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Junho inclusivo e doenças neurológicas nos pets

Junho inclusivo e doenças neurológicas nos pets

Doenças Neurológicas nos Pets : Sinais e Sintomas

por Pauline Machado

Hoje nós trouxemos uma entrevista sobre Doenças Neurológicas nos pets.
A entrevistada é a Médica Veterinária Raquel do Amaral Nunes Souto- CRMV RJ 11577 – Graduada em Medicina Veterinária pela UFRRJ, com Extensão em Neurologia Veterinária pelo Instituto Bioethicus Botucatu –SP, Pós Graduada em Neurologia Veterinária pela ANCLIVEPA –SP e Certificada pelo Brain Camp 2018 Veterinary Neuroscience Advanced Course.

Acompanhe mais sobre esse assunto abaixo:

O que podemos compreender como problemas neurológicos nos pets?

São todos os sinais clínicos oriundos do acometimento do sistema nervoso central, que engloba encéfalo e medula espinhal ou sistema nervoso periférico, que compreende nervos e músculos.

Neste aspecto, quais são as principais doenças neurológicas que acometem cães e gatos?

A nível encefálico, a epilepsia é a doença neurológica mais comum, já a nível medular a doença do disco intervertebral (“hérnia de disco”) se destaca em relação aos demais causas.

Já as doenças do sistema nervoso periférico são menos presentes na rotina neurológica, quando comparadas com as patologias centrais.

E, os sintomas? Como no dia a dia os tutores podem identificar se seus pets estão começando a ter ou já tem algum problema neurológico?

Referente as doenças encefálicas os principais sintomas inicialmente vistos são alterações do comportamento, como andar compulsivo, trocar dia pela noite, agressividade, ficar preso em cantos, vocalização e convulsão.

Além das alterações comportamentais, em quadros encefálicos podemos notar alterações do equilíbrio, de simetria de cabeça e tremores.

Quanto as alterações do sistema nervoso periférico e medulares, os sintomas serão principalmente relacionados a marcha, como fraqueza e incoordenação, além de quadro de dor, resultando em relutância de exercício, letargia, inapetências e diminuição das atividades como um todo.

Quais são as medidas de prevenção aos problemas neurológicos?

Uma vez que problemas neurológicos podem se iniciar com alterações brandas de comportamento, cabe aos tutores fazerem acompanhamento clínico de seus animais tão logo as mudanças sejam observadas, para que se previna uma evolução do quadro neurológico em questão.

Em muitos casos, como em doenças da senilidade, por exemplo, alterações de comportamento e letargia são atribuídas a idade, mas na verdade já podem ser indicio clínico de algum quadro neurológico que necessite acompanhamento, com isso, a melhor prevenção é dar a devida importância ao inicio de sintomas.

Além disso, pacientes com históricos de problema em coluna, sabendo que em hérnias de disco há fator genético predisponentes, para que se tente evitar novos quadros é válido se evitar os exercícios de impacto, como pular de cama e sofá em casa.

Quais são as opções de tratamentos e as terapias que existem, hoje, na medicina veterinária?

Os tratamentos irão variar com a doença em questão, alguns havendo cura e outros apenas o controle, como as epilepsias. Ainda dentro dessas, sabe-se que há epilepsia primária e secundária. Quando elas são sintomáticas, deve-se tratar além da epilepsia a causa primária, como tumores, doenças inflamatórias/infecciosas, acidentes vasculares e outras causas estruturais encefálicas.

Quanto as patologias de coluna, o tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da causa base e da resposta do paciente ao tratamento medicamentoso. Há ainda terapias alternativas como acupuntura e fisioterapia, que auxiliam na dor e recuperação da marcha

Em casos de neoplasias em sistema nervoso central, além do tratamento cirúrgico e clínico, há também a alternativa da radioterapia.

Quais são as consequências para o pet se tais problemas não forem tratados?

Quando os casos neurológicos não são tratados as consequências podem ser irreversíveis.

Em convulsões sem acompanhamento, a frequência pode se tornar significativa ao ponto de deixar sequelas a nível cognitivo.

Em pacientes medulares, quando não acompanhados precocemente, podem perder a movimentação dos membros, ficando sem andar de forma definitiva.

Nestes casos, quais são as formas de inclusão social entre a família e outros animais para o animal com problemas neurológicos?

Em pacientes com alterações comportamentais e principalmente os epiléticos, deve-se ficar atento a reação dos demais animais a esses sintomas. Não é incomum que durante uma crise o paciente seja atacado por outro animal da casa, por isso é bom que o tutor prepare o ambiente para os momentos em que esses pacientes ficam sozinhos, deixando-os também longe de locais que possam cair, como escada e piscina. O mesmo deve ser feito com pacientes que apresentem labirintite, devido à falta de equilíbrio.

