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Por Pauline Machado

Hepatites Virais em Cães e Gatos : Julho Amarelo

⠀⠀⠀Instituída pela Lei federal nº 13.802, de 10 de janeiro de 2019, e idealizada pelo Movimento Brasileiro de Luta contra as hepatites virais em humano e pela sociedade brasileira de hepatologia em 2015 a Campanha Julho Amarelo vem chamar a atenção para as doenças hepáticas.

⠀⠀⠀A adoção da cor amarela está ligada a um dos sintomas característicos da doença cujos olhos e peles ficam amarelados. Além disso, julho foi escolhido porque no dia 28 celebra-se o Dia Mundial da Luta Contra Hepatites Virais, data criada pela Organização Mundial da Saúde – OMS a pedido do Brasil.
⠀⠀⠀
⠀⠀⠀Para a Medicina Veterinária, a campanha torna-se relevante em cães e gatos que não são vacinados e portanto estão suscetíveis às infecções virais.

⠀⠀⠀Para nos explicar como a doença se manifesta nestes animais, conversamos com exclusividade com a Médica Veterinária Caroline Klug, portadora do CRMV/PR Nº:20595, pós-graduada em Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura e atua com clínica médica e medicina veterinária integrativa.
⠀⠀⠀Acompanhe!


Pet Med – Qual é a incidência de casos de hepatites em cães e gatos?
⠀⠀⠀Caroline Klug – De acordo com a JSAP – Journal of Small Animal Pratice, um relatório do grupo de diretrizes da  WASAVA – Associação mundial de veterinários de pequenos animais de 2020, os índices da incidência do CAV (Adenovírus canino) causador de hepatite viral em cães, em toda a américa latina, variam de 16 a 39 % em vários países, porém no Brasil foi a taxa de incidência mais baixa sendo ela 16,8 %.


Pet Med – Nesse cenário, quais são os tipos mais comuns em cada uma dessas espécies?
⠀⠀⠀Caroline Klug – Nos cães o tipo mais comum é a hepatite viral, conhecida como Doença de Rubarth, causada pelo vírus Adenovírus canino tipo 1 ( CAV – 1) e também pelo Adenovírus canino tipo 2 (CAV – 2).
Nos felinos, a hepatite viral é diferente. Ela ocorre secundariamente a outras doenças, como por exemplo o vírus da Leucemia felina FeLV – Feline Leukemia Vírus e o Coronavírus Felino (Fcov) que é o vírus da Peritonite Infecciosa Felina.


Pet Med – De que forma os cães podem apresentar quadro de hepatite infecciosa? Como podem adquirir a doença?
⠀⠀⠀Caroline Klug – A transmissão da doença se dá por saliva ou urina de cães infectados ou outras secreções corporais onde o vírus seja eliminado, mas também através de fômites, que são cobertas, camas, brinquedos de animais infectados, no caso cães que não são vacinados, podem ser portadores do vírus. Geralmente cães filhotes até 1 anos de idade, não vacinados, podem ser acometidos pelo CAV-1, mas também pode acometer cães de mais idade com baixa imunidade.
⠀⠀⠀Os quadros da doença em cães, podem ser difíceis de diagnosticar, pois são confundidos com outras doenças pelos sinais clínicos e podem levar o animal à morte muito rapidamente.
A doença pode se manifestar de 3 formas: subclínica, hiperaguda e aguda.
⠀⠀⠀SUBCLÍNICA: Os sinais clínicos podem nem chegar a surgir se o animal tiver uma boa imunidade e consegue livrar-se sozinho da doença.
⠀⠀⠀HIPERAGUDA: Na forma hiperaguda, os cães acometidos pelo CAV-1 podem apresentar colapso circulatório, ou seja, o sangue para de circular e leva ao coma e morte e podem ocorrer em pouco tempo, geralmente entre 24 e 48 horas após o início dos sinais clínicos. Essa forma de apresentação pode ser confundida com envenenamento pelos tutores.
⠀⠀⠀AGUDA: A forma aguda, pode ser mais branda, no entanto, pode apresentar sinais clínicos graves como linfadenomegalia cervical, inapetência, febre, letargia, vômitos com ou sem sangue, letargia, diarreia, tosse, taquipneia e icterícia.
⠀⠀⠀Alguns sinais neurológicos também podem ser observados em qualquer momento da infecção, como andar em círculos, cegueira, ataxia, convulsões, vocalização e head pressing, quando o animal pressiona a cabeça contra a parede, mas também podem apresentar outro sinal conhecido como blue eye ou olho azul, que indica edema de córnea.
⠀⠀⠀Já a infecção pelo CAV- 2, pode causar sinais de infecção de vias aéreas superiores, sintomas respiratórios em geral como tosse e espirros.


Pet Med – E os gatos?
Caroline Klug – Nos gatos, a hepatite pode ser aguda ou crônica e assim gerar diferentes sinais clínicos.
No caso agudo, o animal irá acumular toxinas no corpo, pois o fígado já não funciona normalmente e assim pode iniciar uma encefalopatia hepática com sinais de sistema nervoso central e apresentar até mesmo sinais neurológicos. Muitas vezes o tutor relata que o animal está triste e não quer brincar.
A icterícia pode aparecer também e indica que a bilirrubina (pigmento de cor amarela produzida pelo fígado) está extravasando para os tecidos. No aspecto da doença crônica, o animal pode ter perda de peso e ascite que consiste em acumulação de líquidos a nível abdominal.


