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Por Pauline Machado

Em março, mês de conscientização sobre a saúde das mulheres, também mantemos a atenção nos cuidados com a saúde das fêmeas de cães e gatos.

 A Campanha busca sensibilizar tutores sobre a prevenção de doenças comuns, como câncer de mama e problemas uterinos, que afetam muitas fêmeas não castradas. 

Para conversar conosco sobre o tema, convidamos a Médica Veterinária, Janaina de Souza, especializada em Medicina Veterinária Integrativa e Sistêmica.

Acompanhe a entrevista e compartilhe com amigos e familiares!

Pet Med – Para quem ainda não conhece, o que é o Março Amarelo e Lilás e qual é a sua importância para a saúde das fêmeas pets?

Janaina de Souza – O Março Amarelo e Lilás é uma campanha de conscientização sobre a saúde das fêmeas pets, abordando principalmente a prevenção e o tratamento de doenças como o câncer de mama e a piometra. A campanha tem como objetivo informar os tutores sobre a importância dos cuidados com a saúde reprodutiva das cadelas e gatas, destacando formas de prevenção, identificação precoce de doenças e tratamentos disponíveis.

Pet Med – Quais são as principais doenças que afetam a saúde das cadelas e das gatas e que são abordadas durante o Março Amarelo e Lilás?

Janaina de Souza – As doenças mais abordadas durante essa campanha são o câncer de mama e a piometra, uma infecção grave no útero. Além dessas, também podemos incluir doenças hormonais como hipertireoidismo, que é mais comum em gatas, hipotireoidismo, síndrome de Cushing e Addison e infecções do trato reprodutivo como hemometra, que podem comprometer a qualidade de vida das fêmeas pets.

Pet Med – Por que o câncer de mama em fêmeas pets é algo muito comum? 

Janaina de Souza – O câncer de mama é uma das neoplasias mais frequentes em cadelas e gatas, especialmente naquelas que não foram castradas ou foram castradas tardiamente. A incidência não está diretamente relacionada à influência dos hormônios sexuais, especialmente o estrogênio e a progesterona, mas, sim pelo fato de os tutores optarem pelo uso de contraceptivos orais, má alimentação e com o passar do tempo, à queda dos hormônios. 

As fêmeas não castradas têm tumor de mama, porém, reforço que não é pelo fato de não serem castradas, mas sim, pelo uso de contraceptivos orais, disbiose, síndrome do intestino permeável que tem por base o uso de alimentação inadequada, excesso de antiparasitários, antibióticos e medicamentos.

Claro, a castração é benéfica falando de controle populacional, mas relacionada à saúde das fêmeas, ela deve ser reavaliada. Eu, particularmente, não recomendo, e tutores que querem fazer, indico se o tutor insistir muito a partir dos 4 anos e iniciar a modulação hormonal.

Pet Med – Por que você recomenda a castração somente a partir dos 4 anos de idade?

Janaina de Souza – Vários são os motivos, conforme explico a seguir:

Manutenção do equilíbrio hormonal natural: Os hormônios sexuais, como estrogênio, progesterona e testosterona, têm funções essenciais no desenvolvimento ósseo, imunológico e metabólico dos animais de estimação. A castração interrompida precocemente esse processo, podendo causar desequilíbrios hormonais.

Impactos no crescimento e desenvolvimento: Cadelas e gatas castradas antes do fechamento das epífises, que são as zonas de crescimento ósseo, podem ter ossos mais longos e articulações mais frágeis, aumentando o risco de problemas ortopédicos. Em cães de médio e grande porte, há um risco aumentado de displasia coxofemoral, ligamentos mais frouxos e maior propensão a artrites precoces.

Risco aumentado de doenças endócrinas e imunológicas: A castração precoce pode aumentar a predisposição a doenças autoimunes e endócrinas, como hipotireoidismo, diabetes e Síndrome de Cushing. Há evidências de que a remoção precoce das gônadas pode alterar a regulação do sistema imunológico.

Obesidade e alterações metabólicas: Sem os hormônios sexuais, o metabolismo dos animais de estimação desacelera, aumentando o risco de obesidade. A obesidade é um dos maiores fatores de risco para doenças cardíacas, articulares e resistência à insulina.

Risco de câncer em outros órgãos: Embora a castração reduza precocemente a incidência de tumores mamários, há estudos que mostram um aumento da incidência de outros tipos de câncer, como osteossarcoma, hemangiossarcoma e linfoma.

Saúde mental e comportamental: Os hormônios sexuais também influenciam o comportamento e a cognição dos animais de estimação. A castração precoce pode gerar ansiedade, medo excessivo e dificuldades de socialização. Em algumas raças, a falta de hormônios pode resultar em dificuldades de aprendizado e comportamentos indesejados.

Piometra: A piometra é uma das grandes justificativas para a castração precoce, mas pode ser prevenida com manejo adequado da alimentação natural, suplementação e fitoterapia. Exames regulares e ajustes no estilo de vida do animal de estimação ajudam a evitar essa condição.

Em resumo:

  • Após essa idade, o organismo já está completamente formado e os efeitos negativos da retirada dos hormônios são menores.
  • Os riscos de câncer de mama ainda podem ser reduzidos se uma castração feita antes dos 6 anos, porém com um impacto menor na qualidade de vida do animal de estimação.
  • A castração tardia permite que o animal de estimação se desenvolva de forma saudável e equilibrada antes da remoção dos órgãos reprodutivos.