Quanto aos pacientes de coluna, deve-se tomar cuidado com as brincadeiras e excesso de exercício por parte dos tutores e dos outros animais com o paciente em questão, pois além da dor, esses pacientes exigem repouso em seus períodos de tratamento.

De que forma essas medidas de inclusão podem ajudar no tratamento do pet?

O repouso é crucial e determinante para o paciente de coluna, com isso, medidas preventivas no ambiente farão parte da validação prognóstica quanto a retomada da movimentação.

Em relação ao paciente encefálico, adaptações no ambiente e melhoraria da interação entre os tutores e os pets, diminuem situações de ansiedade/estresse evitando que haja agravamento do quadro comportamental ou de equilibrio.

Para finalizar, como deve ser o dia a dia do pet e sua família para que ambos tenham uma qualidade de vida saudável para lidar com essa situação?

Evitar que animais epiléticos ou com distúrbios em equilíbrio/comportamento fiquem sozinhos por muito tempo e quando necessário for, evitar locais onde possam cair e se machucar. Assim como os pacientes de coluna devem evitar esses locais, pois doenças de coluna podem ser recidivantes e reaparecerem após exercícios.

Se considerar importante acrescentar outras informações que entenda como importantes e não tenham sido abordadas durante a entrevista, por favor, use o espaço abaixo para complementar a sua participação.

Quando falamos em doenças neurológicas no animal idoso, devemos lembrar que as alterações de comportamento não são sempre normais dentro desses animais, na maioria das vezes elas já são indicativas de uma possível Síndrome da Disfunção Cognitiva ou mesmo de outra doença como tumores encefálicos, muito presentes em animais senis. Dito isso, todo animal idoso com alteração comportamental exige um acompanhamento neurológico, por sabermos que nem sempre será uma simples característica inerente a idade.

Raquel do Amaral Nunes Souto

CRMV RJ 11577

Graduada em Medicina Veterinária pela UFRRJ

Extensão em Neurologia Veterinária pelo Instituto Bioethicus Botucatu –SP

Pós Graduada em Neurologia Veterinária pela ANCLIVEPA –SP

Certificada pelo Brain Camp 2018 Veterinary Neuroscience Advanced Course

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Maio Roxo: Conscientização da Doença Inflamatória Intestinal

Maio Roxo: Conscientização da Doença Inflamatória Intestinal

Por Pauline Machado

O mês de maio foi escolhido como o mês de combate à Doença Inflamatória Intestinal
para alertar os tutores aos sinais clínicos dos seus pets, devido a vários animais
apresentarem os sintomas da doença, e que na maioria das vezes, podem passar
como “normais”.

Então, para entendermos melhor o que é a DII e como podemos prevenir e tratar a
doença, conversamos, dessa vez, em conjunto, com a Médica Veterinária Analúcia
Nogueira Nunes (CRMV-RJ 8721), pós-graduada em gastroenterologia pela Quallitas
e membro associada do Colégio Brasileiro de Endoscopia e Videocirurgia Veterinária,
e com o Médico Veterinário Renato Campello Costa (CRMV-RJ 4681), mestre em
Clínica Médica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ e diretor
técnico da Associação Brasileira de Hospitais Veterinários – ABHV.

O que podemos entender por DII?
É um grupo de doenças intestinais crônicas que são caracterizadas por uma
infiltração difusa dentro da lâmina própria por várias populações de células
inflamatórias incluindo linfócitos, plasmócitos, eosinófilos, neutrófilos e macrófagos,
que acometem o trato gastrointestinal.

O que a DII ocasiona no organismo dos cães acometidos por essa doença?
Ainda sem causas bem estabelecidas, a DII causa uma inflamação crônica que
provocam distúrbios gastrointestinais severos.

Dra Analúcia Nogueira Nunes – CRMV-RJ 8721

Como no dia a dia os tutores podem identificar os sinais de que o pet não está
bem?

Os tutores conseguem identificar facilmente, pois os animais têm episódios contínuos
ou recorrentes de vômito, diarreia e, até sangramento nas fezes. Alguns animais
podem também apresentar perda de peso e de apetite.

Quais são as medidas de prevenção à DII?
Como as causas da DII ainda não estão claramente identificadas, o ideal é perceber
os sintomas e procurar um Médico veterinário que, eventualmente, indicará um
especialista em Gastroenterologia, para o diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Dr. Renato Campello Costa – CRMVRJ 4681

E as opções de tratamento?
O tratamento é feito através de restrição alimentar e terapia farmacológica.
Lembrando que não existe cura e, sim, um tratamento para controlar a doença e,
consequentemente, diminuir os sintomas.

