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Por Pauline Machado

Quando falamos em meio ambiente, é comum pensarmos em rios, florestas, resíduos urbanos e emissões industriais. No entanto, um elemento muitas vezes negligenciado nessa equação é a presença descontrolada de cães e gatos abandonados. Esses animais, quando em superpopulação nas cidades e zonas rurais, geram impactos silenciosos, porém significativos, sobre o equilíbrio ambiental, a biodiversidade, a qualidade do solo e da água, além de contribuírem para a propagação de doenças.

Nesta entrevista especial para o mês do Meio Ambiente, a Médica Veterinária, Adriana Lúcia Souza Netto Serpa traz reflexões importantes sobre como o abandono de animais não é apenas uma questão social ou de saúde pública, mas também um desafio ecológico.

Adriana é pós-graduada em clínica médica avançada de pequenos animais e atua na área de Medicina Veterinária do Coletivo, na SUIPA – Sociedade União Internacional Protetora dos Animais, no Rio de Janeiro, e, também, com atendimento domiciliar com foco na medicina preventiva.

É, ainda, membro da Comissão de Médicos Veterinários de ONGs do CRMV-RJ e Diretora secretária Anclivepa-RJ, assim como gestora administrativa de cursos de pós-graduação faculdade Anclivepa RJ. 

Durante o bate-papo, a Médica Veterinária ressalta o quanto o aumento de zoonoses à degradação ambiental provocada por dejetos, passando pela predação da fauna silvestre e sobrecarga dos abrigos, o cenário exige um olhar multidisciplinar e ações conjuntas entre tutores, profissionais de saúde, poder público e sociedade civil.

Acompanhe a entrevista e compartilhe com seus amigos e familiares!

Pet Med – Quando pensamos em meio ambiente, costumamos lembrar de árvores, rios e lixo urbano, mas, e os animais de estimação, eles também fazem parte dessa conversa?

Adriana Lúcia Souza Netto Serpa – Sim, os animais de estimação estão inseridos e impactam diretamente nesse contexto, seja desde a produção industrial de seus alimentos e produtos de cuidados, assim como seus dejetos, principalmente quando falamos de animais errantes.

Pet Med – De que forma a superpopulação de cães e gatos abandonados afeta diretamente o equilíbrio ambiental nas cidades e áreas rurais?

Adriana Lúcia Souza Netto Serpa – A superpopulação de animais abandonados afeta diretamente a fauna, flora e a saúde pública. Os animais se tornam competitivos por espaço e comida, seus dejetos poluem o solo e a água, aumentando o risco de doenças na população local.

Pet Med – A  presença descontrolada desses animais pode impactar a fauna silvestre local? Se, sim, que tipos de conflitos ecológicos isso pode gerar?

Adriana Lúcia Souza Netto Serpa – Sim, um crescimento acelerado de animais abandonados pode impactar diretamente a fauna silvestre, por meio de predação, reduzindo a população de algumas espécies, disputando e diminuindo recursos como alimento, água e espaço com a fauna local, interferindo diretamente no bem estar dos mesmos, além de disseminação de doenças, causando um desequilíbrio ambiental.

Pet Med – Excesso de fezes, urina e carcaças em áreas públicas representam um problema ambiental, como o solo e a água, por exemplo?

Adriana Lúcia Souza Netto Serpa –  O aumento de matéria orgânica produzida por animais abandonados representam um sério problema ambiental, impactando de forma negativa no solo e na água, aumentando a contaminação por agentes patogênicos, reduzindo a fertilidade e aumentando a degradação de solos, reduzindo a qualidade da água, aumentando o risco de doenças para a população.

Pet Med – Animais abandonados podem transmitir zoonoses. Como esse risco se conecta à saúde ambiental e coletiva? 

Adriana Lúcia Souza Netto Serpa – A saúde ambiental e coletiva está diretamente interligada e a presença de animais abandonados representa um risco para ambas, seja por transmissão de zoonoses como a Raiva, Leptospirose e Leishmaniose, seja por desequilíbrio em todo ecossistema.

Pet Med – Abrigos lotados e precários tem algum impacto ecológico, como produção de resíduos ou uso excessivo de recursos?

Adriana Lúcia Souza Netto Serpa – O principal impacto de abrigos  superlotados e precários está relacionado à saúde pública e ambiental, afetando também a saúde e bem estar dos próprios animais abrigados. É importante uma gestão adequada para o descarte correto dos resíduos produzidos, minimizando os riscos, além de uma infra estrutura que evite o uso excessivo de recursos.

Pet Med – O descarte inadequado de ração, remédios veterinários e resíduos desses animais também pode prejudicar o meio ambiente?

Adriana Lúcia Souza Netto Serpa – Sim, podem provocar sérios danos ambientais além de riscos à saúde humana  e de outros animais, principalmente os contactantes. O descarte de alimentos, medicamentos e dejetos devem seguir rigorosamente a legislação vigente para esse fim.

Pet Med – Qual o papel da castração e do controle populacional responsável como ferramenta de preservação ambiental?

 Adriana Lúcia Souza Netto Serpa – A conscientização da população sobre a importância da castração evita o crescimento populacional desordenado, diminuindo o número de animais abandonados e contribuindo, dessa forma, para proteger e garantir o equilíbrio do meio ambiente e consequentemente a saúde pública.

Pet Med – Campanhas de adoção, guarda responsável e educação ambiental podem ajudar a reduzir esse impacto? Se sim,de que maneira?

 Adriana Lúcia Souza Netto Serpa – Sim, campanhas de adoção para guarda responsável e educação ambiental são ótimas ferramentas para reduzir esses impactos ambientais. Abrigos superlotados não são a solução, a intenção de um abrigo é somente um período de passagem, um lar temporário e não pode ser visto como um santuário, onde os animais entram e não saem mais.

Pet Med – Por fim, qual é a sua opinião sobre o olhar para o abandono de cães e gatos como um problema apenas social ou de saúde pública, e não ambiental?

Adriana Lúcia Souza Netto Serpa – O abandono de animais  é um problema de grande complexidade , que envolve além da questão social e de saúde pública, também a questão ambiental. Um animal abandonado impacta diretamente o ambiente em que vive, seja por predação, contaminação de solo, água, transmissão de zoonoses e perda de biodiversidade causando grande desequilíbrio ecológico.

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