Diante disso tudo, destaco que a decisão de castrar um animal de estimação deve levar em conta não apenas a prevenção do câncer de mama, mas sim, com um olhar integrativo para a saúde como um todo. A castração tardia equilibra os benefícios da prevenção de tumores mamários com a manutenção da saúde metabólica, óssea, imunológica e comportamental. Além disso, há formas naturais de prevenir as principais doenças reprodutivas sem a necessidade de uma castração precoce.

Pet Med – Como os familiares podem identificar sinais precoces dessa doença em suas cadelas e em suas gatas?

Janaina de Souza – Os sinais precoces incluem a presença de nódulos ou caroços nas cadeias mamárias, alterações na coloração ou formato das mamas, secreções anormais e dor local. O exame tátil frequente é essencial para uma detecção precoce, além de sempre consultar um veterinário para um melhor diagnóstico. Volto a destacar que o acompanhamento veterinário é crucial. 

Pet Med – De que modo a castração de fêmeas pets ajuda na prevenção dessas doenças e impacta positivamente na saúde delas?

Janaina de Souza – A castração precoce, o que em raças pequenas e em gatos se dá antes dos 5 meses;  nas raças médias, em cães de 10 a 25 kg, antes dos 6 meses e em raças grandes e gigantes, antes dos 8 a 12 meses de vida, reduz drasticamente a incidência de tumores mamários pelo fato de os tutores não usarem contraceptivos orais. Porém, a castração precoce predispõe a outros tumores e também à obesidade. Por isso, a castração deve ser avaliada. Após os 4 anos de idade, o organismo já está completamente formado e os efeitos negativos da retirada dos hormônios são menores.

Os riscos de câncer de mama ainda podem ser reduzidos se uma castração for feita antes dos 6 anos, porém com um impacto menor na qualidade de vida do animal de estimação. Logo, a castração tardia permite que o animal de estimação se desenvolva de forma saudável e equilibrada antes da remoção dos órgãos reprodutivos.

No entanto, em casos de controle populacional, em fêmeas de rua, por exemplo, recomenda-se a castração antes do primeiro cio, com cerca de seis meses de vida. No caso de fêmeas domiciliadas, em que tutores conseguem evitar a cruza, não recomendo a castração, e caso o tutor opte pela castração, recomendo após quatro anos de vida. 

Pet Med – Existe idade máxima para castrar? Por quais motivos?

Janaina de Souza – Não há uma idade limite, mas a decisão deve ser baseada na saúde do animal. Em animais idosos, é necessário avaliar riscos anestésicos e a presença de doenças concomitantes.

Pet Med – E, quanto à Piometra, quais são os sinais de que uma cadela pode estar com essa infecção e como são as formas de tratamento?

Janaina de Souza – A piometra é uma infecção grave no útero que pode ser fatal. Os sinais incluem apatia, febre, às vezes secreção vaginal purulenta, outras não tem secreção vaginal, aumento abdominal, sede excessiva e vômito. O tratamento pode ser cirúrgico, para a remoção do útero ou medicamentoso em casos iniciais. Outro fator importante a saber é que a piometra está relacionada a uma inflamação intestinal chamada: Síndrome do Intestino Permeável, que é onde ocorre a translocação bacteriana ou seja elas saem do intestino, chegam ao útero e se reproduzem utilizando o sangue do cio como “alimento”. 

Pet Med – É possível prevenir essas doenças sem recorrer à castração? Quais outras formas de cuidados preventivos os tutores devem considerar?

Janaina de Souza – Sim, através de uma alimentação natural carnívora e balanceada, modulação hormonal, uso de fitoterápicos, suplementação e acompanhamento veterinário regular para monitoramento da saúde hormonal e reprodutiva.

Pet Med – Existe alguma recomendação especial para a alimentação de fêmeas pets para manter sua saúde reprodutiva em dia? 

Janaina de Souza – Sim, uma dieta rica em antioxidantes, ácidos graxos essenciais, dieta carnívora e nutrientes que modulam o sistema hormonal pode ajudar a prevenir doenças reprodutivas.

Pet Med – A idade das fêmeas pets também influencia no risco de desenvolver essas doenças? 

Janaina de Souza – Sim, o risco aumenta com a idade, especialmente em fêmeas não castradas. Por isso, o monitoramento deve começar já na fase adulta, com exames regulares.

Pet Med – Quais são as consequências para uma fêmea, seja da espécie canina ou felina, que não recebe o tratamento adequado para doenças como Piometra ou câncer de mama?

Janaina de Souza – Sem tratamento, o câncer de mama evolui para complicações graves, como infecção generalizada, metástases e óbito. Já a piometra pode levar o animal a ter uma infecção generalizada, doença renal aguda e óbito. 

Pet Med – Estamos chegando ao final da nossa entrevista, então, qual é a principal mensagem que você gostaria de deixar para os tutores de fêmeas pets em relação ao Março Amarelo e Lilás?

Janaina de Souza – A prevenção é sempre o melhor caminho! Manter consultas e exames regulares, optar por alimentação natural carnívora, um manejo natural e estar atento aos sinais do corpo do pet podem fazer toda a diferença na qualidade de vida e longevidade das suas companheiras.

Além dos aspectos clínicos, é importante lembrar que a saúde emocional das fêmeas pets também impacta na saúde física. Um ambiente equilibrado, sem estresse excessivo, com uma boa nutrição e suporte emocional contribui para a prevenção de doenças. Os tutores devem sempre buscar conhecimento para oferecer a melhor vida possível aos seus pets! E para quem não sabe, é possível treinar seu pet como cão de suporte para ele aprender a lidar com as adversidades no dia a dia e não sofrer de uma sobrecarga mental e emocional.

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