Quais são as consequências para o pet se a DII não for tratada?
Na maioria dos casos a DII demora a ser corretamente diagnosticada, com isso a
doença se agrava e os sintomas (distúrbios gastrointestinais) se exacerbam. O animal
entra em um quadro de emagrecimento progressivo, principalmente pela má
absorção, podendo, até mesmo, vir a óbito.

A DII pode ser transmitida para outros animais que convivam com o pet doente?
Se sim, de que modo?

Não. A DII não é uma doença transmissível pelo contato.

Para finalizar, como deve ser o dia a dia do pet e sua família para que ambos
tenham uma qualidade de vida saudável para lidar com essa situação?

A família deve seguir as orientações veterinárias, respeitando sempre o manejo,
restrição alimentar, o que é bastante difícil, pois esses animais, em geral, não podem
comer os famosos “petiscos”, e a terapia farmacológica orientada pelo Médico
Veterinário. Mas, o mais importante, de fato, é o diagnóstico precoce. Os tutores
precisam acabar com esse tabu de que “vomitar e ter diarreia é normal nos pets”. Não
é! Se o pet apresenta distúrbios gastroentéricos recorrentes, há necessidade de
investigação, diagnóstico e tratamento antes do agravamento da doença.

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Como fazer denúncias de maus tratos aos animais

Como fazer denúncias de maus tratos aos animais

Por Pauline Machado

Dando continuidade ao ciclo de informações relacionadas à campanha Abril Laranja, cujo objetivo é prevenir a crueldade contra os animais, hoje vamos falar sobre denúncias de maus tratos.

No entanto, antes de apontar ou denunciar um possível caso de maus tratos, primeiramente é preciso entender o que caracteriza maus tratos aos animais, especificamente aos cães e gatos.

Claudia Nakano, advogada especializada em Saúde Humana e Animal e Presidente da Comissão em Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/SP – Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Santana/SP (2020), enfatiza que inúmeras pesquisas já comprovaram que os animais têm sentimentos e sentem dor, logo, para entender uma situação de maus-tratos, é preciso compreender e considerar o princípio da dignidade do animal. “Todo animal, sobretudo o de estimação merece o nosso respeito, carinho, cuidado e amor. Além disso, tem que ter água limpa e fresca, alimentação balanceada e adequada a espécie, cuidados com o seu físico, possibilitando recursos, como exercícios, local e abrigo que o proteja do sol, chuva, calor e frio, condições adequadas para o seu transporte, além de acompanhamento médico-veterinário regularmente”, detalha.

Dra. Claudia Nakano, Presidente da Comissão em Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/SP – Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Santana/ SP (2020)

Como denunciar maus tratos aos animais

Fotografias, vídeos, testemunhas são considerados provas para fazer denúncias que podem ser registradas em qualquer Delegacia de Polícia ou na Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da sua cidade.

Em, São Paulo, por exemplo, as denúncias podem ser feitas, também, pela Delegacia Eletrônica de Proteção Animal – DEPA (http://www.ssp.sp.gov.br/depa). “Este é um serviço via internet à disposição da população para denúncias de crimes ocorridos no Estado de São Paulo. Para denunciar é necessário identificar-se, mas o sigilo dos dados será preservado para quem optar pela privacidade no momento do cadastro da ocorrência”, garante Nakano.

Após o registro da denúncia

Algumas pessoas ficam com receio de fazer as denúncias, por muitas vezes não saberem o que acontece ou deveria acontecer após o registro da denúncia, no sentido de cumprir o processo de verificação da ocorrência até chegar à pessoa que cometeu os maus tratos.

Claudia Nakano explica que, após o registro da denúncia, é  lavrado um Boletim de Ocorrência (BO) em que a autoridade policial é obrigada a receber a denúncia.

Neste sentido ela ressalta ainda que o policial que se negar a receber a queixa estará cometendo crime de prevaricação. Sendo assim, poderá ser investigado pelo Ministério Público ou pela Corregedoria da Polícia Civil. “Após concluído o inquérito para apuração do crime, o Delegado encaminhará ao juízo para a abertura de uma ação penal onde a pessoa que cometeu maus-tratos será ré/réu da ação”, conclui a advogada especializada em Saúde Humana e Animal.

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Abril Laranja: o que muda no direito dos animais com a Lei Sansão

Abril Laranja: o que muda no direito dos animais com a Lei Sansão

Por Pauline Machado

Devido à crescente e triste demanda de maus-tratos aos animais, a ASPCA – The American Society for the Prevention of Cruelty to Animals (Sociedade Americana de Prevenção da Crueldade aos Animais), criou a campanha Abril Laranja, com o objetivo de prevenir a crueldade contra os animais.

