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Por Pauline Machado


O sistema imunológico dos animais, assim como o nosso é o responsável por protegê-los contra infecções e doenças. No entanto, apesar de fazer a defesa do nosso organismo contra diversos agentes patogênicos, o sistema imunológico dos cães e dos gatos sofre diversas interferências que podem deixa-los suscetíveis e mais predispostos a determinadas doenças.
Para entender o que pode alterar a imunidade dos pets e como mantê-la regular, conversamos com a Médica Veterinária, Gabriella Mangueira de Castro Lydijusse, patologista clínica do Vetex Laboratório Veterinário em São Paulo.


Acompanhe a entrevista!

Pet Med – Para começar, por favor, nos explique: o que é Imunidade?


Gabriella LydijusseImunidade é a combinação de mecanismos moleculares e celulares que trabalham em conjunto para proteger o corpo de infecções e doenças. Esse sistema de defesa é composto por células, tecidos e órgãos, gerando ao organismo uma capacidade de reconhecimento e resistência a ameaças de microrganismos como vírus, bactérias, fungos, substâncias nocivas, infecções e toxinas.

Pet Med – De forma resumida, como funciona o sistema imunológico dos cães e dos gatos?


Gabriella Lydijusse – O sistema imunológico de cães e gatos funciona de forma semelhante ao dos humanos, com o diferencial de proteção voltado a patógenos e doenças específicas de cada espécie. Ele possui a função de proteger o organismo através do reconhecimento e resposta a antígenos. Antígenos são substâncias, geralmente proteínas, que desencadeiam uma resposta imunológica. Eles podem estar localizados na superfície de células, vírus, fungos ou bactérias, como também em substâncias não vivas como produtos químicos e corpo estranho. O sistema imunológico reage aos epítopos dos antígenos, ou seja, a partes específicas de um antígeno. Um único antígeno pode ter vários epítopos, cada um capaz de gerar uma resposta imune diferente. Como forma de proteção, através do epítopo, o sistema imune identifica estes antígenos como “substâncias estranhas” presentes no organismo e reage, tentando destruí-los. Para que essa destruição aconteça, de acordo com o tipo de mobilização celular, a resposta imune é classificada em duas principais categorias: Imunidade inata (natural) e adaptativa (adquirida).

Imunidade Inata (natural): Filogeneticamente mais primitiva, é a defesa do corpo, presente desde o nascimento. Estão associadas a ela as barreiras físicas, como pele e mucosas, e respostas rápidas do sistema imunológico. Sua ativação ocorre a partir do reconhecimento de qualquer lesão tecidual, com ou sem a presença de patógenos. É composta por macrógagos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, mastócitos, células NK (natural killer), células dendríticas e células do sistema complemento. Estas células atuam em conjunto, realizando as funções de fagocitose, disponibilização de mediadores inflamatórios, como também a eliminação das células infectadas. Sua classificação como inata, se dá pelo fato de que seus componentes respondem da mesma maneira, agindo de forma não específica e imediata antes de o sistema imunológico adaptativo ser acionado.

Já a Imunidade Adaptativa (adquirida é uma resposta específica, desenvolvida ao longo do tempo, a cada patógeno, por meio de várias combinações de receptores celulares. Diferente da resposta imune inata, a qual apresenta uma resposta rápida, a resposta da imunidade adaptativa não é ativada de maneira instantânea, porém, uma vez acionada, possui capacidade de adaptação de resposta de maneira específica a cada antígeno, gerando assim uma memória imunológica. Fazem parte desta classificação fisiológica os linfócitos B, T, T Citotóxicos, T Reguladores, T de Memória, e células apresentadoras de antígenos (APCs). Este grupo celular age em conjunto, produzindo anticorpos e auxiliando na identificação de células anormais, para garantir que o organismo responda com rapidez, eficiência e se lembre de patógenos que o corpo já enfrentou, oferecendo proteção em exposições futuras.

Pet Med – Quais são os riscos para a saúde dos cães e dos gatos quando a imunidade está baixa?


Gabriella Lydijusse – Quando o organismo de cães e gatos apresenta uma imunidade baixa, entende-se que a resposta imunológica do animal não está sendo eficiente no reconhecimento, combate e destruição de um agente agressor. Desta forma, o pet está mais suscetível ao desenvolvimento de infecções bacterianas, virais e fúngicas, doenças parasitárias, a apresentar um quadro clínico de maior severidade quando acometido por qualquer enfermidade, como também, maior dificuldade de recuperação de doenças.

Pet Med – De que modo os familiares podem suspeitar ou identificar sinais de que a imunidade do pet está começando a ficar ou já está baixa?


Gabriella Lydijusse – Os familiares podem suspeitar ou identificar sinais de que a imunidade do pet está baixa observando algumas mudanças no comportamento e na saúde do animal, como por exemplo:

  • Alteração no apetite ou desinteresse por qualquer alimento fornecido, ou quando se alimenta de frações menores que as habituais;
  • Cansaço, falta de energia para brincar e realizar atividades que demandam energia, como a prática de exercícios;
    Perda de peso;
  • Alteração na pele e nos pêlos, quando os pelos começam a apresentar opacidade, queda excessiva, ou ainda coceiras e erupções cutâneas;
  • Infecções recorrentes como otites, infecções urinárias, ou qualquer tipo de acometimento recorrente;
  • Assim como infecções parasitárias, como presença de pulgas, carrapatos ou vermes, onde não há melhora clínica após tratamento.

Pet Med – Ainda neste sentido, existe uma faixa etária mais suscetível a ter baixa da imunidade?