Pet Med – Quais são os sinais clínicos de um animal com possível quadro de hepatite?
Caroline Klug –
⠀⠀⠀Nos casos dos cães:
⠀Comumente são sinais muito confundidos com outras doenças hepáticas, pois não há um sinal clínico específico que denote a doença viral. Porém, reforço que o tutor deve ficar alerta aos sinais de:
⠀⠀⠀ Perda de apetite
⠀⠀⠀- Vômitos com ou sem sangue
⠀⠀⠀- Diarreia
⠀⠀⠀- Problemas neurológicos como convulsões
⠀⠀⠀- Ataxia (caminhar desequilibrado)
⠀⠀⠀- Andar em círculos
⠀⠀⠀- Head pressing (pressionar a cabeça contra a parede)


⠀⠀⠀No caso dos gatos:
⠀Na forma aguda, subitamente o animal pode apresentar os seguintes sinais:
⠀⠀⠀- Perda de apetite
⠀⠀⠀- Letargia
⠀⠀⠀- Icterícia (esclera dos olhos, mucosa e pele amarelada)
⠀⠀⠀- Mudança de comportamento
⠀⠀⠀- Ataxia (caminhar desequilibrado)
⠀⠀⠀- Convulsões
⠀⠀⠀- Além dos outros sinais clínicos causados pela doença primária (Felv ou Pif)


Pet Med –  E quanto ao diagnóstico, como é identificado?
⠀⠀⠀Caroline Klug – Para diagnosticar casos de hepatite em cães e nos gatos, o médico veterinário deve basear-se na história clínica e exames complementares como ultrassom abdominal, hemograma e bioquímicos.
Além disso, é fundamental perguntar ao tutor se o animal é vacinado, clarificando bastante por exclusão o diagnóstico.
E, ainda, como forma de identificar o fator patogênico ou sua etiologia pode-se realizar exames como:
⠀⠀⠀1- Biópsia do fígado (in vivo) ou post mortem (na necrópsia)
⠀⠀⠀2- PCR (exame de reação de cadeia da polimerase) através da coleta do sangue do animal, ou swab retal, conjuntival ou nasal e também pela urina.
⠀⠀⠀3- Isolamento viral (através de secreções do animal).


Pet Med – Quais são os possíveis tratamentos para cães e para os gatos diagnosticados com hepatite?
⠀⠀⠀Caroline Klug – O tratamento da hepatite infecciosa canina baseia-se em combater os sinais clínicos da doença e fazer o tratamento sintomático. O animal deve ser internado e ficar em observação por pelo menos 48 horas, através da fluidoterapia para correção de desidratação e desequilíbrios hidroeletrolíticos, reposição de glicose, transfusão de sangue total ou plasma e por fatores de coagulação, antimicrobianos e antieméticos. Vale ressaltar que o animal deve ficar em isolamento total, pois trata-se de uma doença infecciosa.
⠀⠀⠀O tratamento em gatos é bem parecido com o tratamento em cães, porém deve-se tratar a doença primária além da hepatite, mas de forma geral o animal deve ser internado e receber os aportes nutricionais necessários, bem como fluidoterapia, antimicrobianos, reposição dos desequilíbrios hidroeletrolíticos e suplementos hepáticos.


Pet Med – E o prognóstico?
⠀⠀⠀Caroline Klug – Estamos falando sobre uma doença grave, que deve ser tratada inicialmente de forma correta e numa clínica, haja vista que, em casa, pode gerar deficiências e levar o animal à morte com maior facilidade. 
⠀⠀⠀O prognóstico muda em função do momento em que iniciar um tratamento e da forma de apresentação da doença. A forma hiperaguda geralmente é fatal, enquanto a  forma aguda pode ser tratada e pode responder ao tratamento positivamente, em grande parte dos casos.


Pet Med – Quais são as possibilidades de prevenção para que o cão e o gato não tenham hepatite?
⠀⠀⠀Caroline Klug – A prevenção mais indicada é primeiramente a vacinação, tanto para cães quanto para gatos. A vacinação através da vacina V8 ou V10 para cães e para gatos a vacina V5.


Pet Med – Sobre o papel da família, que hábitos devem ser evitados no dia a dia com o pet, como prevenção de hepatite em cães e nos gatos?
⠀⠀⠀Caroline Klug – Caso haja algum caso de cãozinho que veio de canil ou de ONG, e, porventura teve morte súbita não diagnosticada, a família deve ter atenção e não adquirir outro cãozinho enquanto não fizer uma desinfecção apropriada no local.
⠀⠀⠀Outra dica importante, antes do protocolo vacinal concluído, é imprescindível não deixar seu cãozinho ou gatinho ter contato com outros animais, nem em canis, nem em banho e tosa, nem colocá-los no chão na rua ou dentro de um ambiente frequentado por outros animais.


Pet Med – Por fim, o que mais é importante acrescentar?
⠀⠀⠀Caroline Klug – É importante procurar um médico veterinário sempre que adquirir um cãozinho ou um gatinho, seja ele filhote ou adulto, pois as prevenções sempre são mais indicadas e apresentam maiores chances de resposta aos tratamentos, caso algo seja identificado pelo seu veterinário.
⠀⠀⠀Quando você espera a doença tomar conta, para levar seu pet ao veterinário, muitas vezes pode ser tarde e os tratamentos, não serem eficazes. A prevenção é a melhor forma de demonstrar seu amor pelo seu pet.

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