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Por Pauline Machado

Se não houver cura, que ao menos haja conforto – esse é o lema que há nove anos originou a iniciativa da Campanha Fevereiro Roxo. Essa campanha ajuda na conscientização de que, mesmo nos casos de doenças incuráveis como o Alzheimer, é possível amenizar os sinais clínicos e proporcionar melhor qualidade de vida das pessoas e também de outros animais.

A Campanha Pet abrange cuidados com os animais idosos, mais suscetíveis a terem a Síndrome da Disfunção Cognitiva, popularmente conhecida como Alzheimer em cães e gatos. Sobre esse assunto, conversamos com Ana Elisa Arruda Rocha, Médica Veterinária da Puppies Personal Vet. Portadora do CRMV-PR nº:05102. Ana Elisa é, também, mestra em Clínica Médica e docente na Unidade Curricular de Clínica Médica de Cães e Gatos do Centro Universitário UniCuritiba. Acompanhe!


PET MED – Relacionado aos pets, qual é o significado e a importância da Campanha Fevereiro Roxo?
Ana Elisa Arruda Rocha – Esta campanha visa conscientizar as pessoas sobre a importância dos cuidados especiais com animais idosos e auxiliar no reconhecimento precoce das doenças neurodegenerativas de cães e gatos que podem surgir nesta fase.


PET MED – O que podemos entender por Alzheimer em cães e gatos? A doença tem cura?
Ana Elisa Arruda Rocha – As disfunções cognitivas canina e felina causam alterações fisiológicas e comportamentais em animais idosos semelhantes aos sinais clínicos da doença de Alzheimer em humanos. A disfunção cognitiva é uma doença incurável, mas pode ter seus efeitos minimizados com o uso de alguns medicamentos, suplementos e terapias.


PET MED – Quais são os sinais clínicos de um animal com Alzheimer?
Ana Elisa Arruda Rocha – Desorientação, mudanças na interação com pessoas e animais, alterações no ciclo sono-vigília, falhas no aprendizado e memória, vocalização excessiva, micção e defecação em locais inapropriados são alguns dos sinais clínicos observados. Entre os médicos veterinários utilizamos a sigla DISHA (em inglês representando Disorientation, Interaction changes, Sleep/wake disturbances, House soiling and Activity changes) para sintetizar o conjunto de sinais clínicos mais comuns relacionados à doença.


PET MED – E quanto ao diagnóstico, como é identificado?
Ana Elisa Arruda Rocha – Primeiramente fazemos perguntas relacionadas ao comportamento do animal, investigando mudanças na interação com a família e histórico de alterações no ciclo de sono e vigília. Esses pacientes normalmente trocam o dia pela noite, passam a andar em círculos, podem pressionar a cabeça na parede, apresentar déficit de memória, terem comportamentos de ansiedade e/ou agressividade, além de urinar e defecar em locais inadequados. Esse questionário inicial é fundamental.
Em seguida realizamos o exame neurológico completo e solicitamos exames complementares de check up geriátrico para descartar outras doenças com sinais clínicos semelhantes. Em alguns casos pode ser solicitada ressonância magnética para investigações neurológicas mais específicas. O ideal é que o paciente seja acompanhado pelo clínico geral e um neurologista veterinário.


PET MED – Para cães e gatos já diagnosticados com Alzheimer, quais são os possíveis tratamentos?
Ana Elisa Arruda Rocha – O tratamento deve ser multimodal tanto em cães como em gatos. Podemos prescrever medicamentos alopáticos, homeopáticos, suplementos que ajudam a retardar o envelhecimento cerebral e melhorar as funções cognitivas, além de alimentação rica em antioxidantes específica para animais idosos.

Terapias integrativas também podem auxiliar muito na qualidade de vida dos animais e de suas famílias. Para maiores informações sobre as terapias integrativas indicadas para estes casos, podem entrar em contato via direct no perfil @puppiespersonalvet no Instagram.

PET MED – E como medidas de prevenção, quais devem ser adotadas?
Ana Elisa Arruda Rocha – As consultas preventivas com o médico veterinário devem ser realizadas a cada seis meses em pacientes geriátricos. Normalmente são prescritos suplementos específicos e nutrição devidamente ajustada para esta fase. Os tutores podem também promover diferentes atividades através de enriquecimento ambiental, para que os animais se mantenham ativos, com corpo e mente sempre estimulados de maneira saudável.


PET MED – Quais cuidados os tutores devem ter em casa para manter a qualidade de vida de um animal com Alzheimer?
Ana Elisa Arruda Rocha – Os tutores podem fazer alterações na casa de acordo com a necessidade do animal, como utilizar material antiderrapante nos pisos para facilitar a mobilidade, manter uma rotina diária regular, retirar objetos que possam ser perigosos no ambiente, limitar a área de acesso do animal quando não estão sendo supervisionados, para que não fiquem presos em algum local e não consigam sair sozinhos.
Para finalizar vale ressaltar que, quando os tratamentos citados não forem mais suficientes, devemos lembrar que o amor, a lealdade e o companheirismo continuarão sendo bem vindos e merecidos pelo animal até o seu último dia de vida!

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