Gabriella Lydijusse – Filhotes e idosos são faixas etárias que necessitam de maior atenção em relação à imunidade. Para cães, a classificação entre filhote e adulto varia de acordo com o porte do animal, oscilando entre 12 e 24 meses. Já os gatos, são considerados filhotes com até doze meses de vida. No geral, os filhotes possuem maior susceptibilidade a baixa imunidade, pois estão em fase de desenvolvimento imunológico, podendo não apresentar anticorpos em quantidade suficiente para combater infecções.
Os animais idosos também estão classificados como mais suscetível a uma baixa imunidade, pois seu sistema imunológico passa a ser menos eficiente, devido ao envelhecimento natural do organismo, como também a presença concomitante de doenças crônicas. Vale ressaltar que cães são classificados animais idosos, a partir dos sete anos de vida, a variar com o porte do animal, e gatos entre sete e dez anos de vida.

Pet Med – O que pode alterar a imunidade dos cães e dos gatos?


Gabriella Lydijusse – Existem inúmeros fatores que podem alterar a imunidade dos cães e dos gatos, entre eles estão:

  • Nutrição: Uma dieta inadequada ou deficiente em nutrientes essenciais pode comprometer o sistema imunológico, pois não fornecerá nutrientes em quantidade e qualidade adequada para seu fortalecimento e desenvolvimento.
  • Estresse: Situações de mudanças de ambiente, viagens ou introdução de novos animais no lar podem desencadear altos níveis de estresse aos cães e gatos. Dependendo da intensidade e duração do estresse, ele pode enfraquecer as defesas do corpo ou, em alguns casos, intensificar respostas imunes inadequadas.
  • Doenças: Infecções parasitárias, doenças autoimunes, e condições crônicas podem enfraquecer a resposta imunológica, pois o organismo precisa lidar com vários eventos ao mesmo tempo, disponibilizando menos energia no desenvolvimento do sistema imune.
  • Vacinação: A falta de vacinação, ou ainda a vacinação realizada de forma inadequada, pode deixar os animais mais vulneráveis a doenças infecciosas, onde não há um desenvolvimento satisfatório de memória imunológica.
  • Medicamentos: o uso de alguns medicamentos, como o corticóide, quando administrado de forma contínua, pode suprimir a resposta imunológica.
  • Fatores genéticos: Alguns animais podem ter predisposição genética ao desenvolvimento de doenças, as quais podem comprometer a imunidade.

Pet Med – O que pode ser feito, no dia a dia, para que não haja oscilação na imunidade dos pets?


Gabriella Lydijusse
– Para manter a imunidade dos pets estável e satisfatória no combate a doenças, existem práticas diárias que podem ser adotadas. Algumas delas são:

  • Alimentação balanceada: Oferecer uma alimentação rica em nutrientes, adequada a idade, raça e necessidades específicas do seu pet.
  • Hidratação adequada: incentive e forneça acesso à água fresca e limpa diariamente.
  • Bem estar animal: Diminua possíveis situações de estresse, tornando-as menos frequente possível, associado ao ambiente limpo, seguro.
  • Estimule brincadeiras: Crie um ambiente calmo e confortável para o seu pet, estimulando brincadeiras e momentos de socialização.
  • Acompanhamento regular ao veterinário: Realize check-ups associados a exames laboratoriais e mantenha as vacinas em dia, certificando-se assim que seu animal está saudável.

Pet Med – Quais são as formas de diagnosticar que um cão ou gato está com a imunidade baixa?


Gabriella Lydijusse
– O diagnóstico de uma baixa imunidade deve estar associado à avaliação clínica do médico veterinário, ao histórico e anamnese relatados pelo tutor, e ainda ao resultado de exames laboratoriais.
Sugere-se a associação de exames de imagem, com exames de sangue, fezes e urina, como também exames específicos de acordo com a suspeita clínica do veterinário que está realizando o atendimento do animal. Com esta associação de fatores, é possível chegar a uma conclusão adequada em relação à imunidade do paciente.

Pet Med – E, quanto ao tratamento, o que a Medicina Veterinária oferece atualmente?


Gabriella Lydijusse
– A Medicina Veterinária oferece diversas abordagens para tratar e apoiar a imunidade de cães e gatos. Algumas delas são:

  • Vacinação
  • Nutrição balanceada
  • Fármacos inmunomoduladores
  • Tratamento de doenças
  • Avaliações periódicas ao veterinário

Pet Med – Por fim, o que os familiares devem e podem fazer aumentar a imunidade do pet a fim de proporcionar a eles, uma melhor qualidade de vida, uma vez identificada como baixa?


Gabriella Lydijusse
– Uma vez que o médico veterinário, através de exames de auxílio ao diagnóstico, tenha identificado a baixa imunidade do animalzinho, os familiares podem adotar práticas que garantam uma melhor qualidade de vida ao pet. Está incluso nestes hábitos:

  • Fornecer um ambiente limpo e seguro, livre de toxinas, produtos químicos ou qualquer item que possa interferir na saúde do pet;
  • Administrar uma alimentação balanceada, de acordo com a espécie, raça e particularidades do animal;
    Incentivar e fornecer uma hidratação adequada;
  • Promover passeios, brincadeiras e exercícios, que ajudam a manter o peso saudável e reduzem o estresse;
  • Realizar o controle de parasitas, de acordo com as recomendações do médico veterinário;
  • Promover a socialização com outros animais e pessoas, além de brinquedos interativos que estimulem a cognição;
  • Rotina de cuidados regulares, como escovação dos pelos, dos dentes e cuidado com as unhas, para evitar possíveis problemas de saúde;
  • Realizar visitas regulares ao veterinário, associada a exames complementares ao diagnóstico, para assegurar a saúde do animal.

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