Aqui no Brasil, maltratar um animal é crime previsto em lei. A advogada especializada em Saúde Humana e Animal e Presidente da Comissão em Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/SP – Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Santana/SP (2020), Claudia Nakano, explica que o artigo 32 da lei dos Crimes Ambientais, n. 9.605/98, define situações de maus-tratos aos animais, majorando a pena caso ocorra a morte do animal:

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.”

Lei Sansão

Ela nos conta que a primeira lei brasileira em defesa dos animais foi em 1934 por meio do Decreto n. 24.645, que em seu artigo 3º estabeleceu medidas de proteção aos animais, exemplificando em seu rol extensivo situações de maus-tratos.

De lá para cá muita coisa mudou, inclusive recentemente, com a chegada da lei Sansão, nº. 14.064, sancionada em setembro último, alterando a lei nº 9.605/98 – Lei dos Crimes Ambientais, a fim de aumentar as penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato. “O que mudou da lei anterior para a lei Sansão é o aumento das penas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato. O artigo 32 da lei nº 9.605/98 foi alterado com uma nova redação:

§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda” ilustra.

Evolução da proteção jurídica dos animais no Brasil

Como explicado pela dra. Claudia, a primeira lei brasileira foi em 1934 por meio do Decreto n. 24.645, que em seu artigo 3º estabeleceu medidas de proteção aos animais, exemplificando em seu rol extensivo situações de maus-tratos.

Em 1941 a Lei de Contravenções Penais, em seu artigo 64 ratificou e tipificou a prática de crueldade contra animais como contravenção penal. Em 1988, a Constituição Federal trouxe em seu artigo 225, a proteção ao meio ambiente, protegendo a fauna e a flora.

No entanto, a proteção maior ocorreu com a lei dos Crimes Ambientais – Lei Federal n. 9.605, sancionada em 1998, que estabeleceu sanções penais e administrativas contra as violações ao meio ambiente, e trazendo o artigo 32, específico contra a crueldade aos animais. “Agora a lei Sansão alterou a lei dos Crimes Ambientais com o objetivo de aumentar as penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato”, comemora e finaliza a Presidente da Comissão em Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/SP – Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Santana/SP (2020), Claudia Nakano.

Dra. Claudia Nakano, Presidente da Comissão em Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/SP – Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Santana/ SP (2020)

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Quando devo levar meu pet ao veterinário?

Quando devo levar meu pet ao veterinário?

Consulta Veterinária: Quando levar meu pet?

Por Pauline Machado

Quando um animal passa a fazer parte da nossa família, ele se torna um integrante da casa e que, assim como os outros moradores, precisa ser tratado com respeito, amor e muita responsabilidade, o que inclui a consciência de que levá-lo ao veterinário deverá fazer parte da rotina da família, não apenas nos eventuais momentos de urgência ou emergência, mas, sobretudo, como medida de prevenção.

De acordo com o Médico Veterinário Roberto Luiz Lange, portador do CRMV 2806-PR, diretor da Associação Brasileira dos Hospitais Veterinários (ABHV), conselheiro do CRMV-PR e diretor do Hospital Veterinário Santa Mônica, em Curitiba, levar os pets ao veterinário é importante tanto para garantir a saúde do animal quanto de toda a família. “Além de garantir que o pet fique livre de doenças que possam contaminar os membros da família, a visita ao veterinário vai promover as medidas de medicina preventiva, aumentando assim, a longevidade do animal, com qualidade de vida e diretamente proporcionando bem-estar e satisfação para os humanos envolvidos”, esclarece.

Periodicidade

Dr. Roberto Lange orienta ainda que a idade ideal para frequentar o veterinário, caso não haja nenhuma alteração na saúde do animal, é aos 45 dias de vida para iniciar o protocolo de vacinação, até se completar o quadro de vacinação e desverminação proposto pelo Médico Veterinário. “Logo após o término do esquema vacinal deve-se agendar visita a fim de programar a castração tanto para fêmeas, quanto para os machos. Para cães na fase adulta – com um a seis anos de idade, deve ser feito pelo menos uma visita anual para check-up e revacinação. Cães acima de seis anos são recomendadas duas visitas anuais para monitorar a fase senil”, aconselha.

