem manipulados por pessoas desconhecidas. Caso possam permanecer em seu ambiente, em um local mais amplo, que já realizou suas marcações territoriais, que possui os cheiros que conhece e sua rotina já está estabelecida, será menos provável que adoeçam pelo estresse da mudança. Uma vez que já há o fato de seu(s) responsável(is) não estar(em) em casa e ainda por cima haver uma pessoa fora do habitual frequentando diariamente a casa para alimentá-lo. Agora, se for um gato bem sociável, acostumado a sair de casa e a mudanças de ambiente, existe a possibilidade de ir para um hotel de gatos ou acompanhar seu dono na viagem. Mas deve-se ter atenção redobrada com alterações comportamentais que podem indicar o surgimento de alguma doença, como não estarem se alimentando, tomando água ou eliminando adequadamente.

Pet Med – Diante da ausência dos seus familiares, os cães e os gatos podem sofrer algum tipo de estresse que faça mal à saúde deles? 

Bruno Alvarenga dos Santos – A síndrome de separação é um distúrbio comportamental que cães podem apresentar quando ficam distantes de seus “familiares”, sendo mais expressivo nas raças selecionadas para companhia, como Maltês, Shih-tzu, Lhasa Apso, Yorkshire, Spitz e Poodle. São indivíduos que por vezes são tomados por quadros depressivos, onde passam o dia mais quietos, reduzem sua ingestão de água e comida, podem ter seu sistema imunológico debilitado e ficarem suscetíveis a várias doenças. Os gatos também podem apresentar a síndrome, embora seja menos comum, especialmente se mantidos em seu ambiente habitual.

Pet Med – E quanto aos possíveis acidentes domésticos? A que os familiares devem ficar atentos antes de sair em férias e deixar os pets em casa ou em apartamento?

Bruno Alvarenga dos Santos – Os cuidados são os mesmos quando saem de casa para trabalharem ou para alguma atividade de rotina. O ambiente tem que ser sempre seguro para o animal e capaz de suprir suas necessidades. O que muda é que, quando a família for viajar e o animal ficar em casa, uma pessoa deve estar responsável por ir diariamente até a casa para cuidar do animal, tantas vezes quanto necessário para atender aos cuidados requeridos. Por exemplo: um cão que não urina ou evacua dentro de casa e precisa de passeios 3 vezes ao dia para eliminar deve ter alguém que o leve para passear 3 vezes ao dia. Ou um animal que tome alguma medicação contínua deve ter alguém que administre os medicamentos nos horários corretos. Se não for possível que alguém forneça esses cuidados no domicílio da família, nem que o animal acompanhe seus responsáveis, o melhor é que fique hospedado em um local que possa realizar esse manejo.

Pet Med – Para finalizar, por favor, deixe um checklist para os tutores terem em mãos e conferirem antes de sair em férias.

Bruno Alvarenga dos Santos – Antes de fazer o cheklist é importante ressaltar que optando por deixar o pet em casa sob a supervisão diária de um conhecido, uma opção interessante é instalar uma câmera que permita o monitoramento a distância do animal nos momentos em que estiver sozinho. 

Recomendo também informar ao veterinário responsável pelos cuidados do animal sobre a ausência e dar autonomia a outra pessoa para acionar e autorizar qualquer procedimento veterinário necessário para a manutenção da saúde do pet. Não é recomendado deixar animais doentes ou que necessitem de cuidados especiais sozinhos; para estes, é indicado hospedagem para garantir toda a assistência ou monitoramento necessários.

Sendo assim, aqui estão algumas informações cruciais ao sair em férias sem o pet.

•            Para viajarem tranquilos, recomendo que façam um check-up em seus animais para saberem se estão saudáveis antes de os deixarem sob os cuidados de terceiros ou os levarem para viajar;

•            Confirmem se há ração e, no caso dos gatos, substrato para as caixinhas, suficientes para o período de ausência;

•            Quando optarem por deixá-los em casa, procurem pessoas de confiança que já conheçam o pet;

•            Se optarem por viajar com o animal, atentem-se às documentações necessárias, como a carteira de vacinação com as vacinas válidas e o atestado de saúde;

•            Procurem saber se há uma unidade de atendimento veterinário na cidade onde ficarão e se o hotel aceita animais;

•            Se o animal enjoa facilmente, consultem um veterinário sobre a administração de medicação para prevenir vômitos;

•            Se a viagem for de carro, sempre que pararem para abastecer, ofereçam um pouco de água e passeiem com o cão para que ele possa eliminar;

•            Comuniquem ao veterinário que irão viajar e deixem o nome da pessoa que ficará responsável durante o período de ausência;

•           Por fim, verifiquem se o destino possui cobertura de celular para garantir que terão notícias caso algo aconteça com o animal durante a ausência.

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