Check-up

O diretor da ABHV explica que, de modo geral, a realização de um check-up no pet irá incluir avaliação de doenças da boca, tais como tártaro ou presença de dentes de leite, avaliação do escore corporal, exames de sangue e de imagem como ecocardiograma e ultrassonografia. “No entanto, para cada situação o Médico Veterinário fará suas escolhas, levando em conta a idade do paciente, raça, porte e a presença de doenças nas suas várias fases da vida”, ressalta.

Escolhendo o Médico Veterinário

Para aqueles que estão, pela primeira vez, tendo a presença de um pet na família, ou mesmo quem já convive com eles em casa, mas, não sabe o que levar em consideração na hora de escolher o médico veterinário do seu pet, o Conselheiro do CRMV do Paraná enfatiza que todo Médico Veterinário atuante na clínica, consultório ou Hospital de animais de companhia está preparado para promover a saúde dos animais, e que, convém ao tutor, estabelecer uma relação de confiança com o veterinário e obter informações sobre os horários de funcionamento do estabelecimento. “Dê a preferência por locais onde o atendimento seja vinte e quatro horas, e o mais próximo da sua residência, para casos de emergência. Estruturas de clínicas e hospitais normalmente dispõem de todos os exames necessários em um só lugar, além do contar com equipes de especialistas nas diversas áreas”, evidencia.

Ele considera, ainda, que, para o tutor é sempre bom ter uma relação de confiança com o estabelecimento escolhido. Em sua opinião, manter a fidelidade é imperativo para a melhor condução da saúde do pet durante a vida dele. “O estreitamento das relações interpessoais com a equipe de um determinado estabelecimento fará com que o prontuário do paciente fique restrito a um só lugar fazendo com que a tomada de decisões seja mais assertiva. Uma boa oportunidade para se fazer a escolha definitiva é nos momentos iniciais da vida do pet e o tutor poderá avaliar a qualidade do atendimento tanto mais o veterinário tratar de medicina veterinária preventiva”, reforça.

Levando o pet ao Veterinário

Após escolher o profissional que irá cuidar da saúde do seu pet, é hora de saber como levar o seu cão ou gato até ele. De acordo com o Dr. Roberto Lange, os cães devem ser levados ao veterinário em caixas de transporte afixadas no carro por cinto de segurança. “Evite levar o seu pet diretamente no colo, pois alguns animais podem se sentir inseguros e ficar fora de controle devido ao estresse. Isso vale também para os gatos”, garante.

E por falar em gatos, estes também devem ser transportados em caixa de transporte apropriadas para o tamanho de cada animal. “Para os gatos, convém acostumar o animal em casa para entrar e sair da caixa. Isso pode ser conseguido deixando a caixa próxima ao lugar de dormir e alimentar de modo que o animal possa se sentir mais seguro quando for transportado. Sempre que o animal for transportado, preferencialmente deixe a caixa de transporte acima do chão, pois os felinos se sentem mais seguros dessa forma. É, também, altamente recomendado levar com o gato algum objeto que ele gosta de brincar ou coberta utilizada por ele”, detalha o diretor do Hospital Santa Mônica, em Curitiba.

Atenção no dia a dia

Em nossa rotina diária devemos nos manter sempre atentos aos possíveis sinais aparentes no comportamento do pet para identificar se está tudo bem ou se é hora de levá-lo ao veterinário e, em hipótese alguma, consultar o Google, as redes sociais ou ajuda de amigos. A orientação, segundo Lange, é procurar ajuda do Veterinário nas várias manifestações de desconforto como quando o animal estiver, por exemplo, mancando, com lambeduras excessivas, coceiras de modo geral, mau hálito, perda de peso, falha nos pelos, vômitos e/ou diarreias, perda do apetite, emagrecimento, sobre peso, excesso de ingestão de água, entre outros sinais. Enfim, todos os casos que fujam da normalidade devem ser investigados por um Médico Veterinário”, assegura o especialista.

Riscos ao não levar o pet ao Veterinário

Quando o tutor negligencia a ida do pet ao veterinário, ele pode estar colocando em risco, não somente a saúde do animal, mas, também, a de toda a família. “Animais possuem sua suscetibilidade a doenças próprias, porém, algumas dessas doenças podem ser transmitidas ao ser humano, as quais chamamos de zoonoses. Por exemplo a leptospirose, doença que pode contaminar o cão e por conseguinte os humanos. Em regiões endêmicas, a raiva é uma das doenças mais problemáticas e por isso, todos os cães devem ter essa vacina em dia. Algumas verminoses do cão podem, também, contaminar o humano, além do que, as infecções dentárias deles levam a possiblidade de contaminar as pessoas da casa por bactérias, daí a necessidade de se controlar o tártaro com limpezas periódicas”, afirma e finaliza o médico veterinário, Roberto Lange.

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